Outubro foi um espetáculo de horrores, um mês em que a humanidade perdeu sua alma.
Todos ficamos, e continuamos, perplexos diante de tamanha violência.
Ninguém [ou quase ninguém] imaginava que o conflito se deteriorasse
às formas mais primitivas e brutais da luta pela existência.
No entanto, um olhar mais atento sobre os acontecimentos políticos
internos recentes, tanto em Israel como na Palestina, mostra que
a tragédia já se anunciava incontornável.
O tenebroso outubro começou nas eleições de 2022 em Israel,
quando a volta de Benjamin Netanyahu ao comando do governo
não causou surpresa.
Conhecido como um mago eleitoral, Netanyahu se tornava
o mais longevo primeiro-ministro israelense.
A verdadeira supresa, entretanto, consistiu na inusitada coligação
que agora o sustentava, reunindo o Likud, a Ultra-Direita Nacionalista [Nazi]
e os Fundamentalistas Religiosos [Sionistas].
Pior ainda: a coligação de 2022 viu na vitória eleitoral a oportunidade rara
de revisar o que considera as duas questões existenciais para o Estado
de Israel — a ‘identidade nacional e a doutrina da segurança’.
As intenções da ultra-direita se revelaram logo no primeiro ato
do novo governo, quando o ministro da justiça enviou ao Knesset
(o parlamento unicameral de Israel), em janeiro de 2023, uma
proposta de ‘reforma do judiciário’.
Sem detalhamento, retirava o poder da Suprema Corte de rever
a legalidade das leis promulgadas pelo legislativo.
Na prática, essa decisão concentrava os três poderes nas mãos
do primeiro-ministro, uma vez que o sistema parlamentar já garante
ao executivo a maioria legislativa.
A rapidez do trâmite da reforma do judiciário assustou a sociedade
israelense, que passou a temer a rápida transição para uma ‘autocracia’,
com a concentração dos três poderes num ‘único líder’ — e, em última
instância, toda autocracia termina na anulação do Estado de Direito.
Uma Ofensiva para Liquidar as Aspirações Nacionais Palestinas
O Likud [Partido Sionista de Netanyahu] nunca aceitou o princípio
de um ‘Estado Palestino Autônomo’, admitindo apenas a existência
de uma ‘Administração Palestina Local [a Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Ligada ao Fatah, na Cisjordânia].
Durante os acordos de Oslo, o partido [Likud] liderou um cruel ataque
pessoal a Isaac Rabin, levando ao seu assassinato por um fanático
da ultra-direita.
O governo de 2022, no entanto, deu um passo além: adotou três medidas
que sinalizavam a decisão de liquidar as aspirações nacionais palestinas,
referendando, de fato, o princípio da ‘Supremacia Judaica’.
A primeira ocorreu quando os ‘Ministros da Ultradireita’ incentivaram
a organização de ‘Milícias Judaicas Armadas’ [Composta por Colonos
Invasores] que passaram a agir violentamente contra a ‘Desarmada População Palestina’ na ‘área C da Cisjordânia’, ‘Região Submetida ao Exército Israelense’.
A segunda foi o ‘Agravamento da Divisão Política’ entre Gaza e Cisjordânia, provocado pelo ‘Governo de Netanyahu’.
Desde 2006, quando o Hamas tomou o poder de Al-Fatah em Gaza,
o ‘Governo Israelense permitiu que o Qatar transferisse volumosos recursos financeiros para a liderança do Hamas’.
Finalmente, a terceira se deu quando o ‘Governo Israelense buscou Relações
Diplomáticas com os Países Árabes’, colocando-se como um ‘Aliado deles contra o Irã’.
Com isto, ‘Netanyahu agia para Esvaziar o Apoio Regional aos Palestinos’.
Consolidou-se na ‘Opinião Pública Palestina’ a ideia de que o ‘Governo israelense de 2022 estava ‘Determinado a Destruir Qualquer Possibilidade
de um Estado Palestino’, reforçada ainda pela ‘Suspeita’ de que ‘Israel’ preparava o terreno para ‘Executar um Plano de Transferência Territorial
dos Palestinos’.
