Como a Globo pegou leve com o ditador amigo da Beija Flor e seu Carnaval

Tempo de leitura: 4 min

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Raissa de Oliveira, da Beija Flor, saúda o Teodorinho; Boni (de amarelo) de olho; ao fundo, placa do Swisssamba da Tijuca (foto Cristina Boeckel, do G1).

da Redação

Não somos fãs da denúncia generalizada contra “ditadores sanguinários da África”, como se eles só existissem lá. Em geral tais denúncias, feitas a granel, escondem intenções racistas de brancos que ainda se acreditam encarregados de espalhar sua “missão civilizadora”, exatamente como no século 18.

Achamos irônico que se denuncie a doação de uma quantia incerta de dinheiro — R$ 10 milhões? — do ditador Teodoro Obiang, no poder há 35 anos na Guiné Equatorial, a uma escola de samba cuja origem é diretamente associada à contravenção.

“A gente pegou um enredo para falar de um país africano, um país que até então muita gente não conhecia. Nossa questão aqui é carnaval. O regime não nos compete. Cuba era odiado pelo mundo democrático e hoje está sendo abraçado”, filosofou Farid Abraão, o presidente da Beija Flor.

Acreditamos que, se a Beija Flor merece ser criticada por aceitar patrocínio da Guiné Equatorial, também merece a Unidos da Tijuca, que levou dinheiro da Suiça, notório esconderijo de dinheiro sujo. Vai ver que o Teodorinho, o filho do ditador da Guiné que assistiu ao desfile no Rio, tem lá sua conta no HSBC…

O Viomundo tem como um de seus livros de cabeceira Poisoned Wells, the Dirty Politics of African Oil [Poços envenenados, a Política Suja do Petróleo Africano]. Nele, Nicholas Shaxson demonstra que as riquezas naturais da África não apenas serviram a ditadores locais, mas também a governantes corruptos europeus, além de lubrificarem o sistema financeiro internacional na casa dos bilhões de dólares, não naquele remoto refúgio fiscal do Caribe, mas em Nova York e Londres.

Portanto, afastem de nós este cálice do moralismo fácil.

No entanto, como combatentes da hipocrisia, seria impossível deixar passar a exibida pelas Organizações Globo neste Carnaval.

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Basta um acesso aos arquivos digitais para constatar quantas vezes jornalistas e comentaristas a serviço das organizações, a título de atacar a política externa do governo Lula, denunciaram a relação — de Estado, diga-se de passagem — do ex-presidente com ditadores do desagrado de Washington.

Na revista Época, Ruth de Aquino descreveu “Os amigos tiranos do Brasil de Lula”: os irmãos Castro, Mahmoud Ahmadinejad e Hugo Chávez. A néscia aparentemente desconhece o fato de que Hugo Chávez talvez tenha sido o governante latino-americano mais testado pelas urnas em seu período de governo — quase uma dúzia de eleições, referendos e plebiscitos.

Mente sobre censura à imprensa na Venezuela, o que qualquer pessoa que se digne a frequentar uma banca de jornais naquele país vai constatar. Mas, sempre valeu qualquer mentira, distorção ou omissão para criticar o governo Lula.

Em Palpite Infeliz, Merval Pereira, o ideólogo dos irmãos Marinho, investiu contra o ex-presidente pelo mesmo motivo: “Presos por opinião política no Irã ou em Cuba não contam com a solidariedade do governo brasileiro, que se arroga o título de grande defensor dos direitos humanos, mas não liga muito quando países amigos os transgridem”, escreveu Merval, sem corar diante do fato de que seus patrões nunca denunciaram Guantánamo ou a barbárie na Arábia Saudita.

Pois nesta madrugada as Organizações Globo tiveram mais de uma hora e vinte minutos para denunciar um ditador que ocupa o poder há 35 anos na Guiné Equatorial. Teodorinho, filho e futuro herdeiro do poder, estava lá, num camarote da Marquês de Sapucaí.

Bastava apontar uma câmera na direção dele e ler de uma longa lista de denúncias de violações de direitos humanos contra a família.

