Janio adverte: Elite cega agride o povo sem contar com reação a ladrões
Tempo de leitura: 2 minO Jaburu, apesar de proteção, passa a viver sob suspense e temor
por Janio de Freitas, na Folha
A elevação do modo de protesto popular violento em Brasília, do vandalismo para o ataque típico de revolta civil, não foi um aviso.
Os avisos estão dados desde o colar de incidentes começados ainda no governo Dilma. Os ataques aos ministérios foram já o primeiro ato.
Quem até aqui não quis ver – nos governos e no Congresso, na imprensa/TV, no empresariado que influi na política – está confrontado pelos fatos: a situação interna do país mudou.
Iniciou-se um processo que, embora não irreversível, é propenso a avançar, sob o incentivo ignorante das classes privilegiadas, aqui sempre empedernidas e vorazes.
Só esses predicados podem levar à crença de que é possível impor, a um só tempo e impunemente, desemprego, ostentação de roubalheiras premiadas do dinheiro público, salários atrasados, cassação de direitos trabalhistas, redução dos miseráveis recursos e serviços da saúde, ainda piores condições de aposentadoria para quem de fato trabalha ou trabalhou, corte dos investimentos públicos e, pairando sobre ou sob esse conjunto idealizado pela classe dominante, uma composição imoral de governo.
As ações diretas do povo não seguem regras. Obedecem à lógica das suas contingências.
Nessa lógica está, hoje em dia, o alto grau de indignação e de violência – praticada e potencial – nas cidades difusamente armadas e mais suscetíveis a próximos capítulos da nova etapa de escalada.
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Caso notório de Rio e São Paulo, mas não só.
Brasília é mais vulnerável a ocorrências ditas de praça pública, na arrogância dos seus prédios e no convite das suas vidraças, não porém em armas à mão.
São Paulo, território primordial para a comercialização de droga em dimensões nacionais, e Rio, território com enclaves bandidos, exemplificam melhor o risco que a Capital projeta sobre o país.
Michel Temer e seus parlamentares pretenderam mais uma atitude indecente.
Na calada, não da noite, mas da bagunça mental que se generalizou, quiseram fazer na Câmara e no Senado aprovações que levariam o empresariado influente e imprensa/TV a ampará-los, em retribuição e por querer mais.
Em consequência, o Palácio do Jaburu, apesar de proteção especial, passa a ter horas, talvez noites e dias, de suspense e temor.
A Câmara e o Senado deixam de saber quando poderão funcionar não ou, como ontem.
Forças Armadas são postas a reprimir, não bandidos, mas a gente comum.
Alguma dúvida de que tirar Michel Temer é a única hipótese das chefias políticas e seu empresariado para atenuar as tensões do país?
Mas no povo a ideia também única, que se constata por toda parte, é de que o país está entregue a ladrões. E ele em pessoa é uma vítima de todos os ladrões.
É apenas lógica e induzida a elevação do modo de enfrentamento popular.
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Comentários
Messias Franca de Macedo
… É AGORA OU NUNCA!
***
TSE pode provocar Diretas Já!
Marcelo Auler: cassação de Temer pelo TSE pode levar a eleição direta
25/05/2017
Uma mudança no Código Eleitoral realizada em 2015, na gestão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, poderá transformar a Ação de Investigação Judicial Eleitoral nº 1943-58, que o PSDB moveu contra a Coligação Muda Brasil na expectativa de cassar Dilma Rousseff, em uma tábua de salvação para quem defende eleição diretas na escolha do sucessor de Michel Temer. Ao julgar esta ação a partir do próximo dia 6 de junho, o TSE poderá cassar a chapa e convocar eleições diretas, como fez em maio ao cassar o governador e o vice do Amazonas.
Desta forma, o feitiço poderá virar contra o feiticeiro. Os tucanos, que como chegou a confessar o seu presidente licenciado e investigado, senador Aécio Neves, que pretendiam apenas fustigar a presidente legitimamente eleita, verão se diluir a chances que imaginavam ter de voltar ao poder por uma eleição indireta.
(…)
FONTE [LÍMPIDA!]: http://marceloauler.com.br/tse-pode-provocar-diretas-ja/
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