Hamilton Pereira e Juarez Guimarães: É preciso mudar o programa de Dilma
Tempo de leitura: 5 minA sociedade sinaliza por um novo padrão de desenvolvimento
É necessário que o programa de governo a ser oferecido ao país pelas forças políticas que defendem a continuidade do processo inaugurado com o governo Lula, na disputa desse segundo turno das eleições, lideradas por Dilma Rousseff, defina claramente uma zona de compromisso que incorpore a dimensão da sustentabilidade socioambiental à cultura do novo ciclo de desenvolvimento. E estabeleça um novo paradigma que supere o padrão de produção e consumo definido pelo capitalismo liberal. Esta é a melhor forma de estabelecer o diálogo público com a liderança pública de Marina Silva e seus eleitores. O artigo é de Juarez Guimarães e Hamilton Pereira.
Hamilton Pereira (Pedro Tierra) e Juarez Guimarães, na Carta Maior
O primeiro turno das eleições gerais ocorridas no último domingo, a exemplo do que ocorreu em 2006, exigirá dos dirigentes e militantes do Partido dos Trabalhadores uma objetiva reflexão sobre o quadro expresso pelas urnas e a ação imediata para coroar com êxito a campanha de Dilma Rousseff. Dilma 46,7%. José Serra 32,7%. Marina Silva 19,4%. Esses são os números.
A expressiva votação obtida por Marina Silva só confirma a importância de sua liderança pública. É necessária uma ação política imediata que dialogue com as expectativas desse segmento dos cidadãos e cidadãs brasileiros. Atualizamos aqui os elementos fundamentais da Carta Aberta entregue a ela e que fizemos circular pela internet, no momento em que Marina Silva fez sua opção pelo afastamento do PT, pela filiação ao PV e se posicionou como candidata à Presidência da República.
Ao concluir oito anos de mandato, podemos afirmar que o governo Lula criou as bases para iniciar um novo ciclo de crescimento econômico neste início do século XXI, após duas décadas de estagnação. A retomada levantou para nós quatro desafios para qualificar este novo: desenvolver o Brasil aprofundando as conquistas democráticas; desenvolver o Brasil com distribuição de renda, combatendo as criminosas desigualdades sociais e regionais; desenvolver o Brasil, afirmando sua fisionomia soberana e pacífica diante do mundo e desenvolver o Brasil incorporando a sustentabilidade socioambiental à cultura do novo ciclo.
Os três primeiros desafios estão encaminhados: vivemos uma experiência democrática em que as instituições funcionam e se amplia a participação popular nos processos de tomada de decisão; vivemos uma profunda dinâmica de investimento do Estado no combate às desigualdades sociais e regionais que nos permite dizer ao mundo, como na recente pesquisa do IPEA, que no Brasil as camadas mais pobres da população elevam de forma inédita e ampla sua qualidade de vida em meio à crise mundial. O Brasil ocupa hoje com altivez e competência seu lugar nas decisões nos foros mundiais.
O quarto desafio é planetário, não é apenas da sociedade brasileira: o novo ciclo de desenvolvimento ainda não incorporou plenamente a dimensão da sustentabilidade socioambiental à sua cultura. Mesmo considerando as conquistas alcançadas internamente na formulação e condução das políticas socioambientais sob responsabilidade de Marina Silva, ao longo de cinco anos e meio à frente do Ministério do Meio Ambiente, seguidos da gestão de Carlos Minc. Temos, portanto, aí um grande desafio a vencer para conferir uma nova qualidade à continuidade do nosso projeto.
Durante muito tempo, a esquerda ouviu com atenção apenas discreta os argumentos daqueles que puseram no centro de sua agenda, de suas angústias e esperanças, a luta pela sobrevivência do planeta. Mesmo quem examinava os argumentos, com sincera boa vontade, não deixava de sentir que havia ali, talvez, as marcas de um diagnóstico excessivo, de uma urgência artificiosa ou, quem sabe, de um viés tendencioso ou algo messiânico.
