Uma análise do “discurso” de FHC

Tempo de leitura: 6 min

Devaneios de um ex-sociólogo com nostalgia do poder

por Leandro Paterniani, no Boteko Vermelho, sugerido pela leitora Lúcia Orpham

O ex-ministro Mário Henrique Simonsen, em um dos seus inúmeros textos acadêmicos, advertiu certa vez sobre o risco inerente ao papel de crítico: para Simonsen, a crítica deve seguir uma linha coerente já que “é tarefa do sábio e tão igualmente do idiota”. Partindo dessa consideração, passemos a analisar mais de perto a postura assumida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, após ficar um bom tempo longe dos holofotes, voltou à cena em janeiro deste ano, dirigindo ao governo Lula e ao PT uma variedade de críticas, a esmagadora maioria delas construídas sob alicerces frágeis.

Verdade é que FHC se aproveita de sua erudição e, valendo-se de um sistema de jogos de palavras, cria conceitos, cita filósofos e emite juízos de valor do alto de sua torre de marfim: é o suficiente para que os mais desavisados – ou intelectualmente desonestos – passem a repetir as palavras do ex-sociólogo, sem tomar o mínimo cuidado de checar os alicerces sobre os quais elas são construídas. Neste domingo, 2 de maio, o ex-presidente novamente deu o ar da graça e publicou no Estadão um artigo intitulado “Construir sem demagogia”.

Uma coisa temos que admitir: FHC, ao contrário de seus seguidores menos letrados, se esforça para politizar o debate, o que é bom para a democracia brasileira, pois evidencia o papel assumido por cada um no jogo político. Mas é também natural esperar que seja essa a postura adotada pelo ex-presidente, visto que o que ele faz nada mais é do que uma defesa política do projeto que ele, quando governo, implantou no país. Talvez seus seguidores não façam essa defesa com tamanha veemência por não quererem correr o risco eleitoral de serem rotulados como “continuidade de FHC”. Como FHC não pode negar sua própria identidade – e DNA político – cabe a ele advogar em defesa própria.

A instrumentalização errada do Plano Real

No artigo deste domingo, FHC parte de uma avaliação correta: “época de campanha eleitoral é propícia à demagogia”. Contudo, o estilo vaidoso do ex-sociólogo lhe prega aqui uma peça: procurando apontar uma suposta demagogia nos discursos do presidente Lula e do PT, FHC fala de si mesmo ao longo de todo o artigo, exercitando a tal “demagogia” que ele procura incansavelmente no atual governo. Afinal de contas, o que o ex-presidente quer fazer acreditar é que os êxitos alcançados no governo Lula foram herança do período em que ele – FHC – estava à frente da Presidência.

Para isso, o ex-sociólogo lança mão de uma análise superficial sobre o Plano Real: “os mais destacados economistas do PT daquela época, Maria da Conceição Tavares, Paul Singer e Aloizio Mercadante, martelaram a tecla de que se tratava de jogada eleitoreira. Não quiseram ver que se tratava de um esforço sério de reconstrução nacional, que aproveitou uma oportunidade de ouro para inovar práticas de gestão pública e dar outro rumo ao País”. Aqui FHC não esclarece que os economistas do PT dirigiam suas críticas não ao Plano Real em sua essência,mas sim à instrumentalização do plano.

Faz-se necessário esclarecer ao leitor algumas coisas. Primeiramente, o Plano Real não foi uma invenção de FHC: o Real e o Cruzado tiveram uma mesma base teórica, que foi a Proposta Larida,de 1982, feita a partir da tese de pós-doutorado de Pérsio Arida no MIT (Massachussets Institute of Technology), nos Estados Unidos. Contudo, o Cruzado pecou em dois aspectos: o primeiro deles em não criar uma unidade monetária de transição (como feito posteriormente no governo Itamar, com FHC no Ministério da Fazenda); e o segundo, criar um mecanismo de gatilho salarial, que serviu para retroalimentar a inflação no país.

