Os EUA questionam o apoio incondicional a Israel
5/7/2010, Chris McGreal, no jornal britânico Guardian
Traduzido por Caia Fittipaldi
Há perguntas que nunca se fazem, ou só aparecem muito raramente, em Washington. Durante anos, o mantra da aliança íntima e inquebrável entre EUA e Israel foi tão útil aos dois lados, que nem os EUA nem o Estado judeu nem os políticos preocuparam-se muito com o custo daquele apoio sempre incondicional.
Dessa vez, quando Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, chegar a Washington para tentar remendar suas relações com a Casa Branca, lá estará, pairando sobre todos uma pergunta que raramente se propôs e que, agora, parece ouvir-se de todos os lados: estará Israel – ou, pelo menos, o atual governo israelense –, criando riscos de segurança para os EUA e para os soldados norte-americanos?
Netanyahu prefere ser visto como aliado indispensável na luta contra o terror islâmico. Mas sua insistência em construir colônias exclusivas para judeus em Jerusalém Leste, que cavou profunda ravina entre Telavive e Washington, é vista como prova de que os israelenses não têm qualquer interesse real em que se estabeleça um Estado palestino viável. E isso parece estar alimentando a hostilidade contra os EUA em outras partes do Oriente Médio e em todo o mundo, porque os EUA são vistos como um escudo de proteção para Israel.
O presidente Obama tem dito que resolver o conflito entre israelenses e palestinos é “de vital interesse para a segurança dos EUA”. O vice-presidente Joe Biden já disse a Netanyahu, privadamente, que as políticas de Israel fazem aumentar o risco que cerca os soldados dos EUA no Iraque e no Afeganistão. Altos escalões militares norte-americanos, inclusive o general David Petraeus que comandou as forças dos EUA no Iraque e agora as comanda no Afeganistão, já identificaram a ocupação continuada, por Israel, de terras palestinas, como obstáculo à solução de todos os conflitos naquela região.
Mais recentemente, o ataque de Israel contra barcos que tentavam romper o bloqueio de Gaza, abalou gravemente as relações com a Turquia – importante aliado estratégico dos EUA.
Avaliação do ex-diretor de inteligência da secretaria de Defesa dos EUA, mês passado, causou muita agitação, sob o título de “Israel, risco estratégico?” Nesse documento, Anthony Cordesman, que escreveu muito sobre o Oriente Médio, constata uma mudança no pensamento da Casa Branca, do Departamento de Estado e talvez também mais crucialmente importante, no Pentágono, em relação ao impacto do apoio incondicional de Washington, jamais questionado, às políticas israelenses, inclusive a políticas que põem sob grave risco as perspectivas de paz com os palestinos.
Cordesman escreveu que os EUA jamais abandonarão Israel, porque têm o compromisso moral de assegurar a sobrevivência do Estado judeu. “Ao mesmo tempo, a profundidade do compromisso moral dos EUA não justifica nem desculpa ações de governo israelense que convertam Israel em risco estratégico, quando também Israel dever-se-ia dedicar a operar como ativo estratégico positivo. Tampouco significa que os EUA devam apoiar qualquer governo israelense, quando acontece de um ou outro governo nada fazer para construir a paz com seus vizinhos”.
Apoie o VIOMUNDO
“É hora de Israel perceber que tem deveres com os EUA, tanto quanto os EUA têm deveres com Israel. É hora de Israel começar a tomar cuidado com o quanto exige da paciência dos EUA e com o uso que dá ao apoio que recebe dos judeus norte-americanos.”
Em entrevista ao Guardian, Cordesman disse que o governo de Netanyahu tem mantido um “padrão de conduta” que está convertendo Israel mais em risco estratégico do que em ativo estratégico positivo.
“O atual governo de Israel tem-se excedido em tudo”, disse ele. “Gaza é um caso. Outros casos: as construções em terras árabes em Jerusalém; a falta de disposição para responder de modo que interesse tanto a Israel quanto aos EUA. Até agora, não se viu sequer um passo, dos israelenses, na direção de construir qualquer tipo de processo de paz.”
Foi quase exatamente o que Biden disse a Netanyahu em março, quando os israelenses mostraram-se inacreditavelmente grosseiros, quando, durante visita de Biden, anunciaram a construção de novas 1.600 unidades de moradia exclusivas para judeus na parte leste, ocupada, de Jerusalém.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth noticiou que, em encontro com Netanyahu, Biden, em tom de profunda irritação, acusou o primeiro-ministro de Israel de, por causa da política agressiva de seu Estado judeu contra os árabes em Jerusalém, fazer aumentar o risco que pesa sobre os soldados norte-americanos.
