Garganta Profunda: Ministério Público Federal deu aos traficantes do helicoca benefício da dúvida que Janot não deu a Lula e Dilma
Tempo de leitura: 6 minOs cruzeirenses Aécio Neves, Gustavo e Zezé Perrella, o helicóptero da família no momento da apreensão e o piloto funcionário de Gustavo e da Assembleia de Minas: livre, leve e solto
por Garganta Profunda*
25 de novembro de 2013. O helicóptero PRZGP, de Zezé e Gustavo Perella, pousa na fazenda Tatagiba, em Brejetuba, no Espírito Santo, para fazer a entrega.
Quatrocentos e quarenta e cinco quilos de pasta base são transferidos para o Polo Sedan branco de placas KYF 8761.
A origem do vôo, ficará demonstrado depois, por provas recolhidas pela polícia no aparelho de GPS, foi Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Foram presos os pilotos Rogério Almeida Antunes e Alexandre José de Oliveira Jr., além de Everaldo Lopes Souza, Robson Ferreira Dias e Elio Rodrigues.
Elio era dono de uma propriedade vizinha. Tinha feito o pagamento da primeira parcela, de 100 mil reais. É visto pela PF como o homem da base local da quadrilha. Responde ao inquérito, mas não ficou preso.
Rogério, um dos pilotos, era funcionário da Limeira Agropecuária e Participações Ltda, a empresa dos Perrella. Tinha cargo também na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, numa secretaria ocupada pelo deputado estadual Alencar de Oliveira Jr., do PDT.
O senador Zezé Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, é do PDT. O filho dele, Gustavo, é deputado estadual pelo Solidariedade. Alencar era aliado de ambos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
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À época, o Viomundo entrevistou o advogado do piloto Rogério, Nicácio Pedro Tiradentes.
No calor dos acontecimentos, ele dizia que seu cliente, ainda preso, tinha feito duas ligações ao Perrella deputado antes do vôo. Nicácio afirmou então: “O deputado não poderia enlamear o menos favorecido pela sorte”.
Foi uma resposta à declaração de Perrella de que o piloto tinha agido como se tivesse furtado o helicóptero. Estranha a frase, não? Se no caso houve alguém “menos favorecido pela sorte”, é porque teria havido também “o mais favorecido pela sorte”. Quem?
O advogado era apenas um boquirroto, àquela altura desinformado sobre o caso? Ou estava tentando comprar proteção dos Perrella ao seu cliente, quem sabe por outros fatos inenarráveis?
Na prática o piloto Rogério e a própria Polícia Federal passaram a sustentar que os Perrella não tinham relação alguma com o episódio do tráfico. Teriam acreditado tratar-se de apenas mais um frete para o transporte de implementos agrícolas.
O inquérito, que incluiu os Perrella apenas para o pedido de esclarecimentos, se transformou em denúncia aceita pelo juiz federal Marcus Vinicius Figueiredo de Oliveira Costa, em Vitória, Espírito Santo.
Algumas coisas muito estranhas aconteceram desde então.
Por exemplo: nos dias 20 e 21 de outubro de 2014, a pedido da defesa, foram ouvidos os policiais Leonardo Geraldo Baeta Damasceno e Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli, envolvidos na apreensão.
Mas… “o registro audiovisual, feito em atendimento ao disposto no artigo 405, inciso primeiro, do Código de Processo Penal, está contaminado por eco que o torna virtualmente incompreensível e inviabiliza não só a defesa, como a acusação e o julgamento”, segundo registrou o despacho do juiz.
É isso mesmo: uma falha no equipamento de gravação tornou os depoimentos imprestáveis. Por isso, os atos daqueles dois dias foram oficialmente anulados, com a remarcação dos depoimentos.
Mas, a reprise nunca aconteceu: a defesa retirou o pedido dos depoimentos e, na audiência de 23 de março de 2015, o juiz homologou a decisão!
