Desigualdade nos Estados Unidos: Yes, nós somos bananas

Tempo de leitura: 4 min

Nossa república das bananas

By NICHOLAS D. KRISTOF, no New York Times

November 6, 2010

Em minhas reportagens, eu viajo regularmente às repúblicas das bananas notórias por sua desigualdade. Em algumas destas plutocracias, o 1%  mais rico da população abocanha até 20% da torta nacional.

Mas, dá para acreditar? Você não precisa viajar a países distantes e perigosos para observar tal desigualdade. Nós temos isso bem aqui em casa — e depois das eleições de quinta-feira, pode piorar.

O 1% mais rico dos norte-americanos agora acumula quase 24% da renda nacional, comparado com 9% em 1976. Como Timothy Noah da [revista eletrônica] Slate notou em sua excelente série sobre desigualdade, os Estados Unidos agora tem uma distribuição de riqueza mais desigual que as tradicionais repúblicas das bananas da Nicarágua, Venezuela e Guiana.

Os dirigentes das maiores companhias dos Estados Unidos ganhavam em média 42 vezes o salário médio dos trabalhadores em 1980, mas isso passou a 531 vezes em 2001. Talvez a estatística mais chocante seja esta: de 1980 a 2005, mais de quatro quintos do aumento total de renda dos Estados Unidos foram para o 1% mais rico.

Este é o cenário para uma das grandes brigas pós-eleitorais de Washington — até quando estender os cortes de impostos de Bush para os 2% mais ricos dos Estados Unidos. Os dois partidos concordam em estender os cortes de impostos para quem ganha até 250 mil dólares [por ano]. Os republicanos também querem estender os cortes de impostos para quem ganha acima disso.

O 0,1% dos contribuintes mais ricos receberia um corte de impostos de 61 mil dólares do presidente Obama. Mas receberia 370 mil dólares [de corte de impostos] dos republicanos, de acordo com o grupo não partidário Tax Policy Center. E isso resultaria num modesto estímulo econômico, já que os ricos em geral não gastam o que deixam de pagar em impostos.

Num período de desemprego de 9,6%, não faria mais sentido financiar um programa de emprego? Por exemplo, o dinheiro poderia ser usado para evitar a demissão de professores e o enfraquecimento das escolas norte-americanas.

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Além disso, uma prioridade óbvia do pior desaquecimento da economia em 70 anos seria estender o seguro-desemprego, parte do qual será cortado em breve a não ser que o Congresso aja para renová-lo. Ou há também o programa de assistência para o ajuste do comércio, que ajuda a treinar e apoiar trabalhadores que perderam seus empregos por causa do comércio exterior. Não será mais aplicado aos trabalhadores do setor de serviços depois de primeiro de janeiro [de 2011], a não ser que o Congresso intervenha.

Assim temos uma escolha. São nossa prioridade econômica os desempregados ou os zilionários?

E se os republicanos estão preocupados com o déficit do orçamento de longo prazo, uma preocupação justa, por que insistem em dois passos que economistas não partidários dizem que piorariam os déficits em mais de 800 bilhões de dólares na próxima década — cortar impostos para os mais ricos e derrubar a reforma do sistema de saúde? Que outros programas os republicanos cortariam para garantir os 800 bilhões em receita perdida?

Ao considerar estas questões, é preciso relembrar o cenário em que se deu o crescimento da desigualdade nos Estados Unidos.

No passado, muitos de nós aceitávamos os níveis de desigualdade porque acreditávamos existir uma troca entre igualdade e crescimento econômico. Mas há provas de que os níveis de desigualdade que agora atingimos na verdade suprimem o crescimento. Uma gota de desigualdade pode lubrificar o crescimento econômico [nota do Viomundo: teoria de Ronald Reagan, a Reagonomics, segundo a qual quando sobra mais dinheiro para os mais ricos eles investem na economia e criam empregos], mas muita desigualdade pode emperrar a economia.

Robert H. Frank, da Universidade de Cornell, Adam Seth Levine da Universidade Vanderbilt e Oege Dijk, do Instituto da Universidade Europeia, recentemente escreveram um trabalho fascinante sugerindo que a desigualdade causa problemas econômicos. Eles olharam para os dados do censo para 50 estados e os 100 condados mais populosos dos Estados Unidos e encontraram relação entre os lugares onde a desigualdade mais cresceu e o crescimento do número de falencias.

Aqui está a explicação: quando a desigualdade cresce, os mais ricos pegam o dinheiro e compram mansões ainda maiores e automóveis ainda mais luxuosos. Os que se encontram abaixo tentam fazer o mesmo e acabam gastando a poupança e assumindo dívidas, tornando uma crise financeira ainda mais provável.

Outra consequência descoberta pelos estudiosos: a desigualdade crescente aumenta o número de divórcios, presumivelmente como resultado de dificuldades financeiras. Talvez eu seja muito sentimental ou romântico, mas isso me impressiona. É um lembrete de que a desigualdade não é apenas uma questão econômica, mas também de dignidade e felicidade.

Há provas crescentes de que perder um automóvel ou uma casa mexe com a sua identidade e acaba com a sua autoestima. Mudanças forçadas [de endereço] arrancam famílias de suas escolas e de suas redes de apoio.

Em resumo, desigualdade deixa as pessoas que estão mais baixo na escala social se sentindo feito ratinhos na roda que gira cada vez mais rápido, sem esperança ou escape.

Polarização econômica também rompe nosso sentido de união nacional e de objetivos comuns, gerando também polarização política.

