Rogério Correia pede ao MP acesso à delação de Marcos Valério, que, na moita, foi para Janot: “Tudo indica mais uma operação abafa, para blindar o senador Aécio Neves”
Tempo de leitura: 5 minpor Conceição Lemes
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional dos tucanos, é um dos parlamentares mais citados em delações da Lava Jato.
No final de 2014, o doleiro Alberto Youssef foi o primeiro a mencionar o presidente nacional dos tucanos, como beneficiário de esquema de propinas.
A Youssef, se seguiram Carlos Alexandre de Souza Rocha, o “Ceará”, e Fernando Moura.
Segundo o já antecipado pela imprensa, Aécio consta também das delações de executivos da Odebrecht, da Andrade Gutierrez e de Léo Pinheiro, da OAS.
Isso sem falar nas delações premiadas de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro, e do senador cassado Delcídio do Amaral (Sem Partido).
A delação de Delcídio tem 255 páginas. O nome do senador Aécio aparece dezoito vezes, sendo quatro como Aéceo.
Entre outras acusações, Delcídio diz que Aécio Neves, em 2005, na época governador de Minas Gerais, teria atuado no sentido de maquiar dados comprometedores fornecidos pelo Banco Rural à CPI dos Correios. A maquiagem, segundo Delcídio, teria servido para esconder a gênese do mensalão, que surgiu em Minas.
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Delcídio disse, ainda, que Aécio recebeu propina do esquema de Furnas, confirmando a delação de Youssef.
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“Em 2002, Aécio amealhou R$ 5,5 milhões [em valores atuais, cerca de R$15,9 milhões] apenas para ele”, observa o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG). “Nas provas, também tem o dinheiro que foi para José Serra e para Alckmin.”
Em junho deste ano, 2016, motivado pela delação de Delcídio, o publicitário Marcos Valério, preso em Minas Gerais, desde 2013, por envolvimento no “mensalão” do PT, resolveu abrir o bico em relação ao senador Aécio Neves.
Ele disse ao Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MP-MG) ter documentos originais que provariam a maquiagem de informações do Banco Rural. Papeis que comprovariam as fraudes em empréstimos para políticos do PSDB mineiro.
Marcos Valério disse ter provas também provas em relação ao mensalão tucano, que a mídia insiste em chamar de mensalão mineiro. Aécio estava na lista do Cláudio Mourão, como tendo recebido R$ 110 mil reais; em valores atuais, R$ 482 mil.
A Lista do Mourão é de 1998 Foi a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo, financiada com recursos públicos. Foram gastos mais de R$ 100 milhões em dinheiro da época, uma verdadeira fortuna. Em valores atualizados, equivaleriam a R$ 438 milhões.
Já a Lista de Furnas refere-se à campanha eleitoral de 2002. Foi o esquema que sustentou os tucanos na campanha de 2002. Fechando parêntese.
Pois bem, em 21 de junho, segundo o jornal O TEMPO, Marcos Valério foi ouvido durante cerca de três horas por promotores de Defesa do Patrimônio Público e detalhou como poderia colaborar com as investigações do mensalão tucano, que ainda está sendo julgado pela Justiça mineira. O próprio Valério é réu em uma das ações do caso.
Diz O TEMPO:
De acordo com fontes próximas das negociações para acordo de delação, Valério teria munição para implicar até 18 pessoas, incluindo cerca de dez autoridades que têm foro privilegiado nos níveis federal e estadual.
Durante o mês de junho, a delação de Marcos Valério envolvendo Aécio Neves foi notícia em todos os grandes portais. Só que, de lá para cá, praticamente sumiu do noticiário.
Na sexta-feira passada, 19 de agosto de 2016, o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), que, desde 2005, denuncia esquemas ilícitos envolvendo Aécio Neves, foi ao MP-MG, para tratar de uma questão dos trabalhadores da Educação, que ele acompanha direto.
Lá se encontrou com alguns promotores e teve uma grande surpresa.
O depoimento de Marcos Valério para a delação premiada foi, de fato, tomado pelos promotores.
Só que, não está mais em Minas. Já “voou” para Brasília, mais precisamente para o doutor Rodrigo Janot, procurador-geral da República.