“A coisa está começando a ficar perigosa demais para nós. O que vocês estão fazendo compromete a segurança de nossos soldados que combatem no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão. Aumentam os riscos, para nós e para a paz regional” – palavras de Biden a Netanyahu.
O principal conselheiro político de Obama, David Axelrod, disse que os novos planos de construir casas exclusivas para judeus nas colônias nos territórios ocupados “pareceu planejado para minar” quaisquer novos esforços para construir conversações de paz realmente produtivas. Disse também que “é importante para a segurança dos EUA que andemos adiante e resolvamos essa difícil questão”.
Netanyahu tentou atacar frontalmente essa dificuldade, quando discursou em reunião de lobistas pró-Israel em Washington no início do ano. “Durante décadas, Israel serviu como escudo protetor contra o expansionismo soviético. Hoje, Israel ajuda os EUA a deter a maré do terrorismo islâmico. Israel partilha com os EUA tudo que sabemos sobre combater esse novo tipo de inimigo”, disse ele. “Partilhamos inteligência. Cooperamos de inúmeras outras maneiras, a maioria das quais não posso divulgar. Essa cooperação é importante para Israel e tem ajudado a salvar vidas norte-americanas.”
Hoje, esse argumento é bem menos persuasivo nos EUA. Mês passado, o embaixador de Israel aos EUA, Michael Oren, disse que o Estado judeu está passando por uma fase de “agitação tectônica” em relação aos EUA. “Não se pode dizer que as relações Israel-EUA estejam em crise, porque, numa crise, há altos e baixos” – disse o embaixador a diplomatas israelenses em Jerusalém. “As relações estão em estado de agitação tectônica, no qual se vê que os continentes começam a separar-se.”
Oren disse que as avaliações que se fazem na Casa Branca, sobre a política israelense, modificaram-se; da repetição de discursos históricos e ideológicos que se via em governos anteriores, para, como se vê hoje, um frio cálculo estratégico.
Para Cordesman, ainda é cedo para saber se Netanyahu realmente se deu conta do que está acontecendo; que, embora não venha a ocorrer qualquer alteração nas garantias fundamentais de segurança que os EUA dão a Israel, “acabou-se o tempo do cheque em branco.”
E acrescentou: “Acho que é claro que, hoje, todos pensam mais atentamente sobre como lidar com Gaza, sobre como enfrentar as questões humanitárias. Francamente: hoje, do ponto de um observador externo, é impossível não ver que o modo como Israel encaminhou as questões é causa direta de o Hamás ter evoluído, não para posição de acomodação, mas de resistência. Israel criou um desafio extremista para o Hamás. Mas foi preciso esperar o resultado, para poder ver com clareza todo esse processo.”
Comentários
Ed.
As vezes, as coisas são tão óbvias que relutamos em acreditar nelas e procuramos explicações e soluções mais complexas e sofisticadas.
Aparentemente, um poder econômico-financeiro-midiático-cinematográfico judaico nos EUA, aliado às necessidades de controle do Oriente Médio por seu petróleo, estabelecendo uma avançada base aliada ali encravada é tão evidente que precisamos duvidar que seja só isso…incluindo aí o restante do povo americano.
Se não há nada que desconheçamos neste "mistério desnudo", a simples aplicação de uma pequena FRAÇÃO do maior gasto militar do mundo (de longe!) em criar uma Palestina tal qual fora, por ex. uma Dubai ou similar, não resolveria uns 95% da questão? Sem perdas a nenhum lado, num legítimo ganha x ganha?!
As vezes sinto-me um idiota que gostaria de ter capacidade para saber e pensar melhor que isso…
Marat
Manual da impren$$$a:
Quando falar do Irã, de Cuba, da Coréia do Norte etc., adjetivar e meter o malho;
Quando falar dos EEUU – ser simpático e amistoso;
Quando falar de Hitler, usar sempre o termo "ditador" e fazer cara feia
Quando falar do Bush: usar o termo "presidente" e nunca usar termos como "radical", "terrorista" etc.