Não eram depoimentos quaisquer.
O delegado Leonardo Damasceno, da Polícia Federal, havia informado ao procurador original do caso, Fernando Amorim Lavieri, que a operação era resultado de um grampo telefônico feito em São Paulo. O agente Rafael Saralori teria confirmado isso ao promotor.
Na descrição do procurador Lavieri, citado pelo juiz em despacho, “segundo o agente policial a operação fechada é uma medida de interceptação telefônica ajuizada exclusivamente para obter informações que posteriormente são usadas em prisões em flagrante. Ao final, a operação fechada é arquivada sem comunicação aos investigados. O próprio agente policial definiu a situação como grampolândia. Disse que a medida foi adotada com a conivência do juiz e do membro do Ministério Público que, segundo o agente, ajudariam as autoridades policiais pois eram sensíveis ao flagelo do tráfico”.
O juiz e o membro do MP citados acima, supostamente lotados em São Paulo, não foram identificados.
As declarações do delegado Damasceno e do agente Rafael tinham sido decisivas para causar uma reviravolta no MP: a desistência do promotor original Fernando Amorim Lavieri de participar da acusação.
O vídeo da operação divulgado pela Polícia Federal havia deixado Lavieri com a pulga atrás da orelha. As imagens e o som demonstram que a PF sabia de antemão que aquele helicóptero pousaria para fazer o desembarque de cocaína. Ou seja, os agentes chegaram ao local já sabendo que haveria um flagrante.
Como o grampo originário daquela informação nunca foi incluído no processo, Lavieri calculou que era um caso clássico da doutrina dos frutos da árvore envenenada. Como se deu, aliás, na Operação Castelo de Areia, que investigou a empreiteira Camargo Corrêa: uma pista anônima era a base da investigação.
Em outubro de 2014, os advogados dos réus do helicoca tentaram convocar Lavieri para depor, mas o pedido foi rejeitado pelo juiz por ser “nítida a confusão feita entre os papéis de parte processual e testemunha”.
Substituído no caso, Lavieri nunca falou publicamente sobre sua desistência, mas o MPF do Espírito Santo divulgou nota oblíqua alegando que à instituição interessa sempre “um processo justo, baseado em provas lícitas”.
O promotor que “abraçou” a tese da defesa não foi o único momento bizarro do caso helicoca.
Em 8 de abril de 2014 os quatro presos foram colocados em liberdade. A defesa alegou que teria havido uma série de erros processuais. Exemplo? Tratamento diferenciado para Elio, o dono da propriedade vizinha àquela em que o helicóptero pousou. Ele foi acusado dos mesmos crimes que os có-réus, mas respondia em liberdade enquanto os demais estavam presos. O juiz aceitou o argumento da defesa e colocou os quatros presos em liberdade.
Em 19 de agosto de 2014, o TRF da segunda região, no Rio de Janeiro, tomou outra decisão pouco usual para casos de tráfico internacional de drogas: devolver o helicóptero à família Perrella, contrariando parecer do MPF e decisão do juiz federal, que determinou que a aeronave deveria servir ao governo do Espírito Santo enquanto a sentença não transitasse em julgado.
Nos bastidores, policiais federais que acompanham o caso à distância estão estarrecidos.
Os erros foram fruto apenas de incompetência? Algum teria sido cometido de forma proposital, para semear nulidade nas instâncias superiores?
As especulações incluem todo tipo de teoria da conspiração: a PF teria mirado os Perrella por motivos políticos, considerando a proximidade deles com Aécio Neves, que à época preparava a campanha presidencial?
Por outro lado, é verossímil que o piloto Gustavo tinha autonomia para sumir por mais de 50 horas com o helicóptero da família Perrella, num vôo Belo Horizonte-Pedro Juan Caballero-Brejetuba, sem dar detalhes e ter a anuência do patrão?
Independentemente das respostas, o resumo do filme é que o caso helicoca está praticamente enterrado.
