Para impedir o rebrote do antissemitismo
Por Jair de Souza*
O vídeo que estamos disponibilizando neste enlace (assista, acima) nos revela que a sociedade israelense está acometida de um sério problema, algo que se mostra ainda mais grave pelo fato de que a maioria dos cidadãos de Israel é composta por descendentes de pessoas que foram vítimas de um processo de morticínio similar ao que agora está sendo infligido a outro povo.
Nos pouco mais de dez minutos deste material, podemos constatar que boa parte dos cidadãos de Israel parece ter perdido toda e qualquer sensibilidade em relação com a dor e os sentimentos do povo palestino.
Só o intenso processo de desumanização ao qual vem sendo submetido pode explicar porque, num momento em que sua própria existência se vê ameaçada e apesar de estarem sendo alvos das mais aberrantes atrocidades imagináveis, os palestinos vêm sendo objetos de constante escárnio e chacotas.
O que poderia justificar tanta discriminação e perseguição a outro povo em uma sociedade na qual os judeus constituem a maioria e detêm o poder absoluto?
Eu me atreveria a responder a indagação recém formulada de maneira simples e curta: o sionismo.
Até por volta de meados do século anterior, os judeus se caracterizavam por estar na linha de frente das grandes lutas pelas causas humanitárias e de justiça que se travavam pelo mundo afora.
Basta revisar brevemente lances importantes da história para ali detectarmos a presença marcante de vários judeus humanistas em papel relevante.
Como não recordar o nome de Rosa Luxemburgo ao abordar as lutas dos trabalhadores alemães?
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Quem poderia se esquecer da figura de Joe Slovo no comando da resistência do povo sul-africano contra o apartheid?
Como não mencionar Gus Hall que, mesmo no imensamente hostil ambiente imperante nos Estados Unidos, dispôs-se a encabeçar as mais decididas lutas visando pôr fim a deplorável segregação racial sobre a população negra estadunidense?
E, para nós brasileiros, como ignorar a grandiosidade de uma Olga Benário, que imolou sua vida em nome da humanidade?
Por isso, é com muita tristeza que hoje vemos as autoridades israelenses e os propagandistas do sionismo em outros lugares tentando forçar uma identificação entre ser judeu e ser sionista.
Chega a ser asquerosa a ideia de que tenhamos que considerar como parte do mesmo perfil a seres que entregaram sua vida em prol das causas mais sentidas da humanidade e aqueles que cultuam o colonialismo, o supremacismo e o racismo, aqueles que não se perturbam ao assassinar quase 20.000 palestinos indefesos, sem se importar com que a maioria dos mortos sejam crianças e mulheres.
Ao apregoar massivamente a mensagem de que sionismo é igual a judaísmo, o que os sionistas desejam é encontrar amparo para seus monstruosos crimes de genocídio.
Com seu comportamento, os sionistas esperam que a justa indignação que o mundo inteiro vem externando pela covarde carnificina que está em curso em Gaza neste exato instante seja considerada como uma demonstração de antissemitismo.
É evidente que com sua insistência de usar todos os seus meios de comunicação para transmitir sua mensagem, muita gente pouco informada a respeito do sionismo pode mesmo enveredar por uma forte antipatia aos judeus como um todo.
Num raciocínio simples, a coisa funcionaria assim: Se Israel comete atrocidades horripilantes, elimina cruelmente a milhares de seres indefesos, destrói suas casas, seus hospitais, suas escolas, etc., e se Israel faz tudo isso em nome do povo judeu, então, não seria tão difícil induzi-los a considerar aos judeus como responsáveis por toda essa prática maldita.
Portanto, para impedir que uma aversão insensata contra as comunidades judaicas volte a se manifestar, é dever de todos os humanistas dedicar seus esforços para derrotar a fonte que gera as condições para um rebrote do antissemitismo.
E a fonte não é outra coisa que a ideologia colonialista, supremacista e racista constituída pelo sionismo.