Marina Silva há de concordar que o governo Lula é o governo da história republicana brasileira que mais fez pelas políticas públicas voltadas para a sustentabilidade socioambiental. Não se conhece outro no qual a tensão entre desenvolvimento econômico e a preservação da natureza tenha ido ao centro de sua dinâmica. Entre suas conquistas, estão a redução ampla e consistente no desmatamento da Amazônia, o alargamento inédito das áreas de preservação, a busca de alternativas econômicas para a “floresta em pé”, por meio da Lei de Florestas Públicas, o encaminhamento reconhecido internacionalmente dos compromissos relativos ao combate ao aquecimento global.
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Pela primeira vez na história, o Estado brasileiro começou a regular os investimentos econômicos pela lógica da sustentabilidade. A Resolução do Conselho Monetário Nacional proposta pela então Ministra Marina Silva, que condiciona a liberação de recursos para empreendimentos do agronegócio nas áreas da fronteira agrícola aos critérios de sustentabilidade socioambiental, moderniza as práticas desta área sensível da economia sobre o ambiente. Este é apenas um exemplo.
Não temos problema em reconhecer que estes avanços históricos são ainda insuficientes diante do novo ciclo de desenvolvimento brasileiro iniciado nessa primeira década. Mais energia, mais carros e pressão imobiliária nas cidades: não podemos perder de vista que 80% dos brasileiros vivem nos centros urbanos. Mais pressão também sobre a Amazônia e as fronteiras agrícolas, reprodução em escala ampliada de padrões de consumo típicos de países capitalistas centrais. A agenda ecológica estará perdida se condenada a lutar apenas na resistência, caso a caso, na regulação e na contenção das vertentes mais agressivas do crescimento. O que se requer é um novo paradigma de desenvolvimento: a economia verde do século XXI, como está se propondo. Não apenas uma contenção e regulação dos mercados, mas uma reposição e uma programatização ampla dos fundamentos socioambientais do desenvolvimento brasileiro.
O PT foi o primeiro partido socialista brasileiro a incorporar, como contribuição inestimável da geração da qual fazem parte Chico Mendes e Marina Silva, a temática do desenvolvimento sustentável. Provavelmente estão na extensa rede de militantes, filiados e simpatizantes do nosso partido a maior parte dos que sustentam a utopia verde. Mas ela ainda é uma agenda setorial, isto é, não estrutura, não orienta as prioridades da sociedade. Cobra agora seu lugar definitivo na agenda do desenvolvimento do século XXI.
O claro diagnóstico da comunidade científica, a pressão da opinião pública internacional, a sensibilidade crescente diante dos desastres ecológicos tem feito surgir um fenômeno novo, no centro e na periferia do mundo capitalista: um liberalismo ecológico. Isto é, a formação de uma consciência e de um programa que pretende unir capitalismo e sustentabilidade, mercado e regulação. No Brasil, se observa hoje, no curso da campanha eleitoral de 2010, um claro esforço por parte de certos segmentos empresariais, por parte do PSDB/DEM e de setores ecológicos anti-socialistas, de abraçar uma agenda verde.
Mas esse eco-liberalismo apresenta dois grandes limites. O primeiro é que, centrado em uma base empresarial, terá como horizonte sempre os interesses do mercado, de sua potência agressivamente destrutiva, e não a formulação de um novo paradigma que não pode estar assentado na exploração e na maximização do lucro. O segundo, e de implicações mais graves, é o que aparta o grito do planeta – cuja expressão está sob nossos olhos com as catástrofes climáticas – do grito dos oprimidos, aparta o grito da Terra do grito dos pobres, a causa da sustentabilidade ambiental da causa da justiça social!
No Brasil, esta separação entre a causa ambiental e a causa social, entre a luta ecológica e movimento sindical, o Movimento dos Sem-Terra, as CEBs e toda a rede social que organiza a luta dos pobres contra a exploração, seria uma tragédia. A luta em defesa da sustentabilidade socioambiental soma, mobiliza, sopra para além das esferas de um só partido. Ela requer grande ambiência social, um espírito novo de convergência, de horizontes e cores tão plurais como as da complexa sociedade democrática que estamos construindo. Por isso não pode ser neutra, pretender eqüidistância da luta dos que têm fome e sede de justiça!