Devemos esclarecer também que o Real foi instrumentalizado utilizando-se a política cambial para conter a inflação: instituiu-se a paridade, fixando-se o câmbio como forma de assegurar o controle de preços. E aqui neste ponto estavam as críticas dos economistas, já que os efeitos dessa medida artificial poderiam ser desastrosos para a economia (como quase foram, de fato). A política de câmbio fixo segurou a inflação? De fato, enquanto o governo conseguiu controlar a paridade cambial, a inflação se manteve sob controle. Mas houve um momento em que o governo não conseguiu mais conter o câmbio.

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E o que aconteceu então? Houve a maxidesvalorização do real frente ao dólar, em janeiro de 1999, como previsto por muitos economistas cinco anos antes. Nesse momento, FHC se viu obrigado a adotar o câmbio flutuante e passar a adotar o instrumento correto – e que deveria ter sido usado desde o início do real – a Política Monetária. Como a inflação aqui já estava extremamente elevada, a equipe econômica se viu obrigada a iniciar um ciclo de aperto monetário – foi o período em que o Brasil teve inflação alta, juros altos, arrocho salarial e desemprego.

E o que FHC não diz no seu artigo é que esse ciclo só foi revertido em 2003, no governo Lula. Graças à equipe econômica de Lula – que tinha, na época, como protagonistas o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e o presidente do Banco Central Henrique Meirelles – o Brasil conseguiu reduzir a inflação, trazendo-a de volta à casa de um dígito. Não foi, portanto, a política econômica de FHC – baseada na artificialidade cambial – que reduziu definitivamente a inflação no Brasil, mas sim a política econômica de Lula, baseada na política monetária.

A demagogia de FHC sobre as políticas sociais

O ex-presidente também procura, no seu artigo, tomar para si a paternidade de políticas sociais importantes implantadas no governo Lula: “na área social o tripé correspondente ao da área econômica se compõe de: aumentos reais do salário mínimo, desde 1993; implementação a partir de 1997 das regras ditadas pela Lei Orgânica de Assistência Social, atribuindo uma pensão aos idosos e às pessoas com deficiências físicas de famílias pobres; e, por fim, bolsas que, com nomes variáveis, vêm sendo utilizadas com êxito desde o ano 2000. Esses programas, independentemente de que governo os tenha iniciado ou melhorado, tiveram o apoio de todos os partidos e da sociedade”.

Neste ponto, temos que tentar entender se FHC age de má fé intelectual ou se ele de fato não sabe a diferença entre projetos sociais e políticas sociais. Sim, pois ao tentar reduzir o debate à paternidade de “bolsas”, o ex-presidente mostra que ou não entende nada de políticas sociais ou está utilizando o discurso demagógico que serviu como mote ao ser artigo deste domingo. A questão não é quem criou essa ou aquela bolsa, mas qual o conceito político por trás disso: as “bolsas” do governo FHC se resumiam a “projetos” de compensação social e não políticas sociais propriamente ditas.

O ex-presidente, tendo formação em Sociologia, deveria saber que as políticas compensatórias são apenas um aspecto das políticas sociais. Política pública de inclusão social é algo muito mais amplo: uma política social é considerada eficaz à medida que ela se sustenta em critérios que levam o beneficiário do programa a criar condições para sua auto-suficiência dentro de um determinado período de tempo. Neste ponto, existem três níveis de políticas sociais: as políticas redistributivas, as políticas emancipatórias e as políticas de desenvolvimento regional.

As “bolsas” de FHC se restringiam a políticas redistributivas e, ainda assim, com uma amplitude bem baixa. O Bolsa Família, criado no governo Lula, engloba em seu conceito esses três níveis de políticas sociais: ele redistribui renda, possui critérios que levam o beneficiário a ter meios de auto-suficiência dentro de um período de 2 a 3 anos e também lança as bases para o desenvolvimento de regiões anteriormente inóspitas. Ou seja: enquanto FHC fez assistencialismo, Lula fez política social de verdade! Essa é a diferença crucial entre o Bolsa Família de Lula e as “bolsas” de FHC.

