A nota da Prefeitura de Lucas do Rio Verde

Tempo de leitura: 2 min

Saúde
Prefeitura de Lucas do Rio Verde questiona pesquisa da UFMT sobre a presença de agrotóxicos no leite materno

Segundo o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, o município é um polo regional na revenda de agrotóxicos e por isso existe uma grande diferença entre o valor comercializado e o valor consumido

Apesar de oferecer todas as condições para a realização do trabalho, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde afirma que ainda não recebeu uma cópia da dissertação de mestrado em Saúde Coletiva da bióloga Danielly de Andrade Palma. A pesquisa foi apresentada no dia 15 de março a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e aponta a presença de agrotóxicos no leite materno.

De acordo com o secretário municipal de  Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde tem todo o interesse nos resultados do trabalho e diz estranhar o fato da pesquisa ter ganho repercussão nacional, sem que a parte mais interessada tenha sido comunicada.

“A prefeitura não tem nada a esconder, muito pelo contrário, esta disposta a aprofundar o trabalho e buscar as soluções necessárias”.

Segundo o secretário, a intenção é propor junto aos responsáveis a criação de um grupo de trabalho para que possa avaliar melhor alguns aspectos da pesquisa, principalmente no que diz respeito a metodologia e ao histórico das mulheres avaliadas, para que a partir dos resultados, possam ser estabelecidas outras ações de controle.

Pascoski explica que o estudo está relacionado a um fato isolado,  a revoada de agrotóxicos que ocorreu em 2007 e atingiu o perímetro urbano. Porém, segundo ele, desde o incidente, o poder público tem tomado as providências necessárias para conter o avanço da agricultura nas áreas urbanas, com a fiscalização e a elaboração de leis que limitam o uso de defensivos e estabelecem o isolamento entre as áreas do município.

O secretário ressalta ainda os equívocos existentes a respeito do volume de agrotóxicos divulgado pela pesquisa, uma vez que existem particularidades na produção agrícola do município que devem ser consideradas. “Diferente de outras regiões, Lucas do Rio Verde possui duas e até três safras anuais, o que aumenta a média de uso de defensivos, se comparada a outros municípios”.

Segundo ele, o que não significa que os produtores rurais utilizam mais do que o necessário, muito pelo contrário, o objetivo é utilizar cada vez menos, uma vez que, o uso de defensivos agrícolas representa aproximadamente 30% do valor da safra.

Pascoski ressalta também o fato de que Lucas do Rio Verde é um polo regional na distribuição de agrotóxicos e que a pesquisa foi realizada com base nos números obtidos nas revendas agrícolas pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Mato Grosso. “Nem tudo que é revendido é aplicado nas lavouras de Lucas do Rio Verde, agricultores de seis municípios da região compram os defensivos aqui e aplicam em suas propriedades”.

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O secretário lembra ainda que o município não é somente conhecido em todo o País como um dos maiores produtores de grãos do Estado de Mato Grosso, mas também, por meio do projeto Lucas do Rio Verde Legal, que busca o desenvolvimento da agricultura aliada a preservação do meio ambiente.

Ascom/Marcello Paulino

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Comentários

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Luverdense

Moro em Lucas, apesar de saber que estamos sendo contaminados por agrotóxicos (o que lamento), Lucas é modelo de sustentabilidade, se esta pesquisa fosse feita em todos os habitantes do estado ou pais ou mundo, estaríamos sendo honestos com os resultados, pois existe a contaminação de todos (o que está faltando é um ponto de referência), Lucas mais uma vez é vítima de interesses pessoais e políticos de alguns, não sejamos hipócritas. Só um detalhe: qual município no brasil que cobra dos estabelecimentos de saúde um plano de controle ambiental.

betinho2

Quanto a Edu Laudi Paskoski dizer que parte dos agrotóxicos serem usados em municípios vizinhos, não creio ser verdade, poios Tapurah, Vera, Cláudia estão mais próximas comercialmente à Sinop, com a mesma ou melhor estrutura comercial, e abaixo temos Nova Mutum também muito bem estruturada no comércio de agrotóxicos. Sem considerar ainda que os dados da pesquisadora Palma, devem estar aquém, pois se foram obtidos com comerciantes locais, não estariam ai incluidas as vendas e entregas diretas pela Syngenta, Monsanto e outras, que é o que acontece como principal modalidade de compra dos maiores empresários rurais do agronegócio.