Quando falar dos palestinos e árabes: pode usar termos como "radical", "ditador" (exceto ao Mubarak) etc.;
Quando falar de Israel, usar o termo "democracia", lembrar do holocausto, usar a frase: "direito de defesa". Estão proibidos os termos: "Estado terrorista", "genocidas" e "assassinos"…
Rafael
Assim que o projeto citado pelo amigo Pedro Ayres estiver completo e o cinturão de segurança estabelceido os USA iniciarão uma campanha difamatória para ter o 'motivo' para invadir a Russia. Talvez patrocinando um novo Hitler como fez Prescott Bush ao finaciar o nazismo alemão afim de invadir a união sovietica. Por que 2/3 dos soldados alemães lutaram no front-leste, em direção aos sereais de Cuba e as reservas de óleo do Caucaso. Logo o novo 'HITLER" pode vir de Israel e os 'libertadores' entram em cena depois. O maior teatro da Histótia foi a Segunda Guerra Mundial. Agora querem nos oferecer um FLASH BACK. Amigos não podemos descansar enquanto nao elegermos a Dilma. Ela será fundamental para a união de uma corrente de países contra esta movimentação em direção ao caos.
Carlos
“Nosso governo mantém certos direitos e deveres em relação aos nossos cidadãos e suas propriedades, onde quer que se encontrem. A pessoa e a propriedade de um cidadão formam parte do domínio da Nação, mesmo no estrangeiro.”
– Woodrow Wilson, presidente dos EUA.
“É nossa linha política traçada no sentido de que o Almirantado deveria tornar-se, com plena independência, o proprietário e o explorador de jazidas capazes de atender às suas próprias necessidades de combustíveis líquidos. Em primeiro lugar, constituirá reservas de tempos de paz, e de sorte a não sofrermos as flutuações de preço no tempo de guerra. Em segundo lugar, deverá poder comprar em condições vantajosas petróleos brutos lançados no mercado. O terceiro aspecto de nossa política petroleira é que cumpre sermos donos ou, de qualquer maneira, os controladores, nos lugares de extração, de uma proporção razoável da quantidade de óleo bruto que exijam as nossas necessidades.”
– Churchill na Câmara dos Comuns, em 1913
(Fonte: textos das conferências do general Júlio Caetano Horta Barbosa no Clube Militar em 30 de julho e 06 de agosto/1947.)
mariazinha
Na verdade, Isarael é a utoriário e impertinente, como os EUA. Os dois, cobras criadas.
O negócio é o MUndo se juntar e boicotar; sem dinheiro, sem vender suas marcas ficarão mancos e pensarão duas vzs. antes de pensarem em guerras ou tomar à força, o que é dos outros.
Fora: cocacola, mac, carrefour, skay, MIAMI, NY, perrier, hugo boss, garnier, nestlé, la roche posay, johnson, schweppes, etc, etc…. http://www.bdsmovement.net/?q=node/9
José Sabino
Mariazinha,
É mais fácil vender todos os dólares.
Carlos
Vender pra quem e em troca do quê, Sabino?
Alguém no mundo que queira comprar?
Ezequias de Lima
Terceiro parágrafo: … como aliado indispensável na luta contra o 'TERROR ISLÂMICO'.
Alguém poderia me dizer o que isto significa?
USrael pratica terrorismo de Estado.
Nem só de pão vive o Homem, de hipocrisia também.
Sebastião Vannucci
Eu tinha um amigo judeu que disse-me há uns 40 anos (ele já foi) que os EUA iriam quebrar. E é o que está se vendo: uma potencia economica e militar está chegando ao seu fim. Não há como eles manterem tantas despesas sem renda. Parece realmente que é o fim!
José Sabino
O Henrique anta Meireles não acha. Investe (com o nosso dinheiro, claro) 1,5 milhão de dólares ao dia. Quer porque quer de qualquer modo alimentar a serpente.
Urbano
Rsrsrsrsrsr. Esse meu sorriso, e sarcástico, é melhor do que minhas palavras. Se eu as dissesse nem iria passar…
Pedro Ayres
O mais espantoso é que tudo se escreve ou se fala a respeito do Estado sionista sempre denota fatos e situações inamovíveis e perenes, posto que assim foi feito e nada pode ser desfeito como disse George Washington – "what has been done cannot be undone". É o protótipo conceito fascista para justificar qualquer desmando ou crime.
Embora sejam muitos os falazes argumentos que até divinizam essa "aliança" entre o Império e suas tropas avançadas no Oriente Médio, na prática e objetivamente é apenas um dos movimentos táticos determinados pelos estrategistas do Pentágono e dos thinks tanks multinacionais.
Desde os primeiros anos do século XX que já havia o projeto de domínio e controle de todas as regiões possuidoras de óleo e matérias-primas precisas para a expansão imperial-colonialista e para a sustentação de suas necessidades industriais e de lazer.