O mais do mesmo de FHC

E, por fim, o ex-presidente não resiste e cai no seu discurso predileto: a defesa do Estado Mínimo. “Se esse passo for dado, o debate eleitoral poderá se concentrar no que realmente conta: a preparação do País para enfrentar o mundo atual, que é da inovação e do conhecimento. As diferenças entre os contendores recairão sobre a verdadeira questão: Queremos um capitalismo no qual o Estado é ingerente, com uma burocracia permeada por influências partidárias e mais sujeita à corrupção, ou preferimos um capitalismo no qual o papel do Estado permanecerá básico, mas valorizará a liberdade empresarial, o controle público das decisões e a capacidade de gestão?”, escreve FHC, voltando a cunhar uma expressão que tem sido muito recorrente em seu discurso: “capitalismo de Estado”.

A crítica ao tal “capitalismo de Estado” – termo empregado por FHC para se referir à maior participação estatal na economia durante o governo Lula – é uma crítica aos próprios avanços obtidos pelo projeto de governo do PT e de Lula. Deve-se perceber que o Brasil saiu praticamente ileso da grande crise do capitalismo mundial graças sobretudo à um Estado atuante, de maior participação na economia. E o ex-sociólogo não gosta disso: ele defende um Estado que ele próprio denomina de “básico”. O que é o Estado “básico” senão um “Estado Mínimo” com roupagem nova? A embalagem pode ser outra, mas o conteúdo é o mesmo e todos os brasileiros conhecem os efeitos desastrosos desse conteúdo.

Como dito no início deste texto, é natural que o ex-presidente faça uma defesa política do seu governo: mas seria minimamente interessante que FHC não cedesse ao discurso demagógico que ele tanto critica e tratasse as questões políticas nacionais com a seriedade que elas merecem. Afinal de contas, cada vez mais o ex-presidente, que coleciona obras e títulos acadêmicos, se afasta do papel de sábio e se aproxima do papel de idiota.

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Comentários

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Eduardo

Azenha, independentemente de terem sido os economistas que bolaram o Plano Real e não o próprio FHC , foi durante o governo em que o FHC foi presidente da república que o plano foi aplicado e teve sucesso. Antes do plano real o Brasil era uma Bagunça de país com a inflação nas alturas corroendo diariamente o salário dos brasileiros, principalmente entre as pessoas mais pobres que não tinham acesso ao mercado financeiiro . Eu me lembro disso perfeitamente.
Quanto aos programas sociais ou políticas sociais , todos sabem que o bolsa família hoje é derivado direto do bolsa escola e de outros programas instituídos no governo FHC sendo hoje um programa determinante para o sucesso eleitoral do Governo Lula, apesar de ter sido muito criticado, diria até por ma fé pelo proprio Lula. (veja video do lula na interfnet criticando a distribuição de alimentos entre os pobres)
O FHC não defende o estado mínimo no sentido de ser um estado precário . O que FHC defende é o estado não ser possuidor dos meios de produção. Ele defende o estado eficiente como fornecedor de serviços essenciais como educação, saúde, cultura , etcc …. muito diferente dos Petistas que defendem o estado capitalista ou patrimonialista pelo fato de acharem que este é o meio para a realização do sonho de poder stalinista . No Brasil anterior a FHC haviam várias empresas estatais que eram ineficientes, custosas , alimentadoras dos gastos publicos e geradoras da inflação no e que no final serviam mesmo era como cabide de emprego político. Antes compar um simples telefone de uma empresa estatal era uma coisa quase impossivel ; demorado e custava uma fortuna .
O FHC defende o Brasil o moderno e não quer que o Brasil vire uma imensa repartição publica, como era no passado recente.
Por fim , deixo registrado a minha indiganção como brasileiro com relação às críticas injustas dos Petistas e de seus simpatizantes pelo não reconhecimento do governo FHC que apesar das falhas cometidas e dos percalços enfrentados (e que não foram poucos ) ainda assim transformou o Brasil num país bem melhor do que antes e que deixou um legado positivo que contribuiu sem sobra de dúvidas para o sucesso do governo atual.
Sei do que falo porque vivi no pais de antes de FHC.

lulu

Muito boa essa, Maria Luiza: "o governo soberano do ex-metalúrgico e o governo servil do doutor da Sorbone". Vou espalhar. Ótima!

lulu

Parece que fh está virando um grande cabo eleitoral de Lula: gosta tanto das políticas atuais que afirma ser tudo obra sua.