betinho2

Duas vezes prefeito:

"Com um patrimônio avaliado em R$ 132 milhões, o candidato a vice-governador pela coligação "Mato Grosso Melhor Pra Você", o deputado estadual licenciado Otaviano Olavo Pivetta (PDT) é o segundo mais rico na disputa eleitoral deste ano, no Estado. Pivetta foi prefeito, por duas vezes, de Lucas do Rio Verde (324 km ao Norte de Cuiabá) e é empresário do setor do agronegócio".
Fonte :http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=78707&codDep=11

Comento: Otaviano chegou na região em 82, levando uma mudança (era caminhoneiro), gostou da região e ficou por lá fazendo frete com seu caminhão. Era inicialmente conhecido como "Faz Frete". Certa ocasião perguntei a um primo meu que é pioneiro na região, qual o segredo do patrimônio de Otaviano. Me respondeu, rindo: "única coisa que sei é que vender alguma coisa para ele, receba primeiro, para depois entregar o bem vendido. Se comprar faça o contrário, receba depois pague".
A capivara dele deve ser maior que a do Beira-Mar, outras modalidades, claro.
Atualmente o Prefeito reeleito é Marino Franz (PPS) também grande empresário do agronegócio.

betinho2

Comecemos pelo "Legal", vejam quem são os PARCEIROS:

Projeto Lucas do Rio Verde Legal

Pessoas Atingidas:
360 produtores, sendo 680 propriedades = 100% do município de Lucas do Rio Verde (MT).

Local de desenvolvimento:
Lucas do Rio Verde (MT).

Resumo:

Transformar Lucas do Rio Verde (MT) no primeiro município brasileiro a ter todas as suas 680 propriedades rurais ambientalmente regularizadas conforme o Código Florestal. Essa é a meta do projeto Lucas do Rio Verde Legal, cuja primeira etapa foi o mapeamento de toda a área do município. Os resultados desse levantamento estão sendo entregues aos proprietários rurais em forma de dossiês de cada uma das propriedades. Com base no mapeamento, serão levantadas as melhores opções para a regularização de reservas e áreas de preservação permanente.

Este projeto é fruto da parceria entre a Syngenta, a prefeitura de Lucas do Rio Verde, a ONG internacional The Nature Conservancy (TNC), a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), a Fundação Rio Verde, o Ministério Público Estadual, a Sadia, o Instituto Sadia de Sustentabilidade e a Fiagril.

A Syngenta é a única fabricante de defensivos agrícolas que participa diretamente do projeto. O papel da empresa neste projeto é fornecer o diagnóstico das práticas de uso correto dos defensivos agrícolas, além de implementar processos e treinamentos que melhorem a segurança na agricultura e promovam uma produção agrícola sustentável.

Pall Kunkanen

Em agosto do ano passado estava em visita no interior do RS, vi um chapéu feito de palha de trigo na vitrine de uma agropecuária. Entrei para comprar e vi e ouvi um vendedor negociando a venda de 2mil litros de agrotóxico contrabandeado do Uruguai. No mesmo dia ouço comercial na rádio da cidade vizinha "que agropecuária tal vendia Roundup" original". Na volta a sampa fiz a denúncia na PF e na semana seguinte mais de 10 pessoas foram presas na região. Falta mais denúncia, mais esclarecimento a respeito dos venenos para a população. Basta ver o alto índice de suicídios, depressão e cancêr na zona rural. Eu assinei a Revista Globo Rural por 20 anos, deixei pq em 2009 fizeram uma matéria que só faltava dizer que os agrotóxicos podiam ser tomados. Reclamei na redação sequer resposta me enviaram. Mas eu dei uma resposta à altura.

