por Sueli Gutierrez, no Mulheres da Vez
A falta de transporte público de qualidade no Brasil continua sendo ótimo negócio para as empresas automobilísticas estrangeiras. Os lucros delas começaram por volta dos anos 50 com o lobby organizado pela Ford, Volkswagem, Mercedes Benz e Fiat, pressionando o governo a construir estradas pavimentadas no lugar de estradas de ferro. Verdade seja dita, o governo de Juscelino Kubitscheck promoveu o desenvolvimento do Brasil, no entanto esqueceu dos trilhos. A partir de então os governos negligenciaram o transporte em comum.
Em pleno século 21, no país que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o transporte é precário: poucas linhas de metrô em grandes capitais e nenhuma em outras; sistema de transporte fluvial medíocre e ônibus imundos em várias cidades do Brasil, com atrasos insuportáveis e superlotados que deixam qualquer um com os nervos em frangalhos.
Na Europa, o transporte público funciona perfeitamente, com metrôs, ônibus e principalmente trens, muito utilizados por serem menos poluentes, rápidos, econômicos e não sofrem engarrafamentos. Eles se entrelaçam nas cidades e entre elas de forma a alcançar passageiros mais distantes. As viagens entre os países fronteiriços também podem ser feitas em TGV (Trem de Grande Velocidade). Até a classe média-alta faz uso deles.
Custos
No Brasil, a coisa é diferente. As pessoas ignoram quanto sai do bolso para usufruir de seu pequeno mundinho privativo, um gasto necessário diante da precariedade dos transportes. Contribuem, mesmo involuntariamente, para outro caos por conta dos engarrafamentos e a poluição. Ainda pior, correm o risco de ter seu produto roubado ou ser vítima de assalto ou sequestro, resultando muitas vezes em acontecimentos dramáticos e fatais.
O gasto na aquisição de um automóvel e sua manutenção prejudica o investimento em lazer, bem estar e qualidade de vida. Fiz uma pesquisa sobre o custo do automóvel seminovo de um morador de São Paulo, um de Salvador e um terceiro de Minas Gerais. Tirei uma média dos gastos mensais de gasolina, estacionamento, flanelinha, lavagem e seguro e multipliquei por 12 meses, resultando em R$ 20.887,92.
Juntei também os valores de IPVA, seguro obrigatório, licenciamento, revisão anual, mecânico, reposição de peças, pedágio, alterando para R$ 22.390,17. No final de seis anos, a média de gastos de um automóvel é R$ 169.337,02, sem contar o aumento inflacionário anual. É muito dinheiro.
A crítica levantada não é contra o automóvel particular, mas contra a falta de opções para se locomover na cidade com transportes comuns de primeiro mundo.
Não é contra um bem material, mas o seu uso diário provoca poluição, engarrafamento, estresse, violência e acidentes.
Em São Paulo, o excesso de veículos fez o governo da capital paulista decretar o rodízio de carros proibindo sua circulação limitando o uso conforme o dia da semana e o final de chapa. Foi um tiro no pé. Provocou o aumento na compra de veículos para poder transitar com outro final de chapa durante o rodízio.
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O custo de um automóvel poderia ser revertido em viagens com a família ao exterior, ou na aquisição de uma casa na praia ou até mesmo um iate. A busca de soluções individuais para problemas coletivos oferece a falsa impressão de ter qualidade de vida. Resta pressionar fortemente os governos, fazer um lobby como as multinacionais, para que se invista na qualidade de transportes.
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Comentários
almerio
quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? o transporte público é insuportável, porque o transporte individual prejudica o público: e ainda reclamam do alto preço do carro…se fosse mais barato, aí sim, seria o caos generalizado e irreversível. Basta ver como o transito flui melhor nessa época sem aulas e muita gente de férias. segunda feira recomeça o inferno
José Américo
Estive na Espanha recentemente e pude constatar o quão fantástico é uma rede de transporte urbano integrada. Barcelona é primorosa nesse sentido: metrô que corta toda a cidade, com rede de ônibus complementando as ligações interiores, tudo sem precisar andar centenas de metros ou até quilômetros, como ocorre facilmente aqui no Brasil.