“Pelo que me foi relatado, o Marcos Valério confirmou o que o Delcídio delatou sobre o Aécio”, afirma Rogério Correia. “As denúncias são gravíssimas. Tratam do mensalão tucano e da maquiagem dos dados do Banco Rural.”
O mensalão tucano, especificamente, saiu do STF, em Brasília, para Minas Gerais. Agora, saiu de Minas e retornou a Brasília, na moita.
“Afinal de contas, por que o depoimento de Marcos Valério está sendo mantido a sete chaves?”, questiona, indignado, Rogério Correia. “Cadê a delação do Marcos Valério? Ninguém pergunta. Silêncio total!”
A interpelação do deputado mineiro procede.
Marcos Valério pediu para fazer delação premiada em relação ao mensalão tucano, da época do Eduardo Azeredo e do Aécio Neves. Pediu também para falar da maquiagem das informações fornecidas pelo Banco Rural.
Ele deu o seu depoimento.
Os promotores encaminharam-no, então, ao procurador-geral de Minas Gerais, doutor Carlos André, que, dizem em Minas, é um tucano de bico roxo.
Só que, em vez de o doutor Carlos André ficar com os casos referentes a Minas, ele decidiu encaminhar tudo ao PGR Rodrigo Janot, para que ele faça a separação que julgar necessária, já que envolve algumas pessoas com foro privilegiado de outros Estados.
“Por que ele não ficou pelo menos com os de Minas, já que o STF enviou o mensalão tucano para cá?”, questiona Rogério Correia.
“Tudo indica que, a partir de Minas, fizeram mais uma operação abafa, para blindar novamente o senador Aécio Neves”, denuncia Rogério Correia. “O depoimento do Marcos Valério está com o Janot. E nós provavelmente vamos ficar de novo nas mãos dele e do Gilmar Mendes, que todo mundo sabe protege o Aécio.”
“Por que as outras delações são divulgadas e as referentes a Aécio Neves são escondidas?”, insiste Rogério Correia.
“A sociedade tem o direito de saber o que Marcos Valério revelou”, salienta o deputado.”Não podemos ficar mais reféns da blindagem feita pelo doutor Janot, pelo ministro Gilmar Mendes e pela mídia ao senador Aécio!”
Daí o deputado Rogério Correia ter protocolado nessa terça-feira, 24 de agosto, dois ofícios no Ministério Público de Minas Gerais (na íntegra, ao final), reiterando solicitação já encaminhada em julho (os negritos são nossos):
(…) “informações sobre o inquérito civil relativo ao empresário Marcos Valério, que aponta possíveis ilegalidades operadas por membros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) no Estado de Minas Gerais, o chamado “mensalão tucano”, bem como a expedição de uma certidão acerca dos fatos, considerando as diligências realizadas no referido inquérito até o presente momento.
Ainda em tempo, gostaria que fosse enviado, caso seja possível, cópia da delação premiada feita pelo Sr. Marcos Valério que aponta possíveis fatos novos no tocante ao inquérito em questão.
Rogério Correia arremata: “O motivo real do golpe está ficando claro para a sociedade. Foi para retirar direitos sociais e trabalhistas. O pretexto da corrupção vai sendo esquecido. Para isso, é preciso livrar Aécio, Serra e companhia das denúncias de propinas. A grande mídia, Gilmar Mendes e Janot já estão cuidando disso”.
A propósito: Marcos Valério prometeu entregar documentos que comprovam o mensalão tucano.
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Comentários
Maria Aparecida Lacerda Jubé
Quem diria, a sujeira do Aécio Neves é tão grande que, foi preciso criar uma Operação Lava-Jato, com a conivência do STF e MP, para deixa-lo bem limpinho, pronto para se apropriar da presidência da república. Seria em 2014, mais o povo não aceitou, agora resolveram passar por cima do povo, pegar um pequeno atalho, em um charco chamado Temer, para em 2018 apresenta-lo bem limpinho, cheirosinho, para os imbecis dos brasileiros.
marcio gaúcho
E ouvi no rádio nesta semana que Eduardo Azeredo não foi indiciado no processo do mensalão tucano pela justiça de Minas Gerais. A escumalha da maçonaria trabalha descaradamente para proteger os seus irmaõzinhos!