Certamente tocaria o público da Globo o fato de que a Guiné Equatorial tem uma altíssima taxa de mortalidade infantil, apesar de ter também uma das maiores rendas per capita do mundo (U$ 50 mil), por conta da exportação de petróleo.

Enquanto isso, Teodorinho, saudado por Raissa de Oliveira na Marquês de Sapucaí, torra dinheiro comprando mansões, colecionando automóveis, iates e jatinhos. Não seria um prato cheio para a coluna de celebridades uma visita ao camarote do filhote de ditador?

No entanto, a Globo só entrou no assunto quando o desfile da Beija Flor terminava. Um dos narradores lembrou que a Guiné Equatorial era um país novo, ao que Fátima Bernardes acrescentou timidamente “ainda em busca de suas liberdades”, informando sem dar nomes que o presidente estava no poder há 35 anos. A palavra “ditador” não foi mencionada. Ponto final.

Faltou a coragem exibida por Ruth de Aquino,  segundo a qual “três regimes autoritários e ditatoriais, que vetam a liberdade de expressão e punem com a prisão quem ouse contestá-los, contam com um aliado de peso no mundo: o Brasil do presidente Lula”.

Cadê o jornalismo das Organizações Globo para colocar em prática o que prega quando se trata de denunciar um ditador que financia o Carnaval que ela transmite?

Aqui cabem muito bem, ironicamente, as palavras do próprio Merval Pereira, com os devidos ajustes:

Presos por opinião política na Guiné Equatorial não contam com a solidariedade da Globo, que se arroga o título de grande defensora dos direitos humanos, mas não liga muito quando países amigos os transgridem!

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Comentários

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Celso

Acho passível de investigação e “regresso” do Carnaval à festa popular que um dia foi.
Pena que a Globo e os que lucram com o turismo (sexual?) da cidade maravilhosa se oporão.

Celso

Paulo Ribeiro

Só uma pergunta – a origem do dinheiro é tão diferente no caso da Unidos da Tijuca, que homenageou a Suiça ou caso viesse do tráfico do helicóptero do amigo do Aécio? Vejo nestas críticas um viés político com objetivos de atingir o PT e a presidenta Dilma. É o velho chororo dos derrotados, a exemplo dos tucanos. Vamos nos preocupar com os direitos humanos no Brasil. Enquanto criticam a Guine Equatorial, milhões de paulistas correm o risco de morrer de sede nos próximos meses.

O Mar da Silva

Não assisti aos desfiles. Quem anunciou nos intervalos? Alguma empresa pública?

Novidade seria a Globo e seus empregados fazerem críticas a um filho de um ditador que desovou milhões numa escola de samba, enquanto crianças morrem antes dos dez anos por falta de desenvolvimento social na Guiné.

A Globo quer é mais dinheiro da SECOM, dos anunciantes privados e seguir sua sanha manipuladora no país que ela mesma inventou (as viúvas de 1964 lembram bem dessa história) de carnaval e futebol.

Até quando?

lulipe

A Beija-Flor deve estar seguindo o que disse o Ministro Celso Amorim quando da visita de lula ao Ditador: “Negócios são negócios” e “Quem resolve o problema de cada país é o povo de cada país”.É CAMPEÃO!!!

    Luiz (o outro)

    Não, eles precisam de você lá pra resolver. Corre pra lá!

    lulipe

    Você faltou às aulas de interpretação de texto, meu caro. Eu sou brasileiro, tô fazendo minha parte, não votando no PT, pra tentar resolver os problemas do Brasil.Entendeu ou precisa de uma massinha de modelar???

    Luiz (o outro)

    E de quantos outros países africanos? Acorda, mané!

