Beatriz Cerqueira: Governo de Minas quer calar educadores. Veja por quê
Tempo de leitura: 3 minQuerem calar os educadores mineiros
por Beatriz Cerqueira, no site da CUT
Desde 2008, os trabalhadores em educação da rede estadual lutam pelo pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. Mas, a luta vai além da questão salarial. Em todas as pautas de reivindicações demandas de acesso, permanência e qualidade da educação foram apresentadas ao governo mineiro.
Desde que o modelo do choque de gestão foi feito no Estado, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) acompanhou as políticas públicas da educação (ou a sua ausência), os programas de governo e os indicadores de qualidade. Estudos feitos pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), relatórios do Tribunal de Contas do Estado, e mesmo as publicações oficiais do governo denunciam uma realidade diferente das peças publicitárias veiculadas no Estado.
Há anos, o Sindicato denuncia as precárias condições de trabalho do professor e dos educadores em Minas Gerais, a falta de estrutura física das escolas, a falta de vagas na educação básica, a destruição da profissão docente no Estado. Em 2014, o comportamento da entidade não foi diferente. Apresentou a pauta de reivindicações com demandas relacionadas à educação de qualidade, acesso e permanência na escola.
O governo estadual, a exemplo de anos anteriores, ignorou os problemas das escolas estaduais e seus educadores. Também, a exemplo de anos anteriores, o Sind-UTE/MG denunciou os problemas. Mas a denúncia da realidade, que não cita nenhum nome de candidato, incomodou a coligação encabeçada pelo PSDB que, em dois dias, já tentou impedir, por três vezes, a veiculação da campanha de informação da realidade das escolas estaduais.
A tentativa de censurar os trabalhadores em educação demonstra a forma como fomos tratados nos últimos anos: a mordaça como pedagogia do medo enquanto se destrói a escola pública mineira.
Na campanha de informação, conforme divulgamos a seguir, não falamos nenhuma novidade.
Acompanhe o que o governo de Minas fez contra a educação mineira
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· Não dá autonomia para os professores avaliarem o processo de aprendizagem dos alunos, impondo a aprovação automática
· Manipula as informações sobre qualidade da educação, divulgando apenas o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB). Outros indicadores que apontam os problemas não são repassados à população
· O programa Fica Vivo não diminuiu a violência. A taxa de homicídio em Minas aumentou 80% de 2001 a 2011. Nossos jovens estão morrendo!
· Os programas do Governo são apenas para propaganda, não atingem a maioria dos municípios mineiros. O Poupança Jovem, por exemplo, atende apenas nove municípios
· Faltam 1.010.491 de vagas no Ensino Médio
· Somente 35% das crianças mineiras conseguem vaga na Educação Infantil
· Não tem nenhuma política preventiva sobre violência nas escolas. Professores são agredidos, alunos assassinados e nada é feito
· Não paga o Piso Salarial Profissional Nacional aos profissionais do Magistério, conforme determinado pela Lei Federal 11.738/08 e decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
· Efetivou, sem concurso, mais de 98 mil servidores, colocando estas pessoas numa situação de fragilidade jurídica
· Congelou a carreira de todos os trabalhadores em educação até dezembro de 2015
· Não cumpre acordos que assina
· Acabou com o Fundo de Previdência dos Servidores Estaduais (Funpemg), que já tinha capitalizado mais de R$3 bilhões para aposentadoria dos servidores.
Mas parece que o que incomodou foi a possibilidade da população ser lembrada sobre os problemas da escola, durante o período eleitoral. Qual o medo? Vamos fazer o debate público sobre a realidade da educação mineira? Porque a censura é o instrumento de uma ditadura, não de um Estado democrático.
Quem quer ser gestor tem que aprender a conviver com quem pensa diferente.
Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG e coordenadora-geral do Sind-UTE/MG
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Comentários
Hell Back
Nenhum país que quer ser moderno pode prescindir de uma educação de qualidade. Vide história das grandes nações.
pimenta
Minas Gerais
Professores universitários cobram transparência do governo do Estado
Funcionários da Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi) acusam falta de diálogo na incorporação da instituição à Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg)
A iminente demissão de efetivados pela Lei 100, sancionada por Aécio Neves (PSDB) em 2007 e considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) vai produzir um efeito cascata nas fundações educacionais do interior que estão sendo estadualizadas, ou seja, incorporadas à Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg). É o caso da Fundação Educacional de Divinópolis (Funedi). Durante encontro nesta terça-feira na cidade como o candidato a governador Fernando Pimentel (PT), o professor do curso de Psicologia da Funedi, André Amorim Martins, disse que será necessário um concurso para contratação de professores e que os alunos estão sem saber o que irá ocorrer com o centro educacional. Ele observou o governo não resolveu até agora nem mesmo a situação da Uemg, onde na maior parte os professores são efetivados da Lei 100. Veja AQUI vídeo sobre a greve da Uemg.
“Não sabemos como vai ser o processo de estadualização, os próprios alunos estão com medo. A universidade não pode ser abandonada”, afirmou Martins.