Em defesa dos judeus e da humanidade, precisamos derrotar o SIONISMO.
*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ
Veja também
VÍDEO: Tribunal Popular em BH julga os crimes de Israel contra o povo palestino
Giorgio Romano: Sionismo, cinismo e solidariedade
Comentários
Zé Maria
“Brasil Entrega 11 Toneladas de Alimentos
Doados pelo MST aos Palestinos de Gaza”
FAB levou Ajuda Humanitária até a Cidade
Egípcia de Al-Arish próxima á Fronteira Sul
O governo brasileiro entregou, nesta terça-feira (12),
11 toneladas de alimentos para serem doados a população
da Faixa de Gaza que sofre as consequências degradantes
da agressão militar israelense no Oriente Médio.
Doados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),
os alimentos incluem arroz orgânico, açúcar mascavo, leite em pó e fubá.
Com isso, chegam a 13 toneladas o total de alimentos doados pelo MST.
“Estamos fazendo a segunda doação de alimentos para o povo palestino, pois acreditamos na solidariedade internacional.
O povo palestino, assim como todo o povo que luta por soberania, necessita da ação solidária dos outros povos do mundo”, afirmou Jane Cabral,
da direção nacional do MST.
Os alimentos foram entregues pela Força Aérea Brasileira (FAB) na cidade
de Al-Arish, no Egito, próxima da fronteira com o Sul de Gaza.
Este é o terceiro voo do Brasil feito para levar ajuda humanitária à região.
Em 18 de outubro, pousou no Egito uma carga com 40 purificadores de água
capazes de tratar mais de 220 mil litros por dia.
A falta de água potável é um dos principais problemas do povo palestino
em meio ao conflito.
No dia 2 de novembro, outro avião enviou 2 toneladas de alimentos doados
pelo MST com arroz, açúcar e derivados de milho e leite.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-12/brasil-entrega-11-toneladas-de-alimentos-doados-pelo-mst-gaza
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Leia também:
“Greve geral na Palestina Condena Agressão Israelense a Gaza”
Ramallah, 11 dez (Prensa Latina) Numa resposta coordenada a nível internacional, as províncias palestinas acompanham hoje a greve
geral em protesto contra a contínua agressão israelense na Faixa
de Gaza.
Convocada pelas forças nacionais e islâmicas nos territórios do Norte
da Palestina, a greve condena os massacres perpetrados pelas forças
israelitas e os bombardeamentos de casas de civis, hospitais e centros
de abrigo.
Universidades, bancos, lojas e fábricas fecharam as portas em meio
a apelos populares para continuar com as manifestações contra Israel
em todas as áreas, ruas e praças, informou a agência Wafa.
Segundo a comunicação social, a rede de transportes públicos também
está afetada com greves em todas as linhas e a mobilidade dos cidadãos
é mínima.
O apelo global apela a um cessar-fogo definitivo em Gaza, ao qual apenas
Israel e os Estados Unidos se opuseram, estes últimos vetando na sexta-
feira uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para
pôr fim à agressão.
Segundo detalhes divulgados nas redes sociais, os participantes da greve
não utilizarão veículos, não farão compras e não utilizarão cartões bancários para pagamentos.
A campanha visa pressionar os países que apoiam Israel e pôr fim aos
massacres e crimes de genocídio sionista contra o povo palestino.
Desde 7 de Outubro, a persistente agressão israelita em Gaza matou mais
de 17.977 palestinos e feriu cerca de 51.300, a maioria deles crianças,
idosos e mulheres.
https://www.prensalatina.com.br/2023/12/11/greve-geral-na-palestina-condena-agressao-israelense-a-gaza/
Zé Maria
A Ascensão da Extrema-Direita no Mundo
oportunizou o Massacre Israelense em Gaza.
Zé Maria
Os Sionistas têm Espírito Assassino
e quem Colabora com o Sionismo
é Criminoso tanto quanto eles.
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