Sagarana

No governo FHC padeciamos no inferno dos juros altos. Foi preciso surgir o operário barbudo e seu séquito de marxistas raivosos para que nossos credores nos cobrassem menos juros. Coisinha básica de uns 70 bilhões de dólares por ano a menor. Já não se fazem credores como antigamente…

Glecio_Tavares

Esse FHC le a TIME? Acho que falta visão ao cegueta. Muito THC será?

carlos quintela

Acho que o FHC deveria propor ao Lula um tira teima em 2014. O resultado de uma nova disputa entre ele e o Lula poderia levá-lo aos píncaros da glória. Ou será que ele tem medo do metalúrgico apedeuta e monoglota?

Rafael

Não existe essa questão de tamanho de estado. A questão é para quem serve o estado.Estado mínimo querem na verdade é dizer um estado que vai estar na mão dos empresários ricos servindo a seus interesses. Com esse estado mínimo que fhc fala recursos naturais são explorados pelos empresários enriquecendo essa gente com um recurso que é de todos que deve ser utilizado para desenvolver a sociedade.Nessa última crise se não fosse o estado a economia estaria quebrada, mas mesmo com esse fato gente que nem fhc não admiti que o estado forte foi o que salvou o Brasil da crise.Claro são garoto de recado de empresários que tem interesse em se apropriar do estado.

vangelis54

Na FSP http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0305201

Em fase política, Datena elogia Serra, mas vota em Dilma

"O Serra estaria mais preparado, mas a minha ligação com o Lula é um negócio muito legal. Acho que ele é um divisor de águas. Virou um Padre Cícero"

DE PROPÓSITO ou sem querer, foi para ele que José Serra (PSDB) falou pela primeira vez como candidato "assumido" à Presidência -momento havia meses perseguido por todos os repórteres de política do país. De olho na mesma ribalta, Dilma Rousseff (PT) venceu a timidez de debutante em eleições e para ele cantou "El Día que me Quieras". Assim, entre uma confissão e um tango, o apresentador de TV José Luiz Datena, 52, se tornou vedete da pré-campanha. Mostrados de corpo inteiro ao lado do robusto apresentador no estúdio do "Brasil Urgente", atração popular do final da tarde na rede Bandeirantes.

MARCIO AITH
DA REPORTAGEM LOCAL

Com Datena, tanto Serra como Dilma puderam praticar o autoelogio, mas também tiveram de se enquadrar na agenda do programa (da epidemia de crack à violência doméstica) e, principalmente, engolir sem reclamar os veredictos do anfitrião -diante de Serra, Datena frisou que Lula "é o maior presidente que o país já teve"; quando Dilma elogiou a Força Nacional de Segurança, criada no atual governo, ouviu que a novidade "não resolveu nada".
Chamado a escolher um dos dois para votar em outubro, Datena diz que "ainda" não decidiu, mas aparentemente falta pouco: "Acho que vou votar na Dilma, por causa do Lula. E acho que a Dilma tem a capacidade para governar o país". Isso embora considere Serra "mais preparado".

Rolando.

          Evidentemente, a valorização de fatores subjetivos afeta positivamente a correta previsão da gestão inovadora da qual fazemos parte.

          Assim mesmo, o início da atividade geral de formação de atitudes auxilia a preparação e a composição do impacto na agilidade decisória.

          É claro que a estrutura atual da organização auxilia a preparação e a composição dos índices pretendidos.

