O Brasil está se acabando, segundo a mídia. Mas com todo mundo empregado, né?
30 de janeiro de 2014 | 11:57
A tragicomédia da imprensa brasileira, que transforma em “desgraça” todos os problemas econômicos que nosso país tem diante de um mundo abalado, desde 2008, pela crise e pela estagnação da economia, tem um grande inimigo: os fatos.
O dado divulgado agora de manhã pelo IBGE, registrando (mais um) recorde na taxa de ocupação dos brasileiros, com o menor índice já apurado, na história, nas regiões metropolitanas do país é um destes fatos contra os quais só há argumentos se eles forem de má-fé.
Repito, o menor desemprego de toda a história deste país.
Como foi má-fé a exploração de que “o desemprego não era tão baixo assim” quando o IBGE lançou uma nova pesquisa, mais abrangente que aquela que vem sendo feita desde 2002 e que, portanto, é a que pode servir de comparação.
O trabalho divulgado pelo IBGE tem outras informações reconfortantes.
Por exemplo a de que não apenas aumentou muito proporção dos trabalhadores com carteira assinada, desde 2003, como a de que isso se deu dentro de um processo de inclusão e justiça social.
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De 39,7% de trabalhadores do setor privado, passamos a 50,7% em dezembro passado.
Entre 2003 e 2012, o número de trabalhadores negros ou mestiços com carteira assinada, que era muito inferior ao da população branca praticamente igualou-se.
É claro que a economia brasileira tem problemas e terá ainda mais com a crise a conta-gotas que o fim do ciclo de expansão monetária da política norte-americana for sendo encerrado, o que “chupa” de volta para os títulos do Tesouro dos EUA a montanha de dólares espalhados pelo mundo, sacolejando os fluxos de capital dos países emergentes.
Mas estamos numa situação que nem de longe pode ser classificada como crise, ainda mais sob a ótica do povo trabalhador, onde crise econômica tem um sinônimo: não conseguir emprego.
Um trabalhador que, a duras penas, vem conseguindo elevar seus níveis de escolaridade, embora a “nata” econômica, que reclama de sua desqualificação não apenas não move uma palha para treiná-lo e educá-lo quanto pratica uma cruel rotatividade, mandando embora todos aqueles que se tornam mais capazes pela experiência e, portanto, começam a ter sonhos “perigosos” de pretender uma remuneração melhor.
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Comentários
JORGE
Azenha.
São Agências que avaliam o risco do investimento ou Agentes que tentam criar o risco do investimento?
Afinal, para quem trabalham esses invisíveis Agentes?
Lucinda
Quando as medidas de melhoria propostas pelo Prefeito Haadad começarem a surtir efeito os seguidores do PSDB e curiola vão dizer que o prefeito petista se beneficiou das politicas iniciadas pelos governos anteriores ao dele. FHC manipulou o câmbio para se reeleger, comprou votos para reeleger, tem mais de uma aposentadoria, doou o patrimônio público; e o responsável pelo sucesso do plano REAL foi o trabalhador que pagou o ônus para a implantação deste plano de estabilização econômica. Somos famosos pela falta de memória, e a imprensa vassala se aproveita disso.
Romanelli
mas infelizmente, este número baixíssimo tb nos deixa claro que ele, EM ABSOLUTO, é suficiente
Pra tanto, reitero, basta vermos o SUPRA SUMO dos nossos índices, o da violência e consumo de drogas, que continua crescendo
Pergunto, fosse tudo tão lindo e todos satisfeitos, afinal, pq estamos nos matando às pencas ? Ainda mais aonde os tais índices de desemprego, empregabilidade, aumento de assistência e de renda mais tem crescido
hum ..será que a Roseane então esta certa ..o problema é quando o Maranhão fica rico ?
A propósito, da minha parte eu tb NÃO vi nenhum progresso significativo que tenha ocorrido p/com os nosso presídios, com nossos favelas e saneamento, na saúde, nem tão pouco na educação que, fora a qualidade e a eterna falta de creches, de quebra, hoje sequer conseguimos formar médicos em número suficiente.
não não, as mudanças, em maioria, não só não vieram, como o que veio veio precariamente e em número insuficiente ..gostemos ou não, a turma do governo, pelo conjunto medíocre da obra, reprovou
Francisco
O mais enervante é o pessoal dos protestos não estabelecer NENHUM nexo entre esse recorde de empregos e… as obras relacionadas à Copa do Mundo!
Pessoalmente, eu estou muuuuito satisfeito com essa taxa de desemprego “padrão FIFA”.
