Juiz: ‘Me esforço muito para o noia não me chamar de canalha e mandar eu …’

Tempo de leitura: < 1 min

Dica de José Carlos Ferreira, do blog ComTextoLivre

 Leia também: 

Kenarik Boujikian: Cardozo não se porta à altura de um ministro de Estado

 

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Dr. Rosinha: Desintoxique-se da hipocrisia e das ideias medievais – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Juiz: ‘Me esforço muito para o noia não me chamar de canalha e mandar eu …’ […]

Pitagoras

A drogas legais álcoole tabaco matam mais que todas as ilegais juntas. E aí?
E.T. não uso drogas, legais ou não.

Asta

Equipe do Vi o Mundo,
Querido Azenha,

Obrigada pelo acesso a mais esta jóia preciosa. Já estou repassando a todos meus colegas engajados do meu Centro de Saúde.
Mais convincente do que centenas de treinamentos sobre drogadição.
Abs

lulipe

A permissividade com as drogas que impera no Brasil deu frutos:O Brasil já é o maior consumidor de crack do mundo!!!

    Patrick

    O crack é uma droga filha da ilicitude, tal como os destilados clandestinos do período da Lei Seca, que causavam cegueira e morte entre seus usuários. Não porque toda bebida alcóolica cause cegueira e morte, mas porque a sua produção no ambiente fora da lei, na criminalidade, favorece o surgimento de versões “batizadas” e “turbinadas”.

    Slogans e frases feitas não constituem base científica para um debate.

Edgar Rocha

Sou contra a redução da maioridade penal. Também sou contra a criminalização do usuário de qualquer droga lícita ou ilícita. Mas, confesso que fiquei preocupado com o discurso do referido juiz. Fiquei remoendo tudo o que ele disse durante dois dias. Cheguei à conclusão que até o momento, nem ele nem ninguém que assuma tal discurso consegue me convencer que a questão humana a qual ele se referiu prescinde de se discutir a questão criminal e estrutural do tráfico de drogas a qual o usuário é a base e o elo mais fraco desta corrente perversa. Talvez, devido ao tempo curto tão reclamado pelo palestrante (ou se beneficiando dele, já que nesta conjuntura tudo ainda é muito turvo), ele não tenha deixado claro a separação entre certas coisas as quais ele até aventou (e misturou), mas não aprofundou: a diferença entre recreação e doença crônica; entre a alienação em todos os níveis do viciado usuário e sua condição de cidadão alijado de seus direitos mais básicos (como se dá esta relação?); da necessidade de intervenção direta (com vistas a preservar a vida) e do direito de ir e vir, do direito a privacidade (deve-se deixar de agir em nome destes direitos e manter o viciado numa espécie de exclusão voluntária? Ser omisso ou ser invasivo?). O que seria esta internação compulsória? Em princípio sou contra, mas, se nada for feito, que fim o viciado terá? Qual a alternativa? Amor, como ele poeticamente coloca no final? O que seria este ato de amor? E quanto aos direitos individuais de quem, de uma forma ou de outra é atingido pelo vício? E o direito dos pais e parentes? E o direito de ir e vir de quem desafortunadamente mora numa cracolândia qualquer? Deve-se esperar tolerância total destas pessoas? E, por último, e isto sequer foi discutido pelo bem intencionado juiz: e o envolvimento de agentes públicos (do judiciário e das polícias) no esquema do crime organizado? Como desbaratar este esquema? Como prender e denunciar os aliciadores de jovens que rondam as periferias, viciando e endividando estes jovens, fazendo-os de zumbis escravizados e descartáveis quando bem entendem? Enfim, ainda não vi motivo algum para incensar este senhor. Até porque, discurso fácil dirigido a representantes da sociedade civil, soa meio ambíguo e demagógico (pirotécnico?), gera desconfiança, principalmente pra quem está ávido em também ser tratado como cidadão e não como algoz do usuário, coagido à imobilidade total por um discurso pseudo humanista que, de um lado, engessa e culpabiliza quem se preocupa com esta realidade e teme ser tachado de conservador, discriminador e desumano e, de outro lado, força a aceitar o mundo cão como o mundo real e inevitável, como se quem dele usufruísse, seja ele um usuário (vítima) ou um traficante ou corrupto (algozes) compusessem uma nova força da natureza a qual somos obrigados a conviver e tratar com delicadeza e reverência. Quem precisa de tornado?

    lulipe

    Para você, caro Edgar, qual seria a pena justa para um “di menor” que queima uma pessoa viva, apenas pelo fato dela ter somente 30,00 reais na conta do banco???
    Para todos aqueles que são contra a redução da maioridade penal e o endurecimento nas penas para esses bandidos, eu só desejo que um dia se vejam frente a frente a um desses “anjinhos”.