          O que temos que ter sempre em mente é que a execução dos pontos do programa oferece uma interessante oportunidade para verificação do investimento em reciclagem técnica.

Roberto

Uau! Mandou bem Fernando!! Parabens pelo excelente "resumo" da "gestão" FHC!!

O Brasileiro

Podiam colocar a foto dele ao lado do Serra, no lançamento da pré-candidatura deste, toda vez que o FHC abrir a boca!
Economizar-se-ia bastante na campanha do PT.

Carlos

Só gastaria de fazer uma correção: o principal componente da inflação brasileira pré-real era o componente inercial, e este foi combatido com a política de desindexação presente no Real.

Mais um detalhe: FHC quase destruiu o Plano Real ao utilizar o câmbio sobrevalorizado eleitoralmente (Populismo Cambial), aumentando desnecessariamente a dívida pública.

beattrice

Azenha,
a crítica deve seguir uma linha coerente já que “é tarefa do sábio e tão igualmente do idiota”.
Brilhante para dizer o mínimo.
Em tempo
Essa tendência de apropriação indébita das aves bicudas parece ser epidêmica na espécie.
Plano Real, Programa de combate à AIDS, Programa dos genéricos, que hábito indecente de tomar a obra de outrem como se fora sua.

beattrice

Paulo,
de fato, no casal Cardoso somente havia um Sociólogo, o nome era Ruth.

Urbano

Pronto! O Fernando já disse tudo (agora sem o momento exato do comentário…). Parabéns, Fernando!

Paulo Cavalcanti

Prezados Colegas (leitores do blog),

Tenho buscado sempre, em todos os artigos e comentários que envolvem o "farol de Alexandria" – buscar alguém que faça uma análise intelectual (coisa que não sou), dos pronunciamentos de FHC – pós-D. Ruth Cardoso e antes.

Eu, um reles leitor (especialista em nada), observei que os comentários de FHC, eram pautados e filtrados pela esposa, que sempre foi INFINITAMENTE intelectualmente, superior a ele, pelo menos mil anos luz.

Desde a partida de D. Ruth, FHC, só fala groselhas. E concordo com o artigo acima, quando diz que "ele ainda é o único tucano" – que tenta politizar o debate.

Fernando

Um recado pro FHC:

Azenha, avisa ao ex-presidente mais impopular da história do país que o governo dele foi um fracasso, o Plano Real não é dele, os genéricos não são criação do governo dele, ele doou quase a totalidade dos bens do Estado brasileiro a uma meia dúzia de picaretas (um deles com uma penca de processos nas costas, tanto no Brasil quanto no exterior, mas com dois habbeas corpus miojo, que saem em 3 minutos), indicou ao STF aquele que se tornou o PIOR presidente do Supremo da história do país, fez uma pífia geração de empregos e renda e deixou de legado no país nada mais do que sua insignificância. E já que ele é tão bom e que tudo que ele fez é tão maravilhoso, que apareça de mãos dadas e dando abraços apertados na campanha do Serra à presidência, que esse candidato que participou como ministro de seus 8 anos de mandato (não de governo…) defenda publicamente essa continuidade que o próprio FHC defende, da volta das privatizações, do arrocho salarial (especialmente do funcionalismo público), de quebrar a economia brasileira e ir pegar empréstimos no FMI, porque, afinal de contas, o Estado só atrapalha. Quero ver FHC de mãos dadas ao Sérgio Guerra, Yeda Cusius, Aécio Neves, José Serra, ACM Neto, toda família Bornhausen, Kátia Abreu, Ronaldo Caiado, Arthur Virgílio… na campanha de todos eles! Porque uma coisa eu garanto: aquele que o sucedeu vai fazer isso com os candidatos que apoia e está com a agenda cheia!

E aí? Será que ele, o PSDB e o DEMo topam fazer isso? Ou só vão ficar dizendo junto com a Globo que o Brasil pode mais e que é 45 na cabeça?

luizCarlosDias

Por favor, depois dessa, voltem a discutir o que FHC implantou O SIGILO ETERNO, porque, o que houve? o que é isso?.
E mais, dois idiotas FHC e CESAR MAIA, juntos são ofensivos ao povo brasileiro.