Como o colega citou, carro lá é mais um artigo de relativo luxo, embora, claro, como em todo canto, tenha as suas vantagens e necessidades (por exemplo, para viajar com família, ir a um canto muito específico, não guarnecido de transporte próximo ou para uso durante a madrugada, quando o transporte está mais irregular ou menos frequente).
Porém, é preciso observar que essas preciosas malhas de transporte público foram iniciadas há muito tempo, quando era possível planejar com cuidado, embora seja preciso considerar que eles tiveram a virtude de suportar o assédio da indústria automobilística, no momento em que se dava o ápice e a maior necessidade de desenvolvimento do transporte coletivo, em especial o metrô, que poderia ter sido abafado pelo lobby espúrio que prosperou nestas bandas tupiniquins.
Não sou idealista ou utópico, mas acredito ainda ser possível modificar a realidade brasileira, antes que cheguemos ao caos absoluto. Moro em Natal, uma cidade média, que possui uma frota superior a trezentos mil veículos, fora os circulantes de outras cidades da região metropolitana. Na minha opinião, aqui o caos é iminente e as medidas devem ser tomadas urgentemente, embora não possa nutrir muitas esperanças quanto aos atuais gestores municipal e estadual (PV e DEM, respectivamente, com altíssimo índice de reprovação).
Tomudjin
E ainda tem Gilmar, querendo meter todo mundo dentro de uma kombi
Viajante
Ela falou, eu juro!
Um dia desses a Dilma falou em melhorar a qualidade do transporte público nas cidades brasileiras. Acho que ela andou lendo algo do tipo:
"Metrópoles reprovam o transporte de massa
Publicação: 20 de Janeiro de 2012 às 00:00
Brasília (AE) – Pesquisa sobre a mobilidade urbana indicou que 41% da população brasileira acha que o serviço de transporte público é ruim no país. O modelo está repleto de distorções e a avaliação da população é negativa com relação a rapidez, eficiência e custo do transporte público, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Feita de 8 a 29 de agosto de 2011, a pesquisa, em sua segunda edição, abrangeu 3.781 pessoas de todas as regiões, níveis de renda e escolaridade em 212 municípios."
Mas essa pesquisa não diz tudo e, contraditoriamente, ela, a Dilma, convida novos fabricantes de automóveis a se instalarem no Brasil. Tá certo, o emprego fica por aqui. Mas porque não chamar os fabricantes de ônibus e de vagões de trens pensando numa verdadeira revolução em termos de transporte de massa?
Porque quem manda no mundo são as seguintes indústrias: a bélica, a automobilística, a petrolífera (pode inverter a ordem se quiser), a de alimentos (industrializados ou não) e a de informática. Todas as outras são subsidiárias. Por exemplo, a farmacêutica depende principalmente da fome, a de energia depende do petróleo (até parte da energia elétrica que a humanidade consome é gerada nas termoelétricas). Nunca as empresas de aviação dependeram tanto da informática como agora. E não me refiro somente ao computador de bordo das aeronaves.
E eu volto a falar na concepção estúpida que os nossos dirigentes sempre tiveram a respeito do transporte público no Brasil: "transporte público é coisa de gente pobre".
Eu penso diferente: para mim, transporte público tem tudo a ver com a verdadeira qualidade de vida da população de uma cidade.
Você já teve a oportunidade de conhecer Viena, na Áustria? Pois eu já tive. Viena é considerada a primeira ou a segunda melhor cidade para se viver na Europa. E por que isto? Principalmente pela excelência do seu sistema de transporte coletivo.
Vocês vão me chamar de mentiroso, mas eu insisto em narrar este episódio.
Contextualizando: eu estava na Ringstrasse, uma rua circular onde você pode pegar bondes de duas composições para diversos pontos da cidade. Caia uma chuvinha miúda e eu queria aproveitar a manhã para visitar o museu Sigmund Freud, na Bergasse, 19. À mulher que se encontrava ao meu lado, perguntei qual a parada mais próxima do destino desejado. Ela falava Inglês e disse que me avisaria quando chegasse a hora. Eu então elogiei o sistema de transporte coletivo da cidade. Ela perguntou se eu já tinha andado de metrô e eu perguntei pelo carro que ela poderia estar dirigindo. Ela então exclamou: “carro! Para que carro? Eu só uso carro em finais de semanas e feriados, quando viajo com a família para outros países da Europa. Ou no caso de uma emergência extremada”. E explicou que a prefeitura criava uma série de barreiras para você se locomover de carro no centro de Viena, a começar pelos preços proibitivos dos estacionamentos. E disse mais: “o transporte coletivo aqui é para todo mundo; eu, por exemplo, sou mulher de um BANQUEIRO (não confundir com bancário) e estou conversando aqui com você, neste bonde. Você vai saltar na próxima parada”.