Assim, como se pode ler nos escritos de Ben Gurion e Ytzak Ben-Zvi, não só o esboço da atual política, como a clara definição do que poderá vir a ser o Grande Israel – um projeto expansionista que abarque toda a Palestina, a Jordânia, a Síria, o Iraque e um pedaço do Egito. O irônico é que tanto Zvi, quanto Gurion, que eram estudiosos da História, reconheciam nos palestinos o legítimo direito histórico de alí ficarem, pois, segundo suas opiniões e estudos, os palestinos, a bem da verdade, eram os verdadeiros descendentes da judiaria que tinha continuado na região.
Assim, junto com as mercenárias tropas sauditas e dos demais aliados(domínios) dos Estados Unidos, estarão criadas as bases para um poderoso cinturão militar para proteger aquilo que os estadounidenses consideram como seu por direito de butim e uma cínica vontade "divina", que se expressa através de seu "destino manifesto". E é pois essa questão que movimenta as classes dirigentes e dominantes de Israel, dos Estados Unidos e das grandes nações capitalistas do mundo.
richard pereira
Quem não sabe o por quê desta aliança inquebrantável entre ESTADOS UNIDOS e ISRAEL, desconhece a realidade da economia americana, que sobrevive a muitos e muitos anos do capital SIONISTA , ou JUDEU se preferirem .
Bastaria o capital JUDEU migrar dos ESTADOS UNIDOS que já está semi quebrado , para a economia americana ruir como um castelo de areia.
O mundo verá em pouco tempo ,talvez menos de duas décadas , como a ascenção da economia CHINESA demolirá , esta relação SIONISTA-AMERICANA , pois não existe sionista com os olhinhos rasgados, ou amendoados se preferirem.
Obs: meu sobrenome por parte de mãe é WEISSHEIMER , ou seja, judeu -alemão.
RICHARD PEREIRA
Luis
Refiro-me a aplicação de uma racionalidade que forneça dados minimamente confiáveis, para que as pessoas possam por si mesmas compreender melhor sobre si e, em maior escala, sobre tudo e sobre todos. A razão automática é recursiva, amplamente utilizada, reforçada e impede o desenvolvimento harmonioso do pensamento para a diminuição dos conflitos. Se "eles" não o fazem, façamos "nós". Compreender um conflito bélico é, no final, compreender que somos todos os envolvidos também.
Confuso da Silva
Acho que agora entendi o que você quer dizer. Você está se referindo a uma liderança quebrar pré-conceitos e equipar os cidadãos com informação para que eles possam formar opiniões mais ponderadas? Realmente, isso sim seria tarefa hercúlea. Pois isso não acontece nem por aqui em terras tupiniquins, pois nunca interessou às lideranças de onde quer que seja que seu povo tenha opinião própria.
Aliás, isso não acontece nem nesse ou em outros blogs do gênero, onde pessoas teoricamente bem informadas vez ou outra postam coisas do tipo "os judeus querem dominar o mundo" ou "os palestinos são todos terroristas"…
Mas ainda tenho esperança e acredito no caminho da Paz. E devo dizer que me tocou profundamente sua última frase – realmente, em qualquer conflito bélico, sofre a humanidade como um todo (se é que interpretei corretamente, caso contário peço desculpas).
Waldyr Kopezky
Uma notícia dada assim, despretensiosamente, no Globo: "EUA oferecem material nuclear a Israel".
Quer dizer que a conferência de desarmamento nuclear agora no primeiro semestre de 2010, a reafirmação do tratado START de redução de ogivas com a Rússia, a luta contra a disseminação de armas nucleares e de destruição em massa, tudo isso foi para o ralo! Na maior desfaçatez! Eles estão oferecendo ajuda em equipamento, tecnologia – e sabe Deus o que mais – a um país que NÃO É assinante do TNP, tem um arsenal nuclear CLANDESTINO (isto é, à margem da ONU e da AIEA) e que inclusive já tentou vender ogivas para regimes de exceção – caso da África do Sul nos tempos de Apartheid! E querem vender que o Irã é uma ameaça? E ninguém vai falar nada?
– "Documentos mostram que EUA querem vender material nuclear a Israel" – link: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/07/07/docu…
– "EUA e Israel firmam acordo nuclear" – link: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI…
Tavares
Isso é que é incrível, ninguém fala nada. Maravilhosa mídia! Um dia a história haverá de falar a verdade sobre esses dias que estamos vivendo e o papel da mídia em tudo isso. É absurda, é inacreditável esta situação. Hoje é o Iran e amanhã quem será?