Mesmo que o juiz condene os acusados — uma sentença é aguardada há oito meses — é pouco provável que a condenação resista em instâncias superiores.
O tráfico internacional de 445 quilos de pasta base pode ficar impune!
Como não há provas de que o procurador Lavieri agiu de má fé ao desistir do caso, fica por último considerar a distinção entre o comportamento dele e o do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Janot validou interceptação telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente da República Dilma Rousseff e remeteu-a como prova ao Supremo Tribunal Federal.
O ministro Teori Zavascki já sugeriu que tem dúvida sobre a legalidade daquela gravação. O mesmo fez outro ministro, Marco Aurélio Mello.
Advogados e juristas são claros: quando a gravação entre Lula e Dilma foi feita, o juiz Sérgio Moro havia encerrado oficialmente, em decisão registrada digitalmente, o monitoramento telefônico do ex-presidente. Provas obtidas depois daquele horário deveriam ter sido descartadas. Aquela gravação não foi.
Ainda assim, quando Moro teve conhecimento de que Dilma tinha caído no grampo, mesmo que inadvertidamente, deveria ter remetido o material ao STF, por conta do foro privilegiado da presidente da República.
Não o fez: Moro suspendeu o sigilo sobre todas as gravações e permitiu que aquela conversa fosse fartamente utilizada na artilharia política contra Lula e Dilma que precedeu a abertura do processo de impeachment.
Em resumo, o que temos aqui?
De um lado, o caso helicoca: um procurador da República formou convicção de que o processo tinha nascido de prova ilegal, desistiu de participar dele e praticamente enterrou a acusação.
Do outro, um Procurador Geral da República admitindo prova sobre a qual pairam fortíssimas dúvidas para sugerir que uma presidente da República cometeu obstrução de Justiça. Isso, às vésperas da votação no Senado que pode afastá-la do Planalto. Janot fez isso sabendo que uma prova essencial para sua denúncia pode vir a ser derrubada no STF? Seria, portanto, apenas uma jogada política?
Seja como for, ficamos sabendo que, para o MP, Lula e Dilma não merecem o benefício da dúvida concedido a traficantes internacionais de cocaína!
O Brasil não cansa de nos surpreender.
*Garganta Profunda, no escândalo de Watergate, foi o diretor do FBI Mark Felt, que cantava as pedras da investigação aos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein numa garagem de Washington DC. Nosso Deep Throat não é a atriz Linda Lovelace, nem tem pretensão a Felt. É apenas um jornalista que não consegue emplacar algumas de suas reportagens — aquelas que não interessam ao patrão — na mídia velha brasileira. Para o patrão, o grampo em Lula-Dilma é perfeitamente legal, mas aquele que passar perto dos Perrella só sairá no Jornal Nacional se inocentar Aécio.
Comentários
FrancoAtirador
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Nota Pública da Defesa da Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR):
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“É com inconformismo que recebemos a notícia de que o PGR
apresentou denúncia em desfavor da senadora Gleisi Hoffmann.
Todas as provas que constam no inquérito comprovam
que não houve solicitação, entrega ou recebimento
de nenhum valor por parte da Senadora.
A denúncia sequer aponta qualquer ato concreto cometido.
Baseia-se apenas em especulações que não são compatíveis
com o que se espera de uma acusação penal.
São inúmeras as contradições nos depoimentos
dos ‘delatores’ que embasam a denúncia,
as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações.
Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que seis versões diferentes
para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram.
Ao apagar das luzes, depois de um ano e meio da abertura do inquérito,
uma terceira pessoa aparece disposta a dizer que teria realizado
a suposta entrega de valores, numa nova versão que foge de qualquer raciocínio lógico.
Vale lembrar que esta pessoa é amigo/sócio/ funcionário de Alberto Youssef,
o que comprova ainda mais a fragilidade das provas
e se vale do mesmo advogado de Alberto Youssef para fazer sua delação.”