É por isso necessário que o programa de governo a ser oferecido ao país pelas forças políticas que defendem a continuidade do processo inaugurado com o governo do Presidente Lula, na disputa desse segundo turno das eleições, lideradas por Dilma Rousseff, defina claramente uma zona de compromisso que incorpore, na formulação e execução das políticas públicas a dimensão da sustentabilidade socioambiental à cultura do novo ciclo de desenvolvimento. E estabeleça, explorando até o limite das nossas consciências e criatividades, um novo paradigma que supere o padrão de produção e consumo definido pelo capitalismo liberal.
Esta é a melhor forma de estabelecer o diálogo público com a liderança pública de Marina Silva e seus eleitores. Ele tornará evidente que a opção conservadora por Serra seria um retrocesso inaceitável, pois significaria o apoio à coalizão que abriga o núcleo político e a liderança dos setores mais devastadores do agro-business brasileiro, dos que oprimem, reprimem e criminalizam os sem-terra. Seria, de fato, uma verdadeira ruptura com os próprios fundamento da trajetória social e ecológica de Marina Silva. A opção pela candidatura Dilma Rousseff só pode fortalecer a força da agenda ecológico, recriando o diálogo e o encontro necessário para formar um novo paradigma democrático, distributivo e ecológico do novo desenvolvimento brasileiro.
Comentários
ney peres
o que tenho feito é invadir comunidades do orkut e blogs , colando textos ou aproveitando o que de pior foi postado para mostrar as diferenças entre um e outro,por exemplo,uma cidadã mostrou todo seu preconceito com o povinho ignorante que elegeu tiririca e que vota na turma do lula,fui la e respondi que 70
% dos eleitores do tiririca votaram em serra,alkcimin,aloisio e pra completar o time,netinho….e completei:eta povinho ignorante este,gente analfabeta… depois disto …ficou muda a dita cuja….
Leonardo Câmara
Prezados,
Os articulistas têm razão. O problema não é só religião e nem penso que espinafrar a Marina seja o caso. Pode ser que ela seja a salvação da lavoura.
Tá aqui um dos motivos de Dilma não ter ganho no primeiro turno. O povo mandou um recado: Tem de mudar a agenda e logo, nem tudo é emprego e renda.
Marina queria mudar essa agenda e conseguiu. A hora é essa!
'Veja – É comum o presidente irritar-se quando as coisas ameaçam sair do controle?
Gilberto – A cabeça de Lula é a do peão do ABC. O núcleo da preocupação do presidente é com emprego e salário. Vejo isso todo dia. Assim, se o banqueiro tiver lucro, tudo bem. Ele diz: “Eu prefiro que esses caras tenham lucro do que fazer um Proer para eles depois”. Mesmo em relação à reforma agrária, eu não sinto que ele se empenhe tanto quanto por salário e emprego. Nem quanto ao ambiente. Vou ser bem claro aqui: ele acha importante a preservação, mas, entre um cerradinho e a soja, ele é soja. O ambiente é uma questão importante, mas não é decisiva. O que é decisivo é a economia.'
fonte: http://arquivoetc.blogspot.com/2008/06/veja-entre…
kalango Bakunin
o nosso presidente tentou defenestar o seu estupendo vice
só pode haver um petralha no comitê de campanha do Nosso Protetor Onipotente!
ainda bem que o bom senso prevaleceu
agora temos que lutar contra a petralhada que vai querer fazer baixaria com o nosso Grande Cacique de Ipanema
que poderá ser o mais jovem e dinâmico Presidente do Brasil
quando o grande líder Mussolini da Móoca for coroado Imperador do Sistema Solar
temos que neutralizar as mentiras do lulla apedeuta, vagabundo, trambiqueiro, como bem disse o Maior Humorista do Mundo, marcelo madureira
vão espalhar ifâmias como
que o nosso Sagrado Cacique Presidente
foi genro do Cacciola, que aqora disfruta a vida no Hilton Bangu I
que o nosso futuro Grande Chefe Indígena teve problemas com sumiço de grana da merenda escolar
os adoradores do aborto, do diabo e de stalin também tentarão espalhar a infâmia de que o Futuro Presidente Indígena nunca trabalhou na vida
e que o o egrégio partido do Morubixaba Supremo é o mais corrupto do Brasil e que vai desaparecer junto com o raul jungman
é hora de partirmos para o contra-ataque da cumunistaida comedora de criancinhas
defendendo com muita garra o nosso Imperador Zezinho da Galáxia e o próximo Presidente do Brasil!!!!!!