Acredite se quiser, mas isto não é conversa de bêbado: era ainda muito cedo para encher a cara.
Marcelo Figueiredo
Ano passado fiquei 3 semanas em Toronto. Usei o transporte público o tempo todo. É rápido, mas, no horário de pico estão sempre lotados e a gente quase sempre vai em pé. Os ônibus são imundos, mais sujos que os daqui, pode? Pagava 3 dólares pra ir ao centro e 3 pra voltar, todo dia. Os motoristas são mal educados. No horário de pico só imigrantes usam o transporte público, não se vê um canadense. Ou seja, a classe média canadense não usa o metrô, vai trabalhar de carro mesmo. Às vezes ouvia conversas de alguns dentro do ônibus/metrô dizendo que se pudessem comprariam um carro, mas não tinham dinheiro. Foi a experiência que vivi, não quer dizer que seja sempre assim.
Yarus
Ele voltou! E vai logo botando a culpa nos "pobres miseráveis…" "de "uma figa"[youtube iHOHOhwYS-Y&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=iHOHOhwYS-Y&feature=player_embedded youtube]
Elton
O ETERNO fascista……….só mudou de endereço……
Rodrigo BH
"…R$ 22.390,17. No final de seis anos, a média de gastos de um automóvel é R$ 169.337,02, sem contar o aumento inflacionário anual."
Que conta, afinal, é esta????????? 6 vezes 22.390,17 = R$134.341,02 !!!!!!!!!!!! Como a frase diz, multiplicação direta, sem contar a inflação! Além do que, R$22.390,17 por ano, tá na cara que tá errado! Só se estiver contando o custo de aquisição do "semi novo". Mas, neste caso, ele não pode entrar nos próximos 5 anos!
Pequemos outro valor citado: R$20.887,93 . Vamos subtrair 1.500 de seguro, 500 de lavagens, 3.000 de estacionamento e flanelinha: dá exatos R$15.887,93 de gasolina! Dividindo-se por R$2,65 por litro, seriam então 5.995 litros de gasosa!!!!!!!!!!! A 10 km/litro (um popular rende isto na cidade) o carro teria que andar 59.950 km por ano! Quê que é isto? Táxi? Carro de empresa?
Seria interessante, ao contrário de citar os supostos totais, os autores da postagem mostrarem exatamente estas contas. É de se desconfiar que estão muito equivocadas!
Cleverton_Silva
Ridícula é a lógica dominante. Diante de um caótico setor de transportes, com tantos culpados entre multinacionais gananciosas, governos omissos, parlamentares e cientistas mal-intencionados, estes ainda colocam toda a culpa no consumidor e no "custo" Brasil. "Ah! Não temos culpa se eles comprar carros com os altos preços". Hipócritas falam tanto em altos impostos, mas quando recebem isenções fiscais, muitos não repassam para o consumidor. A farra desses folgados tem que acabar
Angelo
Abondonei o Automovel, hoje vou a pé e volto a pé do trabalho, quando preciso sair ou viajar
alugo um veículo e pago em 10 vezes no cartao de credito sem juros..fiz e refiz as contas
dá uma economia anual de $ 8.000,00, más o melhor de tudo e qualidade de vida e saúde
Viajante
Só uma pergunta ao autor da matéria: você levou em consideração a taxa de depreciação do automóvel, não levou?
No tempo de Juscelino, a classe "média" começou com a compra do fusquinha. Na época, ter um carro já era uma necessidade e, para muitos, uma demonstração de status: não era todo o mundo que podia comprar um fusquinha.
Depois a industria automobilistica se diversificou e chegamos a um ponto em que transporte coletivo (de massa) passou a ser sinônimo de pobreza, mesmo com apenas 30% da população podendo comprar um automóvel. Ou seja, nessa época só pobre (os 70% restantes) andava de ônibus.