Rodrigo Mudrovitsch e Veronica Abdala Sterman
Procuradores Constituídos pela Senadora Gleisi
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Preparem-se para o Extermínio
do Partido dos Trabalhadores.
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Luiz Fernando Medeiros
O JANOTA QUE BENEFICIO DA DÚVIDA? ONDE VC ARRUMOU ISTO? FOI TUDO FOTOGRAFADO, A POLÍCIA REGISTROU E VC AINDA TEM DÚVIDA? TÁ LEVANDO ALGUM? SE FOSSE O AECIO DO PT JA TAVA EM CANA MAS É DO PSDB TEM O BENEFICIO NÉ? DEPOIS QUEREM QUE ENXERGUEMOS SERIEDADE NAS INSTITUIÇÕES JURÍDICAS
Julio Silveira
Esse é um daqueles casos tão graves e de consequência tão absurda que mereceria uma substituição na nomenclatura da estrutura dos ligados aos sistema de justiça. Do Ministério Público Federal e Justiça Federal, para Ministério dos Mistérios das Parcerias Público Privadas.
JADERSON Oliveira
Quem vc acha que fornece “pó” para as festa da galera do topo da “pirâmide?”
Tem festas em Brasília que o garçom já sai com as carreiras prontas na bandeja.
Urbano
Será aquela situação em que para os companheiros tudo; para os inimigos a tronchura da lei? E a pergunta nem é minha, mas das ‘N’ ações mais diversas dos últimos tempos…
FrancoAtirador
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O que estavam fazendo no dia 31 de Março de 1964 os Advogados do Brasil?
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E os Juízes? E os Promotores de Justiça e Procuradores da República?
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Passados 50 anos do Golpe [Parlamentar] que derrubou o Presidente
João Goulart Legítima e Constitucionalmente Eleito e Empossado,
essa Pergunta Ainda Incomoda Muita Gente.
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Porque Boa parte da Comunidade Jurídica Não Tem do que se Orgulhar
de seu Comportamento Naquele Dia Obscuro na História Política do Brasil
e nem nos Dias que se Seguiram…
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Da Festa para Comemorar a Queda de João Goulart em 1964
Participaram Ostensiva e Alegremente a Imprensa ‘livre e democrática’,
a Igreja Católica e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
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A Nata da Classe Empresarial [Industriais, Banqueiros e Grandes Comerciantes]
não só Comemorou como Participou Ativamente da Conspiração.
[…]
É bem verdade que Muito Rapidamente a Truculência do Regime Militar
Contra as Liberdades civis e a Democracia deixaram Muita Gente Desencantada,
inclusive Boa Parte da Imprensa [Exceto Globo], da Igreja e da Comunidade Jurídica.
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Íntegra em:
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(http://consultor-juridico.jusbrasil.com.br/noticias/114730125/pecados-e-milagres-da-comunidade-juridica-na-ditadura)
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(http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-03-29/golpe-de-1964-so-deu-certo-porque-militares-tiveram-apoio-da-sociedade-civil.html)
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Bacellar
Traficantes, estelionatários, sonegadores, corruptos, milicianos…Esses são os agentes do Golpe de Estado.
Ninguém
Alguma dúvida de que há um jogo golpista envolvendo STF, PGR, MPF e PF, além do Legislativo? Janota está tão metido no golpe quanto o Temerário.
FrancoAtirador
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“O GOLPINHO FILHOTE DO GOLPE”
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Por Jânio de Freitas
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O entendimento pleno entre Michel Temer e os ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes, a respeito da farta percepção de golpe, não surpreende, por nenhum dos três.
Mas a adesão de Celso de Mello a manifestações públicas de fundo político, sem razão alguma para sair de sua área, é mais uma contribuição para a difundida inconformidade com o Supremo na atual crise.
