01.09.2010
CNPE respalda Haroldo Lima na polêmica sobre valor do barril
Em reunião concluída na noite desta quarta-feira (1), o Conselho Nacional do Política Energética (CNPE) respaldou amplamente as opiniões do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, sobre a capitalização da Petrobras e outros temas polêmicos relacionados à exploração do pré-sal. Conforme informações do governo, o preço médio do barril da cessão onerosa ficará em 8,51 dólares, o que está em linha com a sugestão de Lima.
Participaram do encontro nove ministros do governo Lula, incluindo Márcio Zimermann, das Minas e Energia, Erenice Guerra da Casa Civil, Mantega, da Fazenda, e Paulo Bernardo, do Planejamento; o diregor-geral da ANP e o presidente da Empresa de Planejamento Estratégico (EPE) Mauricio Tolmasquim.
As autoridades presentes examinaram os termos básicos de cessão onerosa que a União, logo após o encontro do CNPE, apresentou ao Conselho de Administração da Petrobrás. O conselho considerou que a lei 12276, aprovada pelo Congresso Nacional, autoriza a realização da operação de capitalização nos moldes propostos.
Divergência
A lei estabelece que a ANP deve identificar na região do pré-sal recursos equivalentes a cinco bilhões de barris e definir o preço que servirá de base à capitalização. A agência apontou a região de Franco (em Santos), onde estima uma reserva de cinco bilhões de barris, e contratou a maior empresa internacional do ramo, a Gaffney Cline, para realizar a certificação e também verificar o valor do barril que será cedido pela União para a capitalização da Petrobras.
A Cline certificou a existência de 5,4 bilhões de barris em Franco e sugeriu um preço entre 10 a 12 dólares para o barril. A Petrobras e a certificadora por ela contratada fizeram uma estimativa menor para a reserva de Franco, em torno de 2 bilhões de barris. Em função da divergência, ficou decidido que a União disponabilizará outros campos e daqui a quatro anos a questão será reavaliada. Se a quantidade de petróleo que for descoberto nas áreas em questão exceder os cinco bilhões de barris o excesso passará a ser submetido ao novo regime da partilha. Se faltar, haverá compensação.
Interesses contraditórios
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O diretor-geral da ANP sustentou que a polêmica sobre o valor do barril reflete a divergência de interesses entre Estado e investidores privados, classificados de forma pouco apropriada pela mídia empresarial de “acionistas minoritários”. O maior desses acionistas chama-se George Soros, um dos maiores e mais famosos capitalistas norte-americanos, que recentemente vendeu as ações da Petrobras que havia comprado para especular contra a empresa.
Haroldo Lima, que defendeu um preço superior a 8 dólares, foi duramente criticado pela dita mídia, que defende o preço entre 5 e 6 dólares pleiteado pelos acionistas privados. A pressão por um valor inferior foi ruidosa. Tentaram desqualificar o diretor-geral da ANP insinuando, através de editoriais e artigos, que ele se orienta por preconceitos ideológicos e não possui competência técnica. Chegaram a exigir sua cabeça.
A posição do presidente Lula
Todavia, o presidente Lula respaldou a opinião de Lima, afirmou que o valor defendido pelos acionistas privados e a mídia era muito baixo e disse que julgava mais justo um preço em torno dos 9 dólares para o barril da cessão onerosa. A reunião realizada nesta quarta-feira pelo CNPEcolocou um ponto final nessa pendência, prevalecendo, por unanimidade, um ponto de vista em torno da posição da ANP.
O que está em jogo, conforme explicou o dirigente da ANP, é o maior ou menor controle da União sobre a Petrobrás. “A luta prática em torno da privatização do setor petrolífero ou do ´petróleo é nosso´ se coloca hoje em torno da questão de quem é mais dono da Petrobrás”, sublinhou Lima. Hoje, a União detém apenas 32% das ações da empresa, que somados aos 7% em mãos do BNDES totalizam 39% sob propriedade estatal. O capital privado fica com 61%, embora seja necessário ressalvar que o Estado possui a maioria das ações ordinárias (com direito a voto), ao passo que os capitalistas concentram principalmente ações preferenciais (que rendem dividendos, mas não dão direito a voto).