Valdete Lima

Neste momento em que se debate a doação de empresas às campanhas eleitorais está também para o debate de as escolas de samba receberem auxílios para os seus desfiles. A que ganha mais já entra em vantagem em relação às outras. Se elas têm financiamentos das Prefeituras de seus municípios, não sei se recebem direitos de transmissão da única que transmite que é a Globo, então por que receber financiamentos de outrem como tem acontecido por muito tempo. Que a Liga das Escolas de Samba baixe um decreto que todas façam seus carnavais com as verbas que t o d a s recebem!!! E acabará com essa distorção de que a que mais recebeu, ganhe sempre por ter mais verbas. A Beija Flor é uma escola que, realmente, sabe fazer o seu dever de casa. Mas, uma outra, como o Império Serrano, de Madureira que, outrora foi uma das mais mais, nunca chegará a esse patamar de agora, justamente porque não recebeu milhões de reais de um ditador africano. O que foi mostrado na Beija Flor – se tiver sido visto pelo povo de lá – será uma surpresa porque eles não vivem desta maneira. Isso é um disparate!

Vlad

Bom.

Só se pegou leve durante o televisionamento, porque basta pesquisar no google: ditador, guiné, beija-flor, que vêm resultados às pencas de parte da própria globo.

Talvez tenha feito tipo assim manter uma certa hipocrisia por questões comerciais, como fez o PT na campanha presidencial.

    Luiz (o outro)

    Ah, tá! O PT é hipócrita, os demais são exemplos a serem seguidos? Agora conta a do papagaio. E não esquece de tomar seu tarja preta antes de dormir.

Cláudio

:

Ouvindo A Voz do Brasil e postando:

**** ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ **** ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ **** ♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥ ****

************* Abaixo o PIG brasileiro — Partido da Imprensa Golpista no Brasil, na feliz definição do deputado Fernando Ferro; pig que é a míRdia que se acredita dona de mandato divino para governar.

Lei de Mídias Já!!!! **** … “Com o tempo, uma imprensa [mídia] cínica, mercenária, demagógica e corruta formará um público tão vil como ela mesma” *** * Joseph Pulitzer. **** … … “Se você não for cuidadoso(a), os jornais [mídias] farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” *** * Malcolm X. … … … Ley de Medios Já ! ! ! . . . … … … …

italo

A globo não disfarça sua paixão por ditaduras e ditadores.

    Lukas

    Há ditaduras do bem e do mal Ítalo. Cuba é uma do bem, como todos sabemos.

    Luiz (o outro)

    As coisas não são bem assim, mas um dia você chega lá.

Eduardo

O povo ainda é bobo! O Banco Central também é? O dinheiro entrou no Brasil ou só mudou de conta na Guiné? Se entrou, a que título entrou? Foi remetido de quem para quem? Que destino foi dado a ele no Brasil? Cadê o Bacen? O Blog poderia perguntar! Quanto a Globo recebeu e onde?

Edgar Rocha

Olha, eu tô limpo este ano. Não vi sequer a chamada do desfile de carnaval na Globo. Não assisti um segundo sequer de desfile. Acho que já é o terceiro ano que isto acontece. Com o BBB foi só duas vezes no começo. Hoje se alguém me mostrar um BBB na rua, não sei nem o que é.

Jesus me libertou e eu nem sou crente. Sou um católico afastado por mais de 20 anos. Faz dez anos que fui numa missa, mesmo assim por obrigação.

Mas, aí, dizendo isto me bateu um medão, viu. Sem BBB, sem carnaval, sem religião… Acho que sou alienado.

Pedrão

A Globo esconde, distorce, omite e mente.

Pedrão

Globo e Ditadores, tudo a ver.

Makário

Fora de Pauta

Veja o que Nassif acha de Joaquim Barbosa

Joaquim Barbosa, o que poderia ter sido grande, mas foi apenas mau
QUA, 18/06/2014 – 01:32
ATUALIZADO EM 17/02/2015 – 23:01
Luis Nassif

Quando o outsider entrou no STF (Supremo Tribunal Federal), os senhores formais aceitaram com superior condescendência. O outsider tinha currículo, falava várias línguas, desenvolvera teses importantes sobre inclusão.

Mas era outsider. Não vinha de família de juristas, gostava do ambiente informal dos botecos, era de pouquíssimos amigos e nunca fez média na vida.

Conquistou tudo na porrada, dependendo dele e só dele.

