Carone: Zema premia com Cemig um paulista que levou expansão da Fiat para PE, traindo Minas; ele integra Conselho de Administração da Odebrecht
Tempo de leitura: 3 min
Zema premia o maior traidor de Minas Gerais com a CEMIG
por Marco Aurélio Carone, no Novojornal
Na última sexta-feira (08/02), o governador mineiro anunciou que o ex-presidente da Fiat e atual membro do conselho de administração da Odebrecht, Cledorvino Belini, irá presidir a Cemig.
A Odebrecht é investigada na Lava Jato junto estatal mineira de energia.
Zema ainda não entendeu que existe uma grande diferença na escolha do gestor privado e do público.
Para o gestor privado, analisa-se curriculum, experiência e competência, tendo pouca importância os efeitos de suas atitudes no exercício de suas funções. O que importa é se obteve sucesso e gerou lucro para empresa, ou seja, uma análise econômica.
Já para escolha de um gestor público, além obviamente de seu curriculum, é necessário analisar as consequências sociais e políticas decorrentes de atitudes tomadas no exercício da sua função
Cledorvino Belini tem curriculum, experiência e competência inquestionáveis.
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O mesmo não se pode dizer de sua presidência na Fiat, pelo menos, para Minas Gerais.
Explico.
A fábrica de Fiat, em Betim (MG), foi inaugurada em 9 de julho de 1976, graças ao enorme esforço do governo mineiro, que forneceu gratuitamente o terreno de 2 milhões de metros quadrados e a implantação de toda a infraestrutura.
Além disso, entrou como sócio. Na época, 46% do capital de US$ 155 milhões eram do governo de Minas.
Naquele período, a Fiat passava por dificuldades na Itália e a fábrica de Betim possibilitou sua recuperação.
Inegavelmente, a implantação da Fiat em Betim proporcionou desenvolvimento na região e no Estado, geração de empregos e receita fazendária.
A partir de sua instalação, a Fiat passou a ser tão mineira quanto italiana, principalmente em função da querida colônia que se formou no Estado e continuou sendo admirada por todos nós, aqui.
Porém, um dos seus presidentes cometeu uma das maiores traição já praticadas contra a economia e o povo mineiros
Este presidente não era italiano e sim um paulista chamado Cledorvino Belini.
Foi Belini quem decidiu levar para Goiana, Pernambuco, a expansão que seria feita em Betim para produzir os SUVs Jeep Renegade, Jeep Compass, e a picape Fiat Toro.
Entre empregos diretos e indiretos, a fábrica transferida gerou mais de 47,5 mil, e gigantesca receita tributária.
Enquanto o Jeep Renegade pernambucano faz sucesso, a linha de modelos da Fiat mineira amarga o excesso de estoques.
Caminhamos para dias piores. Enquanto amplia-se a rede de concessionárias Jeep, as revendas autorizadas Fiat reclamam da falta de um produto verdadeiramente novo.
Se este fato não bastasse, a qualquer momento Zema poderá ser surpreendido.
Após sair da Fiat, Belini passou a exercer o cargo de conselheiro no grupo JBS.
E o pior: ainda hoje exerce o cargo no conselho de administração da Odebrecht, que tem vários negócios em sociedade com a Cemig.
Além disso, juntas, Odebrecht e Cemig, oram investigadas na Lava Jato, a exemplo do inquérito relativo à represa do Rio Madeira. Inclusive a Odebrecht já reconheceu a corrupção ocorrida em acordo de leniência celebrado.
Noticiar que o governo do Novo em Minas Gerais transformou-se em ninho tucano é chover no molhado.
Porém, não se imaginava que Zema chegasse a nomear pessoas com claro conflito de interesse, sem dizer que o maior investigado no inquérito do Rio Madeira/Odebrecht é o deputado tucano mineiro Aécio Neves.
Comentários
enganado
E como correu PROPINA!!!! Os mineiros vão amargar como os gaúchos amargaram e estão amargando. A DIREITA é ” predatória ” , sempre foi e nunca deixará de ser!!! O ZEMA é judeu e não dá ponto sem nó!!! Como é que os mineiros caíram neste conto do vigário!!! Bem feito!!! Bem feito também ___ braZiU$$$A___ .
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