Capital estrangeiro
“Nada menos que 80% das ações em poder da iniciativa privada são comercializadas na Bolsa de Nova York e constituem capital estadunidense”, explicou Lima. “É este pessoal que se sente prejudicado e por isto pressiona por um preço menor”. A participação relativa do Estado pode crescer com a capitalização. E esta possibilidade será maior ou menor dependendo do valor do barril da cessão onerosa.
“Os 5 bilhões de barris a 5 dólares significam que a União entrará na capitalização com um produto valorado em US$ 25 bilhões”, argumenta. “A 8,51 dólares o barril o resultado seria outro: 42,5 bilhões de dólares. Há, portanto, uma diferença de quase US$ 20 bilhões de desvalorização do bem da União entre a proposta dos acionistas privados e a nossa”.
Vitória
Tal valor seria subtraído da participação do Estado em favor da iniciativa privada se o CNP optasse pelo preço pretendido pela mídia. A polêmica rendeu lances curiosos, como a suposta defesa da Petrobrás pelo jornal O Estado de São Paulo, a defesa de interesses privados contra os que defendem uma Petrobrás mais pública, a serviço não do lucro capitalista, mas da nação brasileira.
A reunião do CNPE foi muito produtiva e quem ganhou foi o Brasil, na opinião do diretor-geral da ANP. O preço médio do barril de petróleo ficará em 8,51 dólares, variando conforme o campo de exploração, sendo o barril de Franco cotado a 9,04 dólares.
Além do preço do barril da capitalização, as autoridades abordaram também os termos do conteúdo local no contrato de cessão (isto é, a participação da indústria nacional nas encomendas das empresas que vão operar e explorar o pré-sal). Na média geral, tal participação deve ficar em 65%, como defende a ANP, inclusive porque a indústria nacional hoje não pode atender 100% da demanda em questão.
Haroldo Lima tem razões para comemorar a vitória na reunião do CNPE. No choque contra a pirataria privatista que domina a grande mídia prevaleceram os interesses nacionais.
De São Paulo, Umberto Martins
Comentários
Ed.
Ainda não li o texto todo, mas certamente a coligação "Brasil à Venda" aproveita 3 fatos relevantes:
1) Capitalização da Petrobrás.
2) Momento eleitoral.
3) Baixa causada pelo acidente da BP no golfo.
Para 3 objetivos de terceiras intenções:
1) Baixar ao máximo o valor das ações, para eles poderem comprar baratinho e lucrar em breve.
2) Bater no governo e na presidente do conselho, uma certa sra. Roussef
3) Manter sempre viva a chama da privatização.
Para eles, o Brasil em primeiro lugar!…
… na lista de loteamento e venda…
Helcid
O mercado se ajusta onde pode ganhar dinheiro… e quem tem acesso a fontes de petróleo manda no pedaço…
E quem tem o controle das fontes manda mais ainda !!
Torquemada
Até hoje não entendo se essa gente age de má-fé, ou se de má-fé age.
1 – Dispõe o art. 1° da recente lei federal 12.276 de 20 de junho de 2010 (link abaixo):
Art. 1o Fica a União autorizada a ceder onerosamente à Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, DISPENSADA A LICITAÇÃO, o exercício das atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos de que trata o inciso I do art. 177 da Constituição Federal, em áreas não concedidas localizadas no pré-sal. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-201…
Portanto, Dona Mirian Leitão está falando besteira, pra não dizer aquilo que o gato faz e joga areia em cima. A menos que ela já tenha decidido, em conjunto com os Marinho e o Kamel, a Folha, Estadão, Veja, Época, etc, que o dispositivo em questão é inconstitucional!
2 – No fundo, mas não muito lá no fundo como o pré-sal, a Petrobrás também gostaria de que o preço do barril, pra efeito da cessão onerosa, ficasse em 5 ou 6 dólares, o que é óbvio já que a União cede a ela 5 milhões de barris, e então ela tem que pagar por isso. Quanto menos pagar, menos fica endividada perante a União, valorizando suas ações em Bolsa, para delírio dos 80% de investidores que estão lá nos EUA.