Tinha tudo para entrar para a história, derrubando conchavos, despindo o formalismo e a hipocrisia de muitas togas, subvertendo formas de ver o mundo, trazendo para o Supremo os ares da contemporaneidade e a marca altiva de sua cor e dos que conquistaram tudo sem nunca ceder.

Mas faltava-lhe algo, uma peça qualquer no sistema emocional que o tornou uma espécie de Mike Tyson com toga, uma força gigantesca e incontrolável assombrada por mil demônios internos que o impediram definitivamente de se tornar um grande.

O que moldou esse lado emocional tosco, rude, cruel, não se sabe. As intempéries da vida costumam construir grandes caráteres; mas também modelam a crueldade, a revanche permanente.

Foi o caso de Joaquim Barbosa.

Seu mundo tornou-se uma ilha pequena, restrita, cercada por um oceano infestado de tubarões querendo destrui-lo, cada gesto contrário visto como ameaça ao que ele conquistou.

Cada julgamento tornava-se uma guerra a ser vencida a qualquer preço, até com a sonegação de provas, se necessário. O tribunal tornou-se a arena povoada de gladiadores sangrentos aguardando o polegar para baixo do público para a degola final dos inimigos. E todos eram inimigos, o réu a ser condenado, o colega que ousasse discordar de qualquer posição, o advogado que rebatesse seus argumentos, o jornalista que o criticasse.

O ódio como seiva vital
Em poucas pessoas vi ódio tão visceral, a raiva como motor de todas as atitudes, um egocentrismo tão exasperado a ponto de tratar qualquer voz dissidente como um inimigo a ser aniquilado.

Certamente em José Serra, que, em todo caso, sempre foi suficientemente esperto para agir através de terceiros.

Joaquim Barbosa nunca usou as armas da hipocrisia, a malícia das jogadas. Como Tyson, saía de peito aberto distribuindo porradas pelo mundo. O que o movia não era a desonestidade, a vontade do poder A busca da popularidade, sim, mas, acima de tudo, dar vazão ao ódio, sempre o ódio como seiva vital.

E esse bruto – na definição mais ampla do termo –foi transformado em campeão branco da mídia na disputa política. Emocionalmente tosco, embarcou no jogo de lisonjas, do “menino que mudou o Brasil”, foi usado enquanto pode.

Por toda sua vida profissional, exercitou o duplo jogo de quem se formou nas guerras da vida e na formalidade de um poder hierárquico. Enfrentava o mundo jurídico intimidando comportamentos formais com a truculência desmedida das discussões de rua e de botecos; e se impunha junto aos amigos de praia com a condescendência dos que subiram na vida mas não esqueceram as origens.

Acima de tudo, contava com o beneplácito da mídia, enquanto serviu, que lhe proporcionou ser ouvido pelas ruas.

Com tal poder, passou a quebrar dogmas, mas da pior forma possível, atropelando direitos, protocolos mínimos de boa educação, sendo agressivo até o limite da boçalidade em um ambiente eminentemente formal.

Os juristas que domaram a besta
Coube a dois juristas de extrema afabilidade desmontar a besta.

Um deles, Celso Antônio Bandeira de Mello, o doce Bandeira, unanimidade no mundo jurídico por sua firmeza cortez, pespegou-lhe na testa a definição definitiva: “É um homem mau”.

Outro, Luiz Roberto Barroso, o homem dos salões cariocas, o iluminista que, ainda como advogado, arejou o Supremo com a defesa de teses contemporâneas, ao reagir à agressividade inaudita de Joaquim, sem perder a calma e sem perder a firmeza.

E aí, começaram a desmoronar as estratégias emocionais que Joaquim Barbosa penosamente construiu para enfrentar os rapapés maquiavélicos do mundo jurídico e a rudeza dos botecos.

No mundo juridico, a truculência deixou de intimidar, Pelo contrário, passou a ser tratada com uma impaciência cada vez maior de seus pares. No mundo dos bares, em lugar de só aplausos, passou a ser perseguido por vaias.

Aos poucos, os grupos de mídia perceberam que Barbosa tornara-se uma carga inútil, pesada, a vitrine onde estava exposta a parcialidade do julgamento da AP 470. Com sua irracionalidade, estava transformando os réus da ação em vítimas da arbitrariedade mais ostensiva.