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Causa mais citada pela inconformidade, a protelada apreciação do afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara –pedido há quatro meses pelo procurador-geral Rodrigo Janot– recebeu afinal uma explicação, embora indireta, do ministro Teori Zavascki.
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Em síntese, a acusação principal no pedido são os trambiques de Eduardo Cunha
contra a ação do Conselho de Ética que o ameaça.
No entender de Zavascki e outros, porém, o tema compete à Câmara.
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O problema se repete: com o êxito dos pulos de Cunha e o alheamento do Supremo, nada resta a fazer contra o comando da Câmara por um réu em processo no próprio Supremo.
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E no tribunal os ministros citados e ainda outros, como Dias Toffoli e Cármen Lúcia,
dizem que ‘as instituições e a democracia estão funcionando’.
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Celso de Mello considera ‘um gravíssimo equívoco’ as referências de Dilma a golpe.
Porque ‘o procedimento destinado a apurar a responsabilidade da senhora presidente da República respeitou todas as fórmulas estabelecidas na Constituição’.
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As fórmulas. Ou seja, Celso de Mello considera a forma, e se satisfaz.
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Mas o golpe não está na forma, está na essência, no argumento, que apenas se vale da forma.
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E este argumento consiste em, de repente, considerar crime,
para efetivar um impeachment, uma prática financeira aceita nos governos anteriores
e em atuais governos de Estados. Um casuísmo, portanto, um expediente oportunista.
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Integrante mais antigo do Supremo, nomeado ainda por Sarney, Celso de Mello
é o ministro que mais recorre a bases teóricas do Direito, em imensas digressões
engordadas com citações a autores, jurisprudências e votos passados.
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O seu súbito enlace com o formalismo, e do mais simplório,
pode satisfazer-lhe a visão política,
mas trai sua dificuldade de sustentar com argumentos jurídicos
o golpe da repentina criminalização de créditos suplementares,
velhos conhecidos da Fazenda, do Tesouro e do TCU.
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Dias Toffoli também tem o que dizer
sobre o que os jornais disseram
que Dilma diria na ONU mas não disse,
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e por isso os que inventaram que ela diria
agora se dizem surpresos.
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Toffoli: ‘Alegar que há um golpe em andamento
é uma ofensa às instituições brasileiras.
E isso pode ter reflexos ruins no exterior’.
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Os reflexos ruins já estão na imprensa internacional, que não se deixou enganar.
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Sem falar no manifesto de 8.000 juristas mundo afora, denunciando o golpe.
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‘Ofensa às instituições’ é a trama em montagem para separar o processo, no TSE
presidido por Toffoli, sobre as contas de campanha da chapa Dilma-Temer.
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Com um processo para cada um, como Gilmar Mendes articula,
Temer pode ser absolvido enquanto Dilma é condenada.
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Gilmar Mendes chegou a dizer que ‘o Tribunal (Superior Eleitoral) tinha posição contrária,
mas agora podemos ter um quadro novo’.
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Outro casuísmo, outro expediente oportunista.
O Golpinho Filhote do Golpe.
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Em importante artigo na ‘Ilustríssima’ de domingo (17),
cuja leitura recomendo muito, Daniel Vargas
faz uma análise original e aguda do Judiciário
e, em particular, do STF.
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Constitucionalista, doutor em Direito Público por Harvard, em dado exemplo diz:
“Cármen Lúcia e Dias Toffoli, ao afirmarem publicamente
que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição,
abusam da retórica para, implicitamente, oferecer suporte
ao movimento político de destituição da presidente Dilma Rousseff”.
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É o que fazem também os outros ministros aqui citados,
com exceção de Teori Zavascki, que mantém a reserva devida por magistrados.
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São 35 os partidos com registro. Mais os meios de comunicação.
O Supremo Tribunal Federal não precisa ser mais do que Supremo Tribunal Federal.
Aliás, precisa-se que seja o Supremo Tribunal Federal.