Luiz

Será que ele realmente sabia o que era ser "Presidente da República do Brasil"?

Carlos.

UM filme de muito sucesso nos anos 80 fala da história de Salieri e Mozart e é intitulado "Amadeus". Pois bem, a história se repete ao sul do Equador. Saíram de cena os músicos, entraram em cena os políticos, mas o velho ditado continua valendo: a inveja é uma merda! O nosso Salieri só não cai no ostracismo completo num asilo rodeado de malucos porque a imprensa colonizada e baba-ovo insiste em lhe dar espaço para que não nos esqueçamos de sua existência.

Em 1985, fiquei p. da vida quando Jânio ganhou aquela, mas hoje eu acho que foi muito bem feito!

Panambi

" Afinal de contas, cada vez mais o ex-presidente, que coleciona obras e títulos acadêmicos, se afasta do papel de sábio e se aproxima do papel de idiota." Assino embaixo, em cima, do lado……

Márcia Aranha

O articulista bate no ponto certo, e frágil, de FHC…

Como bem define PHA ao chamá-lo de Farol de Alexandria, FHC pensou que bastariam sua erudição e imagem pessoal para transformar o Brasil em potência mundial. Esqueceu-se apenas de um pequeno detalhe, de que teria que trabalhar e enfiar a mão na massa.

Acreditou na balela, a mesma que orienta ainda hoje as privatizações, de que bastaria apontar gente com fama de competente e os problemas estariam resolvidos. A ele caberia apenas a mediação do processo. Em suma: uma postura acadêmica por excelência, com o professor titular apenas pensando e os monitores trabalhando.

Deu no que deu.

Maria Luiza

FHC é o rei do cinismo. Alguém se lembra quando, antes do Lula, o pessoal do FMI chegava no Brasil de pastinha na mão pisando e falando grosso, dando ordens aqui dentro do país? Lula enxotou toda essa gente. Agora até empresta dinheiro. Esta é apenas uma diferença entre o governo soberano do ex-metalúrgico e o governo servil do doutor da Sorbone.

Antonio Lyra Filho

Ao defender o Plano Real, FHC mostra que ele foi usado eleitoralmente.
Mostra que as pessoas votam no momento do pais. Se o momento´é bom, vota em quem proporciona este momento.

O atual governo é bom para a população, portanto porque mudar.
FHC deu a senha para a campanha do PT. Mudar para que?

kalango Bakunin

nesta 3a feira à tarde haverá uma passeata em Brasília, levando a lista dos eleitores brasileiros contra a corrupção, para pressionar os congressistas a desengavetarem o projeto de lei da "Ficha LImpa"
estamos quse chegando nos 2 milhões assinaturas e é importante chegar lá, por ter maior impacto
dura só um minuto para registrar

o site é
http://www.avaaz.org/po/brasil_ficha_limpa/?cl=56

vamos enquanto é tempo, para ver e podemos evitar a eleição de novos e velhos ladrões, ainda em 2010

alguém já leu, viu ou ouviu isso no porco PIG???

    francisco.latorre

    essa ficha limpa é uma baboseira ongueira.

    demagogia das mais baratas.

    aparece toda hora no pig.

    ..

    bakunin.. não é por aí não.

    ..