EIA!!!! SUS!!!!
vamos fazer do Índio Cacciola da Costa o nosso melhor Presidente da República do Brasil dos Estados Unidos!!!!
Leonardo Câmara
Prezados,
Os articulistas têm razão. Tá aqui um dos motivos de Dilma não ter ganho no primeiro turno. Tem de mudar a agenda e logo. Nem tudo é emprego e renda.
Marina queria mudar essa agenda e conseguiu. A hora é essa!
"Veja – É comum o presidente irritar-se quando as coisas ameaçam sair do controle?
Gilberto – A cabeça de Lula é a do peão do ABC. O núcleo da preocupação do presidente é com emprego e salário. Vejo isso todo dia. Assim, se o banqueiro tiver lucro, tudo bem. Ele diz: "Eu prefiro que esses caras tenham lucro do que fazer um Proer para eles depois". Mesmo em relação à reforma agrária, eu não sinto que ele se empenhe tanto quanto por salário e emprego. Nem quanto ao ambiente. Vou ser bem claro aqui: ele acha importante a preservação, mas, entre um cerradinho e a soja, ele é soja. O ambiente é uma questão importante, mas não é decisiva. O que é decisivo é a economia."
fonte: http://arquivoetc.blogspot.com/2008/06/veja-entre…
Regina
Esse padre é um horror. isso é caso depolícia. Como um padre pode tomar partido dessa forma tão nojenta. Quem mais pensou no "povo de Deus" foi o PT e os aliados desses 8 anos de governo, única vez em nossa história em que milhares de pessoas tiveram direito à vida e à comida.
Esse padre é uma ticristão. Nenhum cristão sensato diria o absurdo que ele diz.
Sou católica, tenho irmão padre (mas nem quero saber o que ele anda pensando para não ficar pior) e confesso que estou enojada. É a opus Dei, os carismáticos e todos os amigos de Alckmin botando as manguinhas de fora para tentar eleger quem vai beneficiar algumas congregações donas de hosppitais, escolas…. eles devem ter arquitetado tudo isso há bastante tempo. O "americano-indiano" deve er ajudado. enquanto ficamos nos blogs eles arquitetavam a baixaria destruidora.
Torço para o povo brasileiro abrir os olhos, se solidrizar…. e votar em Dilma – o melhor para o Brasil.
francisco.latorre
tem que mudar nada.
é exatamente o que o adversário quer. confundir.
sem essa.
..
Andressa
Notaram que Dilma abandonou o vermelho? Agora só modelitos branquinhos (estilo Santa Marina) e até azulzinhos como hoje no Rio.
Está com vergonha da cor que mudou o Brasil?
Da cor do sangue que tantos companheiros perderam na luta?
Se pender muito para o outro lado, vai conquistar uns votinhos e perder muito mais.
Eu mesma já estou me enojando desta capitulação em relação a idéias que defendemos há muito tempo: para citar algumas, direito ao aborto sem ter que recorrer a açougueiros clandestinos, reforma agrária para valer, regulação dos oligopólios da mídia e punição aos torturadores da ditadura.
Não dá pra trocar ela pelo Plínio não?
francisco.latorre
sem graça.
plinio é piada.
um por cento. piada.
pra burguês se divertir.
..
Fernando
Dilma é Lula.
Se mudar o programa, deixa de ser.
Queremos mesmo que Dilma vire Marina?
monge scéptico
A opinião do padre em seu sermão(iº video) não vale nada, a não ser para ele próprio.
O programa da DILMA está bom como está. Um retoque aqui e ali em detalhes e é só.
ainda sobre o padre; me parece um oportunista, tanto quanto aquele do são francisco.