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24/04/2016
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(http://racismoambiental.net.br/?p=206552)
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FrancoAtirador
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Cada Membro de Instituição Pública ou de Corporação Privada,
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seja do MP, das Polícias, dos Phoderes Estatais ou da Imprensa,
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sempre Discursa do Alto de um Púlpito Incorruptível e Santificado.
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A PUTREFAÇÃO É DE TODO O SISTEMA, QUE É INJUSTO, ESTÚPIDOS!
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Irineu
Azenha e leitores,
Vou postar aqui um comentário feito pela escritora Miriam Morais em seu Face.
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Míriam Márcia Morais
2 h ·
Preparem os ovos que tô de boa pra apanhar:
TORÇO PARA QUE CUNHA NÃO CAIA HOJE.
Se o STF entregar a cabeça de Cunha hoje, será apenas um osso que nos lançarão para justificar o que querem fazer com Dilma.
Quero teatro não senhor, obrigada. Peguem o Cunha, o Aécio, o Temer, a Globo, seus helicópteros de cocaína, os aeroportos públicos do tráfico, Srs Ministros da impunidade eterna….
… e … guardem em suas gavetas como sempre fizeram.
A gente quer é o fechamento do Congresso para a votação popular da Reforma Política, da regulamentação da imprensa e regras decentes para nova eleição.
Atirem suas migalhas para a… mãe Joana.
(Consegui não falar um único palavrão, mesmo me dirigindo ao STF. Acho que tô evoluindo)
Luiz, SP
“Ministério Público Federal deu aos traficantes do helicoca benefício da dúvida que Janot não deu a Lula e Dilma.” Oi? Que piada é essa??? Lula e Dilma protelaram até onde foi possível o andamento das investigações contra eles, pois contam com todo o aparelho estatal trabalhando a seu favor. Que mania insuportável de vitimizar essa dupla exaltando mal feitos dos adversários, como se dissessem “olha, fizemos bobagem, mas eles também”. Uma conduta espúria não se justifica acusando alguém de algo parecido. A eles foi dado – e ainda se dá – AMPLO direito de defesa, mesmo com tantas e pesadas evidências das quais Lula e Dilma não conseguem se desvencilhar. O Helicoca é um caso vergonhoso de justiça seletiva, é verdade, mas que não exime sob nenhum argumento a responsabilidade desses dois pelo caos em que o país se encontra atualmente. Crimes diferentes, situações diferentes, mas que deveriam ser apuradas com o mesmo rigor. Chega desse “coitadismo” lulo-petista. Já deu!
Sérgio
Nojo, nojo somente nojo desses canalhas!
Saulo de Souza
Venho fazer uma crítica construtiva em algo que me incomoda no site/blog. Não achei outro canal para fazê-la, por isso uso este. Trata-se dos pop-ups de notícias que aparecem no canto direito inferior do site. Eles eventualmente trazem notícias antigas, ainda que relacionadas com assuntos novos, que podem induzir os leitores a pensarem que são notícias atuais, induzindo a uma interpretação equivocada da noticia. Principalmente pela maneira que aparecem, o que nos dão a sensação de que são notícias urgentes e atuais. Penso que deveriam ser usadas de outra forma, por exemplo, como “assuntos relacionados” em links nos finais das matérias. Gosto muito do trabalho de vocês. Obrigado.
Conceição Lemes
Obrigada, Saulo. abs
Ronaldo Braga
Compartilho da mesma opinião do Saulo, na sua totalidade, incluindo as sugestões.
Messias Franca de Macedo
ÔBA!
Hoje terá muita palhaçada, sim senhor(a)!
E inédita porquanto “suprema”!
Um dos mais sórdidos &$ surreal espetáculos da Terra será encenado hoje à tarde no plenário do STFede da “República do ‘CU(nha)’ do Mundo”!
Não percam, não percam…
NOTA: apesar de ser de natureza [em tese] *circense, o espetáculo é terminantemente proibido para crianças: os horrores são pornográficos &$ criminosos!