3 – Para o país, quanto mais alto o preço do barril nessa cessão onerosa, melhor para o Brasil, que no final das contas não vai receber nada da Petrobrás em dinheiro vivo, mas em ações da própria Petrobrás, ações com direito a voto. Resumindo a ópera, com um preço maior, na casa dos U$ 8,51/9,04 como foi fechado, a União fará naturalmente uma reestatização parcial da Petrobrás, ou seja, dos 32% que tem hoje pretende chegar a 43/45% ou um pouco mais no final da capitalização.
4 – Pra rematar, o artigo acima esqueceu de um detalhe sórdido nessa jogada da Globo empurrar o preço das ações da Petrobrás para baixo, isto é, as manchetes sensacionalistas exibindo fotos de equipamentos enferrujados, como se a Petrobrás estivesse completamente sucateada e, portanto, sua ações deveriam valer até menos do que a nuga de 5 ou 6 dólares por barril!
Como se vê, a posição de certa imprensa é descaradamente entreguista, anti-patriotica e lesiva aos interesses do povo brasileiro. Dilma neles!!!
Carlos
Fragilizar a Petrobrás é uma forma de derrubar o preço das ações e estimular pequenos investidos a vendê-las aos grandes, bancos e petroleiras estrangeiras.
Que o próximo Congresso analise as minúcias dos fatos na Petrobrás no período FHC, que clamam por esclarecimentos.
Carlos
(Parte 1 / 5 )
A PROPÓSITO DO “NEGÓCIO DA CHINA” COM AS AÇÕES DA PETROBRÁS EM JULHO-AGOSTO/2000, EM MEIO AOS RESCALDOS DO VAZAMENTO DE 4 MILHÕES DE LITROS DE PETRÓLEO NA REFINARIA DO PARANÁ, REPAR, EM 16.07.2000:
►Gazeta Mercantil, 07-09/JULHO/2000 – B2 (Sexta a Domingo)
Preço máximo sai no domingo
(…)
O preço máximo da oferta de varejo será definido pelos integrantes do Conselho Nacional de Desestatização: os ministros do Desenvolvimento, Alcides Tápias, das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, do Planejamento, Martus Tavares, da Fazenda, Amaury Bier (interino), e o presidente do BNDES, Francisco Gros. Segundo a assessoria do CND, os membros do colegiado deverão conversar por telefone (*) até domingo para discutir o preço. Além da oferta de varejo, o governo fará uma oferta institucional para atender grandes investidores, no Brasil e no exterior. Nesse caso, o preço das ações será calculado de acordo com as cotações dos títulos na Bolsa de Valores de São Paulo. (**)
(…)
10 DE JULHO/2000: “NEGÓCIO DA CHINA” COMEÇA COM MISTÉRIOS
E ESPECULAÇÃO PRA DERRUBAR O PREÇO DAS AÇÕES:
►Gazeta Mercantil 11/07/2000 – B1 – Kátia Luane e Marcelo Motta
Critério de preço ficam sem explicação
O… BNDES se recusou a explicar os critérios adotados para fixar o teto de R$ 58, por ação, para a oferta pública de ações ordinárias da Petrobrás, que começou ontem. Este valor, que funciona como limite máximo apenas para a oferta ao varejo (investidores pessoas físicas), segundo o diretor banco, Eleazar de Carvalho Filho, diretor do banco, deve ser visto como um seguro para os investidores.
Carlos
(Parte 2 / 5 )
Eleazar argumentou que não divulgaria os parâmetros para adoção deste preço para não influenciar o mercado. “É preciso ressaltar que queríamos que este preço não influenciasse as ordens dos investidores institucionais”.
“Não há uma fórmula matemática. O preço foi elaborado a partir de perspectivas”, disse Márcio Camargo, diretor da corretora Garantia, um dos coordenadores da operação. (…)
Eleazar de Carvalho disse que o preço final da operação deverá ser conhecido no início de agosto, quando o banco terá em mãos todas as ofertas realizadas pelos investidores institucionais.
