Antônio David: Estadão diz que falar em resistência à tentativa de golpe é ‘ameaçador‘
Tempo de leitura: 4 minpor Conceição Lemes
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o último a falar no ato em defesa da democracia brasileira, realizado nessa terça-feira 31, na quadra do Sindicato dos Bancários, no centro da capital paulista. Seu discurso durou 46m37s (ouça-o, aqui).
Várias lideranças sindicais e de movimentos sociais o precederam. Entre eles, Gilmar Mauro, do MST.
Discursou durante 46m37.
Em reportagem sobre o ato (na íntegra, abaixo), o Estado de S. Paulo afirma:
Durante o ato, Gilmar Mauro, líder do MST, chegou a falar em tom ameaçador numa “resistência” popular a uma tentativa de golpe. “Não haverá golpe no Brasil sem resistência popular nas ruas. Nossos movimentos não formaram covardes”, disse ele.
“O Estadão inverte a realidade”, denuncia Antônio David, que desenvolve pesquisa de doutorado no Departamento de Filosofia da USP.
“Ou seja, para o Estadão, falar em resistência à tentativa de golpe é falar com “tom ameaçador”. Mas apologia de golpe, como ele faz, não”, põe o dedo na ferida.
“A família Mesquita pensa que o povo é burro. Mas o povo não é burro”, diz, indignado, David. “Querem pagar para ver? Querem passar da ameaça às vias de fato? Tentem dar o golpe, e vocês quebrarão a cara”.
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Lula afirma estar indignado com a corrupção
RICARDO GALHARDO E ANA FERNANDES – O ESTADO DE S. PAULO
31 Março 2015 | 22h 55
Ex-presidente reconhece ‘equívocos’ do governo, mas defende sucessora e diz que debate é solução para a ‘crise política’
São paulo – Em evento com cerca de 3 mil petistas e sindicalistas nesta terça-feira, 31, à noite, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um mea-culpa em relação aos erros do governo Dilma Rousseff na economia e disse estar “indignado” com a corrupção. Lula, no entanto, deixou claro que o motivo da crise é de natureza política, e não econômica, e conclamou os petistas a, em vez de hostilizar os manifestantes anti-Dilma, fazer o debate político de convencimento.
“Todos nós cometemos equívocos”, disse Lula. “Poderíamos ter aumentado o preço da gasolina lá em 2012”.
Depois de ouvir uma série de críticas do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, ao “tarifaço” do governo e ao “ajuste do (ministro Joaquim) Levy”, o ex-presidente também citou o aumento da conta de luz, mas defendeu a realização do ajuste fiscal e disse que “nem tudo depende da Dilma”.
Lula, que em conversas fechadas tem criticado a condução política do governo e defendido a tese de que a crise é política e não econômica, também aproveitou para mandar um recado indireto à presidente. “Se nós não errarmos na política, não vamos errar em nada.”
Direito. Depois de fazer o mea-culpa, o ex-presidente, que durante anos usou o discurso do “nós contra eles”, assumiu uma posição mais branda em relação aos protestos que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas contra o governo no dia 15 de março.
“Nós temos que ir para a rua muitas vezes, mas não temos que ficar com raiva de quem está indo contra nós. Eu, às vezes, fico irritado quando vejo companheiros dizendo que quem vai para rua contra nós são os que não prestam e nós somos os bons. Nós fomos contra Sarney, contra Collor, contra FHC, contra Geisel, contra Médici. É a primeira vez que estão indo contra nós. Eles têm direito.”
Segundo Lula, o motivo maior da insatisfação contra o governo é o fato de que as pessoas que ascenderam socialmente durante os governos petistas, hoje querem mais ou têm medo de voltar atrás. Por isso, a melhor estratégia, diz, é fazer o debate político para convencê-las dos aspectos positivos do governo. Ele citou dados de eleições perdidas pelo PT em São Paulo para argumentar que o quadro é reversível.
Para animar a militância, Lula listou manchetes negativas sobre a economia em 2003, seu primeiro ano de governo, marcado por um forte ajuste fiscal, para dizer que Dilma pode terminar o segundo mandato melhor do que ele próprio.
Além disso, o ex-presidente tentou dar base ao discurso da militância a respeito das denúncias de corrupção. Segundo ele, foi o governo do PT quem criou as ferramentas para que as fraudes fossem descobertas e punidas e, ao contrário de outros partidos que estiveram no governo, nas administrações petistas integrantes do partido foram condenados e presos. “Hoje, se tem um brasileiro indignado sou eu. Indignado com a corrupção. E tenho a certeza de que este País nunca teve ninguém com a valentia da presidenta Dilma de fazer investigação contra quem quer que seja”, disse o ex-presidente.