E assim, no cenário pós-eleitoral, não devemos agravar nossa separação por renda, que deixaria um caudilho latino-americano orgulhoso. Para mim, já chegamos ao ponto das repúblicas das bananas onde a desigualdade se tornou economicamente pouco saudável e moralmente repugnante.

PS do Viomundo: Este site não gosta de julgamentos morais. Nota que os Estados Unidos combateram ferozmente os governos que tentaram reduzir a desigualdade, tanto na Nicarágua quanto na Venezuela. E, ao contrário do articulista, nota que a desigualdade nos Estados Unidos se acelerou porque os ricos passaram a exportar os empregos e, para pagar menos imposto, a sediar suas corporações em paraísos fiscais, enquanto os mais pobres foram fritar hambúrguer no setor de “serviços”.

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Comentários

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Olho neles! | A voz do Trovão

[…] a economia da América está realmente assustadora. Há grandes chances de que qualquer ideia oposicionista ao governo cresça no país no momento. O […]

Nelson

"Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante"

Quando leio a frase "Os dirigentes das maiores companhias dos Estados Unidos ganhavam em média 42 vezes o salário médio dos trabalhadores em 1980, mas isso passou a 531 vezes em 2001", logo me vêm à cabeça os versos do Renato Russo.

van

Na segunda feira, 8, falando em Nova Delhi, na Índia, Obama chegou a justificar sua política alegando que "o que é bom para os EUA é bom para o mundo."
Lembram da incomoda frase dita pelo Gal. Juracy Magalhães: "O que é bom para os EUA é bom para o Brasil"? Heinhô?
Ambas as frases ditas a partir de alianças em tempo de guerra. MEDO.
Para aliviar, vai um vídeo com o parecer de alguns professores e analistas econômicos portugueses, sobre a próxima reunião "summit" G-20: http://videos.sapo.pt/HPMHTZq666204nZc5t82

mariazinha

Qqer. brasileiro sabe das ligações do Chirico/fhc[há uma curiosidade no meio virtual sobre com que recursos financeiros o Chirico conseguiu diplomas nos EUA] com a cia e sua fábrica de golpes e mentiras. Nós adivinhamos: há uma simbiose madura entre buche e demotucano, este, lambe as botas daquele e sente orgasmos múltiplos com isto. Não àtoa, defendem políticas externas e internas que beneficiam os buches em detrimento do BRASIL. Não terão o menor escrúpulo em doar o BRASIL aos buches/sionistas e, assim, implantarem, aqui tb, a desigualdade.
Também, não é segredo para o mundo virtual que a parcela pequena dos ricaços estadunidensas é constituída de judeus sionistas; não àtoa que o presidente do BC de israel, um Tartufo insolente, prega que os pobres ajudem aos buches. http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/entrevis

Mas é só o que faltava! É cada assombração que aparece!
Ob.: buche, no caso, é designação do monstro de muitas cabeças que controla os EUA; uma das cabeças do monstro é a maçonaria que está na raíz de sua criação. Credo em cruz!

Marcia Costa

O articulista americano me fez lembrar da proposta do Senador Cristtovam Buarque – direito à felicidade – com estas palavras: "Outra consequência descoberta pelos estudiosos: a desigualdade crescente aumenta o número de divórcios, presumivelmente como resultado de dificuldades financeiras. Talvez eu seja muito sentimental ou romântico, mas isso me impressiona. É um lembrete de que a desigualdade não é apenas uma questão econômica, mas também de dignidade e felicidade." Cristovam está fazendo escola (como sempre)!

Guilherme Milani, SP

Este comentário é um desabafo que não tem a ver com o tema, mas que preciso registrar. Estou MUITO decepcionado com a Carta Capital. Meus pais, a pedido meu, cancelaram a Folha de SP para assinar a revista. O resultado? Seguidos atrasos na entrega, algo que nem reclamando foi resolvido. Há quilos de emails enviados à revista, inclusive à redação, e nenhuma resposta. Estamos em 09 de novembro e até o momento meus pais ainda não receberam o exemplar do dia 01/11, nem o de ontem, 08/11. Lamentável. Fica aqui meu protesto e alerta aos demais. É melhor garantir o exemplar nas bancas do que pagar adiantado e ficar a ver navios. Respeito é bom e a gente gosta. Obrigado.

Sergio José Dias

Sugestão de texto Azenha, sobre a crise econômica: http://pelenegra.blogspot.com/2010/11/que-crise-e

Pedro

A palavra mais usada hoje em dia nos States é aquela que nos filmes se traduz por "estrepar". Que sempre nos estreparam com as "democracias" que nos impuseram, isto é incontestável. Mas a coisa lá é séria. O que está acontecendo lá, essa concentração desenfreada, é prevista por Marx em O Capital. Se lerem a parte em que Marx trata disso, verão que isto é o capitalismo, e ponto final.

riorevolta

Desigualdade… Nada que 30 anos de Neoliberalismo explique.

Quando a realidade mostra que todas as proposições teóricas dos neoliberais fracassaram, eles preferem falsificar a realidade à mudar a teoria.