Assim, diante do avanço da nova Agenda da Ultra-Direita, o Hamas iniciou
a sua ofensiva na Cisjordânia.
Sua intenção de assumir as rédeas da política palestina já era clara desde
seu nascedouro: o Hamas resistiu ingressar na OLP, indicando sua oposição ao princípio de um estado palestino multicultural.
A própria prática política do Hamas diverge diametralmente da linha adotada
pela OLP desde sua refundação em 1967, a saber:
a pluralidade político-ideológica e a autonomia decisória palestina perante
os países árabes. Ao negar o pluralismo ideológico, o Hamas preferiu fazer
alianças externas em detrimento da unidade nacional.
O jogo arriscado do Hamas, de aliar-se às forças regionais e interferir
na política doméstica dos países árabes, começou na primeira fase
da guerra civil da Síria, quando apoiou a oposição e a Turquia contra
o regime de Assad. Mas, ao perceber a resiliência de Assad, aproximou-se
do Hezbollah e do Irã.
Durante os tumultos políticos no Egito [‘Primavera Árabe’], levantou a bandeira da Irmandade Muçulmana e, na Jordânia, do Bloco Islâmico.
Recentemente compôs o chamado “Eixo da Resistência”, juntando-se
ao Hezbollah, Irã, aos Houthis no Iêmen, e ao Hezbollah iraquiano,
apostando numa Unidade Regional contra Israel.
Embora as escolhas arriscadas do Hamas tenham ampliado suas
capacidades políticas e militares, por outro lado, multiplicaram-se
seus Inimigos no Mundo Árabe.
Por volta de 2022, o Hamas e a Ultra-Direita Israelense dominavam
as Agendas Políticas dos Dois Povos.
Por um lado, a ‘Ultra-Direita Israelense avançava contra o Estado de Direito’, ‘sacrificava a Democracia’ pela ‘Supremacia Judaica’, utilizando-se de todos os meios, inclusive da ‘Violência Brutal Contra os Palestinos’.
Do outro, o Hamas, no Lado Palestino, optava pela Linha Militar, rompendo
com a Unidade Interna e formando Alianças Externas.
Era questão de tempo para a Colisão Frontal entre as Duas Forças, submetendo os Dois Povos a esta Violência e resultando nas cenas desoladoras que vemos em Gaza.
O insano mês de outubro é resultado desse quadro.
A catástrofe humana e política (diria também: cultural) mostra o fracasso
dessas duas vias.
Israel nunca enfrentou uma ‘Crise Existencial’ de Tamanha Intensidade e Envergadura. O mesmo em relação aos “Palestinos em Gaza, Submetidos
ao Mais Cruel Ataque Militar da História do Oriente Médio”, e ainda por cima
‘Abandonados pela Comunidade Internacional’, os ‘Países Árabes’ e o tal Eixo de Resistência.
É o momento para retomar a sensibilidade política, enfatizando que a autodeterminação dos povos é algo inseparável do Estado de Direito que, por sua vez, depende da segurança mútua entre os dois povos.
Outubro espalhou o desespero e a barbárie, mas também a perspectiva
de rever erros políticos, e assim buscar o caminho de uma paz justa
e permanente.
* Jawdat Abu-El- Haj é Palestino
Naturalizado Brasileiro;
Graduado em Matemática e
Doutor em Ciência Política,
ambos pela Universidade da
Califórnia em Riverside/USA.
Foi Consultor do PNUD-Brasil na
Escola de Saúde Pública do Ceará
e Especialista Indicado na Comissão
do Quarteto do Oriente Médio.
É Professor de Ciência Política
da Universidade Federal do Ceará.
Ao mesmo tempo em que revisa para menos o número verdadeiro
de vítimas mortais no 7 de outubro, Israel aumenta sua fúria
devastadora contra os palestinos – ver aqui questionamento
de jornalista dos EUA sobre a manipulação da realidade
pela propaganda sionista.