    Edgar Rocha

    Lulipe, por favor acredite: eu entendo tua indignação como poucos! Mas, o que lhe causa mais indignação? Ter um “anjinho” destes te atacando ou saber que, se ele o faz é porque está ciente de uma impunidade que transcende a questão legal? De que adianta endurecer a lei e reduzir a maioridade, se quem decide se o sujeito deve ou não ser preso é a “otoridade”, muitas vezes já no local do crime? Vou te contar mais uma experiência. Nesta época, o jovem em questão tinha 17 anos: “Esta “autoridade” (não vou nem dizer que tipo de autoridade ele se referia porque tenho receio, mas ele se referiu claramente ao cargo que ocupava), ele tá pensando o que? Vem dizer pra mim assaltar de capacete porque assim ele pode falar que não identificou o meliante. Vai se f.! Eu vou roubar sem capacete mesmo! Minha parte é roubar, a dele é me proteger. Problema dele!” Esta fala foi dita de frente ao portão da minha casa, enquanto o sujeito puxava um baseado. Desgraçadamente, moro num local “privilegiado” no quesito convívio direto e forçado com o PCC. Enfim, você acha mesmo que aqueles que fazem parte de quadrilhas muito bem montadas e resguardadas serão atingidos com esta lei? Tenha um pouco de boa vontade comigo e entenda que não quero a impunidade, nem passar a mão na cabeça de ninguém. Mas, mesmo eu, que nunca fui usuário de cocaína, nem de maconha, nem de crack, na época em que eu era professor do Estado, fui parado duas vezes em ações sem sentido (porque sabiam que eu denunciava). Me jogaram no chão, abriram minha carteira (disseram que era pra procurar a droga -.-), me acusaram de ser usuário simplesmente porque eu morava naquele pedaço que eles mesmo sabiam o que se passava, tentaram me jogar na viatura e só não fizeram porque alguns vizinho saíram na rua e me conheciam muito bem. Deus sabe o medo que passei. E quantas vezes eu vi “autoridades” aliciarem o mesmo rapaz da historinha ali de cima pra tirar dinheiro e depois, conversando como amigos em esquinas do bairro… Considere antes quem está cooptando estes caras pra agir e porque nenhuma lei vai ser usada contra enquanto os agentes da lei agirem desta maneira. Vai sobrar pros que incomodam este sistema. Eu odeio bandido, principalmente aqueles que eu pago com impostos pra me defender e não o fazem. Não seja mais injusto que a realidade, por favor!

    renato

    E se o di menor for seu filho ou irmão Lulipe!
    Como é que vai ser?
    Você toma nas mãos a justiça que todo mundo gostaria para ele!

    renato

    Mas respondendo sua pergunta, NA HORA,
    e DEPOIS TAMBÈM, se eu estou lá dava um tiro
    se eu tivesse uma arma! Como estou desarmado
    pelo governo e pela bondade humana. Teria que
    me atracar com ele, mas com uma vontade enorme
    de mata-lo, só não sei qual seria a reação em
    cadeia da família dele!

    lulipe

    Se fosse meu irmão, caro Renato, eu seria o primeiro a denunciá-lo.Não compactuo com criminoso, seja quem for.

Dilma indica Luís Roberto Barroso para o STF; Serrano elogia – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Juiz Gerivaldo Neiva: ‘Me esforço muito para o noia não me chamar de canalha e mandar eu …’ […]

Luís Carlos

SOBERBO! Desculpem-me pelas maiúsculas, mas só assim para significar o que senti. Sou psicólogo, de muito na luta da política pública de saúde mental, “mentaleiro”. Fui tocado fortemente pela manifestação de NOSSO Juiz. Barbaridade!! Parabéns!