Marcelo de Matos

Como mostrou o autor, não é só nas repúblicas de bananas que há desigualdade. Nos tempo em que eu acreditava na possibilidade de consertar o mundo, meu autor predileto era Roger Garaudy. Há 21 anos ele dizia: "este mundo partido em dois, em que os 20% mais ricos dispõem de 83% dos recursos do mundo e os 20% mais pobres, 1,4%". Vou me limitar à ilustração da matéria – as bananas. Parabéns ao setor de arte. O blog fica bonito assim, em cores. O acerto de contas, há algum tempo, colocou tomates como ilustração. O efeito também foi muito bom: vide http://acertodecontas.blog.br/artigos/futebol-pol… O assunto da matéria era os jogos de futebol às 22 horas e os políticos ficha suja. A solução seria: no caso dos jogos, é só não ir; no dos políticos, não votar. Desde quando, porém, o eleitor está preocupado com a ética na política? No meu tempo de jovem diziam: "rouba, mas, faz". Parece que ainda é assim. E se o público boicotar os jogos às 22 horas, como ficarão as arenas milionárias que estão construindo? Simples elefantes brancos?

Gilson Cabral

Não é mole não, esse negócio de viver no capitalismo selvagem é muito perigoso, é um tal de trocar energia, sentimento, por material em série, riqueza , privilégios, poder, se dar bem. E os 99 % da população, compra o lixo, usa o lixo, e que se lixa, joga tudo no rio e depois vai torcer lá no campo de bola, de preferencia com umas ervas na cabeça, a maioria das vezes é com aquela aguinha baratinha, aquela que pega fogo, a do capeta. Éh, infelizmente, esse negócio, beira a depressão, temos que nos segurar, o negócio está feio. Cachorro grande, forte, só larga o osso prá beber água , no contrário, não fica perto! tiau, obrigado.

Marcelo Ramos

A base da pirâmide está cada vez mais fraca e fina. Uma hora a corda arrebenta e, nesse caso, não só o lado mais fraco vai sofrer.

Renato

BOm, enquanto eles tiverem o poder bélico que tem, colocam a CHina e a Rússia no bolso. Eu ainda ficarei com medo.

ValmontRS

Vamos divulgar!!! É hoje:

Seminário Internacional sobre regulação da mídia promovido pela Secom (Min. Franklin Martins), às 9h, em Brasília
Programação do Seminário – http://is.gd/gRtoj
Transmissão ao vivo na Internet – http://www.convergenciademidias.gov.br/

Cícero

Sempre que o mundo passa por um período de siginificativa recessão econômica, os ricos, ao final da crise, ficam mais ricos; os pobres, mais pobres. Essa é uma lógica de sustentação do capitalismo que se tem verificado ao lonfo da História. A recente crise financeira (2008-2009) que abalou a economia mundial é uma prova disso: Foi um verdadeiro caos para a classe trabalhadora, especialmente no que tange ao expressivo aumento do desemprego no mundo, com milhares de demissões de trabalhadores, principalmente na França; MAS os ricos sairam dela (da crise) mais ricos ainda.

Se não, vejamos: essa crise que começou nos EUA com a extinção da chamada bolha especulativa existente no mercado imobiliário dos Estados Unidos, prosseguindo com a quebra do banco Lehman Brothers, culminando com a falência da Seguradora AIG, desencadeou-se pelo mundo em "efeito dominó" levando à quebra de outras poderosas instituições financeiras. O Brasil foi também alcançado por essa recessão economica mundial, porém, com menor intensidade. Entre nós, o efeito da crise se verificou em maior amplitude no mercado de ações; no setor industrial, também houve demissões.

O que fizeram então os governantes dos países para contornar a crise? Veja o que foi feito pelos governos para amenizar a crise:

1. O governo estadunidense aprovou um pacote destinando US$ 700 bilhões (setecentos bilhões de dólares), dinheiro do contribuinte, PARA SOCORRER "BANQUEIROS". Desse montante, o Citigroup ficou com uma fatia equivalente a 20 bilhões de dólares, para sair do vermelho, mas depois de receber essa bolada, embolsou o dinhero e 52 mil trabalhadores.

2. A França, por sua vez, liberou 20 bilhões de euros (cerca de R$ 60 bilhões de reais) para ajudar empresas em dificuldades; uma delas, a Peugeot Citroen, também embolsou o dinheiro e demitiu 2.700 trabalhadores

3. A Itália gastou 80 bilhões de euros (101,5 bilhões de dólares) para ajudar seus monopólios e bancos quebrados; um destes, após receber a ajuda do governo, demitiu 1.000 trabalhadores.

4. A União Européia emprestou 200 bilhões de euros (mais de 580 bilhões de reais) para socorrer empresas e tentar diminuir a recessão nos 27 países do bloco europeu.

5. O G-20 injetou US$ 1 trilhão (um trilhão de dólares) na economia mundial para combater a crise financeira global.

E assim se deu em vários outros países do mundo, havendo casos em que governos chegaram a emprestar a banqueiros falidos, mais da metade do PIB do próprio país. De 2007 até hoje, os governos no mundo já destinaram

E eu pergunto? Cadê o dinheiro? Onde foi parar toda essa grana?
Resposta: no bolso dos banqueiros e empresários capitalistas.

É essa a principal razão da concentração de riquezas cada vez maior nas mãos de poucos

O mundo tem hoje cerca de 7 bilhões de pessoas. Segundo dados da Merrill Lynch-Capgemini (sobre riqueza mundial), os bilionários do mundo equivalem a 1,5% da população do planeta. Após a crise 2008-2009, esses arquimilionários da Terra AUMENTARAM suas riquezas em 19% (repito, após a crise), concentrando em suas mãos cerca de US$ 39 trilhões (trinta e nove trilhões de dólares).

Desse seleto grupo de pessoas (arquimilionárias), três milhões são banqueiros e empresários norte-americanos, cujas riquezas somadas chegam a US$ 11 trilhões (onze trilhões de dólares), muito próximo do PIB do seu país, que é de 14,2 trilhões de dólares, e quase 7 vezes mais o PIB do Brasil que é de 1,6 trilhões de dólares.