Roberto Locatelli
Bem observado!! Há uma conexão entre as obras de infraestrutura e a redução do desemprego. Em Belo Horizonte, por exemplo, foi construído um corredor de ônibus com estações, foram feitas ciclovias (não confundir com ciclofaixa), além do estádio em si, que aliás já recebeu inúmeros shows e outros eventos.
Luís Carlos
Nos idos de FHC e tucanato, previdência balançava toda semana, com pedidos, exigências feitas pela isenta mídia e seus “especialistas” para que fosse privatizada. Desde que Lula assumiu não se fala mais nisso.
FHC estava endossando e mergulhando de cabeça na ALCA. Com a presidência de Lula a ALCA foi enterrada, e empregos crescendo até o momento com Dilma. Mas claro, isso só é importante para classe trabalhadora, para outros que dizem defender direitos e não dialogam nem ouvem trabalhadores, isso é “muito pouco”.
PedroII
Eu me recuso a me referir a este ” pústula canalha” , FHC, como governo..
Rafael
“Desde que comecei a prestar mais atenção no assunto — e, principalmente, desde que me inteirei melhor da metodologia —, perdi completamente o interesse pelo indicador. Ele não indica nada. A metodologia do IBGE é totalmente ridícula. Um malabarista de semáforo é considerado empregado. Um sujeito que vende bala no semáforo também está empregadíssimo. Um sujeito que lavou o carro do vizinho na semana passada em troca de um favor é considerado empregado (ele entra na rubrica de ‘trabalhador não remunerado’). Se um sujeito estava procurando emprego há 6 meses, não encontrou nada e desistiu temporariamente da procura, ele não está empregado mas também não é considerado desempregado. Ele é um “desalentado”. Como não entra na conta dos desempregados, ele não eleva o índice de desemprego.” Do artigo citado acima
Vlad
Bingo.
É a geração nem-nem.
Por outro lado, pode ser notada a redução significativa da criminalidade, dos saques do seguro-desemprego e do número de moradores de rua.
Tudo isso graças ao pleno emprego.
Uma beleza esse universo tico-e-teco chapa-branca.
Francisco
Se alguém esta trabalhando e está recebendo para isso, ele está exercendo trabalho remunerado.Porque? Porque “trabalho” é trabalho e “remunerado” é remunerado. Procurar pelo em ovo, nesse caso é inútil.
Se um desempregado é beneficiado, por exemplo, pelo programa “Ciência sem fronteira”, creio que ele vai parar de procurar emprego – e não vai reclamar disso. Se o sujeito entra na universidade pela política de cotas, ele vai priorizar o quê? Ser empregado o resto da vida porque não se dedica ao curso? A renda subiu, a família ajuda. Pior ainda se o sujeito passar no PRONATEC, onde recebe uma ajuda de custo e dentro de alguns meses poderá, até, se tornar o próprio patrão…
Amigo, se conforme, a vida não é necessariamente um inferno.
O inferno são os outros (Espanha, Portugal, França…)…
elisa
Não conheço a metodologia do IBGE, mas sem dúvida as empresas também estão demonstrando uma absurda elevação no nível do emprego, tanto que muitos empresários estão falando em apagão de mão de obra, porque está faltando mão de obra no país, nunca vi isso no Brasil antes. Há vários jovens que estão podendo escolher onde trabalhar, veja os sites de emprego. A embaixada americana está fazendo pressão no governo brasileiro para apressar o visto de trabalho de americanos para trabalhar no Brasil, está cheio de portugueses e espanhóis(que antes torciam o nariz para nós) tentando entrar no país para trabalhar, se isso não é pleno emprego não sei o que é. E essa forma de calcular emprego que você falou era usada nos governos anteriores ao de Lula e Dilma, que felizmente para os brasileiros não têm necessitado desse tipo de manobra.
Fernando
É que agora estão surgindo os resultados das medidas duras porém corajosas que precisaram ser tomadas pelo governo FHC.
(Que fique claro que foi uma ironia.)
Angela
É “isso” a análise?!!! Hein?
edson tadeu
quando FHC tomou posse na presidencia da Republica, a previdencia tinha 3 trabalhadores para 1 aposentado, quando ele deixou a Presidencia em 2002 era 1 empregado para cada aposentado, veja o tamanho da recessao e do desemprego que ele causou. HOJE NO PLENO EMPREGO DEVEMOS TER 4 OU 5 TRABALHADORES PARA 1 APOSENTADO, ISSO É SALDO POSITIVO PARA A PREVIDENCIA PARA OS TRABALHADORES E PARA AS CONTAS DO GOVERNO.
leprechaun
só não entendo o porquê do benefício continuar na casa do ridículo
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