Hoje, com as facilidades de financiamento, muitas famílias podem ter um, dois ou mais carros relativamente sofisticados. Ou seja, ao longo da sua história, a classe média brasileira sempre teve um despreso imenso pelo gol (grande onibus lotado), e sempre se sacrificou pelo transporte individual (pelo gol da Volkswagen).
E hoje cerca de 60% da população economicamente ativa se move de carro.
Agora, está chegando a hora de pagar a conta: uma população de 190 milahões de habitantes, ruas e estradas esburacadas, IPVA, seguro contra perdas, roubos e danos materiais, multas e mega-congestionamentos. Isto para não falar na poluição do meio ambiente provocada pela queima da gasolina e do diesel. Estamos como o diabo gosta.
Além disso o transporte coletivo, pelo menos na cidade onde eu moro, está nas mãos da iniciativa privada. E o dono das empresas jogam uma quantidade de dinheiro enorme nas eleições municipais.
Qual o político (prefeito ou vereador) que tem peito de questionar o péssimo serviço prestado pelas empresas de ônibus nas grandes cidades brasileiras?
Ou seja, estamos num mato sem cachorro: se correr (correr para onde?) o bicho pega e se ficar (parado num congestionamento) o bicho come.
Mas eu tenho uma sugestão para os membros da classe média: comprem um helicóptero e vocês
jamais sentirão o mal cheiro do povo comprimido numa lata de sardinhas.
Marcelo
Uma coisa que deixou-me na dúvida: se o transporte público nestes países é tão bom, porque então as pessoas lá compram tantos carros? http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3…
Ou então, de que adianta ter transporte público bom, se as pessoas continuam comprando mais e mais carros?
Rodrigo Penna
Fiz um controle bastante completo do custo de meu Uno Mille nos últimos 5 anos. Se quiserem conferir, segue o link: http://quantizado.blogspot.com/2011/02/quanto-cus… .
É alto, mas bem abaixo do citado na postagem…
Outro Antonio
O PSDB de SP baba o ovo para os ianques. Lá o transporte público é bom. Aqui é um lixo, como também é a adminstração desses caras. Além disso tem os pedágios, o IPVA, a Controlar, a corrupção e o desmonte do Estado que são em doses cavalares, além da postura facista.
PSDB e Tortura, Nunca Mais.
Mauro A. Silva
A privataria Marta-Serra-Kassab na Cidade de São Paulo: Operação Urbana Água Espraiada, Nova Luz e a futura Operação Lapa-Brás.
Postado por Movimento Jabaquara Livre em 19 fevereiro 2012 às 8:30
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Por que nem mesmo a imprensa independente divulga a privataria Marta-Serra-Kassab na Operação Urbana Água Espraiada?
Curioso notar que até mesmo um programa apresentado por um jornalista dito independente ignorou completamente a privataria do Kassab quanto tratou das operações urbanas na Cidade de São Paulo. Este jornalista e os entrevistados perderam mais tempo falando da ainda inexistente “operação urbana Lapa-Brás” do que a maior especulação imobiliária e higienista que está em curso na gestão Kassab: a Operação Urbana Consorciada Água Espraiada.
A lei 13.260/2001, editada na gestão Marta Suplicy (2001-2004) , previa a reurbanização de todas as mais de 100 favelas na região de Americanópolis, Jabaquara, Brooklin, Berrini e Chucri Zaidan (Pinheiros), garantindo-se moradia para todos na mesma região na mesma região, inclusive para os proprietários que fossem atingidos pela Operação Urbana Água Espraiada.
Ponte milionária só serve de decoração para os programas da TV Globo.
Embora a Operação tenha arrecada mais de R$ 1 bilhão, nenhuma moradia popular foi construída na região.