É por isso que, ás vezes, fico imaginando que as crises econômicas são "arquitetadas" com o fim de desviar dinheiro dos cofres públicos para as vultosas contas bancárias desses bilionários. Desse modo, creio que essas crises são forjadas, inventadas, como um meio artificioso de se transferir verbas públicas para empresas privadas.

    Gustavo Pamplona

    Cícero… Gostei de seu comentário! ;-)

    Bom… eu tenho uma teoria onde o capitalismo americano e o próprio sistema financeiro mundial não existem. E sabem quanto isto começou?

    Desde quando pararam de usar o chamado "lastro-ouro", afinal… hoje o sistema financeiro se baseia puramente na força das moedas e na confiança em contratos ao redor do mundo.

    Bom… falo do seguinte:

    Como os americanos ditam os rumos da economia mundial o que realmente os impede de mandar produzir mais notas e mais moedas de dólares na casa da moeda deles?

    Em outras palavras, talvez os dólares que eles injetaram na economia não passam puramente de alguns "pedaços de papel" (as notinhas) que foram fabricadas para este fim…

    Na realidade apenas alguns "bytes" foram acrescentados nos bancos de dados das contas bancárias, já que tudo isto é transferência eletrônica, mas mesmo transferindo eletronicamente obviamente o banco deve ter a disposição em dinheiro-vivo o valor da transferência então isto fica de acordo com o que eu disse acima. Ou seja: A casa da moeda produziu mais algumas notas.

    Ou vocês acham que eu acredito que o PIB deles seja aquele valor estratosférico de 14 trilhões?

    Cícero

    Gustavo Pamplona, concordo com você.

    Acredito que o capitalismo exista apenas "teoricamente", sob a luz de regras e conceitos doutrinário-ideológicos que, na prática, não se efetivam.

    Após a 2ª guerra mundial, com o fim do regime monetário-cambial pautado no padrão-ouro, a hegemonia econômica do mundo capitalista transferiu-se da Inglaterra para os EUA. A partir daí, o capitalismo mergulha na chamada 3ª fase da globalização e, desde então, tem o mundo caminhado segundo a "lógica" da globalização eletrônica na qual, com apenas um clique, bilhões de dólares são transferidos de uma parte a outra do mundo sem que se saiba a extensão e o destino das transferências de valores operadas por esse mecanismo.

    Sobre o PIB dos EUA, também creio que que exista aí um engenhoso "esquema" operado por instituições financeiras norte-americanas. A diferença entre a 1ª e a 2ª economias mundiais (EUA e Japão), em números, ultrapassa os 9 trilhões de dólares. É uma diferença muito grande, exagerada demais, mirabolante.

    Concordo, pois, com o amigo quando diz que não acredita que o PIB dos EUA corresponda a esse "valor estratosférico de 14 trilhões". Também não acredito.

    Gustavo Pamplona

    É por aí… ;-)

    O que eu quis dizer é uma espécie de falsificação "autorizada" de dólares… Eles de fato não existem… Mas os EUA continuam produzindo dólares e o mundo ainda acredita… E acho que o Sr. sabe que quando uma moeda é falsificada ela perde o valor.

    Acho que a China recentemente descobriu isto também, ou seja "como enganar o mundo" e agora tanto os EUA quanto a China estão enganando o mundo.

    Não sei quanto a você, eu ainda estou esperando o mundo descobrir a "bolha" chinesa

    E se não fosse o poderio militar deles (tanto da China e dos EUA) as coisas seriam diferentes já que eles não teriam o poder da imposição.

    Abraços! []'s

Valdete Lima

Fizerm isso a vida toda. Invadiram dizendo levar ''democracia'' e receberam ódio. Agora se perguntam: why they hate us(porque nos odeiam). A elite – dona das grandes corporações – jogou todo o emprego no exterior para pagar menos. Explorar o terceiro mundo é mais fácil. Se você tem um programa técnico, usa o telefone, de repente pergunta: onde você está, eles respondem: na Índia, na Argentina… Enquanto aqui, os técnicos estão desempregados. Simples assim

Valdete Lima

Caríssimo Azenha
Mais uma vez parabéns! Moro em Nova Iorque e, graças a Deus estou de malas prontas para ir embora, depois de 17 anos. Tudo o que foi dito é certo. Os americanos que pensam, estão de queixo caído com o que estão passando. Os que não querem pensar, dizem que não estão vendo nada de mais. A arrogância deles é atávica. Eles ainda se consideram os donos do mundo. Invadiram tanto, pensando levar ''democracia'' e só receberam ódio de volta. Eles perguntam: Why they hate us''(Porque ele nos odeiam) e, realmente não sabem porquê. Eles acham que têm o direito de entrar na sua casa e dizer: hoje você não vai comer feijoada, vai comer peixada. Fizeram isso a vida toda e mandaram todos os trabalhos para o exterior para pagar menos enquanto isso, o desemprego foi às alturas e eles não sabem – ou não querem saber – porquê.

Marcelo Fraga

Podem me chamar de radical, mas eu desejo ver aquele país quebrar de verdade, para entenderem que não são blindados, e podem sofrer das mazelas do chamado "Terceiro Mundo". Aquele povo arrogante é tão fixado no dinheiro que a única forma de entender que não são superiores é ficando pobre de verdade.

ZePovinho

Cadê o Gerson da Bahjia?????????????????

