Presidente da Associação das vítimas do amianto no RJ é intimidado por defensores da fibra cancerígena

Tempo de leitura: < 1 min

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Fernanda Giannasi, Carlos Minc, Geraldo Mariano da Silva (presidente) e dona Terezinha Minarini (diretora), da Abrea-RJ

Conceição Lemes

Geraldo Mariano da Silva é presidente da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, seção Rio de Janeiro, Abrea-RJ.

Há várias semanas  ele vem sendo seguido e intimidado na sede da Abrea-RJ, subúrbio carioca de Barros Filho, por dois prováveis defensores do amianto.

Pois nessa segunda-feira, 26, com o apoio de Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente,autor da lei de banimento do amianto no Rio e deputado estadual (PT), a Abrea nacional pediu a inclusão de Geraldo Mariano da Silva no programa de proteção da Secretaria de Direitos Humanos, da Presidência da República.

A Abrea-RJ e o Ministério Público do Trabalho (MPT) movem ação civil pública contra a Eternit no valor de R$ 1 bilhão de dano moral coletivo. Pleiteiam ainda o banimento do amianto, tratamento e indenização das vítimas da fibra cancerígena.

A Eternit é dona da única mina de amianto em exploração no Brasil  — fica em Minaçu, Goiás — além de ser o maior fabricante brasileiro de produtos da fibra assassina.

“Os dois molestadores já foram identificados e estão sendo investigados, sob sigilo, pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro”, informa a engenheira Fernanda Giannasi,fundadora da Abrea nacional e a maior autoridade em amianto no Brasil.

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Comentários

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msuricio gomes baptista

sou mais uma vitima do amianto e não sei que fazer por favor me oriete obrigado mauricio rj

Urbano

Onde houver fascismo há escroques no seu todo, intimidação e perigo. Mas se não os enfrentarmos, o perigo aumenta sobremaneira…

Fabrício

“Vítimas do amianto”. Assim o jornal despolitiza o debate, e atribui a causa da doença ao amianto, como se ele tivesse vida própria. Essas pessoas são vítimas de capitalistas muito preocupados com lucros e pouco preocupados com a vida humana.

    FERNANDA GIANNASI

    É totalmente incrível imaginar que alguém no terceiro milênio com toda a informação disponível sobre os malefícios do amianto possa fazer um comentário tão despolitizado e ignorante, se não tiver escondendo outros interesses por trás de tal comentário, no mínimo, inoportuno e esdrúxulo. Por favor, antes de perder nosso precioso tempo, vá ler um pouco e se informar sobre o que causa o amianto, já que você nesta defesa ferrenha só pode ser alguém que trabalha com a fibra cancerígena ou tem algum interesse em defender os tais “capitalistas muito preocupados com lucros e pouco preocupados com a vida humana”, sic.

    Rodrigo

    Fernanda Gianassi pelo jeito não soube entender o comentário do amigo e fora que foi totalmente agressiva, no mínimo, inoportuna e esdrúxula.

marcio ramos

Bandidos, só aqui nesta democracia fajuta. Se não bastasse um PM um Alckmin e os golpistas medíocres temos centenas de endinheirados desonestos, corruptos e assassinos impunes.
http://www.abrea.com.br/amiantobrasil.htm
“Enquanto nos países de capitalismo avançado, em especial os da União Européia, adotou-se o banimento do amianto/asbesto e onde se debatem as maneiras de realizar a descontaminação dos sítios onde o mesmo foi empregado sob todas as formas (jateado ou não, do tipo azul, branco ou marrom), a disposição final e segura dos rejeitos e o acompanhamento médico dos expostos e indenização das vítimas, no Brasil persiste o eterno imobilismo das instituições governamentais e do movimento sindical corporativista que gastam energia e tempo debatendo como usar este cancerígeno com segurança. Que segurança é esta tão propalada, nos perguntamos?”

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