É que, ao contrário do sistema de leilão, em que os investidores disputam o maior valor, nessa operação foi adotado o sistema “book building”, pelo qual os interessados fazem suas ofertas de compra e de preço. Ao final do prazo estipulado, é concretizada a operação pelo melhor preço. “A vantagem é que temos a possibilidade de escolher para quem queremos vender.”
(…)
Segundo Eleazar de Carvalho, “a prioridade são os investidores pessoas físicas”. Tanto que o banco, na condição de gestor do… FND reservou 27,091 milhões de ações para suprir eventual escassez do papel. O executivo explicou também que os fundos também estarão vendendo ações a descoberto, contando poder adquirir as ações no mercado.
A maior procura, salientou, poderá provocar uma alta no preço das ações ao ponto de os gestores não terem mais condições de adquiri-las em bolsa. “Esse volume reservado será destinado a esses fundos”, explicou. A oferta principal será de 153.518 milhões de ações ordinárias. “Se o varejo absorver a totalidade da oferta”, enfatizou Carvalho, “não haverá venda nem para os investidores institucionais locais nem para os estrangeiros”.
Carvalho esclareceu, ainda, que o rateio das ações obedecerá a um critério de pontuação que será dada tanto pelo BNDES quanto pelos demais coordenadores da operação, conforme o perfil de cada investidor: Se for aplicador de longo prazo, receberá uma classificação melhor do que o institucional que gire mais o papel.
(…)
FRASE MERECE DESTAQUE: “A vantagem é que temos a possibilidade de escolher para quem queremos vender.”
Carlos
(Parte 3 / 5 )
►Gazeta Mercantil 12/JULHO/2000
Papéis despencam 5,8%
Até agora o governo não explicou o método adotado que resultou no preço máximo de R$ 58. Em coletiva na segunda-feira, os diretores do BNDES se recusaram a dizer o que levou o banco a fixar um preço de venda 18% acima da cotação do papel no mercado à vista.”
(…)
►O Estado de S. Paulo 13/JULHO/2000 – B6
Relatório do Chase faz preço de Petrobrás recuar
(…)
Como se não bastasse o peso das preocupações do mercado com o caso Eduardo Jorge, um relatório sobre a Petrobrás divulgado anteontem pelo banco Chase ajudou a derrubar as ações da companhia. Em dois dias, os papéis preferenciais (PN) da estatal caíram 7,48% e os ordinários (ON) 6,84%. (***) Petrobrás PN fechou em R$ 49,82 e o papel ON, em R$ 48,49.
(…)
►Gazeta Mercantil de 14-16/JULHO/2000 – Eliane Velloso / Rio
Previsto lucro de R$ 10 bilhões para a Petrobrás
O governo vai ter uma receita recorde este ano com o lucro da Petrobrás, da ordem de R$ 1,5 bilhão somente com a distribuição de dividendos, que deve dobrar com a arrecadação do Tesouro em impostos e participações governamentais específicas da indústria petrolífera a serem pagos pela companhia.
Carlos
(Parte 4 / 5 )
A receita, projetada por analistas do mercado com base na previsão de um lucro excepcional de R$ 10 bilhões para a Petrobrás este ano… (****)
A direção da estatal não quis dar ontem nenhuma declaração a respeito. O presidente em exercício da Petrobrás, (*****) José Coutinho Barbosa, orientou todos os principais executivos a não falar sobre o assunto. Fontes da empresa confirmaram apenas que o aumento recupera o caixa da companhia, que vinha sendo reduzido por causa da alta do preço internacional do petróleo.
(…)
EM 16/JULHO, DOMINGO, VAZAMENTO NA REPAR: DESESTABILIZAÇÃO DA PETROBRÁS, ANÚNCIOS DE MULTAS E NOVAS QUEDAS NAS AÇÕES…
….
….
