Diz a piada que as ideias levam 10 anos para chegar ao Brasil. E mais 10 para serem institucionalizadas. Donde a vantagem de ter gente capaz de enxergar antes, como o Celso Amorim:
Irã: uma nova viagem de descobrimento
23/2/2011, Kaveh L Afrasiabi, Asia Times Online
“Os EUA esforçam-se muito para não aparecer como alvo desses gigantescos levantes populares, mas fracassam, porque o povo já sabe que as políticas dos EUA e seus comparsas são causa de humilhação e divisão entre as nações. Por isso, a chave para resolver os problemas do povo está em dar fim a todos os arranjos que os EUA impõem à Região”
(Supremo Líder do Irã, aiatolá Seyed Ali Khamenei)
Na 2ª-feira, com dois navios de guerra iranianos preparados para cruzar o Canal de Suez – para grande preocupação em Israel, que interpreta o movimento “como de máxima gravidade” – o Supremo Líder do Irã aiatolá Ali Khamenei dirigiu-se a um grupo de dignitários estrangeiros de todo o mundo árabe e falou-lhes, confiante, da aurora de uma nova era no Oriente Médio, que refletiria “um novo despertar islâmico”.
Com o fim das duas ditaduras pró-ocidente na Tunísia e no Egito, e com protestos que crescem no Bahrain predominantemente xiita, onde está atracada a 5ª Frota da Marinha dos EUA, os líderes iranianos têm ampla justificativa para a confiança com que falam de “um Novo Oriente Médio”, cada dia menos rendido aos interesses ocidentais e cada dia mais independente e assertivo.
Uma fragata iraniana e um barco de suprimentos navegaram pelo Canal de Suez a caminho da Síria, depois de autorizados pelas autoridades egípcias –, primeira vez que navios iranianos navegam pelo canal, desde antes da queda do Xá, em 1979. O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu disse no domingo que o Irã estaria tentando aproveitar-se da instabilidade na Região.
Pela legislação internacional, só navios de países que estejam em guerra contra o Egito são impedidos de passar pelo Canal de Suez. Mas navios militares têm de, antes, ser autorizados pelos ministérios da Defesa e das Relações Exteriores do Egito.
“Acho que hoje se pode ver o quanto é instável a região em que vivemos, cuja instabilidade o Irã tenta explorar. O movimento de passar pelo Canal de Suez foi pensado para ampliar a influência do Irã” – dizem as notícias, citando palavras de Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel considerou a viagem “uma provocação” à qual “a comunidade internacional terá de responder”.
Na avaliação dos especialistas em política exterior do Irã, a decisão dos militares egípcios, de autorizar a passagem dos navios “Alvand” e “Khargh”, foi importante gesto para quebrar o gelo e dá tom positivo a uma muito necessária melhora nas relações entre o Irã e o Egito.
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Acusados pelos israelenses de “conivência” com o Irã, no caso da autorização para a passagem dos navios, os militares egípcios – que hoje são governo, depois da deposição do presidente Mubarak – podem acelerar o processo de normalização das relações com o Irã, ainda antes das eleições marcadas para setembro. É decisão que nada tem a ver com a promessa que fizeram de manter todos os compromissos já assumidos com outras nações, inclusive o tratado de paz de Camp David com Israel.
Mas, para o jornal israelense Ha’aretz, Israel já não pode ter certeza de que o Egito continuará seu aliado contra o Irã. Interpretação mais acurada diria que Israel teme que o Egito se alie ao Irã contra Israel, o que, com certeza, alteraria o equilíbrio de forças, em detrimento do bloco conservador liderado por EUA e Israel que visa a isolar o Irã.
Nos tempos tumultuados que se vive no Oriente Médio e Norte da África, vê-se agora a queda de regimes pró-EUA, ou derrubados ou seriamente contestados pelas massas nas ruas, o que cria, para o bloco liderado pelo Irã (e que inclui a Síria, o Hezbollah no Líbano e o Hamás em Gaza), oportunidade única para colher um importante ganho (geo)político. Mais clara a oportunidade será, se o “efeito dominó” hoje ativado levar a mudança radical também no sistema político arcaico do Bahrain.