Se pudessemos mudar alguma coisa, talvez fosse bom mudar a cabeça pouco inteligen-
-te de uma boa proporção da população. Não podemos; então deixemos as eleições
rolarem e, se acontecer o pior, resta-nos o consolo de ter estado, o tempo todo ao lado
do que e'melhor para o BRASIL. Querem o serrote? Tenham-no. Estão acostumados
a serem inferiores a ver a carruagem passar atrás de uma "cerca" de gendarmes".
VOTO NA DILMA porque é o melhor para o BRASIL. O padre é um mistificador um en-
-ganador de uma parcela estúpida de nosso povo. Infelismente. É IMPRESSIONANTE!!
O JUIZ
Fui criado em uma família evangélica. Até a adolecência, continuamente me era lembrado que a Igreja Católica era do Demo porque incitava aos fiéis adorarem santos de barro. Me era proibido inclusive, entrar nessas Igrejas. A ignorância era tanta, que estudei em colégio Católico até o segundo grau, e lá tinha que "rezar" a cartilha Católica. Vejam a incoerência da Família. Acontece que aprendi com o tempo, que Deus é único. Essa mentalidade contra a doutrina católica, está presente de forma constante no mundo evangélico até hoje. Vejam então o que acontece em uma eleição. Evangélicos de braços dados com Católicos, para baterem na DILMA. Bem, não estou aqui fazendo uma guerra religiosa, apenas lembrando aos irmãos de cada lado, como nossos líderes estão agindo. Cada um faça seu próprio julgamento. E espero não ser sensurado por esse comentário corajoso.
Marta
Não, você foi corajoso e verdadeiro. Estou com você.
Maria dos Prazeres
Azenha:
PHA traz a notícia que a campanha de Dilma vai criar ( finalmente!!!!!!) uma central para desfazer boatos. E a propósito, postei o seguinte comentário que dirijo a você, também:
"Desde o ano passado e principalmente este ano que me bato por isso e nada! Pedi muitas vezes a vocês ajuda para desfazer esses boatos. Então, agora nos ajudem: sugiram a esse coordenador que abra um endereço para a gente remeter para ele os e.mails que estão chegando, para eles fazerem a defesa/destruição.Com muita técnica e aí, a gente divulga.
Vamos tentar recuperar o estrago.
Mas diga a ele que nos bairros em que as donas de casa ficam sozinhas à tarde, era bom a militância do PT descer do salto e ir fazer umas visitinhas, conversar, tomar um cafezinho e desfazer de “mulher para mulher” os temores sobre a “bandida Dilma.” Visitar clubes de mães e associações de bairros também seria muito bom. Agora, falando o que o povo entende e não muito “petês”, senão complica."
Manuel Medeiros
Olhem só o que está postado no blog do fernando rodrigues. Se quiserem vejam lá na íntegra;
Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana
texto incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição
Participantes da reunião de cúpula da campanha de José Serra (PSDB) hoje (6.out.2010), em Brasília, receberam um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.
O panfleto basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana:
Parmênides
Fosse Lula da Silva, eu ofereceria a Marina da Silva, de porteira fechada, a banda verde da PetroBrás: a PetroBio.
Roberto Locatelli
É preciso lembrar que, sob o Governo Lula:
1) o Brasil tornou-se o maior produtor de biocombustíveis do mundo;
2) os investimentos em energia eólica mais que dobraram;
3) o transporte ferroviário, bem menos poluente, está sendo recuperado, depois de ter sido destruído por FHC (Serra era ministro);
4) o desmatamento da Amazônia é o menor em 14 anos.
Aristharco
O povão agora quer ver sangue – bateu, levou – Dilma sem gesso que o Palocci, Cardozo, Dutra e o marqueteiro colocaram nela…
Anderson
Estamos perdendo as eleições pq estamos sendo pautados por Serra e Marina. Ganha quem impõe uma pauta.