No Supremo, sua única influência era sobre Luiz Fux, o que não recomenda-se.

Restava-lhe o apoio da malta, aquela parcela mais desinformada da sociedade que aplaude linchamentos, defende a lei de Talião, se regozija com qualquer bode expiatório. E, no contraponto, as vaias da selvageria que despertou no lado oposto.

Dos dois lados do balcão, o homem mau só conseguiu trazer à tona os piores sentimentos dos admiradores e dos críticos.

A cena final
Quanto mais se isolava, mais Joaquim Barbosa radicalizava as arbitrariedades.

Ganhou alguma sobrevida graças a mudanças nos procedimentos do STF que impediam impetrar habeas corpus contra decisões do presidente da casa, uma iniciativa do ex-presidente César Peluso supondo que jamais a presidência seria ocupada por uma pessoa desajustada.

As arbitrariedades foram tão ostensivas que um gesto totalmente fora das regras – do advogado de José Genoíno, invadindo uma sessão do STF para questiona-lo – não mereceu uma condenação sequer dos Ministros da casa. Pelo contrário, estimulou a defesa de Marco Aurélio de Mello, porque sabendo ser ato de absoluto desespero, de quem via leis e procedimentos jurídicos atropelados pela insanidade de um julgador.

E aí o poderoso, o imbatível Joaquim Barbosa pediu aposentadoria e, ontem, se afastou da AP 470 procurando se vitimizar, dizendo-se alvo de manifestos políticos e de ameaças do advogado.

Sai no momento em que o STF iria colocar um fim em suas arbitrariedades.

Do Jornal Nacional mereceu uma nota seca, que surpreendentemente terminou com uma frase do advogado que o enfrentou: “Agora, o Supremo poderá voltar a julgar com isenção”. De seus pares, não mereceu nada, nenhuma saudação. Talvez na última sessão seja agraciado com os elogios aliviados de algum colega seguidor das formalidades do STF.

Saindo, passa uma enorme sensação de desperdício. Desperdício em relação ao que poderia ter sido na renovação do STF, na afirmação da diversidade racial, na consagração do esforço individual.

Fica apenas a imagem de um homem mau e sem grandeza, que nem na hora da saída mira a história: seu objetivo único, agora, é se vingar de um advogado que ousou enfrentar a sua ira.

Vicente Jr.

Bobagem, só mostra o atraso em que NOSSO país está. Um país desenvolvido, de fato, não aceitaria a entrada de recursos oriundos de ditadores.

fernando

O jornal o globo esta ha uns dez dias criticando a beiha flor e o ditador, justica seja feita.

Tiago Tobias

O que diria Leilane Neubarth sobre o Teodorinho? “Nossa! Não é nem bonitinho, é bonitão. Grande o garoto”

Julio Silveira

A Globo é “pragmatica”. .

FrancoAtirador

.
.
De uma reportagem no Portal Terra:

“Enredo Patrocinado”

“Assim com a Beija-Flor
com o polêmico enredo
sobre a Guiné Equatorial,
a Unidos da Tijuca também
recebeu ajuda para o desfile.

Empresários suíços ajudaram a colocar
a escola com grandiosidade na avenida.

Logicamente, não houve menções ao fato

da Suíça em muitas vezes ser utilizada

como um Paraíso Fiscal.” [Dããã? Tóin!]
.
.

FrancoAtirador

http://ow.ly/IUxRh

Gerson Carneiro

E se os irmãos Castro doassem 10 milhões para alguma escola de samba do grupo especial homenagear o povo cubano?

    FrancoAtirador

    .
    .
    O Povo Gargalhava

    E o Merval Sambava.

    (http://imgur.com/SpIWhGB)

    tijolaco.com.br/blog/wp-content/uploads/2015/02/choramerval.jpg

    Julio Silveira

    Certamente a Globo cairia de pau, afinal ela pode ser pragmatica mas quando se trata de seguir o dogma yanke ela é mais reslista que o rei.