Israel intensificou a rotina de assassinatos de crianças, mulheres,
idosos, pessoas feridas e desarmadas.
E ampliou a destruição de edifícios, hospitais, igrejas, mesquitas,
universidades, escolas e da infraestrutura da Faixa de Gaza.
Fontes da ONU, de organizações humanitárias e agências independentes
estimam um nível inaudito e sem precedentes na história a devastação
causada por Israel nos territórios palestinos nesses 40 tenebrosos dias:
– 12.500 palestinos mortos, a maioria crianças [5.000], mulheres [3.400],
idosos [750].
A quase totalidade das demais vítimas fatais são adultos indefesos e
desarmados;
– mais de 32 mil palestinos feridos por ataques, bombardeios e
armas proibidas, como o fósforo branco;
– uma criança assassinada por Israel a cada 11 minutos e
uma mulher a cada 17 minutos;
– num único dia, 179 palestinos mortos precisaram ser enterrados
em vala comum no principal hospital de Gaza, al Shifa.
Dentre eles, 7 bebês prematuros, que morreram devido ao corte
de eletricidade no hospital;
– mais de 40 mil prédios foram explodidos e outros 220 mil seriamente
danificados na Faixa de Gaza, significando metade das residências
totalmente destruídas por bombardeios aéreos e tanques israelenses;
– a cada 28 horas um jornalista ou profissional de comunicação
foi morto em Gaza – 34 em 40 dias;
– ataques israelenses mataram 101 funcionários internacionais
da ONU que prestam assistência em Gaza – quase três por dia;
– Israel lançou mais de 12.000 bombas, que correspondem a
25 mil toneladas de explosivos – quase equivalente a duas
bombas de Hiroshima.
Trata-se, decididamente, de um genocídio – um genocídio de manual,
como denunciou o ex-funcionário do Alto Comissariado da ONU para
Direitos Humanos Craig Mokhiber.
Na Cisjordânia, onde o sionismo não teria como pretextar o combate
ao grupo Hamas, Israel já assassinou “recreativamente” 180 palestinos
neste período.
As atrocidades israelenses parecem não ter limites.
O Exército de Israel invadiu o Hospital Al-Shifa [15/11] com tanques,
veículos militares, armamentos pesados e soldados, causando mais
mortes e infundindo pânico entre palestinos já tomados por um pavor
terrível.
A propaganda sionista argumenta, cinicamente, que este ato terrorista
foi uma “operação direcionada de defesa”.
A ONU se declarou “horrorizada”. Mas, ao mesmo tempo, nada faz.
O organismo está imobilizado e paralisado pela cumplicidade dos EUA
com a ofensiva genocida de Israel.
Enquanto os palestinos continuam abandonados à própria sorte,
o regime assassino de Israel avança a limpeza étnica em Gaza.
E não parece disposto a parar sem, antes, completar a “solução final”.
*Jornalista, Integrante do ‘Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea)’ e ex-coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial.
.
.
Segundo noticiado em 19/04/2002 pela Agência Reuters,
o Departamento de Saúde da Prefeitura de New York publicou
um Relatório divulgando o número de mortos no desabamento
do World Trade Center/NY/USA decorrente dos Ataques Suicidas
em que 2 Aviões foram Lançados contra as Torres Gêmeas no dia
11 de Setembro de 2001.
Conforme o Documento Oficial, foram registrados até 7 meses
após a tragédia 2.617 Atestados de Óbito, correspondentes a
93% do Total de 2.835 Vítimas, se incluídos os 61 Desaparecidos
nos Escombros mais as 157 pessoas que estavam nas aeronaves
entre elas os 10 sequestradores suicidas que as direcionaram.
Ainda segundo a Reuters, “logo após os ataques, as estimativas
de mortos divulgadas pelo Governo dos EUA ultrapassaram a
marca dos 10 mil.
Desde então muitas cifras foram apresentadas, mas os números
foram baixando em função da repetição de nomes nas listas de
desaparecidos.”
.
.