NOS JORNAIS DE 11/AGOSTO/2000, UM MÊS DEPOIS
DO INÍCIO, UM BALANÇO DO “NEGÓCIO DA CHINA…
►Valor Econômico, 11-13/08/2000 – Sexta-Domingo – C1
Tesouro arrecadou R$ 7 bilhões com maior oferta pública da história
Brasileiros ficaram com 40%
Os investidores domésticos ficaram com 40% das ações ordinárias nominativas da Petrobrás vendidas pelo governo. Foram 335.338 pessoas físicas e 380 investidores institucionais, que pagaram R$ 2,6 bilhões. Desse total, R$ 1,595 bilhão foram recursos do FGTS utilizados para a compra de ações por 310.218 trabalhadores. (******) Os investidores estrangeiros ficaram com 60% das ações, o que representou US$ 2,6 bilhões – dinheiro que ingressará nas reservas internacionais do país na próxima semana. Ao todo, foram vendidas 180.609.768 ações, correspondendo a 28,5% do capital votante da empresa. Com a operação, o Tesouro arrecadou R$ 7,269 bilhões ou US$ 4,050 bilhões.
(…)
Carlos
(Parte 5 / 5 )
As ações da Petrobrás foram vendidas ao preço unitário de R$ 43,07. Com o desconto de 20% oferecido pelo governo, cada ação da empresa custou às pessoas físicas brasileiras R$ 34,46. (…)
(…)
O presidente do BNDES informou que a demanda pelas ações da Petrobrás foi duas vezes superior ao total ofertado. Assim, foi possível vender cerca de 23 milhões de ações além do que tinha inicialmente sido anunciado. “Falamos em vender 153 milhões e terminamos oferecendo 180 milhões”. O governo foi obrigado a fazer um “green shoe” – termo utilizado no mercado para superalocação de ações – de cerca de 15% do que tinha inicialmente imaginado vender para estabilizar o preço da ação no mercado. “O green shoe é um instrumento usual de estabilização do preço a que tivemos que recorrer”, explicou. A venda de ações da Petrobrás, segundo Gros, não envolveu qualquer discussão em torno de uma eventual privatização da empresa. O governo manteve em seu poder 55% do controle acionário da estatal.
“a demanda pelas ações da Petrobrás foi duas vezes superior ao total ofertado. Assim, foi possível vender cerca de 23 milhões de ações além do que tinha inicialmente sido anunciado. “Falamos em vender 153 milhões e terminamos oferecendo 180 milhões”
Comparar com declaração de Eleazar de Carvalho Filho, diretor de privatização do BNDES, em 11 de julho, um mês antes.
ESTRANHEZAS DA “EQUIPE FHC”… A “LEI DA OFERTA E PROCURA” FUNCIONOU AO CONTRÁRIO: QUANTO MAIOR A DEMANDA, MENOR FOI O PREÇO…
(*) Preço de patrimônio de bilhões definido por telefone, sem ata oficial para registrar manifestações dos integrantes do CND?
(**) Ou seja: preço em NY seria definido pela conversão cambial direta / automática do preço na Bovespa – quanto mais caísse aqui, melhor pra quem iria comprar em NY…. E a especulação se encarregaria da missão de derrubar o preço…
Carlos
(Concluindo…)
(***) Especulação promovida por banco estrangeiro – Chase – que teve “participação especial” no negócio promovido pela “equipe FHC”.
(****) Lucro líquido.
(*****) Presidente em exercício? H. P. Reichstul, o titular, onde esteve e o que fez na primeira semana da venda das ações?
(******) Depósitos de FGTS na CEF na época: R$ 74 bi em 138 milhões de contas (ativas e invativas).
Baixada Carioca
[continuação]
Agora vamos lá. Ela descobriu que tem uma turma alardeando a possibilidade da irregularidade no processe de capitalização da Petrobrás. Afinal, o governo não pode vender uma empresa sem licitação pública, porque neste caso ele não está vendendo para ele mesmo, já que não é uma empresa 100% estatal. Disse ela (Ouça Aqui):
O que eu gostaria de saber com clareza é o que eles pensam em termos de patrimônio público. Afinal, de que lado eles estão? Ops! Não me venham dizer que são da oposição. O que eu quero saber com mais clareza é se eles nos querem desenvolvidos ou colônia estadunidense. Que diabos pensam essa gente?