Urbano
Devemos ter muitíssimo cuidado nas próximas eleições, afim de não elegermos mais bandidos. Até pedófilo já estava na fila para ser eleito…
Julio Silveira
Caçar a corrupção Tucana, e desmistificar seus corruptos da elite, terá um efeito formidável de profilaxia nas instituições nacionais. Esses corruptos, os mais sórdidos, os mais dissimulados, os mais entreguistas do Brasil, tem sido capazes de vender nossa soberania, e a própria nacionalidade, além de um inesgotável sentimento anti democrático, para manter seus status e bolsões de poder. Cadeia é o mínimo para essa gente, que mereceriam muito pior condenação.
Mario
Lula com Fernando Brito (Tijolaço) em direção ao Estaleiro Mauá
Imperdível!!!
Lula, exclusivo, ao Tijolaço: “Gilmar pôs o dedo na ferida”
POR FERNANDO BRITO · 25/08/2016
entrev
“Gilmar Mendes pôs o dedo na ferida”. O lead, obrigatório, da conversa que me permitiu, hoje, o ex-presidente Lula, precisa ser este, pelo imbróglio que se formou no enfrentamento entre o ministro do STF e a Procuradoria Geral da República pelo caso do vazamento da delação (ou ex-delação, se depender de Rodrigo Janot) do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, seria este.
Mas vou me permitir seguir a ordem em que a conversa ocorreu, porque acho que importante, aqui, é o fato de deixar falar, e com o clima com que fala, um personagem da história brasileira – a recente, que ocorre neste instante e a que viveremos nos próximos tempos.
E ela começa assim que Lula sai do saguão do hotel, no Rio, para onde militantes, candidatos e repórteres se aglomeraram para ouvi-lo e desce as escadas para a garagem, em passo acelerado para um homem que completa 71 anos em menos de dois meses. Antes que lhe pergunte qualquer coisa, pergunta-me ele sobre os últimos tempos de Leonel Brizola, que ele, recém-empossado presidente e com as rusgas da política, não pudera acompanhar.
Dá a impressão de alívio ao saber que Brizola só se foi após os 82.
A primeira resposta vem já no carro, como um ensaio do que diria, daí a meia hora, no caminhão de som estacionado diante do Estaleiro Mauá, na Ponta da Areia, em Niterói, num ato em defesa do emprego que resta aos operários da indústria naval, náufragos ainda vivos da crise que afogou mais de 80% dos postos de trabalho. Era, afinal, o dia em que se iniciava o julgamento de Dilma Rousseff no Senado.
– Hoje é o dia da vergonha nacional, o dia em que os golpistas pensam que estão cassando Dilma Rousseff, mas cassam o eleitor, cada um deles que acordou, saiu de casa e votou para Presidente da República.
A energia das palavras, por um instante, dá lugar a um momento de perplexidade com a cassação política de um governante eleito.
-Desde a volta das eleições diretas, jamais imaginei que isso aconteceria. Não posso entender que alguém possa ser cassado por razões de uma possível perda de popularidade. Se fosse assim, todo governante seria cassado em algum momento de seu mandato.
Mas dura pouco a perplexidade com a onda de ódio político que está envolvendo o julgamento de Dilma. Logo chama para si a questão.
– Eu pensei que só tivessem tamanho ódio por mim, não por ela. Mas começaram tentando nos afastar, nos intrigar, desde o início do primeiro mandato. Quando viram que não conseguiriam, resolveram destruí-la e se aproveitaram de sua situação de fragilidade no campo da economia.
Que ele atribui, diretamente, às manobras de Eduardo Cunha.
– Quando os Estados Unidos tiveram a crise, o presidente da Câmara, lá, ajudava a construir saídas. Aqui, além da mídia, ainda tínhamos um presidente da Câmara que trabalhava diariamente para impedir que Dilma fizesse os ajustes na economia e todo dia vinha com aquelas pautas-bomba.
A tolerância com Cunha, de olho no impedimento de Dilma, foi, para Lula, a razão para a degradação do clima político que atingiu seu ápice com a sessão deprimente da Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment, da qual fala com olhos arregalados, como se – como tantos – ainda não pudesse acreditar que tivesse ocorrido aquele episódio.