” Considerando a Metodologia de Cálculo usada por Míster Joe Biden, comparativamente aos Ataques às Torres Gêmeas do WTC/NY/USA,
o Estado Sionista Terrorista de Destruição em Massa provocou em Gaza
na Palestina, até agora, o Equivalente a 14 ‘Onzes de Setembros’ por Dia.”
(https://youtu.be/dGoQFTXnvcI?t=680)
.
.
Oscar Freitas
Exatamente a 1:42hs do vídeo uma Sra. começa a falar indo até 1:49. Diz ela ter conteudos traduzidos diretamente do árabe, postados no Facebook, LinkedIn. Está Sra, assim como outros, não foram devidamente apresentados, e isto foi uma falha muito grande. Não deixou links, nem sei seus nomes e pergunto. Como acompalha-los, como posso ouvi -los se vcs mesmo não fazem a própria divulgação. Agradeçose me mandarem os links.
Nota – Sou somente um aposentado, que procuro saber a “Verdade”.
Obrigado
Comentários
Zé Maria
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“O Mês em que a Humanidade Perdeu sua Alma”
Por Jawdat Abu-El- Haj (*), no Jacobin BR
Outubro foi um espetáculo de horrores, um mês em que a humanidade perdeu sua alma.
Todos ficamos, e continuamos, perplexos diante de tamanha violência.
Ninguém [ou quase ninguém] imaginava que o conflito se deteriorasse
às formas mais primitivas e brutais da luta pela existência.
No entanto, um olhar mais atento sobre os acontecimentos políticos
internos recentes, tanto em Israel como na Palestina, mostra que
a tragédia já se anunciava incontornável.
O tenebroso outubro começou nas eleições de 2022 em Israel,
quando a volta de Benjamin Netanyahu ao comando do governo
não causou surpresa.
Conhecido como um mago eleitoral, Netanyahu se tornava
o mais longevo primeiro-ministro israelense.
A verdadeira supresa, entretanto, consistiu na inusitada coligação
que agora o sustentava, reunindo o Likud, a Ultra-Direita Nacionalista [Nazi]
e os Fundamentalistas Religiosos [Sionistas].
Pior ainda: a coligação de 2022 viu na vitória eleitoral a oportunidade rara
de revisar o que considera as duas questões existenciais para o Estado
de Israel — a ‘identidade nacional e a doutrina da segurança’.
As intenções da ultra-direita se revelaram logo no primeiro ato
do novo governo, quando o ministro da justiça enviou ao Knesset
(o parlamento unicameral de Israel), em janeiro de 2023, uma
proposta de ‘reforma do judiciário’.
Sem detalhamento, retirava o poder da Suprema Corte de rever
a legalidade das leis promulgadas pelo legislativo.
Na prática, essa decisão concentrava os três poderes nas mãos
do primeiro-ministro, uma vez que o sistema parlamentar já garante
ao executivo a maioria legislativa.
A rapidez do trâmite da reforma do judiciário assustou a sociedade
israelense, que passou a temer a rápida transição para uma ‘autocracia’,
com a concentração dos três poderes num ‘único líder’ — e, em última
instância, toda autocracia termina na anulação do Estado de Direito.
Uma Ofensiva para Liquidar as Aspirações Nacionais Palestinas
O Likud [Partido Sionista de Netanyahu] nunca aceitou o princípio
de um ‘Estado Palestino Autônomo’, admitindo apenas a existência
de uma ‘Administração Palestina Local [a Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Ligada ao Fatah, na Cisjordânia].
Durante os acordos de Oslo, o partido [Likud] liderou um cruel ataque
pessoal a Isaac Rabin, levando ao seu assassinato por um fanático
da ultra-direita.
O governo de 2022, no entanto, deu um passo além: adotou três medidas
que sinalizavam a decisão de liquidar as aspirações nacionais palestinas,
referendando, de fato, o princípio da ‘Supremacia Judaica’.