Gabrielli. A Plenária Nacional dos Movimentos por Mais Democracia, Mais Direitos e Combate à Corrupção, organizada também pela CUT, reuniu lideranças do PT e PC do B, movimentos sociais como Movimento dos Sem Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Central dos Movimentos Populares (CMP). Entre os presentes estava o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, que dirigiu a estatal na época dos desvios investigados pela Operação Lava Jato. Ele foi elogiado por Lula e pelo presidente do PT, Rui Falcão. Na saída, Gabrielli defendeu o legado de sua passagem pela estatal e alertou para o risco de criminalização da empresa.
Durante o ato, Gilmar Mauro, líder do MST, chegou a falar em tom ameaçador numa “resistência” popular a uma tentativa de golpe. “Não haverá golpe no Brasil sem resistência popular nas ruas. Nossos movimentos não formaram covardes”, disse ele.
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Comentários
Messias Franca de Macedo
RBS, pega na Operação Zelotes, tem Gávea, de Armínio Fraga, como sócia
2 de abril de 2015 | 19:12 Autor: Fernando Brito
(…)
FONTE: http://tijolaco.com.br/blog/?p=26049&cpage=1#comment-178063
Messias Franca de Macedo
A Globo é o maior partido ideológico do Brasil
Stédile disse à Dilma: a Globo é a mãe do Golpe !
Publicado em 02/04/2015
FONTE: http://www.conversaafiada.com.br/tv-afiada/2015/04/02/a-globo-e-o-maior-partido-ideologico-do-brasil/#comment-1903214
https://www.youtube.com/watch?v=8b29WR16e5w
Messias Franca de Macedo
… Esse Tucano miúdo ficará incólume!
No máximo, será elevado(?!) à condição de “bode na sala da vez”!
Temporariamente, óbvio!
Até outro MEGA escândalo esmaecer cadavérico!
ENTENDA
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Apequenaram o rombo do Zelotes pois ali não há o PT?
Onde está a repulsa da sociedade com escândalo da fraude no Carf?
Não há repulsa porque falta o PT?
do Jornal do Brasil
Por Aracy Balbani
QUI, 02/04/2015 – 19:54
(…)
FONTE: http://jornalggn.com.br/noticia/apequenaram-o-rombo-do-zelotes-pois-ali-nao-ha-o-pt
José Carlos Vieira Filho
O Gilmar Mauro não falou em tom ameaçador de resistência a uma tentativa de golpe, simplesmente citou um fato: – vai haver resistência. E, se a provocação passar do razoável, a resistência vai virar ataque.
Simples assim.
Julio Silveira
Quem conhece a cultura da covardia sabe que todo covarde agressor curte agredir sem revide, isso vai se formando desde cedo, fortalecendo-os a medida que encontra vitimas que façam seu jogo. Discordo desse ato, covarde, ser coisa do Estadão, não é. É sim das pessoas que o fazem. Não seria de se estranhar se tivessem sido adeptos do bulling ( quando ainda não tinha esse nome) também, se tivessem se valido de grupinhos de valentes, na período escolar, para hostilizar os mais fracos, de preferencia os solitários ou os tímidos. Mostram assim hoje. Riquinhos, donos do mundo, famílias abastadas, cheias de moral para fora. São suposições. Mas o fato é que covardes não curtem revides, tem excepcional prazer de bater em vitimas que aceitam caladas, omissas na hora de revidar. Se estão em grupo vandalizam as vitimas pobres coitadas. Covardes são covardes, apesar de venderem o discurso da coragem, para parecerem a primeira vista valentes. Procuram razões para se justificarem, mas no fim são o que são covardes, e começam a ruir quando encontram reação, se for a altura, ai sim costumam reagir, se borrando nas calças.
Simas Mayer, Hebert
Perfeito, Júlio, vc explicitou, tudo, direitinho.
Houve um tempo, q estudante, frequentei uma escola onde cabia, ao início do ano, receber os novos colegas, em festas… Só q, na maioria das vezes, esses festejos não passavam de situações, vexatórias, até agressivas; violentas, mesmo.