[youtube 5OHRxKvia0c http://www.youtube.com/watch?v=5OHRxKvia0c youtube]

Yes we créu !!!

Aqui no Canada, os canadenses se orgulham desse diferencial em relacao ao vizinho: embora o PIB seja muito menor do que o dos EUA, eles tem uma das melhores distribuicoes de renda entre os paises desenvolvidos. Sim, existem algumas batalhas sendo travadas contra o governo neoliberal de Stephen Harper, mas de todo modo a educacao basica eh universal e de qualidade e o acesso a saude eh para todos. Certa vez conversei com uma canadense que tinha ido a Washington e ela me contou horrores sobre a pobreza existente na capital federal. Ha tambem a questao do conservadorismo americano, especialmente na regiao do "bible-belt", onde os republicanos dominam. No Brasil, vemos apenas o lado cor-de-rosa da riqueza americana. Ninguem mostra a pobreza que ha por aquelas bandas. Alias, a midia brasileira adora mostrar a miseria existente no Brasil, especialmente no Nordeste, mas esconde o que ha de degradante no primeiro mundo. La, ela nunca vai alem da Times Square.

Felix Meira Moraes

a distribuiçao de renda eh um assunto que perde importancia frente a corrupçao e os enriquecimentos ilicitos.

    victor hugo

    discordo, a corrupção e o deslumbre pelo enriquecimento fácil, e ilicito, ocorrem justamente porque a má distribuição de renda torna o terreno fértil. pobreza não é sinônimo de virtude, muita gente pobre, quando tem a oportunidade de melhorar de vida, se agarra a ela, não se importando se é lícito ou não, muita gente rica, tomou esse caminho, e dá o mau exemplo, se todo mundo tivesse o básico, o digno, e soubesse que é graças à honestidade do sistema, pensaria dez vezes antes de fazer alguma porcaria que pudesse estragar esse equilibrio e acabasse prejudicando seus próprios filhos, pais, parentes e amigos, enfim, sua comunidade. O brasileiro mediocre não dá mesmo valor no público, no comunitário, porque não é de ninguém, é uma porcaria de educação, uma porcaria de saúde, uma porcaria de segurança, e uma porcaria de infra estrutura, ele quer mais é sair dessa merda… O canadense não é mal agradecido e sabe que não compensa tentar enriquecer a qualquer preço, pra quê? pra ser um riquinho mimado? riqueza é bom, sim, mas não satisfaz tanto quanto propagandeiam, os maiores prazeres da vida não tem preço… pro resto o mastercard já resolve, é ter crédito e renda compativel com o padrão médio da sociedade…

Manda o Serra pra lá, pois tá do jeito que ele gosta! « Livre pensar é só pensar!

[…] Leia mais… […]

ZePovinho

Tá na hora do Obama mostrar cojones.

Marcelo

Os movimentos populares no EUA sempre existiram e foram eles, que construiram uma época de pujança e um sistema menos escravocrata naquele país, porém a sedução do "american way of life" corrompeu a classe média e agora ela atira para todos os lados, pra fé e pra faca amolada.

PAULO

Breve teremos de fechar as nossas fronteiras com a Colombia, para evitar invasões de hordas famélicas de yankees.

Desigualdade explode nos Estados Unidos | ESTADO ANARQUISTA

[…] NICHOLAS D. KRISTOF, no New York Times pelo Viomundo […]

Gustavo Pamplona

Eu somente sei que depois de injetados os 600 bi de doláres na economia além dos outros 1,75 trilhão que fiquei sabendo por meio desta notícia:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2

E quem vai pagar a conta?

Respondo… Os "pobres" trabalhadores americanos com os impostos. Bom… até hoje não vi rico algum pagando algo.

Parafraseando o Obama: Yes, we can!!!

    Hell Back™

    Os pobres gastam o que ganham, e os ricos ganham o que gastam.

    Fui3252

    Os pobres americanos sempre foram arrogantes que nem os ricos, poius esse povo se acha superior a todo o mundo, eu não tenho peninha deles de maneira nenhuma, pois para eles só existem os AMERICANOS o resto do mundo é lixo para els, portanto, tou pouco me lixando para esses grigos arrogantes.

assalariado.

A observação da evolução da sociedade capitalista mostra que,nelas,sempre tem havido uma concentração de capital, isto é,grande crescimento de capital de algumas empresas.E a concentração tem sido sempre acompanhada da centralização de capitais,que é -(redução do numero de empresas). A concentração e centralização dos capitais resultou na atual fase monopolista do capitalismo.O outro lado desta moeda capitalista (concentração/ centralização de capitais), é a proletarização crescente dos produtores.Assim,aos poucos,vão desaparecendo os trabalhadores independentes:-( artesãos,profissionais liberais,…).Todos vão se tornando vendedores de sua força de trabalho,emtroca de salário,isto é, vão se tornando proletários.E a maioria dos proletários vai empobrecendo cada vez mais.Ou seja,a minoria burguesa,se torna mais minoria e com mais capital (riqueza),enquanto a maioria se torna mais numerosa e mais explorada.Esta é a contradição do capitalismo de grandes consequencias.O G7,e seu império colonizador,já atingiu o ápice do processo da 'evolução' do capital,enquanto isso aguardamos na fila. Karl Marx,está atualíssimo!!

    Fábio Villela

    Interessante observação.