Lucas Cardoso
Não apenas isso, mas recentemente Obama jogou pro alto aquele acordo que ele assinou para um oriente médio livre de armas atômicas. E isso não foi secreto (http://www.whitehouse.gov/the-press-office/readout-presidents-meeting-with-prime-minister-netanyahu-israel-0). Ele reclama que o acordo criticou apenas Israel por seu arsenal atômico. Vai criticar mais quem? Só Israel tem arsenal atômico!
A hipocrisia do Obama é impressionante. Israel tem o direito a armas atômicas, o Irã não pode nem enriquecer Urânio. Sanções no Irã e centenas de milhões de dólares pra Israel. Apoio incondicional a um dos governos mais sangrentos do Oriente Médio e ódio e isolamento aos praticamente pacifistas iranianos (a única guerra que participaram desde a derrubada do xá foi quando foram invadidos pelo Iraque).
O presidente dos EUA desrespeita de forma crassa o Acordo de Não Proliferação e ninguém fala nada! Ou melhor, ninguém que fala alguma coisa é transmitido pelos meios de comunicação de massa. Mas de qualquer forma é uma injustiça e uma tristeza tremenda.
Ed.
Puz fé no Obama, como uma nova luz para os EUA, mas até agora, uma crescente decepção. Ou está refém de algo que desconheço? Ou é realmente uma farsa a decepcionar boa parte do mundo?
Espero estar enganado e que ela tenha algumas cartas na manga para mostrar…logo…
José Carlos
Infelizmente a Paz mundial está nas mãos do complexo industrial-militar americano. É a triste realidade.
José Sabino
Que paz? Mude esta palavra para morticínio.
Marat
Morticínio, manutenção de poder e roubo… algumas obras desse triste e sombrio império…
dukrai
"Avaliação do ex-diretor de inteligência da secretaria de Defesa dos EUA, mês passado, causou muita agitação, sob o título de “Israel, risco estratégico?” Nesse documento, Anthony Cordesman, …
… Ao mesmo tempo, a profundidade do compromisso moral dos EUA não justifica nem desculpa ações de governo israelense que convertam Israel em risco estratégico, quando também Israel dever-se-ia dedicar a operar como ativo estratégico positivo."
Essa pedra já foi cantada, um emergente eixo político no Oriente Médio da Turquia, Síria e Irã obriga os EUA jogar para escanteio Israel e Arábia Saudita. israel se tornou uma pedra no sapato para os EUA com a sua arrogância nazi-sionista e é o principal elemento desestabilizador da nova política "americana" em gestação na região e deve ser enquadrado nessa nova realidade.
Já há questionamentos aos neo-africânderes assassinos | ESTADO ANARQUISTA
[…] Chris McGreal, no Guardian, traduzido por Caia Fittipaldi para o Viomundo […]
Confuso da Silva
Pois é, Netanyahu pode até entender o recado, mas não sei se ele vai ter peito de enfrentar os partidos da ultra-direita, que são a base para seu apoio. O congelamento definitivo de qualquer plano de expansão de colônias na Cisjordânia é um passo fundamental para se retomar um processo de paz, mas é uma tarefa hercúlea passar alguma resolução nesse sentido no parlamento israelense…
Do outro lado, o Hamas poderia oficialmente reconhecer o estado de Israel e retirar de seu estatuto qualquer menção à destruição de Israel. Mas isso também requer muito esforço de Hanniyeh e seus companheiros.
Se os dois lados começarem fazendo concessões, o conflito se encaminhará para um fim pacífico.
Luis
Silva, vou te dizer o que é hercúleo. As lídereranças do mundo reformarem radicalmente seu modo de pensar as coisas sérias, banindo da existência ordinária de todas pessoas o uso obstinado da razão automática que impera somente para gerar confusão.
Confuso da Silva
Não entendi a que você se refere, Luis. Poderia desenvolver?
Ed.
Esta chance já existiu com Arafat e sua Al Fatah e não deu em paz.
Um princípo básico de negociação é algum tipo de equilíbrio.
Quando não há, a parte mais forte tipicamente não tem, nem precisa ter interesse legímo em fazer concessões.
Confuso da Silva
Pois é, Ed. A região já esteve muito mais perto da paz do que atualmente. Não deu em paz por causa de radicais e fanáticos de ambos os lados sabotando o processo de paz, além de agentes externos (EUA, Irã, Egito, entre outros), aos quais no fundo não interessa a paz na região.
Mas não acho que exista aí um lado mais forte. Claro que Israel tem mais poder bélico mas, no dia em que eles finalmente enxergarem que isso de nada adiantou nos últimos 30 anos, entenderão que as concessões e as negociações são o único caminho possível.
Deixe seu comentário