A primeira ocorreu quando os ‘Ministros da Ultradireita’ incentivaram
a organização de ‘Milícias Judaicas Armadas’ [Composta por Colonos
Invasores] que passaram a agir violentamente contra a ‘Desarmada População Palestina’ na ‘área C da Cisjordânia’, ‘Região Submetida ao Exército Israelense’.
A segunda foi o ‘Agravamento da Divisão Política’ entre Gaza e Cisjordânia, provocado pelo ‘Governo de Netanyahu’.
Desde 2006, quando o Hamas tomou o poder de Al-Fatah em Gaza,
o ‘Governo Israelense permitiu que o Qatar transferisse volumosos recursos financeiros para a liderança do Hamas’.
Finalmente, a terceira se deu quando o ‘Governo Israelense buscou Relações
Diplomáticas com os Países Árabes’, colocando-se como um ‘Aliado deles contra o Irã’.
Com isto, ‘Netanyahu agia para Esvaziar o Apoio Regional aos Palestinos’.
Consolidou-se na ‘Opinião Pública Palestina’ a ideia de que o ‘Governo israelense de 2022 estava ‘Determinado a Destruir Qualquer Possibilidade
de um Estado Palestino’, reforçada ainda pela ‘Suspeita’ de que ‘Israel’ preparava o terreno para ‘Executar um Plano de Transferência Territorial
dos Palestinos’.
Assim, diante do avanço da nova Agenda da Ultra-Direita, o Hamas iniciou
a sua ofensiva na Cisjordânia.
Sua intenção de assumir as rédeas da política palestina já era clara desde
seu nascedouro: o Hamas resistiu ingressar na OLP, indicando sua oposição ao princípio de um estado palestino multicultural.
A própria prática política do Hamas diverge diametralmente da linha adotada
pela OLP desde sua refundação em 1967, a saber:
a pluralidade político-ideológica e a autonomia decisória palestina perante
os países árabes. Ao negar o pluralismo ideológico, o Hamas preferiu fazer
alianças externas em detrimento da unidade nacional.
O jogo arriscado do Hamas, de aliar-se às forças regionais e interferir
na política doméstica dos países árabes, começou na primeira fase
da guerra civil da Síria, quando apoiou a oposição e a Turquia contra
o regime de Assad. Mas, ao perceber a resiliência de Assad, aproximou-se
do Hezbollah e do Irã.
Durante os tumultos políticos no Egito [‘Primavera Árabe’], levantou a bandeira da Irmandade Muçulmana e, na Jordânia, do Bloco Islâmico.
Recentemente compôs o chamado “Eixo da Resistência”, juntando-se
ao Hezbollah, Irã, aos Houthis no Iêmen, e ao Hezbollah iraquiano,
apostando numa Unidade Regional contra Israel.
Embora as escolhas arriscadas do Hamas tenham ampliado suas
capacidades políticas e militares, por outro lado, multiplicaram-se
seus Inimigos no Mundo Árabe.
Por volta de 2022, o Hamas e a Ultra-Direita Israelense dominavam
as Agendas Políticas dos Dois Povos.
Por um lado, a ‘Ultra-Direita Israelense avançava contra o Estado de Direito’, ‘sacrificava a Democracia’ pela ‘Supremacia Judaica’, utilizando-se de todos os meios, inclusive da ‘Violência Brutal Contra os Palestinos’.
Do outro, o Hamas, no Lado Palestino, optava pela Linha Militar, rompendo
com a Unidade Interna e formando Alianças Externas.
Era questão de tempo para a Colisão Frontal entre as Duas Forças, submetendo os Dois Povos a esta Violência e resultando nas cenas desoladoras que vemos em Gaza.
O insano mês de outubro é resultado desse quadro.
A catástrofe humana e política (diria também: cultural) mostra o fracasso
dessas duas vias.
Israel nunca enfrentou uma ‘Crise Existencial’ de Tamanha Intensidade e Envergadura. O mesmo em relação aos “Palestinos em Gaza, Submetidos
ao Mais Cruel Ataque Militar da História do Oriente Médio”, e ainda por cima
‘Abandonados pela Comunidade Internacional’, os ‘Países Árabes’ e o tal Eixo de Resistência.