Apesar de o almirante Mike Mullen, presidente do Conselho do Estado-maior dos EUA, em sua última entrevista, ter acusado implicitamente o Irã de estar estimulando a agitação no Bahrain, fato é que muitos xiitas do Bahrain têm como sagrada a cidade iraquiana de Najaf e como líder espiritual o aiatolá Ali Sistani, enquanto só uma minoria segue a orientação de Khamenei.
Seja como for, a inevitável maior influência dos xiitas do Bahrain – que são superiores, em número, aos sunitas reinantes –, seja por revolução, seja mediante o “diálogo nacional” que o governo propôs, acabará por ser interpretada como importante ganho para o Irã. Com isso, será de esperar que o Bahrain e outros membros do Conselho de Cooperação do Golfo [ing. Gulf Cooperation Council (GCC)] passem a demonstrar maior deferência ao rapidamente crescente maior poder do Irã na região. O GCC foi criado em 1981 e inclui os estados do Golfo Persa, Bahrain, Kuwait, Oman, Qatar e Arábia Saudita, e os Emirados Árabes Unidos.
Esse reconhecimento de que a mudança na maré política favorece o Irã, a bete noir dos EUA no Oriente Médio, já é bem visível na decisão da Arábia Saudita, até agora sem precedentes, de permitir que navios de guerra iranianos passem por portos sauditas (os navios iranianos atravessaram o Mar Vermelho e o Canal de Suez, em rota para o porto de Latika, na Síria). Mas o ramo de oliveira estendido ao Irã pode também ter sido motivado pelo medo, em Riad, de um levante; e dessa vez, dos seus próprios xiitas descontentes (há dois milhões de xiitas na Arábia Saudita, numa população de 26 milhões).
Veem-se assim novas questões relativas ao futuro das relações EUA-Irã, à luz da complexa convivência entre interesses conflitantes e interesses partilhados entre os dois países no caldeirão do Oriente Médio e em outros pontos do mundo.
É provável que os EUA sejam obrigados a revisar a abordagem de coerção e violência contra o Irã e seu programa nuclear; que tenham de evitar futuras sanções e alterar a até agora perfeitamente inócua política de isolar o Irã. É possível que tenham de começar a trabalhar para ganhar a confiança de Teerã para defender interesses partilhados ou, no mínimo, paralelos não conflitantes, como, por exemplo, a tríplice ameaça que paira sobre Irã e EUA: a ação dos Talibã, o extremismo dos wahhabistas e o tráfico de drogas – para não falar da estabilidade regional, que interessa a todos.
No que tenha a ver com os programas nucleares, movimento prudente dos EUA seria aceitar imediatamente o projeto de troca de combustível nuclear para o reator médico de Teerã e apoiar, com todo seu peso político, os esforços da ONU para fazer do Oriente Médio zona livre de armas nucleares.
Deve-se desejar também que os EUA parem de impedir que a Índia participe do projeto do oleoduto Irã-Paquistão-Índia. A lógica econômica da interdependência, que ensina a praticar a moderação, não pode nem deve ser ignorada.
Infelizmente, é pouco provável que Washington, em futuro próximo, venha a reconhecer o papel de destaque de Teerã em todos os negócios no Oriente Médio. Em vez disso, como já transparece na fala de Mullen, os EUA continuarão a analisar o quadro político pelas lentes da fobia anti-Irã – motivo pelo qual toda uma enorme área de “interesses mútuos” permanecerá sem ser nem considerada nem explorada.
Direitos dos palestinos
Como esperado, a mídia no Irã atacou duramente o veto, pelo governo Obama, semana passada, contra projeto de Resolução do Conselho de Segurança da ONU que criticaria as colônias ilegais, exclusivas para judeus e erguidas em territórios palestinos ocupados.
Reforça-se assim a percepção, já generalizada no Irã e em outras partes do mundo árabe e do mundo muçulmano, de que o governo dos EUA está sob controle absoluto do lobby pró-Israel e fundamentalmente incapaz de agir com independência (e nem se fala de opor-se declaradamente aos planos de ação de Israel para a região).
A menos que a Casa Branca demonstre o contrário, ajustando suas abordagens do “processo de paz” e passando a efetivamente pressionar Israel, firma-se, em todo o Oriente Médio, a conclusão de que a política dos EUA para o Oriente Médio é concebida em Telavive.
