VÍDEO: ‘A decisão da Corte Internacional abriu caminho para ações punitivas contra Israel’, diz líder palestino

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Mustafa Barghouti (@MustafaBarghou1) é médico, ativista e líder da Iniciativa Nacional Palestina (PNI), partido pelo qual concorreu à presidência em 2005.

Desde 2006, integra o Conselho Legislativo Palestino (CLP) e o Conselho Central Palestino (CPC).

Em entrevista à Aljazeera, ele fala sobre a decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ), na sexta-feira passada, 26 de janeiro, em relação à ação da África do Sul contra Israel.

Abaixo, a íntegra da tradução em português:

Mustafa Barghouti — Pela primeira vez em 75 anos Israel é privado de sua impunidade diante do Direito Internacional. Isso significa que, pela primeira vez, é colocado perante uma Corte pelos crimes que está cometendo contra o povo palestino.

Jornalista da Aljazeera — Mas você está preocupado se está decisão será realmente implementada?  intervém o jornalista 

Mustafa Barghouti — Claro que estamos preocupados porque as três primeiras ações do governo israelense foram muito claras: eles não ouvem a decisão; eles negam do que foram acusados.

E, claro, nós estamos um pouco desapontados porque a Corte não deu uma ordem completa de cessar fogo imediato e permanente.

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Mas, é muito claro, como disse a ministra de Relações Exteriores da África do Sul, que é impossível para Israel implementar as seis resoluções da Corte, incluindo:

  • evitar matar civis
  • evitar causar danos físicos e mentais a civis
  • permitir que a ajuda humanitária alcance as pessoas
  • permitir que as pessoas que foram despejadas voltem às suas casas

Mustafa Barghouti — Não seria possível implementar tudo isso sem um cessar fogo imediato e permanente. Isso é muito claro.

E, mais do que isso, eu acho que este caso abriu o caminho para ações punitivas contra Israel.

Eu penso que muitas, muitas pessoas, vão encontrar mais um motivo …agora elas têm um argumento muito melhor e mais forte para exigir boicote, desinvestimento e sanções contra Israel por todos os crimes que está cometendo até que termine a sua ocupação e o sistema de apartheid que criou. E, além disso, claro, os atos de genocídio.

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