A mídia não lhe escapa e conta a opinião de Mário Soares, ex-primeiro-ministro e presidente de Portugal que, trabalhando como entrevistador para um programa de televisão de seu país veio entrevistá-lo há alguns anos, trazendo jornais do mundo inteiro sobre os sucessos do Brasil e lhe perguntou como, nos daqui, retratava-se “um Brasil que acabou”.
– A mídia construiu o discurso para a derrubada de Dilma e levou àquela cena…
Um telefone lhe é passado e interrompe seu raciocínio. São as conversas de que Lula não desiste para mover o que parece inamovível no voto dos senadores que votarão o impeachment. A esperança que escasseia é proporcional ao esforço que ainda faz, desmentindo as intrigas de que deixa Dilma à própria sorte e na conversa com um deles fica claro que ambos agem em sintonia.
Dá para perceber, em poucos minutos de conversa, o papel que ele teria desempenhado na Casa Civil, se Gilmar Mendes não tivesse impedido que ele a ocupasse. A história poderia ser outra, mas é esta que vivemos e me aventuro em tocar no nome do algoz de sua última tentativa de restabelecer a estabilidade política do governo eleito, citando a polêmica que está nos jornais, ressalvando que compreenderia que não entrasse num assunto em que ele, Lula, está sujeito a vinditas judiciais.
Não há nenhuma hesitação ou pedido de off:
– Gilmar Mendes tocou o dedo na ferida. Há dois anos, numa cerimônia em homenagem ao Márcio Thomas Bastos no Ministério da Justiça eu já protestava contra estes métodos. Quando [Sérgio] Moro definiu [ele se refere às entrevistas do juiz citando a Operação Mãos Limpas, na Itália] que a imprensa ajudava no processo, ele estimulou o julgamento pela imprensa. É preciso que o juiz volte a julgar com os autos, as provas.
Para ele, o episódio pode servir para que se abra um debate sobre isso, agora que o vazamento atinge um ministro do Supremo Tribunal Federal e gera comoção. Lula não se verga ao conveniente e diz que é preciso que alguns juízes e membros do Ministério Público – “alguns, não todos’, ressalva – deixem de se comportar como ungidos por Deus para, a seu modo, definirem quem merece ou não ter direitos.
– Sou vítima de mentiras há muitos anos. Sei o que é isso. Não posso aceitar que uma pessoa vá para o julgamento na Justiça já condenado pelo julgamento da mídia. E nem que os indivíduos, como alguns fazem, se comportem como se eles próprios fossem as instituições.
Agora é a visão dos barcos que servem à Petrobras fundeados na Baía da Guanabara que interrompe o assunto. Explico que eram muitos mais há algum tempo e, há mais tempo, antes dele, quase nenhum, quando só sucatas ficavam ancoradas no fundo da baía, a espera de desmonte, como ferro-velho. E os navios inconclusos, parados diante do Estaleiro Mauá, onde os operários sobreviventes o esperavam.
E a pergunta inevitável é sobre a perspectiva de retomada daquela indústria, que foi para o Rio, nos anos 60 e 70, como foi para São Paulo a indústria automobilística. Haverá, consumado o impeachment, a enxurrada de capital estrangeiro que, dizem, inundará o país?
– Só virão comprar o que já existe. Comprar ativos, bens públicos. Acabar com a partilha [do petróleo do pré-sal]. Não se importam com a indústria nacional. Por que é que, em 2009, eu tive aquela briga com o Roger Agnelli, que Deus o tenha? Porque é que a Vale tinha de ir fazer lá fora aqueles navios de 400 mil toneladas [de porte bruto] que muito porto nem tinha calado para receber?
Já estamos na Ponta da Areia, passando no meio de um mar de gente que esperava Lula. Ele fica indócil, quer saltar do carro – “há quatro meses quero vir aqui” – e é desestimulado: “espera, presidente, espera a gente entrar [no portão do estaleiro], que de lá a gente vai para o carro de som”. Ele ainda insiste duas vezes, mas se conforma, sabe que está sendo cuidado.
Mas assim que entramos, sai do carro como um furacão e brilhando mais que sua guayabera branca, ergue os braços e sai pelo portão que o devia proteger daqueles que, de verdade, o protegem e acolhem.