Lucinda

Que beleza, o direito como ciência deve defender relações civilizadas, enquanto houver exclusão, relações de poderes totalmente assimétricas entre os seres humanos, não poderemos nos considerar seres civilizados, mas há esperança quando um cidadão no exercício do seu trabalho pensa com compaixão no outro.

FrancoAtirador

.
.
!!! Raridade !!!

Um dia seremos maioria!

Acreditemos nisso!
.
.

francisco pereira neto

Juiz porreta. Data venia meretíssimos intelectualóides.
Quando digo que o nordeste produz pedras preciosas,tem muita gente que torce o nasal. Gente aquí do sudeste.

Alex

So queria saber qual a autoridade que vai defender o Trabalhador e o cidadão d bem,porque nem todos os viciados/usuarios são vitimas.Pode ter certeza que 99% dos viciados entraram no mundo das drogas por conta propria,por isso não concordo que sejam tratados como vitimas enquanto o cidadão de bem e assaltado,roubado e etc., por esses viciados que querem a todo custo saciar o seu vicio… Quem olha pelos trabalhadores? https://www.youtube.com/watch?v=MTvBGd8n-PI

    Alexandre

    Puro preconceito tosco e tacanho. Você já tem como certo que um usuário é viciado, que rouba e faz tudo para poder consumir a droga. Primeiro, cada droga é diferente da outra, cannabis não é igual ao crack ,segundo, não existe um padrão para a relação das pessoas com o consumo de drogas, para uma pessoa usar uma determinada droga pode acabar com sua vida,já outra pessoa pode usar e levar uma vida normal, trabalhar, estudar… É puro moralismo tosco essa perseguição ao usuário de drogas, é óbvio que vai ter algum usuário que pode fazer algo de errado, deve ser punido por isso, mas não ser punido por ser usuário de drogas

    Ted Tarantula

    é impressionante como o lobby do PCC é ativo na blogosfera e defende seus interesses com tanta assertividade…por essa militância ativa e eficaz que o crime organizado já dominou o país;

    francisco niterói

    Perfeito, alexandre.

    O moralismo nao tem que dar satisfacoes à razao, pois se tivesse veria que seus postulados nao tem pe nem cabeca.

    Seguindo a linha do comentario acima a que vc contradisse, estou muito preocupado pois hoje à noite sairei com amigos para consumir drogas. Apos o consumo de vinho, será que eu sairei para cometer crimes?.

    Estou em duvidas, pois la tera gente que ainda adiciona outra droga, o cigarro. Pensando bem, acho que ficarei trancado em casa. Rsrsrs

    Alex

    Parece que as pesoas esquecem ou fingem esquecer que o usuario/viciadoe em maconha ou cocaina ou crack e que financiam os traficantes,que alem de traficar,roubam,matam e estupram e etc..O trabalhador de bem não tem que pagar pelos financiadores dos bandidos,pra isso andamos dentro da lei e pagamos os nossos impostos e não financiamos bandidos…

    Lucas

    falta estatística na sua análise. Eu aposto que a maioria dos usuários de drogas ilíticas hoje no Brasil são trabalhadores. Alguém apresenta dados indicando o contrário?

    renato

    Alex, tem razão quanto aos usuários!
    Tem que haver penalidade.

Urbano

Desabafo de quem foi provavelmente vítima da segregação imposta pelo sistema…

Rogério Leonardo

Há juízes e Juízes, este é um Juiz com J maiúsculo.

Que entende é quer modificar a nefasta realidade que o cerca.

angelo

♫ Por quê vc me deixa sem-teto, Estado?

    lulipe

    Por que eu que sou sem-teto não me drogo, não furto, não mato, não estupro, e estou sempre procurando trabalhar para mudar de vida, sem depender de programas assistencialistas do governo???

francisco niterói

Imperdivel.

Deixe seu comentário

Leia também

Política

Roberto Amaral: Basta de banditismo militar e recuo republicano

Governo Lula tem a chance de escapar do corner

Política

Manuel Domingos Neto: Questões correntes

Comandantes militares golpistas, kids pretos, prisões, Múcio, Lula…