Marcio Palma•SSA BA

" Afinal de contas, cada vez mais o ex-presidente, que coleciona obras e títulos acadêmicos, se afasta do papel de sábio e se aproxima do papel de idiota."
_______________________________________________________________________________
Ele não se aproxima do papel de idiota, ele já passa de idiota.

aosuldoequador

FHC e Serra querem um Estado minímo para que o Brasil não desenvolva.
Querem privatizar tudo, BB, caixa, Petrobras.
Qual a vantagem de um Estado básico.
– A falta de uma máquina pública eficiênte, feitas de servidores com potêncial de crescimento. Que se auto governa, se realimenta com a chegada de novos concursados, Deixando o poder do presidente, governador ou prefeito menores. É isso que Lula plantou. A semente de um Estado eficiente, que no futuro vai depender cada vez menos do mandatário de plantão.
E isso é tudo que PSDB, Dem, Serra, FHC, Arruda não querem. Eles sabem que se isso acontecer, se a semente crescer. O tempo pré Lula não volta mais. Os tempos de corrupção encombertadas, jogadas para debaixo do tapete não podem voltar, e Serra representa esse atraso, um discurso bonito, mas sem conteúdo.

Maria Efigênia

Azenha, FHC é muito chato, não dá para ler, infelizmente não consigo ter a menor simpatia
por ele. Colocam na Dilminha a fama de arrogante, mas quem é assim é ele.

DAP

Azenha publica essa!

o Serrágio soltou uma bomba ontem! Já saiu até no blog do Noblat huahuhauah

“- A pessoa que fuma sabe que o cigarro vai fazer mal, mas continua assim mesmo. Depois, adoece e mesmo assim continua fumando. Assim é uma pessoa sem Deus. Sabe que Ele está ali, mas não o procura”

É, com este pensamento não deve chegar a lugar nenhum. Todos sabemos que respirar a poluição do céu de São Paulo faz mal a saude, mais todos continuam a respirar. Aplicando o mesmo rasciocinio todos os moradores de São Paulo deveriam sair da Cidade e, segundo a teoria do Candidato, já que todos tem consciência e não saem é por que tods paulistanos não tem Deus em seus coração! rs

@faltorpan

Pelo menos somos coerentes, então: Ao mesmo tempo em que nos recusamos a questionar o vale-tudo dos torturadores durante a ditadura, que apenas agiam para validar a entrega desavergonhada do país aos interesses estrangeiros, de outro lado, também cultivamos essa oposição escatológica, que topa qualquer coisa para voltar a entregar o país aos mesmos interesses estrangeiros. O que nos recluiu sob o tacão por duas décadas é o mesmo que se obstina em destruir cada um de nossos passos rumo a alguma identidade. Não sirva isto de libelo por algum "nacionalismo", mas de repúdio à vassalagem e à entrega de todos nós, concidadãos, aos patrões de FHC, de Zé Alagão-Pedágio "et caterva".

Maralina Matoso

Poxa, gostei da análise desse moço!!! Parabéns!

Scan

"O que é o Estado “básico” senão um “Estado Mínimo” com roupagem nova?"

Como disse Tayllerand:
“Uma arte importante dos políticos é encontrar novos nomes para instituições que com seus nomes antigos se tornaram odiosas para o público”.

José Carlos

Esse trololó de fhc (no minúsculo), não me convence.
Esse modelo de gestão faliu.
Demo tucanos mentem quando afirmam que LULA seguiu o modelo de fhc.
Imaginem quanto o Brasil estaria perdendo para o exterior apenas com a remessa de lucros, caso a PETROBRÁS não estivesse mais em mãos do governo brasileiro.
Foi-se o tempo em que o jn da globo era a única referencia no jornalismo televisivo.
O PIG não comanda a internet.

Leider_Lincoln

Ah, os EUA têm uma coisa que sou obrigado a admirar: depois de dois mandatos, um presidente virtualmente deixa de ser cidadão, em termos de direitos políticos. Daí exercitam as artes do silêncio e do comedimento, que tanto bem fariam ao Farol…

    francisco.latorre

    na amerika essa história serve pra esterilizar a política.

    deixa o cara falar.. é esclarecedor.

    da amerika.. só presta mesmo a coca-cola.. pra ressaca.

    ..

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[…] This post was mentioned on Twitter by Conceição Oliveira and Paulo Stockler, Marcos Pizane . Marcos Pizane said: Muito pertinente… RT @maria_fro: Uma análise do "discurso" de FHC – http://tinyurl.com/26z5ojm (via @viomundo) […]

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