Os professores da Funedi apresentaram a Fernando Pimentel carta que enviaram ao governo do Estado em que pedem mais transparência e diálogo no processo de estadualização. O candidato da Coligação Minas Pra Você assegurou no encontro que, se eleito, as universidades estaduais serão preservadas, bem com os direitos dos servidores.
“Nós vamos evitar o fechamento das universidades estaduais, porque a maior parte desse contingente de funcionários e professores (da Lei 100) está justamente nessas instituições e vamos procurar preservar os direitos daqueles que foram vítimas da irresponsabilidade do estado”, disse o candidato.
Agenda intensa
Pimentel cumpriu uma agenda intensa em Divinópolis. Foi a uma reunião plenária de líderes locais na Paróquia Santo Antônio, acompanhado de deputados e do candidato a senador pela Coligação Minas Pra Você, Josué Alencar (PMDB). No encontro, defendeu a continuidade de programas sociais dos governos Lula e Dilma, como o Minha Casa, Minha Vida (maior programa de habitação popular do mundo) e o Pronatec (programa de ensino técnico). Assumiu também como prioridade a conclusão das obras do Hospital Regional de Divinópolis, que se arrastam há vários anos por falta de investimento do governo estadual, e a recuperação do hospital filantrópico São João de Deus, que passa por grave crise financeira.
No seu último compromisso desta terça-feira na cidade do Centro-Oeste de Minas, o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior se reuniu com empresários na sede regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na ocasião, os empresários pediram, principalmente, a simplificação da legislação tributária do estado e redução de impostos. Pimentel lembrou que essas medidas já são bandeiras de seu programa de governo.
O candidato também se mostrou preocupado em relação às indústrias de ferro-gusa da região, que enfrentam forte concorrência com produtos chineses. “Atualmente, 10 das 17 empresas da região estão com as atividades suspensas. Desde novembro de 2013, 300 profissionais foram demitidos”, observou, lembrando que um dos principais pontos de seu programa de governo é fortalecer as vocações econômicas de cada região.
JOSE ROCHA SOBRINHO
companheiros educadores… de SP.BH.vamos em frente derrotar o que não presta, candidato que não cumpre as propostas, PAU NELES.
Atuante
A Democracia chegou a Minas.
Junia Mara, saudades….
Rogério Correa, força aí…
Beatriz, força também pra ti, e cuide-se.
JOSE ROCHA SOBRINHO
A educação de Minas Gerais n~]ao é diferente do Estado de São e o governo é o mesmo PSDB, onde tem PSDB na administração publica o povo esta sofrendo, falta D’Agua, mensalão do Metro, Pedágios e outras mazelas feito no governo “TUCANO”
Alemao
Esse ataque à gestão da educação no estado é claramente eleitoreira. A educação em todo país está em frangalhos. Se a colocação do estado nos exames internacionais melhorou em relação aos outros estados, então é porque algo de certo foi feito. Citar dados isoladamente sem apresentar a contrapartida nos outros estados, inclusive os governados pelo PT, é de total vigarice intelectual.
Armando
Ela colocou aquilo que ela vivencia na realidade do estado de Minas, aquele do choque de gestão neoliberal, sem dados confiáveis,manipulados, imprensa comprada, inexistência de poderes independentes e que realmente fiscalizem todos os desmandos do playboy das Alterosas e da quadrilha dele. É estranho o sr. pedir comparações para tentar negar as críticas colocadas, sem contrapor nada a elas. O comitê tucano para a internet tem que instruir melhor seus empregados e capachos. Por que, por exemplo, aquele jornalista preso há 4 meses, incomunicável, não é motivo de indignação de nossa porca grande imprensa, aquela que esconde também as dezenas de mazelas de Minas, S.Paulo e Paraná. O jornalista denunciou coisas assombrosas sobre a administração do Ócio Neves e sua quadrilha. Sem falas do HELIPÓPTERO com 445 kg de pasta base de cocaína e as possíveis ligações entre financiamento de campanha dessa máfia.
Alemao
Tá certo, a CIA manipula o PISA…
Marcos Faria
Tudo o que a Sra. Beatriz disse é verdade. é também de conhecimento da maioria da classe de professores e sociedade que Aécio implantou em MG a censura na imprensa, permitindo divulgar apenas o que era de interesse do governo.
Porém, é preciso lembrar, que a Sra. Beatriz prega a democracia, mas pratica a ditadura da coordenação do Sind-UTE. Estou falando isso por conhecimento de causa própria.
volto a repetir tudo o que diz a respeito do governo e da Educação mineira é verdade. contudo, nem tudo que reluz é ouro.
C.Paoliello
Demagogia de Aécio causará 78 mil demissões na Educação de MG:
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Trapalhada-administrativa-de-Aecio-resultara-em-78-mil-demissoes-em-MG-/4/31594
Acunha
Aécio no JN: “vamos, sim, enxugar o Estado”.
Sei: vai demitir funcionários públicos, “pra economizar”. E o dinheiro economizado vai ser aplicado no quê? Em aeroportos como o de Cláudio/MG?
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