O interesse do Irã na “questão” palestina é, simultaneamente, ideológico e resultado do desejo de ampliar suas áreas de influência – o que significa, essencialmente, que a política dos EUA, de excluir o Irã do diálogo multilateral sobre o processo de paz, é, ao mesmo tempo, disfuncional e contraproducente.
“As políticas expansionistas israelenses causaram grave dano aos interesses dos EUA e sem dúvida contribuíram para a impopularidade do Xá dos EUA, Hosni Mubarak” – diz cientista político especialista em assuntos de política exterior do Irã, da Universidade de Teerã. E completa: “Entende-se que os políticos israelenses estejam cegos para isso. Mas e os norte-americanos? Por que não veem?”
Sobre recente decisão dos militares egípcios de abrir a fronteira com Gaza por vários dias, como indicação da nova abordagem do Egito, que já não estaria a favor do sítio de Gaza, todos, o professor de Teerã e vários jornalistas e comentaristas iranianos, são otimistas quanto a um brilhante futuro para as relações Irã-Egito. Para todos, essas novas relações seriam baseadas “na solidariedade de todos aos palestinos”.
No mínimo, Cairo tem agora melhores condições para barganhar com EUA-Israel, depois de livrar-se dos impedimentos que afastavam o Irã – e esse é, sem dúvida, desenvolvimento extraordinariamente importante – além de extraordinariamente preocupante do ponto de vista dos interesses de EUA-Israel.
Perfeitamente consciente da necessidade de implantar uma cunha entre EUA e Israel, a estratégia iraniana combina hoje um porrete e uma cenoura. De um lado, o porrete do antiamericanismo e o correspondente slogan de “Oriente Médio sem EUA”, parafraseando o que o presidente Mahmud Ahmadinejad disse no discurso de comemoração do 32º aniversário da revolução de 1979; de outro, a cenoura da cooperação no campo das “preocupações comuns”, como os Talibã.
O fato de que o Irã pode ser muito oportuna linha de fuga, contra os repetidos ataques dos Talibã às linhas de suprimento da OTAN que atravessam o Paquistão e o Afeganistão, ou pode ser influência de moderação para escapar da fúria dos xiitas no Golfo Persa – também já apareceu comentado em veículos da mídia de Teerã.
Nessas possíveis negociações, o Irã introduziria, como pré-condição, o fim das políticas norte-americanas (1) de sanções e (2) de tentativas de golpe para derrubar o regime iraniano.
A ironia disso tudo é que o resultado das políticas dos EUA contra o Irã parece ser exatamente o oposto do que os EUA esperavam conseguir: os aliados dos EUA caem como maçãs podres de seus respectivos postos ditatoriais de governo; e o Irã sofreu impacto mínimo da “febre democrática” que varre a região. Por isso, exatamente, Teerã considera-se no pleno direito de conduzir os termos de qualquer diálogo futuro com os EUA.
Isso, também, porque os EUA estão sendo vistos como os principais perdedores, hoje; em posições muito enfraquecidas; na defensiva; e já “operando no modo ‘pânico’, à vista da chuva de dominós que caem” – como se leu ontem, no editorial de um dos jornais iranianos conservadores.
O império pode recuperar o fôlego e descobrir novas vias para retaliar e voltar ao comando do jogo. Mas os vencedores do dia, hoje, são o Irã e seus aliados.
Comentários
Francisco
O Óbvio. Como pode dar certo uma politica de paz que não busca a paz? Como produzir efeito uma politica de distensão que tenciona? A politica de Lula-Amorin no oriente médio era uma tentativa de resposta a isso. Muito eficaz, por sinal.
Em negociações a melhor estratégia é a ganha-ganha. A dos EEUU e Israel é mata-morre. Não pode dar certo. Não como politica de paz…
Ana cruzzeli
Azenha
Em muitas oportunidade tive para lhe fazer uma pequena-grande correção, não foi possivel espero que agora seja esse momento.
No passado como agora refere-se a estratégia Irã ao Celso Amorim, isso não é verdade, quem vislunbrou o Irã foi o Lula laaaaaaaaaaaaá atrás quando via a birra dos EUA contro o lider-chefe dessa nação e o lider Iraniado confidenciou ao Lula que o Bush nem lhe deu um telefonema quando havia ganho a eleição.
O nosso amado idolatrado salve-salve Lula percebendo que a coisa era tão simples pediu ao Celso que fizesse uma analise de como proceder para anir essas almas. E os resto da historia todo mundo já conhece.