Acabou minha meia hora. Lula agora está em seu meio. Volto a pé, ouvindo os comentários de admiração. Tomo um táxi, já uns 500 metros à frente. O taxista tem um irmão que era caldeireiro num dos estaleiros, irmão que agora está desempregado.
Fiz bem em levar o casaco desbotado que vesti para enfrentar o frio da manhã, quando saí para o encontro com Lula. Pertencia a Brizola e, como ele esqueceu numa produtora de vídeo onde foi fazer uma gravação e eu, assumidamente, não devolvi. Foi uma forma de levar Brizola ao lugar onde, creio eu, ele estaria.
Amarildo
Moro dispensa mulher de Cunha de audiência, devolve passaporte e dá 4 meses à defesa
http://jornalggn.com.br/noticia/moro-dispensa-mulher-de-cunha-de-audiencia-devolve-passaporte-e-da-4-meses-a-defesa
QUI, 25/08/2016 – 12:54
ATUALIZADO EM 25/08/2016 – 12:59
Publicado no Blog do Nassif
Jornal GGN – No mesmo despacho em devolve o passaporte de Cláudia Cruz – investigada na Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas – o juiz Sergio Moro aceitou um pedido da defesa da esposa de Eduardo Cunha (PMDB) para que sete testemunhas na Suíça e Cingapura sejam ouvidas por meio de cooperação com as autoridades internacionais. Para isso, Moro estipulou o prazo máximo de quatro meses para “esperar a resposta ao pedido de cooperação.”
Moro estimou o prazo levando em conta que há “acusados presos cautelarmente”, mas considerando, sobretudo, o direito à “ampla defesa” de Cláudia Cruz. No despacho, Moro sinaliza que considera essas testemunhas dispensáveis para o processo em que a jornalista é acusada de usufruir das contas que Cunha mantinha no exterior, abastecidas com dinheiro desviado dos esquemas de corrupção na Petrobras.
“Apresentou a defesa argumentos para defender a imprescindibilidade da prova e quesitos. Retificou que, em realidade, são sete testemunhas, pois havia nome repetidos, e retificou o endereço de uma delas (Angela Nicolson). Observando os quesitos, é muito duvidosa a imprescindibilidade da prova, como exige o art. 222A do CPP, disse Moro.
Para ele, “a questão relevante quanto à origem dos recursos [das contas usadas por Cláudia Cruz] encontra-se no domínio de conhecimentos dos titulares das contas, no caso, em princípio, Cláudia Cordeiro Cruz e seu cônjuge, e não no dos empregados bancários ou responsáveis pela constituição dos trusts ou offshores.”
“Da mesma forma, a questão relevante é saber se, caso os ativos tenham origem criminosa, tinha a acusada ciência disto, o que os mecanismos de compliance dos bancos, em princípio, nada resolverão. De todo modo, a bem da ampla defesa, resolvo deferir essa prova.”
Na mesma decisão, Moro atendeu a mais dois pedidos da defesa de Cláudia Cruz: devolveu seu passaporte, mas indicou que, para deixar o País, a jornalista necessitará de autorização judicial; e dispensou a mulher de Cunha de audiência programada para esta quinta-feira (26).
Há alguns dias, saiu na imprensa despacho de Moro criticando a dificuldade da Lava Jato em localizar Cláudia em seu endereço residencial para fazer notificações.
“Informa a Defesa de Cláudia Cordeiro Cruz que a acusada possui residência no Rio de Janeiro/RJ, situada na Avenida Heitor Doyle Maia, 98, Barra da Tijuca, e na cidade de Brasília, na SQS 316, Bloco B, Apto 202. Noticia, ainda, que a acusada declarou-se intimada da audiência que irá ocorrer no dia 26 de agosto de 2016, da qual, inclusive, requereu dispensa. Anotem-se os endereços da acusada. Defiro o pedido de dispensa, sob a condição de que a intimação para os atos processuais vindouros seja realizada na pessoa de seus advogados. Ausência de oposição será interpretada como concordância tácita.”
O único pedido que Moro não concedeu à defesa de Cláudia Cruz foi a imposição de sigilo sobre o inquérito, alegando que – com exceção dos dados protegidos por lei – o caso é de interesse público.