Ela insiste em dizer que o governo faz "truques" para inventar receitas e esconder despesas. Em que país essa vovó vive?
Baixada Carioca
Estava há pouco ouvindo a CBN. Sardemberg, como sempre, tenta fazer das boas notícias uma catástrofe. Convidou o Merval, como faz diariamente para comentar a situação política. Sobre o que ele disse, vou comentar num local mais apropriado. Aqui quero falar da coluna da Míriam, também convidada por Sardemberg para fazer do crescimento do PIB uma tragédia brasileira.
Antes de me reportar ao que ela disse, deixa eu registrar o esforço homérico que eles fazem para enxergar um Brasil ruim. Deus do céu! É de louvor a incansável luta por encontrar notícias ruins…
[continua]
[Conceição, tive que dividir o comentário em 2 porque não consegui posta-lo como mensagem única.]
Junior
Novidadade seria a emprensa ficar do lado do povo. Nao privataria do FHC a mídia vendeu como a salvacao do país.
Ruy
A Fórmula foi engenhosa e heterodoxa, envolveu até medidas provisórias e cessão de participação da União a empresas estatais. No frigir do ovos, União e empresas estatais aumentarão sua fatia na Petrobrás e o Fundo Soberano irá amortecer o impacto de uma possível entrada maciça de dólares. A fórmula encontrada para o preço do barril médio foi ponderada e todo mundo cedeu, lembrando que existem riscos ambientais potenciais evidentes, que são custos, quando se perfura no mar à essa profundidade. O road show é que vai dizer o preço justo das ações, mas a Petrobrás precisa loucamente de dinheiro vivo para poder tocar o negócio e isso só saberemos após fechado o período de compras. A minha impressão, é que nem todo pedido de compra feito por home broker será atendido, embora os institucionais chegarão perto.
mucio
BRASIL com S e não com Z. BRASIL cada mais mais potência, temos que trabalhar pra ser a potência´NÚMERO 01 do mundo temos POVO/INTELIGÊNCIA/GARRA/TERRITÓRIO pra isso.
BRASIL.
Volnei
Acompanha durante os últimos 8 anos a Mirian Leitão vaticinar a cada manhã o fim do mundo…mas ele gloriosamente não acaba !
Irani
Azenha,
Eles fizeram a empresa perder valor de mercado e dona Míriam todos os dias falava em nome do Tio Sam em sua coluna. Quando Soros vendeu suas ações, Sardenberg exalou vaticínios o tempo todo, entrava até no programa do ´Barbeiro com os referidos vatícinios. O bom é que tanto ele quanto Míriam, são falsos profetas. "A luz e ao testemunho, se eles não falarem deste maneira, jamais verão a alva".
Um texto bíblico para explicar que, se eles não forem verdadeiros como estão a falar, as coisas que eles querem e afirmam que irão acontecer, não sucederão, por mais poderoso que seja o mercado. Parece que eles ainda não entenderam que a "mão invisível" é guiada não apenas pelo mercado, mas pelo poder do estado, ta´mbém.
Carlos
(Parte 1 / 2 )
18 DE JANEIRO/2000: VAZAMENTO DE 1,3 MILHÃO DE LITROS DE DIESEL NA REDUC, CONTAMINANDO A BAÍA DE GUANABARA…
EM 26 DE JANEIRO/2000, DECLARAÇÕES SOBRE VENDA DE AÇÕES DA PETROBRÁS:
Folha de S. Paulo 27/Janeiro/2000 (5ª feira) – 2-6 – Eliane Cantanhêde – Brasília
Petrobrás negocia ação neste semestre
O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, anunciou ontem que o governo deve vender ainda neste semestre os 32% de ações ordinárias excedentes da Petrobrás. Trata-se das ações que o governo detém além dos 51% que lhe garantem o controle acionário da empresa.
“Está na hora. A decisão está madura”, disse Tourinho ontem à Folha, explicando que as ações serão pulverizadas e os recursos obtidos irão direto para o Tesouro.