Jair Fonseca
Não "estamos perdendo as eleições", não, Anderson!
eroni spinato
Meu caro Azenha, todo este papo dos comentáristas que aquí deixaram suas opiniões, mais parecem brasileiros em época de Copa do Mundo onde todos são Técnicos. Na verdade não foi a Marina que evitou a vitória de Dilma no 1º turno, foi a grande obstenção nas regiões mais pobres em que ela tinha maioria dos votos. 34 milhôes de NULOS, Brancos e obstenções foram a grande causa de não superar os 50%. A quantidade de numeros para serem digitados entre os eleitores menos esclarecidos ajudou a aumentar a diferença entre Serra Marina e Dilma. Tanto é verdade que a votação maior de Serra foi na região Sul, e Marina nos Grandes Centros . Para Presidente com a Digitação de somente dois numeros a história vai ser bem diferente, mas Aécio vai ajudar a complicar, Dilma tem que se defender e não dar moleza.
El Cid
Difícil é encontrar um adjetivo para qualificar o "sermão" do padre. Optei por constrangedor. Tanto para os católicos como para a igreja.
No primeiro vídeo, citação a partir do minuto 1:40.
No segundo vídeo, citação ao PT a partir do minuto 3:15.
[youtube R-ZeM5qvhFo&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=R-ZeM5qvhFo&feature=player_embedded youtube]
[youtube 9761dYZiyl0&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=9761dYZiyl0&feature=player_embedded youtube]
carmen silvia
Independente de Marina vir a somar na campanha de Dilma a abordagem feita no texto é muito boa
José M Heringer
Ok Emilio Matos você matou a charada, basta conquistar os evangélicos e catolicos tadicionais, que da Dilma sem medo de ser feliz, São 10% de votos que fizeram essa diferença 6% foi pra Marina e 4% para o serrra. são votos dos religiosos católicos e evangélicos, Dilma chegou a 57 e veio ter 47, Serra 27/28 veio ter 32, marina girava em torno de 10, veio a ter quase 20, ai está a diferença é so visitar os blogs Cristãos e verás, e Não são todos é a minoria, no brasil tem uma faixa de 30 milhões de evangélicos, esses 10% ainda está os católicos conservadores,
Bonifa
Desculpe, mas não acho que tenha de mudar nada. Nada. A visão sócio-ambiental do programa da Dilma é excelente e suficiente, transborda, sobra. Vamos trabalhar que é melhor.
ratusnatus
Até parece que 20% dos brasileiros se importam com o "verde" a ponto de votar num candidato "verde" para presidente.
O "verde"não foi assunto no primeiro turno e não será no segundo. se não foi assunto de onde vieram esses eleitores da Marina?
Os eleitores da Marina não são "verdes" aliás podem ser considerados tudo menos isso.
Então, o "verde" que exploda!
José Pepe
José Paulo: Oi xará. Estou plenamente de acordo contigo. Parabéns.
Maria Lucia
Concordo com o Armando Prado, via programa não se vai resgatar os votos dados à Marina. O resgate virá se for formada de fato uma Frente Ampla de apoio à candidata Dilma Rousseff e aí o PV parece que não vem oficialmente fazer parte dessa Frente. Gabeira já declarou seu apoio ao Serra. Marina – tanto pela posição pessoal que sempre teve em relação à Dilma, como pelos comportamentos e idéias defendidas em sua campanha – dificilmente virá de corpo e alma, pelo menos.Mas muitos que votaram em Marina, se consideram de esquerda, contra a volta do neoliberalismo desenfreado. Assim, vendo a esquerda marchar unida, somarão, com certeza.
Uma análise muito interessante das perspectivas desse segundo turno em: http://pedroayres.blogspot.com/2010/10/brasil-dil…
Jair Fonseca
Os companheiros que me precederam nos comentários não entenderam o texto acima.
Não é uma mera questão eleitoral de que se trata, mas de uma questão política!!!
Jairo_Beraldo
Porque voce acha que o Mercadante perdeu a chance de ira ao segundo turno em São Paulo? Exatamente pela sua colocação. Alguns companheiros não separam uma coisa da outra. Acho que até hoje não compreenderam aquilo que Lula disse e causou grande furor – "As vezes temos que aliar à Judas, na política"!
francisco.latorre
esqueçam marina.
de onde menos se espera.. aí que não vem nada mesmo.
vamos jogar nosso jogo.
bola pra frente.