É o momento para retomar a sensibilidade política, enfatizando que a autodeterminação dos povos é algo inseparável do Estado de Direito que, por sua vez, depende da segurança mútua entre os dois povos.
Outubro espalhou o desespero e a barbárie, mas também a perspectiva
de rever erros políticos, e assim buscar o caminho de uma paz justa
e permanente.
* Jawdat Abu-El- Haj é Palestino
Naturalizado Brasileiro;
Graduado em Matemática e
Doutor em Ciência Política,
ambos pela Universidade da
Califórnia em Riverside/USA.
Foi Consultor do PNUD-Brasil na
Escola de Saúde Pública do Ceará
e Especialista Indicado na Comissão
do Quarteto do Oriente Médio.
É Professor de Ciência Política
da Universidade Federal do Ceará.
Íntegra:
https://jacobin.com.br/2023/11/o-mes-em-que-a-humanidade-perdeu-sua-alma
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Zé Maria
https://ichef.bbci.co.uk/news/800/cpsprodpb/109c/live/810cd530-7e1c-11ee-8139-61b1db4c8e2f.png
https://ichef.bbci.co.uk/news/800/cpsprodpb/335a/live/448cb440-7e1c-11ee-b315-7d1db3f558c6.png
Zé Maria
https://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2023/11/gaza-geuvar3-800×635.jpg
“O inventário de 40 dias da ofensiva genocida
do regime de Apartheid israelense em Gaza
é tétrico e aterrorizador.”
Jeferson Miola* em seu Blog, pelo Viomundo: https://t.co/CMqKP0TfEt
Ao mesmo tempo em que revisa para menos o número verdadeiro
de vítimas mortais no 7 de outubro, Israel aumenta sua fúria
devastadora contra os palestinos – ver aqui questionamento
de jornalista dos EUA sobre a manipulação da realidade
pela propaganda sionista.
Israel intensificou a rotina de assassinatos de crianças, mulheres,
idosos, pessoas feridas e desarmadas.
E ampliou a destruição de edifícios, hospitais, igrejas, mesquitas,
universidades, escolas e da infraestrutura da Faixa de Gaza.
Fontes da ONU, de organizações humanitárias e agências independentes
estimam um nível inaudito e sem precedentes na história a devastação
causada por Israel nos territórios palestinos nesses 40 tenebrosos dias:
– 12.500 palestinos mortos, a maioria crianças [5.000], mulheres [3.400],
idosos [750].
A quase totalidade das demais vítimas fatais são adultos indefesos e
desarmados;
– mais de 32 mil palestinos feridos por ataques, bombardeios e
armas proibidas, como o fósforo branco;
– uma criança assassinada por Israel a cada 11 minutos e
uma mulher a cada 17 minutos;
– num único dia, 179 palestinos mortos precisaram ser enterrados
em vala comum no principal hospital de Gaza, al Shifa.
Dentre eles, 7 bebês prematuros, que morreram devido ao corte
de eletricidade no hospital;
– mais de 40 mil prédios foram explodidos e outros 220 mil seriamente
danificados na Faixa de Gaza, significando metade das residências
totalmente destruídas por bombardeios aéreos e tanques israelenses;
– a cada 28 horas um jornalista ou profissional de comunicação
foi morto em Gaza – 34 em 40 dias;
– ataques israelenses mataram 101 funcionários internacionais
da ONU que prestam assistência em Gaza – quase três por dia;
– Israel lançou mais de 12.000 bombas, que correspondem a
25 mil toneladas de explosivos – quase equivalente a duas
bombas de Hiroshima.
Trata-se, decididamente, de um genocídio – um genocídio de manual,
como denunciou o ex-funcionário do Alto Comissariado da ONU para
Direitos Humanos Craig Mokhiber.
Na Cisjordânia, onde o sionismo não teria como pretextar o combate
ao grupo Hamas, Israel já assassinou “recreativamente” 180 palestinos
neste período.