Segundo o ministro, que é também presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, a idéia era vender as ações excedentes no ano passado, mas a desvalorização cambial e as incertezas internacionais adiaram os planos.
O governo preferiu tomar um conjunto de medidas em 15 de outubro – inclusive a entrada no mercado americano – para encorpar o preço das ações da Petrobrás antes de vendê-las. Desde então, as ações ON da empresa subiram 46%, e as PN, 44%.
O único obstáculo para a venda das ações excedentes, agora, seria político. Tourinho, porém, acha que o governo não terá problema para derrubar na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, um projeto que o proíbe de vender as ações da empresa. (*)
Carlos
(Parte 2 / 2 )
Ele explica: a base governista tem ampla maioria não só no Senado como na comissão.
Setor elétrico – Também está definido o modelo de privatização do setor elétrico,… (…)
(…)
Privatização – A privatização das empresas de petróleo na França, por exemplo, começou com a venda de ações. Além disso, a decisão de vender as ações excedentes da Petrobrás coincide com a discussão interna sobre a abertura de refinarias e dutos para empresas privadas.
Tourinho, entretanto, nega qualquer intenção do governo FHC de privatizar a empresa: “Não vejo como privatizar agora. Tem um tempo que pode ser lá na frente, mas eu não sei como vai ser nem se vai ser”.
Apesar de o diretor-geral da ANP (…), David Zylbersztajn, defender a venda de refinarias e de dutos da Petrobrás, Tourinho foi enfático e repetitivo que “nada nesta área está definido”.
“A venda de refinarias é uma das possibilidades, mas há outras a ser analisadas. É preciso saber se é um bom negócio, se é um bom momento e de que forma vai afetar o refino”, disse.
“Está na hora. A decisão está madura”
Petrobrás fragilizada pelo vazamento na REDUC e integrante da “equipe FHC” disparando…
10 de julho/2000: início da venda das ações, deliberada em janeiro
16 de julho/2000: vazamento de 4 milhões de litros de petróleo na REPAR….
(*) PL 263, apresentado pelo senador Álvaro Dias no final de abril/1999, aprovado pela CCJ em meados de dezembro/99, rejeitado pela CAE em 23 de maio/2000 e objeto de acordo entre governo e oposição no senado em 30.06.2000, que estabeleceu: a venda das ações seria suspensa até a votação pelo plenário em 09 de agosto/2000: se aprovado, a venda seria cancelada; se rejeitado pelo plenário, governo estaria liberado para vender.
Governo FHC, claro, atropelou o acordo. – no Globo de 11.08.2000: “Tarde demais para discutir o assunto”
antoniocm
Vamos divulgar.
Carlos
( Parte 1 / 3 )
"Hoje, a União detém apenas 32% das ações da empresa, que somados aos 7% em mãos do BNDES totalizam 39% sob propriedade estatal."
►COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DA PETROBRÁS EM AGOSTO DE 1985:
O Estado de S. Paulo, – 11/Agosto/1985 – Valter Melo – Agência Estado/Brasília
Petrobrás e CVRD emitem ações logo (*)
“Na Petrobrás, a União controla 85,729% do capital votante e 78,584% do capital total”
( Entre novembro/1995 e final de janeiro/1996, venda de pequeno lote de ações preferenciais da Petrobrás, trama especulativa relatada em http://www.aloysiobiondi.com.br/spip.php?article6… )
Carlos
( Parte 2 / 3 )
►COMPOSIÇÃO EM OUTUBRO/1997:
Jornal do Brasil – Edição Especial sobre os 50 anos da lei 2004 – PETROBRÁS 50 ANOS – pg. 84
A moderna arte de governar uma corporação
“Até 1997, a União Federal possuía 84,04% do capital votante e, no mínimo, 51% do capital total” (**)
►COMPOSIÇÃO A PARTIR DE 2000-2001, APÓS VENDAS (***) PROMOVIDAS PELA “EQUIPE FHC”:
PETROBRÁS – Análise Financeira e Demonstrações Contábeis 2001 – pgs. 115/116
Patrimônio líquido
(“As vendas em 2000 e 2001, reduziram a participação acionária do Governo Federal de 84,1%, em agosto de 2000, para 55,71% em dezembro de 2001, no capital votante e de 49,01% para 32,53% no capital total da Companhia no mesmo período”
Carlos
( Parte 3 / 3 )
(*) OBSERVAÇÃO EM SETEMBRO/2010: O anúncio da emissão de ações foi a senha para a venda – casada com a elaboração do Plano Cruzado – e realizada entre 29/novembro e 01/dezembro/1985.