..
william porto
Não é preciso mudar programa nenhum. O que falta é botar a campanha nas ruas. É chamar os governadores eleitos e exigir deles empenho. No primeiro trno faltou emplogação. Botem os artistas para fazer declaração, vooltem a campanha para a juventude. Botem mais o Lula na tevê e, por favor, não dêem muita trela a Ciro Gomes. Dêem o comando a Eduardo Campos,
naique
hehehehe…é isso mesmo…"enquanto o mundo fica parolando, parolando, os termômetros e a água vão subindo", dizia Geraldo Canalle em trecho magistralmente sampleado por Manu Chao (numa canção que me falha o nome agora). O mesmo vale pras eleições: menos papo e mais pé na poeira, no barro, pamnfletear o bairro, discutir (no bom sentido) no botequim, com aturma do futebol, com o clube de mães…à luta!
Luís Carlos
Mudanças são sempre necessárias mas a proposta do artigo soa como casuísmo. Nos últimos anos a capacidade de comunicação do presidente Lula, sensibilidade e inteligência política fez com que certas ações para divulgar fatos e iniciativas do partido perdessem vitalidade. Hoje, quando a central de boatos e calúnias de parte da mídia é acionada, algo que não é novidade para que acompanha política no Brasil, o partido não sabe como responder ou gagueja na hora da resposta. O PT “está sem ritmo de jogo”, tem habilidade, está em forma mas não sabe utilizar as ferramentas da web para dialogar com os críticos e divulgar as realizações do partido que até seis meses atrás abrigava Dona Marina Silva, a opção política mais comentada atualmente. O partido deve rediscutir seu programa em todos os níveis não somente na área ambiental por conta de resultados das eleições do primeiro turno.
renato
Se o Lula quer ganhar votos 80% deles ,È FÀCIL….preparado para ouvir, é só o Lula chamar toda a impresa estrangeira para um comunicado extraordinário……Quando todos estiverem reunidos daí sim o PIG vai querer estar ali.. LULA diz NÃO QUERO MAIS SABER DE POLITICA, TÕ FORA POR CONTA DO SERRA QUE É UM MALA…….COMIGO VAI TODOS OS QUE TOMAM CONTA DO GOVERNO, VAMOS PARA AS PRAIS DE PERNAMBUCO….TOMAR CERVEJA E DESCANSAR……. CONTEM PARA MIM O QUE ACONTECERIA…….
Armando do Prado
Ingenuidade. O voto de marina é pulverizado, do verde ao fundamentalista religioso. Como via programa se vai resgatar esses votos? Estamos na frente com 17 milhões de votos e assim como não conseguiremos resgatar todos os votos dados a Marina, muito menos o Serra Rubnei conseguirá. Paremos com essas análises tresloucadas que só servem ao campo da direita por semear discórdia e bateção de cabeça.
Como orientou o presidente Lula precisamos de discussão sobre a privataria, comparação sobre os 2 governos e pé no barro. Só.
Hamilton
Se, por um lado, o voto Marina é pulverizado em diversas motivações, o artigo (muito bom!) discute bem o impasse da esquerda diante do "problema ecológico". Não basta reconhecer as diversas origens dos votos da Marina. Uma parte desse voto tem origem universitária (posso comprovar na universidade em que trabalho) e essas pessoas são pouco influenciadas por motivos religiosos. O PT não deve (e não pode) perder esse voto. Sim, também tem a luta contra a grande imprensa. Mas, da mesma forma, essa grande imprensa pouco impressiona esse eleitorado universitário. Talvez seja suficiente a eleição de Dilma com a proposta de Lula. Mas ela significa que o PT está sendo incapaz de abordar uma questão que é mais do que pertinente, é fundamental.