O conselho Gestor é uma verdadeira “caixa-preta”: ate hoje não divulgaram quem foi o autor da proposta de se construir a ponte estaiada. No projeto original, uma ponte comum estava estimada em R$ 70 milhões… foi licitada por R$ 140 milhões (na gestão marta Suplicy)… e foi entregue inacabada a um custo superior a R$ 300 milhões (Gestão Serra, o breve – 2005-206)… Nesta milionária obra de engenharia não passa transporte público (ônibus, lotação etc) e nem bicicletas… Este “cartão postal milionário” serve tão somente como decoração no cenário de fundo dos telejornais da TV Globo que, diga-se de passagem, foi mimada pela prefeita marta Suplicy, que renomeou a avenida da corrupção (gestão Maluf, 1992-1996) Água Espraiada como Avenida Jornalista Roberto Marinho…
continua…
Jabaquara Livre, 19 de fevereiro de 2012.
Mauro Alves da Silva http://jabaquaralivre.wordpress.com/
Luiz
Até hoje tive pouco investimento para manter um celta comprado novo em 2003. Nunca deu oficina e a cada 6 meses troco de óleo, a cada ano de filtro e com 40 mil km ou um pouco mais, manutenção de freios e água do sistema de refrigeração. Faço em torno de 10 mil km/ano, em média. e em viagem, mesmo carregado em estradas de serra, fiz na virada de ano, em torno de 23 km/l, só pq me mantive dentro da velocidade sugerida pelas placas, o que se tornou mais econômico. Antes eu corria mais e fazia nessas viagens em torno de 18 a 19 km/l. Gasto um tanque/mês para trabalhar e fazer o que for necessário como mercados e outras saidinhas mas que dá pouca diferença se tivesse que usar ônibus que tem horários difíceis de serem usados e um monte de transtornos.
Airton
Um Celta 2003 faz 23 km com um litro de gazolina. A carroça do meu tio também faz. Só que é movida a capim. Conta outra, amigo!
Percival
Deve ser um Celta com duas rodas…ainda não vi essa beleza.
Fabiano Araújo
A população deveria pressionar para ter transporte público de qualidade e pontual nas grandes cidades, em vez de investir em transporte privado que acaba por ser um tiro no pé. Em São Paulo, quase sempre, é estressante movimentar-se de automóvel.
Deverse-ia exigir a ESTATIZAÇÃO total do transporte público nas grandes cidades. Ainda ontem, domingo, na Av. Angélica, uma das mais importantes da cidade, entre 15h e 50min e 16h e 15min, não passou um ônibus sequer porque os proprietários das empresas querem MAXIMIZAR o lucro e reduzem a circulação dos coletivos. Comparem com o Metrô, que não é maravilhoso, mas, mantém a frequência regular, porque é público.
Renato
E que mal há no fato de maximizar o lucro? Viva em Cuba
altamiro
tome cuidado…. amanhâ vç ,pode precisar andar de onibus, quero ver se vç continuará com sua idéia medíocre de maximizar lucro
Arthur Schieck
Não há transporte público que supere um carro particular quando o objetivo é ir de A para B em menos tempo e com o máximo de conforto. O problema é que aos poucos este meio vai se tornando insustentável do ponto de vista coletivo. Talvez o grande segredo de se fazer um transporte público realmente eficiente é fazê-lo não competir com os carros (isso inclui os taxis, tão nocivos quanto).
Sempre haverá congestionamentos. Morei em Barcelona, o paraíso do transporte público, e até lá havia engarrafamentos. A diferençe de lá para cá é que o carro era apenas um luxo, não uma necessidade. Na verdade era um luxo relativo. Sem estacionamento para todos os lados, o metrô passava a ser sempre a melhor opção pois era integrado com uma fantástica rede de ônibus que o complementava.
Vivo em Niterói, uma cidade cercada por morros e mar e ruas menores que muitas cidades do interior. Se houvesse aqui um pequeno trecho de 3 Km de linhas subterrâneas até as barcas, elas beneficiariam diretamente mais de 300 mil pessoas, fora os benefícios indiretos no trâsito da capital já que um número astronômico de pessoas deixariam de atravessar a ponte de carro.
Só 3 Km! Isso sai na urina do governo federal.
RONALD
Transporte público?????? No Brasil ?????? Onde…?????? Hoje em CURITIBA para andar 3 KM você paga R$ 2,50 reais(caro e ruim). E dizem que é pouco e querem aumentar. É mais barato andar de moto ou carro.