(**) 09.09.1997: Lei 9.491 (art. 2º, § 2º) – Ações ON/Petrobrás i n c l u í d a s no Programa Nacional de Desestatização, PND;
21.10.1997: MP 1.594 – em 16.07.2000, seis (6) dias após o início da venda das ações e exatos mil (1.000) dias depois da MP 1.594, vazamento de 4 milhões de litros de petróleo na Refinaria do Paraná, REPAR, fato que desestabilizou a Petrobrás e derrubou o preço das ações na BOVESPA;
17.12.1997: Decreto 2.430 – regulamentou art. 31 da Lei 9.491;
29.01.1998: Decreto 2.478 – Ações ON Petrobrás d e p o s i t a d a s no Fundo Nacional de Desestatização, FND;
(***) Dois grandes “negócios da China” promovidos pela “equipe FHC”:
– entre 10/Julho e 10/agosto/2000: venda de lote de ações ordinárias, capital votante, em meio aos rescaldos do vazamento na REPAR, em 16.07.2000 – ver comentário em (**) 21.10.1997.
– entre 29/junho e 19/julho/2001: venda de lote de ações preferenciais (80% das quais vendidas fora do país), poucos meses após o afundamento da P-36.
Ou seja: as duas vendas de ações, que reduziram a presença da União Federal na composição acionária da Petrobrás, ocorreram em momentos de extrema fragilização da empresa – vazamento na REPAR, em julho/2000, e afundamento da P-36, em março/2001….
…
desinformacaonao
A cortina de fumaça lançada pela onda de denuncismo de fatos ocorridos no ano passado, serve é pra ocultar este tipo de informação que valoriza ainda mais o Governo Lula e a Candidata Dilma.
Fora todas as outras informações "vazadas" aqui mesmo em outro post da Carta Maior.
Eles não se aguentam na mediocridade…
monge scéptico
O sr. george soros é o maior criminoso econômico do mundo(um dos maiores) .Não é só contra
o BRASIL que ele atua. Sendo uma entidade tão visível, não se poderia evita-lo?
Ao abrir a PETROBRÁS para o capiyal privado, o governo teria que ter tomado, todo tipo de
precauções, contra situações que possam coloca-la em risco pois há grupos no BRASIL, que
prefeririam, vê-la em mãos dos caça níqueis do mundo(thiefs), que associados aos do país
querem destronar a PETROBRÁS COMO PATRIMÔNIO DO POVO BRASILEIRO.
O governo deve explicações tintin po tintin ao povo eleitor contribuinte.
Heitor Rodrigues
monge,
FHC vendeu ações da Petrobras em Wall Street sem autorização do Congresso, o que tipifica mais um crime, entre tantos que êle cometeu enquanto Presidente. É por isso que a empresa trabalha e a gringalhada ganha rios de dinheiro. Por enquanto…
Orlando Bernardes
Parabéns! Mais uma grande vitória do governo que pensa o Brasil para os brasileiros. Adeus PIG e piratas privatistas. Esta mídia que está por aí só defende interesses de fora. É mais do que necessário, assim que a Dilma assumir a presidência, promover a Lei de Mídia Brasileira, para acabar com este monopólio da informação e com os traíras da nação.
Jairo_Beraldo
Para quem tem o "prazer" de assinar a Net, vê que o PIG se sente maravilhado com o colonizador EUA, ama a violencia e a soberba de Israel, evidencia que arabes são todos terroristas, que a UE é a oitava maravilha do mundo. E nós… bem, nós somos, agora, aloprados dissidentes destes acima citados.
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