Ivan
Pessoal, está aberto o blog TODOSPORDILMA.BLOGSPOT.COM. Não o pautei ainda totalmente. Estão peço que madem sugestões, lá mesmo nos comentários ou para o e-mail [email protected], e divulguem. Aviso a todos novamente que não podemos ficar parados. Se cada um fizer alguma coisa, falar com alguém , marcar reuniões, divulgar blogs e sites, desmentir os boatos e botar a campanha pra cima, a vitória virá mais fácil. Vamos trabalhar pessoal. Vamos por a mulher pra trabalhar.
Abraço todos.
Ivan.
Roberto Ilia
Caro Ivan,
Sou colaborador do blog Terra Goyazes, (http://terragoyazes.zip.net), do Alberto Bilac. Pois bem, nosso blog publicou uma série intitulada A Idade das Trevas, uma análise acurada sobre o período ruinoso do tucanato no poder. São 07 capítulos, punçando o tecido putrefato do tucanato e o expondo à luz. Visite-nos. A hora é da Blogosfera somar forças.
Abraço do Roberto
Graça
No Recife percebi um movimento que precisa ser explicitado: jovens, universitários e pessoas de classe média, sem relação nenhuma com os evangélicos, votaram em Marina. Muitos para homenageá-la, outros porque a admiram por sua trajetória, e todos eles com pouca ou nenhuma formação política. Não foi voto da classe C. Foi de pessoas que se dizem progressistas e estão nas classes B e A, e acham-se de uma forma romântica, comprometidas com a idéia da sustentabilidade. Não foi um voto de protesto e sim um voto inconsequente. Todos com quem falei se horrorizam com a possibilidade de Dilma não ganhar no segundo turno porque de uma coisa têm consciência: de que Lula vez toda a diferença para que Pernambuco e o Brasil vivam este novo momento auspicioso. Querem agora adesivos de Dilma para colocarem em seus carros e veem uma eventual vitória de Serra como um retrocesso impensável.
Precisamos de material para a campanha de Dilma. Precisamos colorir a cidade de vermelho.
Reginaldo
Nao se deve exagerar no voto verde. Não tm sentido pensara que, de repente, 20% do povo brasileiro virou verde. Essa temática é jovem e pouco respeitada, pouco levada a sério. Nenhum candidato verde teve votação sequer visivel – Marina virou senadora nao porque era verde,m mas porque representava movimentos sociais que, entre outras coisas, tinham implicacoes verdes. Os outros, foram fracassos totais.
Por outro lado, a tematica religiosa nao é jovem, é milenar. E foi nesses segmentos que Marina teve voto significativo. Com grande campanha de profissionais da religiao. Além dos votos dos conservadores envergonhados, aqueles que gostariam de votar na direita e encontraram uma candidata "chique" ou cult para fazer isso. O voto Cristiane Torloni, Lucia Hipolito e assim por diante. Não vamos inventar um fenomeno que nao existe: a surpreendente e fantastica consciencia verde de 20% do eleitorado.
Marcelo Mendonça
Uma porrada de gente que vota em Marina, o faz por não ir com a cara nem de Dilma nem de Serra. É um voto pura e simplesmente por simpatia. Não vão nessa onda ambientalista, isso é pra uma parcelinha pequena de universitários. O povão que votou em Marina se baseia na simpatia, no carisma. Nisso ela ganha disparado de Dilma e principalmente de Serra.
Régis
Pessoal, vamos voltar com o slogan "NÃO TROQUE O CERTO PELO DUVIDOSO". Divulguem.
Jose Paulo
Há um engano em se pensar que o voto depositado em Marina seria um voto ambientalista. Ledo engano!
Em primeiro lugar, o PV não representa essa ideologia. Talvez o PT encarne muito mais os ideários ambientalistas que o PV. O PV é um partido de direita, neo-liberal como tem sido demonstrado pelo seu discurso e prática.
Marina pode ter tido uns 7 a 9% de votos iadealistas mal informados, no entanto, a grande maioria viu em Marina uma forma de protesto e de rejeição aos demais candidatos.
Marina foi o "Tiririca" nacional.
Emilio Matos
Acho que aqueles 9% que Marina tinha no início eram do pessoal com ideário ambiental. Esses 10% a mais com que ela terminou parecem ser mesmo um pacote de votos de protesto, anti-aborto, religioso.
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