Gerson

“Aqui cabem muito bem, ironicamente, as palavras do próprio Merval Pereira, com os devidos ajustes:

Presos por opinião política na Guiné Equatorial não contam com a solidariedade da Globo, que se arroga o título de grande defensora dos direitos humanos, mas não liga muito quando países amigos os transgridem”.

Sem mais nada a comentar. Parabéns pelo texto!

roberto

Para quem não paga o DARF das multas de sua própria sonegação, apoiar um ditadorzinho africano tem tudo a ver.
Bandido só denúncia outro se for para diminuir a pena.

Francisco

Ditadura, ditadura mesmo é eu pagar meus impostos em dias, ter um dos mais antigos sistemas de TV do mundo (só antecedido pela BBC e ABC), canais abertos, canais pagos, canais por parabólica, ter no financiamento de publicidade televisiva uma das maiores despesas do governo eleito, nenhuma (zero) censura na rádio AM ou FM, nenhuma (zero) censura em qualquer mídia impressa e ter que ouvir esse tipo de comentário somente quando acesso a internet.

Num site pessoal que não recebe apoio financeiro NENHUM para a difusão da noticia jornalística de NINGUÉM.

A Globo não pode falar da Guiné porque seria falar de si mesma.

Zanchetta

Talvez seja porque ele é amiguinho do Lula…

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,amorim-defende-visita-de-lula-a-guine-equatorial,576542

Francisco de Assis

Endereço da GLOBO nas ILHAS VIRGENS consta da lista do HSBC SUIÇA

O jornalista Joaquim de Carvalho, na sua série de reportagens ‘O caso GLOBO’ (*), publicadas no DCM – Diário do Centro do Mundo, relata que a GLOBO, para SONEGAR impostos no Brasil, abriu a empresa Empire Investment Group Ltd., com capital de aproximadamente 220 milhões de dólares, nas Ilhas Virgens Britanicas. Ínforma também que o processo da GLOBO sobre esta sonegação de impostos foi furtado da Receita em 2 de janeiro de 2007. O processo de compra dos direitos da Copa 2002 pela GLOBO provavelmente começara na Copa anterior, em 1998.

A Empire da GLOBO se resumia fisicamente à Caixa Postal 3340 – Road Town – British Virgin Islands (BVI).

Discute-se hoje no mundo inteiro, exceto no Brasil (**), a lista de bandidos, possíveis bandidos e clientes normais, do HSBC Suiça, contendo a escória dos criminosos mundiais, como sonegadores de impostos e traficantes de droga, de armas e de seres humanos, por exemplo. O período coberto por estes dados vai de 1997 a 2007, cobrindo o período em que provavelmente foram negociados os direitos da Copa 2002.

No http://icij-uploads.s3-website-us-east-1.amazonaws.com/2013/10/offshore/csv.zip foi disponibilizada (***) uma sublista desta escória mundial, contendo bandidos e suspeitos do Oriente, mas não somente.

No arquivo nodesNW.csv, contido no arquivo ZIP acima, constam seis (6) registros de empresas com a mesma Caixa Postal 3340, da Empire, usada pela GLOBO para sonegar impostos. Duas se identificam como sendo da Ernst Young e da Tricor Services Limited (sucessora da Ernst Young, segundo Joaquim de Carvalho). Os outros quatro (4) registros ESCONDEM as empresas proprietárias, que SE TORNAM ASSIM ALTAMENTE SUSPEITAS DE ALGUMA BANDIDAGEM. Seguem-se os campos “Unique_ID”, “subtypes_” e “description” dos 6 registros encontrados:

Unique_ID,subtypes_, description_
236919, ADDRESS, c/o Tricor Services (BVI) Limited P.O. Box 3340, Road Town, Tortola British Virgin Islands
264732, ADDRESS, Ernst & Young Trust Corporation (BVI) Limited PO Box 3340, Road Town Tortola British Virgin Islands
279577, ADDRESS, P. O. Box 3340 2/F PALM GROVE HOUSE Road Town Tortola British Virgin Islands
238839, ADDRESS, P O Box 3340 Dawson Building Road Town Tortola
238911, ADDRESS, P.O. Box 3340, Road Town, Tortola, British Virgin Islands
238717, ADDRESS, P.O.Box 3340, Road Town,Tortola, British Virgin Islands.