Bonifa

"Porquê insistem em dois passos que economistas não partidários dizem que piorariam os déficits em mais de 800 bilhões de dólares na próxima década — cortar impostos para os mais ricos e derrubar a reforma do sistema de saúde? Que outros programas os republicanos cortariam para garantir os 800 bilhões em receita perdida?"
Isto é parecido demais com a direita brasileira a derrubar a CPMF, para tentar atirar o sistema público de saúde ao caos.

    Antonio

    Nossa situação é bem diversa das dos EUA. Derrubar a CPMF não tem nada a ver com eliminar o SUS.
    A direita radical norte-americana pretende eliminar qualquer resquício do estado de bem-estar social deles (iniciado no New Deal). Aqui temos consenso que determinadas conquistas são inversíveis e algumas estão na Constituição. O Bolsa Família, a rede educacional pública, a previdência pública e o SUS são instituições que somente um louco procuraria reverter no atual estágio do nosso país. Este louco pode aparecer em um futuro distante e acredito que mesmo assim seria derrotado.
    Derrubar a CPMF é outra questão. É fundamental entender que ela não foi derrubada com somente a oposição, esta não tinha número para isso. Ela foi derrubada pela maior parte do congresso, o que inclui parte da base aliada. Esta escolha foi uma reação aos interesses de parte da sociedade, um interesse legítimo. Dizer que precisamos do retorno da CPMF para poder sustentar o SUS é fácil, o difícil é entender por qual razão precisamos de mais um imposto quando o Tesouro nacional gasta 180 bilhões de reais POR ANO no pagamento de juros da dívida.

Reinaldo Ferducinano

Por incrivel que pareça, um texto interessante no site do Milton Neves, um babaca de primeira: http://terceirotempo.ig.com.br/coluna_materia.php

Regina

Será que o objetivo naõ é mesmo uma revoluçaõ?Uma desordem externa com a política cambial e uma resposta interna de radicalizaçaõ…Provoco e crio uma guerra…atendo o sistema financeiro e armamentista…duas pedras no sapato de Obama.Chamando a Índia para ONU,tentando isolar Irã da China..Promete as novas posturas do Obama…

José Ruiz

Acho que muita água vai rolar debaixo dessa ponte antes do "fim do capitalismo" ou o "despertar do sonho americano". Recentemente vimos vários republicanos bem sucedidos nas urnas fazendo discurso inflamado contra o déficit americano (que chegou a 1 trilhão de dólares). Só pode ser piada: depois do que a família Bush (republicanos) fez aos EUA, apontar Obama (democrata) como responsável por essa crise é um completo absurdo. Será que já esqueceram as 3 ou 4 guerras sem pé nem cabeça que os Bush criaram para os EUA nos últimos anos? O único parâmetro que eu consigo estabelecer para comparar esse despautério é a sistemática eleição do PSDB em São Paulo. Não, fala sério: como é possível paulista eleger o PSDB e americano eleger republicano depois do que fizeram, um e outro, em seus respectivos "habitats"?? Na minha opinião, o eleitorado, tanto nos EUA quanto em São Paulo, na sua maioria, é formado por pessoas com idade mental de crianças… Os "caras" fizeram faculdade, compraram carro, apartamento, casaram, você olha, jura que são adultos, mas politicamente são crianças… Em algum momento deverá haver um processo de amadurecimento político… não é possível… isso é imperativo… a solução é doméstica: a água tá chegando no pescoço e essas pessoas vão ter que acordar (se levantar da frente das tvs, rs..) e alterar a realidade à sua volta… são democracias representativas… por isso acredito que no futuro (espero que não muito distante) experimentaremos um aperfeiçoamento do capitalismo, não o seu fim…

    José Safrany Filho

    aperfeiçoar o capitalismo seria semelhante a tentar tornar um búfalo em humano…
    Ora, cidadão, o capitalismo vive da selvageria, da barbárie, da exploração, do engodo, da mentira, da usurpação!
    Como é que você vai querer endireitar isso? A corrupção, a mentira, os golpes, as especulações e o roubo são inerentes, isto é, é a maneira de ser, de existir, do capitalismo. Sem isso, ele morre. Drogas, protituição, jogatina, contrabando de todo tipo, escravidão assalariada e de outros gêneros tidos como anacrônicos, guerras, saques, etc. são apenas "business" (negócios) como outros quaisquer. O império já confessou que tem uns 500 bilhões a um trilhão dos podres dólares circulando em seus bancos só do narconegócio (e tem gente que, como papai-noel, ainda acredita na guerra ao tráfico – só se for o do concorrente, é claro! – ). Fraude em eleições, até no centro do império (ou já esqueceram 2000 e baby-bush?), quando o resultado financiado com seu dinheiro não dá certo (vide Haiti, Honduras, etc.). É preciso parar de viver de ilusões!

    assalariado.

    Safrany, BINGOOO!! A piscologia da classe dominante/ elite (via PIG), vai fundo nas mentes desavisadas,isto tem haver com o tal do melhorismo que Plinio Arruda falava no debate eleitoral,se quisermos consertar as doenças do planeta,teremos que matar o capitalismo e seus defensores,a safadeza faz parte do seu DNA -(a verdade virou mentira e a mentira virou verdade)-,esta coisa de querer dar um jeitinho no sistema é que esta levando cada vez mais a nós todos,para as profundezas do inferno capeta-lista -(ou já estamos?)-. Este papo de querer consertar a economia de mercado é coisa de classe média com complexo de vira latas,ou seja,esta preocupado com o próximo/ questões sociais/ injustiças mas,nem tanto (não acredita na sociedade socialista,como solução para o capitalismo). Aperfeiçoar o capitalismo é coloca-lo 7 palmos terra abaixo, ou seja,construirmos uma sociedade dos iguais,significa dizer,socializar os meios de produção -(latifundios,fabricas,bancos,enfim…)- aí sim,poderemos começar a pensar e planejar a economia segundo os interesses do coletivo humano/ planeta,o resto é sedução.

