Segunda parte da entrevista que o ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE) concedeu para Luis Nassif, do jornal GGN.
Neste bloco, ele conta que já alertava para as manobras ilegais de Eduardo Cunha no Congresso, desde o governo Collor, chama de “quadrilha” o grupo político composto por Cunha, Eliseu Padilha e outros nomes próximos a Michel Temer e, ainda, anuncia o envolvimento de Temer no esquema de corrupção do Porto de Santos e os embates políticos que evitou maior desgaste do governo Lula no Mensalão.
“Você tem uma quadrilha na Câmara, que ainda hoje existe, e é mandada hoje de dentro da cadeia, como acabou de denunciar o Renan Calheiros, pelo Eduardo Cunha, que documentou-se na grana que distribuiu aí pra todo mundo, você tem a quadrilha do Senado que aí é [Valdir] Raupp, [Romero] Jucá, essa turma, Renan, Eunício Oliveira, que é 14 anos o tesoureira do partido (PMDB), e você tem a enturragem pessoal do Michel Temer que ainda tem a característica pessoal de estar mofada mentalmente, porque alem de serem corruptos também são velhos que não conhecem mais o Brasil, daí você explica, também porque o Michel Temer faz tanta patetada (…) Na última eleição que ele disputou, ele saiu como o último deputado votado nos 71 deputados de São Paulo, e já estava chafurdando na corrupção da Docas [do Porto] de Santos. Eu tenho o processo onde uma moça reclama do reconhecimento de união estável e pede a pensão e diz lá como eram as reuniões, a divisão do dinheiro, e sumiram com esse processo do Fórum de São Paulo, mas antes um amigo me deu posse da cópia”.
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