*perdão à heresia aos dignos – e limpos e decentes e pedagógicos e democráticos e civilizatórios… – circos!
Mas, ainda assim, aumentem os seus estoques de pipoca da marca STFede® (sic), refrigerante, pirulito para adultos [Risos estonteantes], máscaras do GÂNGSTER nazifasciterrorista eduardo ‘CU(nha)’ dos(as) golpistas safados(as) &$ inescrupulosos(as)…
Deixem de prontidão as buzinas, os tambores… – os confetes porque o kafkiano circo dos horrores irá terminar em carnaval regado a muita pizza sabor “máfia ‘famiglia’ Italiana”, e o excepcional (idem sic) chef é o mesmo “ilibado” eduardo ‘CU(nha)’ dos(as) mesmos(as) nazigolpistas, terroristas de meia tigela IMUNDA e, óbvio, [mega]CORRUPTOS(AS)!…
Não percam o espetáculo mais grotesco e inusitado da literal ‘desMOROlização’ de uma [suposta] corte ÍNFIMA – perdão, ato falho -, [suposta] corte suprema!
Suprema!
Sei…
Não percam, não percam…
O espetáculo dantesco é hoje à tarde!
E, talvez o melhor [ou seria pior?!], “é de grátis”!…
Aproveite!
E boas gargalhadas!
Mesmo porque é esta a cara da “República do ‘CU(nha)’ do Mundo”!
Onde o povo sorrir em face das piores e mais inimagináveis desgraças e tragédias!
Lamento!
A algo a fazer?
A conferir!
“Aqui pra ‘nois’”, a senha!
Ah, a senha responde por ruas, na hipótese de eu ainda não ter sido satisfatoriamente bem compreendido!
Honesto, decente, sapiente e impávido povo trabalhador brasileiro nas ruas… Nas avenidas, nos becos, nos guetos, ocupando pacificamente as praças públicas mesmo porque são verdadeiramente, nossas, ou seja, públicas…
O labor das producentes formiguinhas!
Ademais, o terrorista fantasma nazifascigolpista é cafajeste, horrendo &$ tétrico, porém oco de substância e coragem!
Não aguenta um bafejo popular!
Nem tampouco suporta uma rápida pesquisa no google das fichas corridas!
Mãos à obra!
E JÁ passou da hora!
Hasta la Victoria Siempre!
Viva o [verdadeiro] BRASIL!
Viva o [verdadeiro] honesto, sapiente, leal, generoso e impávido povo trabalhador brasileiro!
AlvaroTadeu
Dilma já tinha dois anos de experiência com Janot quando decidiu reconduzi-lo ao cargo. Sendo odiada pelo MP, que diuturnamente a perseguia ilegalmente, sem que Janot sequer piasse, era motivo suficiente para nomear alguém honesto e comprometido com a democracia. Quis ser democrata demais, contra inimigos poderosos que não respeitam a democracia. Isso nos remete ao livro de Carlos Altamirano, “Dialética de Uma Derrota”, onde ele descreve a insistência suicida de Salvador Allende de respeitar a Constituição Chilena, enquanto as Forças Armadas e Pinochet se preparavam para o golpe e os latifundiários se armavam sem nenhum segredo. Allende negou armas aos camaradas que queriam resistir ao Golpe em gestação desde que tinha tomado posse.
“
Nelia
Álvaro, sempre critiquei esse republicanismo da Dilma. Sempre me pareceu inabilidade política. Não sabia desses pormenores similares na atuação do Allende quando do golpe de estado no Chile. Vou procurar esse livro e levar suas informações adiante.
Nelson Marcondes
Não percebi nada de anormal em minhas publicações! Acho que não agradam à algumas pessoas, o problema é este.
Quero ter liberdade para expressar minhas opiniões ou é melhor “cair fora”.
Abraço.
Sérgio
Não vem ao caso!
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