ZePovinho

DICA DE UM LEITOR DE VIOMUNDO.NÃO LEMBRO O NOME.OBRIGADO!!!
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_n

Publicado em: 08/11/2010 11:49
WikiLeaks possui dados sobre o Brasil que influenciariam eleições, diz fundador

Redação Portal IMPRENSA
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, declarou que um material sobre o Brasil pode ser publicado pelo veículo. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Assange disse que as informações poderiam "ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas", porém declarou que não pode "dizer de quem se trata": "Sabemos que parte da informação que temos sobre o Brasil poderia ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas", disse.

Mesmo tendo informações que poderiam modificar o resultado das eleições, Assange declarou que não as publicou por falta de tempo e pelo fato de os dados sobre a Guerra do Iraque terem gerado grande repercussão. Em outubro, o WikiLeaks anunciou que divulgaria mais de 400 mil documentos secretos sobre táticas e estratégias militares utilizadas durante a invasão iraquiana, em 2003.

Sobre a repercussão dos dados vazados pelo WikiLeaks, o fundador – que se autodenomina jornalista e ativista – afirmou que a "censura está muito mais generalizada e profunda do que a sociedade imagina": "Nesta semana, uma pessoa que estava ligada ao vazamento dos dados militares americanos foi detida na fronteira entre o México e os EUA. Seu computador foi confiscado. Ele havia visitado uma de nossas fontes. O Pentágono também criou uma lista de pessoas que trabalham dentro do próprio serviço americano que poderiam ser nossas fontes. […] Basicamente, o que os EUA fazem é banir a liberdade de imprensa", disse.

Atualmente, Assange não possui residência fixa e anda com uma escolta armada. O ativista declarou ter sofrido ameaças e que, após a divulgação dos documentos sobre o Iraque, a empresa que captava verba de doadores suspendeu o contrato. Mesmo com as dificuldades, ele diz que não o site continuará operando: "Vamos continuar a publicar os documentos da forma mais rápida possível. Espero que as pessoas julguem alguém não pelo calibre dos amigos, mas de seus inimigos".

Em julho deste ano, o WikiLeaks virou notícia depois que divulgou mais de 90 mil documentos militares sobre a Guerra do Afeganistão, produzidos entre 2004 e 2009, e que revelavam número de mortes de civis superior ao anunciado oficialmente pelo governo dos EUA. Com o título de "Afghan War Diary", os dados informavam, ainda, sobre a existência de um destacamento militar especial para capturar ou matar insurgentes sem direito a julgamento.

    Bonifa

    Por um lado, a gente quer saber. Por outro lado, a gente não quer tensões diplomáticas mais sérias com os Estados Unidos.

    José Ruiz

    Dizer que tem "informações que poderiam ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas no Brasil" e não dizer que informações nem que pessoas não é um pouco "forçar a barra"? Prá quem vive divulgando os "podres" dos, porque esse cara iria se importar em divulgar esses dados a respeito do Brasil?

vinicius Garcia

O sistema econômico americano é de total dependência do sangue e suor de outros povos, principalmente da America Central e do Sul. Os atuais governos desses povos buscam resgatar suas economias sem a dependência financeira estadunidense, natural que eles sintam na pele o reflexo dessas ações. Cabe a vigilância para que isso não se reverta.

Guilherme

Não é verdade. Converse com pessoas comuns e eles vão defender os EEUU. Acho que têm esperança de um dia terem seus impostos cortados também. Vai entender…

fernandoeudonatelo

Ou, ainda, com o fechamento das atividades produtivas de inúmeras fábricas de transformação, para o lançamento dos seus negócios inteiramente na especulação financeira, quando não, falência por tentar se tornar uma jogadora bancária, quando não possuía pessoal, conhecimento ou material para isso (Exemplo, o Banco Votorantim, problemático e vendido ao Banco do Brasil).i

fernandoeudonatelo

Nos EUA, cresce cada vez mais não só o fenômeno da concentração pessoal de renda, mas pricipalmente, da concentração funcional da renda, que faz com que a massa de lucros e ordenados acelere e passe a massa de salários e encargos previdenciários na economia norte-americana.

Tanto, que com maior desigualdade, maior a queda nas taxas de poupança interna, por perda relativa de renda real da maioria da população, some isso a uma poupança pública em queda livre e os investimentos públicos no médio a longo-prazo caem. Ou seja, o financiamento se torna hegemonicamente privado, anabolizado pela emissão monetária e compra de títulos alucinada.

Esse efeito vem sendo alimentado, pelo sistema de profunda financeirização dos EUA e trasnferência das plantas industriais de bens de capital, insumos básicos e intensivas em escala, para países de legislação trabalhista e ambiental fraca, com forte desvalorização cambial (China, Leste Asíático e Ásia do Pacífico), auferindo lucros estratosféricos nas exportações do que abastecendo seus mercados internos.

Sergio José Dias

Eles estão precisando de um líder populista sul-americano. Um tipo meio-Chavez e meio-Lula para botar complexo industrial-militar em seu devido lugar. Talvez Roosevelt tivesse estas qualidades. O certo é que ele teve de agir com coragem e determinação como podemos perceber em "Vinha da Ira" de John Steinbeck, enfrentando a direita raivosa em cada canto dos EUA. Intrepidez, que Obama parece não ter, por pertencer totalmente ao "establishment". Contraditoriamente ao que esperavam os estadunidenses que nele votaram. Um homem negro que pudesse conduzi-los a um novo alvorecer. Temos ainda dois anos para ver isto. Quem viver, verá.