A GOZAÇÃO FEITA PELO SENSACIONALISTA EM CIMA DA DECISÃO DO MORO
http://jornalggn.com.br/noticia/moro-devolve-passaporte-e-transfere-suas-milhas-para-claudia-cruz
Moro devolve passaporte e transfere suas milhas para Claudia Cruz
O Jornal de todos Brasis
Moro devolve passaporte e transfere suas milhas para Claudia Cruz
302
QUI, 25/08/2016 – 15:18
ATUALIZADO EM 25/08/2016 – 21:10
do Sensacionalista, site humorístico
Moro devolve passaporte e transfere suas milhas para Claudia Cruz
O juiz Sergio Moro autorizou a devolução do passaporte de Cláudia Cruz, jornalista e esposa do deputado federal afastado Eduardo Cunha, que havia sido entregue ao MPF pela própria defesa de Cláudia, na ação movida contra ela na Operação Lava Jato.
Moro decidiu na tarde de ontem que o passaporte deveria ser devolvido, pediu desculpas pelo incômodo e disse entender que, para Cláudia Cruz, poder viajar para o exterior e fazer compras é uma necessidade básica.
“Louboutins e bolsas de grife no Brasil custam muito mais caro e ela precisa manter o seu alto padrão de vida após o congelamento de seus bens. ” disse Moro.
Questionado sobre o endereço para devolução do passaporte, já que a justiça afirmava não saber o endereço de Cláudia Cruz para lhe enviar uma intimação, o juiz pareceu confuso.
“Mas uma coisa tem a ver com a outra? Como assim ela é esposa de Eduardo Cunha? Ninguém me passou essa informação” afirmou.
Para garantir que o inconveniente gerado pela apreensão do passaporte fique no passado, Moro ainda transferiu todas as suas milhas para Cláudia Cruz, como forma de se retratar. Sobre a possibilidade de Cláudia fugir do país, o juiz disse que ela já possui o número de seu WhatsApp e que jurou mandar um áudio quando decidir viajar, além de selfies nos pontos turísticos das cidades por onde passar para provar sua localização.
Cláudio
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: * * * * 04:13 * * * * .:. Ouvindo As Vozes do Bra♥♥S♥♥il e postando: A grande mídia (mérdia) é composta por sabujos sujos a serviço dos ianque$ e do $ionismo de capital especulativo internacional e outras máfias (como a ma$$onaria) dos canalhas direitistas… …
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Por uma verdadeira e justa Ley de Medios Já pra antonti (anteontem. Eu muito avisei…) !!!! Lula 2018 neles !!!!
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Messias Franca de Macedo
[Gênio e visionário] Mino Carta: “Temos um partido social democrático a serviço da casa-grande.
TUCANOS NO ALVO – A Lava Jato aponta para o PSDB, Gilmar Mendes ataca a investigação. E Temer ainda tenta vender um patético otimismo…
O Golpe de 2016 é ainda mais nefasto do que o de 1964.”
https://www.youtube.com/watch?v=4OuKdx2BbBs
Luiz Carlos P. Oliveira
Infelizmente delação contra tucanos “não vem ao caso”. Os verdadeiros ladrões nunca serão presos. O Moro disse ontem que a força tarefa não proibiu Cláudia Cruz de viajar ao exterior. Ela está livre para sumir com as contas do Cunha lá fora. Os canalhas continuarão soltos, livres e usufruindo do saque à nação. Já os que não tem contas no exterior, como a Dilma e o Lula continuarão sendo perseguidos por crimes que não cometeram. Como brasileiro, sinto vergonha do nosso judiciário e de nosso legislativo. Não servem para nada, salvo prenderem ladrão de galinhas.
bonobo de oliveira, severino
Só prendem ladrão de galinhas, se as galinhas não foram encomendadas pelos Marinhos da Globo/Mossack-Fonseca. Serve também, o judiciário, para produzir denúncias falsas que geram investigações e calúnias para alimentar a máquina chantagista dos empresários corruptos donos de empresas de comunicação, comparsas da banda podre da casta dos magistrados. O povo brasileiro é digno, honesto e trabalhador. O Brasil não se desenvolve e nunca deixa de ser terra das bananas porque as castas privilegiadas é que não prestam para nada. Não trabalham para o interesse público e nem tem compromisso com o país.
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