O Celso é extremamente competente agora essa competencia deve ser canalizada pelo lider-chefe. Isso se chama estratégia politica governamental que só o presidente pode ter. O Lula tinha uma e Dilma também tem como é a função do Patriota , como foi o do Celso, vai ser traduzir todas as ambições da Dilma no campo internacional de maneira concreta e já há sinais disso, como a primeira visita da Dilma à Argentina e as avós da praça de maio, agora parece que vai ser para a China e sua tentativa de montar uma parceiria mais agressiva…
Admiro muito o Amorim e acho a dobradinha Patriota-Dilma muito boa também.
Carlos
Interessante como tantas pessoas pensam de acordo com a cartilha do pig, quando se trata desta crise no oriente médio. Nos comentários dos veículos do pig, vemos um misto de raiva e ingenuidade. Os comentaristas não têm o menor cuidado em se aprofundar no assunto. São seguidores ferrenhos do roteiro do pig. Parece que estão lidando com o futebol.
carlos hely
Não acho que deve ser um "roteiro do PIG" e sim um roteiro de washington!
beattrice
mas não é o mesmo roteiro?
Uélintom
E ao mesmo tempo em que é criticado pelos conservadores religiosos xiitas por ter práticas muito "liberais ocidentais", é confrontado por uma parcela significativa da população nas ruas, principalmente à época da reeleição. A imprensa diz que os protestos exigem "democracia-liberal-ocidental", mas há um monte de cartazes contra o ocidente e acusações de que as lideranças políticas são vendidas para os ocidentais.
Talvez esse seja o problema: ainda não estamos ouvindo o que as vozes do povo do Oriente Médio e Norte da África, mas dublagens malfeitas e legendas distorcidas.
Uélintom
Li o que pude à época dos protestos no Irã. Lá a situação é bem complicada, um rococó político-religioso difícil de ser condensado para uma matéria de jornal. O presidente iraniano quando foi eleito era "o cara", que iria democratizar o Irã, ainda que com decisões moderadas. Talvez tenha confundido pragmatismo com rendição, e deu uma guinada para o conservadorismo (ele precisava de umas aulas com o Presidente Lula).
Lucas Cardoso
A verdade é que o presidente, no Irã, não tem poder. Quem manda no Irã são os aiatolás. Por mais progressista que Ahmadinejad seja,
mariazinha
Sinto falta de LULA/Amorim; enfrentaram israel de cabeça erguida e jamais apertariam a mão de um ditabranda.
Um texto estupendo que expõe toda a decadência do império ianque/sionista.
Julio Silveira
Eu tambem.
beattrice
Eu também, MUITA. VOLTA LULA.
Elton Ribeiro
É, lendo esse texto até parece que o Irã é o anjo da guarda do Islã e dos arabes e ainda da democracia. Tá toda população contente por lá. Deveriam ganhar o Nobel da paz e uma premiação sobre direitos humanos. E o cara ainda fala que o Irã será interlocutor da região nas conversas com EUA, Pode? Que dedução! De onde veio? Acho que ele esqueceu de perguntar aos outros paises arabes. Na verdade, para um governo iraniano que quase foi abaixo por causa da opressão que causa a sua pobre população, parece-me que ele esqueceu de levar em consideração muita coisa no texto. Escreveu mais baseado na propria vontade do que com fatos.
Bonifa
Tenha calma. Não tenha raiva pré-concebida do Irã. Não passe atestado de quem só conhece opiniões superficiais e parciais sobre os assuntos. O Irã é um país imenso. O regime não é sufocante. Tem uma economia capitalista bastante desenvolvida. Tem cidades grandes com bairros modernos e dinâmicos, onde o trânsito é mil vezes melhor que no Cairo. Tem também cidadezinhas tribais muito atrasadas. Lá as mulheres dirigem automóveis, não são como na Arábia Saudita, onde não podem dirigir nem sacar dinheiro em bancos. Muitas delas andam sem qualquer véu na cabeça, depende de onde estejam. O governo não é onipotente. Há problemas com drogas e a prostituição é quase uma epidemia em algumas cidades. As famílias do interior, muitas são matriarcais. O Irã tem uma literatura e um cinema magníficaos. Um filme iraniano acaba de ganhar o Urso de Ouro em Berlim.