    Bonifa

    Ainda não perdi as esperanças em Obama. Nas mesmas alturas do primeiro governo de Lula, havia senador de nosso partido republicano que só faltava invadir o Planalto e de lá despejar o Lula a pontapés.

    Sergio José Dias

    Concordo Bonifa, mas acho que Obama tem de começar a dar alguns murros na mesa. Está faltando capacidade de decisão e energia. Não dá para aparecer na Fox News com cara de choro e assumir um "mea culpa" simplesmente. Será que ele não sabia que mudar o american way of life" seria difícil e que as forças da conservação seriam monumentais? Lula tomou as cachaças para sair do fundo poço. Quiça, Obama tome uns drinks e bote o complexo industrial-militar onde ele merece. Afinal,ele éou não o presidente.

Mário José Costa

É o capitalismo selvagem dizendo adeus…

Alder OeSilva

O sonho americano está virando pesadelo!

ratusnatus

Cortar orçamento militar que cresceu após o fim da guerra fria? Pra que?

Colin Brayton

Por gentileza, identifique o tradutor ou tradutora que fez a boa tradução.

Obrigado pela boas-vinds, ana cruz.

Acho que foi o próprio Ford que recomendava não ultrapassar o múltiplo 22x entre o salário recebido pelo diretor da fábrica e o mínimo, inclusive.

Cunha

Quem imaginaria ler isso um dia ?
O problema é se aparecer um sucessor que, para fazer a economia finalmente sair do buraco, comece a usar "artifícios " de geração de guerras pelo globo ( especialidade,por sinal ), fazendo sua indústria bélica voltar a funcionar como antes e, poder reduzir a população de desempregados, induzindo-os ao alistamento e , consequentemente, sua redução,sob forma de baixas em campo.
Se bem que eles não precisam se envolver diretamente e é só fazer o que fizeram ao longo da última metade do século XX. Eles vendem armas aos aliados e , indiretamente, aos inimigos.

    Hell Back™

    Um certo filósofo e economista alemão previu tudo isso, lá no século XVIII .

francisco p.neto

É a América provando do próprio veneno.
Viram só!
Desigualdade social gera polarização política.
Lembram-se do Paulo Francis?
Ele dizia, quando foi morar nos EUA, que países com clima tropical (é lógico que ele se referia ao Brasil), estavam condenados a viver na miséria.
Ele deve ter feito essa observação vendo neve cair branquinha e associando como sinal de limpeza ou então racismo.
Vai saber!
Esses ex-comunistas são de lascar!

    Bonifa

    Por falar em bananas, lembro-me de que o Jaguar dizia que, quando a turma do Pasquim foi presa pela ditadura, o único que não perdeu o apetite na prisão foi o Paulo Francis. Segundo o Jaguar, ele devorava todas as bananas da sobremesa, que os colegas rejeitavam.

    Fábio

    Nossa, nem sabia dessa do finado PF… O cara arrotou uma teoria sociológica em voga no século XVIII (!!!!) para explicar o Brasil… Deus do céu, é o circo dos horrores!

    Até morto esse cara consegue me irritar. Sai pra lá, escosto!

mello

Ainda bem que temos Azenha, Eduardo Guimarães, Nassif, Paulo Henrique Amorim, Altamiro, Andre Lux, Brizola neto e tantos outros, para nos informar com artigos como esse que, na "omprensa grande" ( PIG ) se publicados terão menos destaque que notícia sobre Lady Gaga e novelas globais. Para que precisamos de jornais impressos se tivermos blogs como esses?

ana cruz

Estadunidenses, bem vindos ao terceiro mundo e suas mazelas. E que não descambe para uma revolução.

    Pedro A. Martins

    Em 1966 eu tinha um amigo que era Judeu Austríaco e ele dizia naquela época que os Estados Unidos iriam quebrar, pois eles acostumaram a chupar o sangue dos povos mais póbres. Ele dizia naquela época (faz 44 anos) que os Estados Unidos não tinham produção suficientes para manter o consumo deles próprios. E outra coisa que dizia que os Estados Unidos viviam de juros. E que a China seria futura potencia mundial. Tudo que ele falou naquela época está realmente acontecendo.
    Vide a Economia Americana em frangalhos. Eles acostumaram a viver as custas dos outros.

    Hell Back™

    Exatamente! Agora só basta os países produtores ameaçar suspender o fornecimento de matérias-primas, que o Tio Sam capitula.

    victor hugo

    A matéria prima deles é a grana que mandamos, a titulos de juros e royalties, deviamos começar cortando e taxando as remessas de lucros….

    Hell Back™

    Se for uma revolução, será que também vão chamá-la de " Revolução Socialista"? Se for uma revolução socialista, quem irá intervir? A China? A Rússia? Um dos países do terceiro mundo, talvez? Que dilema, hein?

ZePovinho

Eu ainda me admiro com essa crença patológica,nos EUA,nos livres mercados.Essa doença deve ter sido adquirida no Mayflower durante a travessia do Atlântico Norte.

    Fernando José

    Caro ZéPovinho, só quem usufrui dessa crença patológica de livre mercado são os tiram (muuuuito) proveito dela. 1 abraço,

    Hell Back™

    Essa teoria do "livre mercado" é só para inglês ver!

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