Talvez eu fosse um “filhinho da mamãe”. Talvez; mas, a verdade, q mesmo sendo fisicamente frágil, eu não aceitei e reagi, à altura. Isto, me colocou em foco, e chamou atenção de um grupo q não comungava com essa farsa. Ficamos amigos e passei a fazer parte dessas amizades, antigas; e aqueles péssimos caráter se esqueceram de minha pessoa. Mais adiante, como não poderia ser diverso, tornei-me um defensor de novatos, não concordando e não permitindo essa situação, grotesca, do chamado trote…
Então, Júlio, vc tem toda a razão, no q diz: esses tipos, covardes, assim o são, pq em grupos. Eles não conseguem revelar seus recalques, qdo solitários; precisam de amparo, respaldo… Qdo eu penso naquelas figuras, tenebrosas, de torturadores dos tempos “redentores”, imagino aquelas pessoas fazendo escola e treinando maldades, nos seus respectivos tempos, idos… Doentes mentais, q são; precisam de tratamento ou de severa punição.
O q não entendo, é q seus pares, normais e saudáveis, fazem ou tentam instituir, acobertando crimes contra a humanidade, daqueles seus antigos coleguinhas…
Obrigado, Júlio, por sua lucidez. Quem sabe, vc, com suas rápidas palavras, não inicie uma reforma de atitudes?…
Mário SF Alves
Bem observado, Júlio.
Sim, são pessoas. Pessoas a serviço de um poder. Conscientemente ou não.
E quando se pensa no Brasil de hoje, vejo a Hannah Arendt cada vez mais atual.
“Eichmann em Jerusalém, um relato sobre a banalidade do mal”.
Investigação filosófica e política sobre motivação maior dos crimes praticados pelo nazista alemão Adolf Eichmann, capturado na Argentina e julgado em Jerusalém, em 1961.
Na ocasião, uma declaração do primeiro-ministro israelense Ben-Gurion consistiu numa boa mostra do que é esse tal poder ao referir-se ao réu: “Não é um indivíduo que está no banco dos réus neste processo histórico, não é apenas o regime nazista, mas o antissemitismo ao longo de toda sua história”.
Não, sr. Gurion, penso que seja muito mais e muito maior do que o antissemitismo.
Mas, evidente… sobre tal declaração, como sempre, cada um puxa a brasa pra sua sardinha.
Julio Silveira
Meu caro, esse seu testemunho é também uma contribuição a essa ambicionada reforma de atitudes. Eu, exatamente da mesma forma que você com esse testemunho, estou oferecendo minha contribuição àqueles, como muitos (Inclusive eu me incluo), que estão em busca de uma explicação e solução para esse mar de hipocrisia e mediocridade, que indutores culturais veem a anos legando ao nosso povo brasileiro. Confundindo, a interesse deles, cidadania com licenciosidades e até desamor a patria, que somos todos nós que a fazemos. Inclusive nós, eleitores deste governo, coisa incompreensivel para esses sem noção.
Jair de Souza
É que para o Estadão (assim como para a Globo, FSP, Veja, Band e o resto da máfia midiática) o certo é usar a estratégia de seus mentores imperialistas dos Estados Unidos. Ou seja, assim como os yankees invadem um país e tacham de terroristas àqueles que ousam se opor a sua invasão, nossa máfia midiática quer acabar com a democracia e tacha de antidemocrático àqueles que se opõem a seus planos. Isto não é para surpreender-nos, embora deva, sim, indignar-nos. Enquanto não houver uma profunda e radical democratização dos meios de comunicação, toda a sociedade vai continuar à mercê dessa meia dúzia de famiglias e corporações que detêm o controle quase que absoluto do que circula como “informação” pelo país. Lamentavelmente, Lula, Dilma e o PT demoraram muito para dar-se conta disto. Tomara que não seja tarde demais.
Mário SF Alves
Penso que, com exceção do “dar-se conta tarde demais”, todo o resto é fato.
jose walter
Eles (o PIG),falam,falam e falam mas não terão coragem de tentar um golpe pois sabem que o povo irá para as ruas e o golpe se voltara contra eles.
Carlos
Querem calar aqueles que vêm em defesa da democracia. Pensam que somos otários. Acham que vão dar o golpe e tudo ficará por isso mesmo. O eleitor de Dilma tem o direito de resistir; a sociedade organizada tem o direito de informar, denunciar e resistir. A presidente foi eleita limpa e legitimamente. Ninguém tomou o poder para nele ficar. Participamos de uma eleição contra tudo e contra todos e vencemos. Outra somente em 2018.
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