Triste
Conheço iranianos, amigos meus, grandes pessoas. E americanos, também amigos, também grandes pessoas.
Mas o governo é ditatorial e teocrático. Terrível. Aequação é simples:
Religião+política = violência+ditadura.
Nem Irã, nem Arábia Saudita, nem Israel, nem a direita religiosa americana, nem políticos brasileiros da Opus Dei.
Religião é escolha pessoal de cada um, e quem preza a democracia deveria manter religião longe do Estado.
Bote religião na política e vc tem violência contra a mulher, homofobia, leis anti-blasfêmia, promoção oficial de intolerância (que não se limita a religião, passa a ser étnica).
Armando Habib
Não adianta tentar manipular a situação. Haverá muito breve uma revolução violenta no Oriente médio, isto se os EUA não cairem na realidade, Se os EUA quiser salvar os dedos talvez ainda dé tempo, mas, Israel que foi sempre o manda-chuva por lá (EUA) não admite ser contrariado. Então meu amigo, prepare -se para uma avalanche que está vindo e podes crêer o próximo pais será a Arábia Saudita e não vai demorar!
Tiago
Concordo absolutamente. Com todo o respeito ao articulista e aos demais leitores, esse texto está lamentável. No afã de condenar a ambiguidade descarada dos americanos, que condenam países aqui e permitem as mesmas coisas ali, muitos terminam por defender ditadores e ditaduras, o que JAMAIS deveria ser feito.
"…os líderes iranianos têm ampla justificativa para a confiança com que falam de “um Novo Oriente Médio”, cada dia menos rendido aos interesses ocidentais e cada dia mais independente e assertivo."
O povo do Irã que é contra o regime dos aiatolás assassinos certamente não usaria "independente" para se referir a si mesmo.
Thiago M Silva
Claro que o povo iraniano pode ser contra o governo, mas isso não quer dizer que essa oposição seja pró-EUA.
Silvio
Elton Ribeiro-
O articulista fez um artigo geopolítico. Ele não entrou em picuinhas. Não está em discussão os que não estão conformes, com o governo de Iran, que são minoria. Em todos os países existem pessoas conformes e desconformes com seus governantes. Em quanto os desconformes e minoria não existe problema, o problema começa quando passam a ser maioria.
Bertold
Você está pirado maluco. De onde vem sua noção de geopolítica? Revista Veja, jornal o Globo, Estado, Folha? Se vira nos trinta e vai estudar um pouco, meu!
Bonifa
O mar Mediterrâneo é uma piscininha onde o bebê Israel brinca de fazer laminha. Quando vê outro a entrar para tomar banho, o bebê abre o berreiro chamando a "comunidade internacional".
beattrice
Outra idéia infeliz: trocar o chanceler.
De idéias infelizes este governo e o caminho do inferno estão cheios.
Bonifa
Deve ter sido alguma outra imposição do tipo: "Ok, está bem. Mas pelo menos me faça este favor, tire o Amorim da Chancelaria…"
João Carlos
Saudades de Celso Amorim, disparado o melhor Chanceler da história do Brasil.
betinho2
Os leitores e comentaristas certamente já perceberam que em tudo que se refere ao Oriente Médio, invariaval e constantemente aparecem as junções "EEUU-Israel" "EEUU e Israel.
Eu me arriscaria dizer que é um só governo com um só propósito, só não saberia dizer se a "sub-prefeitura" é Israel ou Washington.
beattrice
Eu diria que ambos são sub-prefeituras…de WALL STREET.
FatimaBahia
Acabei de pensar extamente o mesmo!
Silvio
O problema do Oriente Médio se arrasta desde a invenção do automóvel, e a geração de energia com o petróleo. Por isso EUA necessita de uma cunha lá. Israel e o braço armado dos EUA, no Oriente Médio. Os dois respondem pela política do sionismo. Os EUA respondem a traves de seus dois partidos políticos, a uma cúpula judia.
Thiago M Silva
Muito bom e importante o artigo mesmo!
Mas mudando um pouco de assunto, alguém notou um ligeiro detalhe na diferença da cobertura sobre a Líbia entre a Globonews e a Al Jazeera ontem? Na Globonews disseram que a Nicarágua e Cuba declararam apoio ao Kadafi, enquanto na Al Jazeera falaram que só a Nicarágua declarou apoio, e Fidel Castro manifestou a necessidade de saber a verdadeira situação da Líbia entre tanta boataria. Quem estará certo? http://www.ain.cu/2011/febrero/22ed-reflexiones.h…
brz
O que não faz uma crise financeira no centro do sistema hein!?