Mário SF Alves

"De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edu Pascoski, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde tem todo o interesse nos resultados do trabalho e diz estranhar o fato da pesquisa ter ganho repercussão nacional, sem que a parte mais interessada tenha sido comunicada."
É por essas e por outras que a onda autoritária – a radiação de fundo – ainda perpassa a cabeça de muito dirigente por aí. Ora, Senhor Secretário, tenhamos a santa paciência, estamos diante de um problema que diz respeito à humanidade, senhor.

FrancoAtirador

.
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Agronegócio é um eufemismo para denominar uma ideologia

baseada no direito sagrado à propriedade,

onde o proprietário se acha no pleno direito

de fazer o que bem entende com os reinos animal, vegetal e mineral,

sem se sentir no dever de dar satisfações ao Estado e à Sociedade.

Ironicamente o agronegociante ainda se sente um benfeitor do ser humano,

um espécime escolhido por Deus para salvar da fome a Humanidade.
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A AGRICULTURA FAMILIAR É A ÚNICA ALTERNATIVA PARA O PLANETA.
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VIVA O MST E TODOS OS MOVIMENTOS SOCIAIS LIGADOS AO CAMPO.
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    Horácio

    É verdade Franco Atirador. Recentemente um proprietário foi denunciado por estar caçando pássaros em sua propriedade e ele simplesmente alegou que não tinha que dar satisfações a ninguém, pois estava dentro de seus domínios. É o que pensa essa gente.

JotaCe

NOME CERTO AOS BOIS

Prezada Manuela,

A Dra. Danielly Palma deve ter tido especiais razões para não entregar o seu trabalho de forma imediata à Prefeitura de Lucas do Rio Verde. Por sinal, o secretário de agricultura e meio ambiente daquele município engrossa o cordão dos puxa-sacos como o faz a Globo: desrespeita até o nome oficial dos biocidas utilizados na agricultura e que contaminaram os habitantes do município. O que ele chama de ‘defensivos agrícolas’, são na realidade agrotóxicos conforme os denomina a Lei Federal no.7.802 de 12 de julho de 1989 e regulamentada em 11/01/90 sob o no. 98.816.

JotaCe

Hélio Pereira

O Projeto Lucas do Rio Verde Legal,citado pelo Secretário,comandado por uma ONG,que recebe recursos de empresas multinacionais ligadas ao Setor de Agrotoxico,não é nada mais que a aplicação da lei,que manda preservar as Nascentes,margens de Rios e Corregos,não chega sequer a manter a Reserva Legal mínima de Mata Nativa.
Eu acho lamentável que este Secretário não demonstre nenhuma preocupação com a Saúde da População,se preocupando apenas em defender os Grandes Fazendeiros e os Laboratórios que produzem este Veneno,denominado Agrotoxico.

Dicesar L. Fernandez

Azenha:

Você viu o Globo Rural de hoje (domingo)? Dizendo que não tem problemas na área. Essas pesquisas devem ser fajutas! Que horror! O poder economico das empresas de agrotóxicos é poderoso.

Fernando

Qual será o partido do prefeito?????

    FrancoAtirador

    .
    .
    Ele deve ser do

    PUIA

    Partido do Uso Indiscriminado de Agrotóxicos
    .
    .

Christiano Almeida

Agora eu entendi o porque(?) da reportagem – extensa por sinal – do Globo Rural em 27.03.2001. Como a Globo não dar ponto sem nó, fiquei a perguntar – cá com meus botões – qual o interesse da GLOBO com essa reportagem? Destacar o projeto Lucas do Rio Verde Legal? Ressaltar a necessidade da preservação do meio ambiente? Não! Entendo que tem duas serventias: De chofre, ofuscar a denúncia da Mestranda. Num segundo momento, em sendo possível, observemos que a reportagem deixa a entender da "NECESSIDADE" de um novo código florestal. Quando você junta a reportagem, o que é dito, o que é mostrado, como é dito, como é mostrado, o agronegócio, a natureza, os rios, os riachos, os córregos, olha… Aí sim, você percebe a sacanagem: à aprovação do que o "cumunista" aldo 'rabo preso' rabelo propõe. VAde retro!!!!!

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