Preto Velho
Endosso o comentário do Ronald. Levei 2h15min para ir de Colombo até o aeroporto de Pinhais, 1h30 só dentro dos "ligeirinhos", sendo que levei 1h para ir do centro da cidade até o aeroporto. De carro, saindo de Colombo, a 60km/h, a viagem dura 20 minutos.
O transporte curitibano tá bem rápido pra quem mora nos bairros chiques, pela impressão que tive. Mas pro povão é a mesma merda de qualquer parte do país. Sou muito mais ir da minha casa pro aeroporto de Campinas em 40 minutos, e isso ainda passando pelo centro.
Mateus S Ferreira
Há dois anos, abandonei o automóvel.Hoje vivo melhor e com mais dinheiro no bolso.
O único areependimento que tenho foi não ter tomado tal atitude há muito mais tempo.
Ana Oliveira
Mateus, concordo com vc. Eu abandonei o automóvel há 4 anos, na cidade de São Paulo, e descobri que a vida é muito mais confortável sem carro, além do dinheiro que sobra. Claro que o transporte público tem que melhorar, mas nem penso em comrpar outro carro. Caminho, ando de metrô e ôniburs e se a coisa aperta, pago um táxi, utilizando os mil reais que economizo por mês, por baixo.
FrancoAtirador
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É o preço que se paga pelo fato do Brasil
haver adotado os EUA como paradigma,
especialmente o "american way of life"
filtrado pelas lentes de "Róliúdi".
Uma sociedade de consumo fordista,
associada à qualidade "toyotal",
aplicada a uma cultura provinciana,
em que uma elite rica e conservadora
referencia normas de comportamento
a consumidores de todas as classes.
Mas os EUA, hoje, estão alertando:
"Eu sou vocês amanhã!"
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50 números estarrecedores e inacreditáveis de 2011 sobre os EUA
Do blog The Economic Collapse, com tradução de Sofia Gomes no Esquerda.net, via Vermelho
Apesar de a maioria dos estadunidenses estar bastante furiosa com a economia, a realidade é que a grande parte deles continua a não ter ideia do quão intenso tem sido o declínio econômico ou quais os problemas que irão enfrentar se fizerem mudanças drásticas rapidamente.
Se não educarem o povo sobre o quão mortal se tornou a economia dos EUA, então vão continuar a seguir as velhas mentiras que os políticos continuam a contar. “Ajustar” umas coisas não vai consertar esta economia.
De fato, é necessária uma mudança profunda de direção. Os EUA estão consumindo muito mais do que aquilo que produz e a dívida está explodindo. Se continuamos por este caminho, o colapso econômico é inevitável. Os números loucos de 2011 incluídos neste artigo deverão ser suficientemente chocantes para acordar algumas pessoas.
Os 50 números econômicos de 2011 que são quase demasiado loucos para acreditarmos neles:
Íntegra em:
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia…
Mesmo com crescimento da pobreza nos EUA, executivos ganham aumento de até 40%
OperaMundi
CEO com maior rendimento do país recebeu 145 milhões de dólares
e poderá aumentar o valor para US$ 469 milhões
Em um dos maiores surveys de sua história, o instituto de pesquisas GovernanceMetrics International revelou que, no último ano, os salários dos CEO’s norte-americanos passaram por aumentos que vão dos 27 aos 40%.
O anúncio surge no momento em que cenário econômico do país é marcado pelo arrocho salarial da maioria da população, isto é, quando os rendimentos de cada cidadão não conseguem acompanhar o ritmo de crescimento das taxas inflacionárias.
As infomações são do jornal britânico The Guardian.
Íntegra em:
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18…
Gustavo Pamplona
Declínio econômico??? Esta é boa…
Franquito… meu querido… jamais haverá declinação econômica nos "esteites"… basta eles ordenarem o "United States Mint" (A casa da moeda deles lá) manufaturarem cédulas de dólar.
Aliás… já teve até comentarista de economia (será?) da Globo elucidando que os EUA deveriam cessar a emissão de dólares e inundar o sistema financeiro.
Como é que vossas mercês acham que eles têm aqueles 14 trilhões do PIB deles lá?
E como a epítome do capitalismo global se chama dólar e há de se considerar do fato que eles detem um vasto poderio bélico que até mesmo nações soberanas como a Rússia com poderes equânimes temem.