As atrocidades israelenses parecem não ter limites.
O Exército de Israel invadiu o Hospital Al-Shifa [15/11] com tanques,
veículos militares, armamentos pesados e soldados, causando mais
mortes e infundindo pânico entre palestinos já tomados por um pavor
terrível.
A propaganda sionista argumenta, cinicamente, que este ato terrorista
foi uma “operação direcionada de defesa”.
A ONU se declarou “horrorizada”. Mas, ao mesmo tempo, nada faz.
O organismo está imobilizado e paralisado pela cumplicidade dos EUA
com a ofensiva genocida de Israel.
Enquanto os palestinos continuam abandonados à própria sorte,
o regime assassino de Israel avança a limpeza étnica em Gaza.
E não parece disposto a parar sem, antes, completar a “solução final”.
*Jornalista, Integrante do ‘Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea)’ e ex-coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial.
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1724837397110673446
https://jefersonmiola.wordpress.com/2023/11/15/inventario-de-40-dias-das-monstruosidades-de-israel-em-gaza/
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Zé Maria
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“Para jornalista dos EUA, Israel manipula número de israelenses mortos
e esconde ataques mortais dos Militares contra os próprios israelenses”
Editor do site “The Grayzone” revelou que muitos israelenses teriam sido
mortos por mísseis, bombardeios aéreos e tanques do Estado de Israel.
(https://youtu.be/ESqmADgbEJI)
(https://thegrayzone.com/2023/10/11/beheaded-israeli-babies-settler-wipe-out-palestinian)
(https://thegrayzone.com/2023/10/27/israels-military-shelled-burning-tanks-helicopters)
https://jefersonmiola.wordpress.com/2023/11/12/para-jornalista-dos-eua-israel-manipula-numero-de-israelenses-mortos-e-esconde-ataques-mortais-aos-proprios-israelenses/
https://www.viomundo.com.br/politica/jeferson-miola-inventario-de-40-dias-de-monstruosidades-de-israel-em-gaza.html
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Zé Maria
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Segundo noticiado em 19/04/2002 pela Agência Reuters,
o Departamento de Saúde da Prefeitura de New York publicou
um Relatório divulgando o número de mortos no desabamento
do World Trade Center/NY/USA decorrente dos Ataques Suicidas
em que 2 Aviões foram Lançados contra as Torres Gêmeas no dia
11 de Setembro de 2001.
Conforme o Documento Oficial, foram registrados até 7 meses
após a tragédia 2.617 Atestados de Óbito, correspondentes a
93% do Total de 2.835 Vítimas, se incluídos os 61 Desaparecidos
nos Escombros mais as 157 pessoas que estavam nas aeronaves
entre elas os 10 sequestradores suicidas que as direcionaram.
Ainda segundo a Reuters, “logo após os ataques, as estimativas
de mortos divulgadas pelo Governo dos EUA ultrapassaram a
marca dos 10 mil.
Desde então muitas cifras foram apresentadas, mas os números
foram baixando em função da repetição de nomes nas listas de
desaparecidos.”
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” Considerando a Metodologia de Cálculo usada por Míster Joe Biden, comparativamente aos Ataques às Torres Gêmeas do WTC/NY/USA,
o Estado Sionista Terrorista de Destruição em Massa provocou em Gaza
na Palestina, até agora, o Equivalente a 14 ‘Onzes de Setembros’ por Dia.”
(https://youtu.be/dGoQFTXnvcI?t=680)
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Oscar Freitas
Exatamente a 1:42hs do vídeo uma Sra. começa a falar indo até 1:49. Diz ela ter conteudos traduzidos diretamente do árabe, postados no Facebook, LinkedIn. Está Sra, assim como outros, não foram devidamente apresentados, e isto foi uma falha muito grande. Não deixou links, nem sei seus nomes e pergunto. Como acompalha-los, como posso ouvi -los se vcs mesmo não fazem a própria divulgação. Agradeçose me mandarem os links.
Nota – Sou somente um aposentado, que procuro saber a “Verdade”.
Obrigado
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