Humberto
Azenha,
Por favor, publique essa matéria da TeleSuR
http://www.telesurtv.net/secciones/noticias/89431…
Abs.
Rute Maziero
Enquanto isso, do outro lado da corda:
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/sen…
Seria expansionismo islâmico?
Almerindo
"e apoiar, com todo seu peso político, os esforços da ONU para fazer do Oriente Médio zona livre de armas nucleares."
KKKKKKKKKKKKKKKKK!!! Digam isso para os israelenses!!!
Armando Habib
De fato a ONU está desmoralizada.
Paulo C.
e a revolta popular contra a ditadura anti norte-americana e anti Israel da Líbia? Quando vai começar a revolta contra a ditadura anti norte-americana e anti Israel da Síria? Ninguém comenta nada? Esta idéia que os levantes ns países árabes são uma reação contra o império americano e os seus aliados é balela, eles querem e estão lutando por liberdade, democracia e bem estar social. Viva os povos árabes e abaixo o sectarismo político.
Thiago M Silva
Aqui se discute geopolítica, em geral. Já ouviu falar desse termo?
A propósito, achei surpreendente a mensagem de Ahmadinejad a respeito da Líbia lamentando e condenando profundamente o banho de sangue promovido por Kadaffi. Foi uma reação ao mesmo tempo firme e rápida, se manifestando com dureza antes de qq outra nação!!! Claro, não é menos ditador por causa disso, mas ele realmente tá sabendo se colocar nessa confusão toda…
triste
tá mesmo.. o garoto é bom em relações públicas, aparentemente
hipocrisia total, mas…
Silvio
Parece-me que usamos a palavra ditador errada. O presidente do Iran, não e ditador.Nos não o podemos catalogar, como presidente eleito, o como primeiro ministro.Ele e mais o menos como a reina da Inglaterra.Quem comanda o Iran são os religiosos Xiitas. O presidente comanda em termos. Israel o governo governa de acordo com o Torá, e Iran com o Coram.
Edson
Celso Amorim faz falta à diplomacia brasileira… Patriota está muito 'americanizado"…
David R. da Silva
Muito esclarecedor. O Tio Sam foi nocauteado, mas tenta recuperar as forças. Até lá…….pau nos Imperialistas do Norte. O Celso Amorim, o Governo LULA, agiu como uma Águia, no Caso Irã. de Belo Horizonte.
Armando Habib
Vocês observaram bem a declaração da Hillary Clinton ontem, elogiando o Brasil, pela s suas habilidades políticas no trato com os Governos do Oriente Médio? Faltou só babar. Pois é! Vejam só, nada como um dia depois do outro né! Quando ela falou em Governo do Brasil é claro que não está falando da Dilma, pois ela está no governo só dois meses (e ainda não foi nem uma vez ao Oriente e a África) Então quem é? Claro: É o ex Presidente Lula: Chora ai Tucanada e Demos dos quintos do inferno!
Luiz Reis
Isso aí. Excelente! Quando Lula e Amorim quiseram, e construíram o diálogo com o Irã, as forças neoconservadoraas, aqui, nos EUA e em Israel, trataram de tripudiar, desconsiderando o esforço das negociações e o sucesso das conquistas juntamente com a Turquia. Agora, que aguentem a barra! Vejam o Oriente Médio se transformar num só povo, se não agora em médio prazo. E seguramente não pró-EUA ou pró-Israel. Vão fazer o que? Jogar bombas? Honestamente, não tem nem mais recurso para essas aventuras… perderam grande oportunidade e o Obama… bom se aqui reclamo da Dilma fazendo discurso pró-FSP, imaginem o Obama…
Wellington
Brilhante comentário. De extrema lucidez.
Outros sites deveriam publicá-lo, o que engrandeceria muito os nossos conhecimentos.
Muito obrigado.
JotaCe
Caro Wellington,
Concordo com o teu comentário no qual incluo o lide da matéria, posto pelo blogue. De fato, o Amorim tem uma incrível percepção do futuro e foi uma pena o seu afastamento pela agora, conforme a folha, Presidente.
Abraços,
JotaCe
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