Há quinquênios que os EUA ludibriam o mundo e somente pessoas com intelecto altamente capacitado como este simples discursante que vos lhe exprime é capaz de compreender.
—–
Desde Jun/2007 discursando elucidamente no "Vi o Mundo"! ;-)
Dom Pedrito
Concordo com o Gustavo qdo ele diz que o "esteites" é o banco central do mundo capitalista, e que seu orçamento é de um surrealismo escancarado. Não concordo, entretanto, que o mundo inteiro tem sido ludibriado quanto a esse fato. A convenção de Breton-Wood, que estabeleceu a ditadura do dólar já foi exaustivamente denunciada pelas esquerdas mundo afora sem nenhuma recepção pelos governos satélites do império. O fortalecimento da economia dos "esteites" era parte da estratégia dos paises do ocidente para enfrentar a guerra fria contra o império do mal, a URSS. Isso acabou, e agora a situação é outra.
FrancoAtirador
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Mas há um pequeno detalhe, meus caros Gustavo e Dom Pedrito:
O Federal Reserve-FED (Banco Central dos EUA) é uma instituição privada.
Atualmente, o FED só emite dólar para salvar corporações financeiras falidas.
Occupy Wall Street é um sinal de que "os tempos estão mudando".
De que "os ventos do norte já não movem moinhos".
Observamos apenas a ponta de um grande iceberg no Oceano Pacífico (?!?)
onde navega soberbamente o colossal Titanic da América do Norte.
A História é uma ampulheta gigante que conta o tempo em séculos.
Como sempre, um dia o império acaba em naufrágio.
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roger
Mais ainda:
O FED pertence ao Bank Of America, Ciy/JP Morgan, Rotschild Bank… esses são seus acionistas. Esses auferem os dividendos do trabalho do FED.
E qual é o trabalho do FED?
Aceitar "Treasure Bonds" do governo americano (titulos criados DO NADA) em troca da CRIAÇÃO de dinheiro (também tirado DO NADA). Anos depois, o governo americano pagará ao FED – e, por extensão, aos seus bancos acionistas – o PRINCIPAL mais os JUROS do dinheiro CRIADO DO NADA.
Negócio maravilhoso, né não??
Baader
Eu acho, no mínimo, curioso como pessoas que tentam evocar o espírito ambiental têm o costume de quase sempre virar suas metralhadoras para o cidadão comum: o cidadão comum é o culpado pela poluição dos carros, o cidadão comum é o responsável pelo grande número de lixo produzido com as tais sacolinhas plásticas, etc. Esta mentalidade que se inicia coloca a classe dominante acima do bem e do mal: as grandes empresas não podem ser questionadas, não podem ter seu império corroído, resta tudo ao cidadão.
Onde estão as cobranças na melhoria do transporte que, quase sempre, está nas mãos de tubarões capitalistas? Onde estão as cobranças para o barateamento de carros à combustível alternativo (como elétrico)? Onde estão as cobranças sobre todas as empresas que tanto poluem o meio ambiente?
É sempre mais fácil cobrar atitudes do trabalhador sofredor de nosso País, mantendo os privilégios das classes dominantes.
Renato
Cara, eu prefiro andar com as carroças que temos do que com as velharias cubanas. Viva o Capitalismo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Alberto Silva
E desde de quando "temos" wolkswagen, gm, ferrari, fiat, hyundai, honda, bwm, pegeout e etc, etc, etc???
Saõ todos transnacinais, mané.
Sandra Caballero
Andar? O seu destino é ficar parado em um engarrafamento do dia do juízo final
romano
falou em cuba, não…falou em europa. Brasil é o sexto país em produção de riqueza, não pode
ser comparado a cuba, mas a França, Inglaterra e tais. Onde há trens, metrôs e, se vc se preocupa
com isso, educação pública e gratuita, atendimento de saúde em larga medida tb.
ZePovinho
O que é que o c…..tem a ver com as calças?????????????????????????
renato
Este cara não sou eu !!!!!!!!
Outra coisa se você trouxer para o Brasil um daqueles carros, ficará rico, são reliquias…
Renato
Um daqueles carros cubanos, com certeza ficaria pobre, pois são materias de ferro velho travestido de carro.
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