Francisco Luís: Que a luta de resistência pacífica em São Bernardo ilumine o Brasil como na ditadura

Foto: Ricardo Stuckert

por Francisco Luís., especial para o Viomundo

A democracia no Brasil está no fundo do poço, a Constituição foi rasgada e o que vale agora é a lei do mais forte.

Na quarta-feira (04/04), assistimos ao triste espetáculo da suprema covardia do STF.

Donos da  mídia, do capital e das armas impuseram as suas vontades ao supremo (minúsculo, mesmo, tal qual o seu tamanho), embalando-se com as vestes da “justiça”.

Brasil vive quase dois anos de golpe e de direitos destruídos.

Agora,querem impedir que a esquerda vença as eleições de 2018.

A direita já havia conseguido que Lula fosse declarado ficha suja e já o havia tirado das eleições.

Mas eles devem ter acesso a pesquisas não divulgadas, mostrando que isso é insuficiente, já que Lula poderia ainda transferir votos para um candidato e este poderia vencer as eleições. Por ssto, veio a prisão.

Uma parcela da esquerda, sem ilusões com a “injustiça” suprema , resolveu utilizar uma forma de luta democrática que se usa contra as ditaduras: a desobediência civil pacífica, seguindo os passos de Gandhi e Luther King.

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A resistência deve ser pacífica, pois setores da extrema-direita estimulam o conflito para usá-lo como pretexto para o fechamento político total.

Devemos agir com inteligência e fazer um cordão humano para impedir a prisão e realizar manifestações, marchas e ocupações por todo o país.

A luta só está começando e dela emergirá uma esquerda que vai à raiz dos problemas. Será assim mais mais radical, pois será mais crítica ao judiciário e às outras instituições, que só ouvem os ricos e poderosos.

Se a polícia reprimir os que resistirem pacificamente e houver vítimas, devemos dar de antemão os nomes dos responsáveis.

Em primeiro lugar, a grande mídia com destaque para a Rede Globo, que promoveu o golpe e o clima de ódio e, obviamente, a radicalização que vivemos.

Em segundo lugar, os ministros do “injustiça suprema” que rasgaram a constituição: Fachin, Moraes, Barroso, Rosa Weber, Fux e Cármen Lúcia.

Especialmente a presidente Cármen Lúcia que fez o seu golpezinho de impedir para impedir o julgamento da prisão em segunda estância.

Em terceiro lugar, o juízes do TRF-4 : Leandro Paulsen, Victor Luiz dos Santos Laus, João Pedro Gebran Neto, além do seu amigo Sergio Moro.

A lista é grande e cabe ainda muita gente.

Esperemos que a luta da resistência em São Bernardo ilumine o Brasil, tal como ocorreu nas greves dos metalúrgicos do ABC na ditadura.

Só essa luta pode salvar o pouco que restou da democracia brasileira.

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