Estes dados são aqui divulgados para que outras pessoas possam juntar outras infomações, com o intuito de IDENTIFICAR quais são estas empresas não identificadas, e que, por isso mesmo, SÃO SUSPEITAS DE SEREM CRIMINOSAS.

Ou então, quem sabe, para que as Organizações GLOBO, que não é mais primária e já foi indiciada por crime de sonegação, e diz que já se acertou com a Receita quanto a isso, se defenda DECLARANDO OFICIALMENTE que jamais usou o HSBC SUIÇA para movimentar fundos suspeitos, usando a EMPIRE ou outra empresa do GRUPO GLOBO. Caso contrário, a SUSPEITA sobre a GLOBO agora só aumentará, com este indício das seis ocorrencias da Caixa Postal 3340 nas Ilhas Virgens na lista dos bandidos e suspeitos do HSBC SUIÇA no período 1997-2007.

—————————————————————————————————
Observações:

(*) Consulte http://www.diariodocentrodomundo.com.br/categorias/caso-globo/

(**) Como se sabe, o pseudo-jornalista do interesse público, e ‘jornalista’ de interesses particulares e inconfessáveis, Fernando Rodrigues, subordinado do UOL/GRUPO FOLHA, satélites e vassalos da GLOBO, foi o único “jornalista” ‘com sede no Brasil’ a receber do Le Monde, através do ICIJ, a lista de brasileiros, bandidos e suspeitos, do HSBC Suiça. E este pseudo-jornalista SENTOU-SE em cima da lista, e não a divulga como devido ao interesse público, picotando a divulgação em pedaços de interesses particulares e inconfessáveis.

(***) Informação trazida pelo comentarista Marcos St., na matéria “A lista dos brasileiros no HSBC da Ásia atualizada”, no link http://www.jornalggn.com.br/noticia/a-lista-dos-brasileiros-no-hsbc-da-asia-atualizada

Romanelli

não não ..do qeu vi a GLOBONEWS não, falou bem antes da saia justa ..inclusive deu destaque pelo fato do BRASIL estar estreitando laços com aquele governo

Caracol

A Globo é hipócrita para benefício dos babacas. Ao mesmo tempo é criminosa para benefício de seus cúmplices.
Eu gostaria de saber quantos, na nossa sociedade, são babacas e quantos são cúmplices.
Mera curiosidade.
Alguém aí se habilita e faz alguma estimativa?

antonio simas

Essa Globo!

FrancoAtirador

.
.
Guiné Equatorial é um exemplo clássico

de Exploração Colonial Européia na África.

Nesse país africano, há 3 idiomas oficiais:

Espanhol, Francês e Português…
.
.
Além de fato histórico de que, de 1641 a 1648,
a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais,
sem o consentimento de Portugal, fixou-se
na ilha de Bioko, centralizando ali
o Comércio de Escravos do Golfo de Guiné.
.
.
Mais recentemente, no ano de 2004,
uma investigação do Senado dos EUA
no Banco Riggs, com sede em Washington,
descobriu que a família de Obiang
tinha recebido enormes pagamentos
de empresas de petróleo dos EUA,
como a Exxon Mobil e Amerada Hess.

Em 2006, a Secretária de Estado dos United States,
no Governo George W. Bush, Condoleezza Rice,
saudou o ‘Presidente’ Obiang como um ‘bom amigo’.

Assim é que, “se é amigo dos Stêits,
é amigo da Globo”. E vice-versa.
.
.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9_Equatorial#Hist.C3.B3ria)
.
.

ana s.

Palmas para o Viomundo, pelo excelente texto que, inclusive, faz a ressalva devida para a hipocrisia dos que denunciam o financiamento da Guiné Equatorial e não denunciam outros financiamentos muito suspeitos que sempre aconteceram. Parabéns tb pelo saco ded assistir ao programa de TV mais chato do mundo: o desfile das escolas de samba.

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