Em Brasília, 70 mil margaridas rejeitam golpe, mas a mídia fala do trânsito
Tempo de leitura: 4 min
70 mil Margaridas alertam: golpistas não passarão
Trabalhadoras do campo e da cidade cercam Congresso e apontam que dentro ou fora do Congresso, tentativa de golpe terá resposta à altura
Escrito por Luiz Carvalho • Publicado em: 12/08/2015 – 15:42
A 5ª edição da Marcha das Margaridas coloriu Brasília mais uma nesta quarta-feira (12). Cerca de 70 mil pessoas deixaram o estádio Mané Garrincha logo no início da manhã e seguiram até o Congresso Nacional.
Diante da Casa, homens e mulheres de todas as regiões do país viraram as costas aos ataques do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às mulheres e aos movimentos sociais. Sob regência do parlamentar, ações como a criação de uma cota de 15% para as mulheres em todos os parlamentos do país foram rejeitadas.
Durante o trajeto, a maior manifestação popular que a capital federal viu neste ano manteve a pluralidade. Tinha verde e amarelo, mas também muito lilás e vermelho. Nenhuma cor era proibida. Os manifestantes, de diversas etnias, traziam demandas do campo e das florestas: a titulação das famílias já assentadas, o assentamento para quem ainda não tem chão, assistência técnica para quem já produz, mas quer crescer, e o limite da propriedade de terra para quem vê o agronegócio avançar sem freio.
Mas a essas demandas, somaram-se a defesa da liberdade e da democracia num país que conviver com uma onda conservadora. Cartazes que pediam Estado laico e apontavam que o corpo é das mulheres e não da bancada moralista pareceram se multiplicar em relação aos últimos anos.
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Liberdade para acabar com a liberdade
Em todas as intervenções sobre os carros de som, o repúdio a qualquer tipo de golpe, dentro ou fora do parlamento, foram pontos comuns. Ali havia muita gente que conhecia de perto o que era perder a vida para garantir o direito à liberdade, inclusive de defender a ditadura, como lembrou a neta de Luís Carlos Prestes, Ana Prestes Rabelo, diante de cartazes fixados nos canteiros que pediam intervenção militar.
“Todos que, de alguma forma, somos herdeiros de uma luta pela democratização, que tivemos familiares muito próximos perseguidos, presos, torturados, muitos ainda desaparecidos, e, independente disso, todos que tem consciência do valor da democracia e da liberdade, estão totalmente atônitos. Não imagina ter que transitar pelas ruas de Brasília e explicar para minhas filhas de cinco e nove anos, em pleno de 2015, o que significa a volta do regime militar”, definiu.
Para ela, todos os partidos e movimentos preocupados com a garantia da legalidade democrática têm a responsabilidade e o desafio de enfrentar a mídia para desenvolver a conscientização político. “É preciso ir para dentro das casas das pessoas, conversar, se reunir, fazer atividades como essas porque, apesar de estarmos há 12 anos na liderança do governo central, não conseguimos enfrentar e avançar numa das principais batalhas que é a democratização da mídia.”
Novo modelo
Já diante do Congresso, a secretária de Mulheres da CUT, Rosane Silva, representou a Central que levou 15 mil mulheres à Marcha e apontou que nenhuma transformação na igualdade entre gêneros será possível sem enfrentar o machismo e o patriarcado.
“O primeiro passo é considerar as mulheres sujeitos políticos que têm direito a políticas públicas que garantam creches para que possamos deixar nossos filhos e ter maior na vida pública, que promovam a igualdade no mundo do trabalho, onde ainda ganhamos menos, mesmo tendo maior escolaridade”, disse.
Ao destacar que a pauta das Margaridas é também a pauta da CUT, a dirigente lembrou que as conquistas da classe trabalhadora foram resultado da luta nas ruas, onde a Central permanecerá em defesa da liberdade e da democracia.
A mudança deve passar pela educação, mas para isso é preciso enfrentar liderançs parlamentares contrárias a uma educação não sexista e à discussão de gênero dentro da escola.
“Passamos por um período de grande enfrentamento recentemente com a direita e com os fundamentalistas religiosos, quando tivemos a discussão dos planos nacional, estaduais e municipais de educação, que pautaram a retirada da educação de gênero, enquanto nós defendemos discutir a violência cotidiana que a mulher sofre. Se não for através da educação, dificilmente mudaremos a cultura machista e patriarcal”, afirmou a professora Lirani, que leciona no Paraná.
“O governo reconhece a violência contra a mulher como crime. Não é natural, não é de família e na escola temos um espaço privilegiado para discutir isso, mostrar a importância de tratar os amiguinhos com igualdade, que a casa é um espaço onde tem de ter companheirismo e as tarefas também devem ser divididas. Temos que naturalizar o debate e não a violência”, definiu a amazonense Isis.
Histórias na bagagem
Apesar de não ter sido divulgado até o momento pela organização do evento, com base na marcha e na presença no Mané Garrincha, a delegação nordestina era a maior do encontro.
Formada por mulheres como a quebradeira de coco Maria da Conceição, de 65 anos, que deixou Igarapé Grande, no Maranhão, enfrentou três dias de viagem e passou a noite acampada no estádio ao lado da amiga Maria Aparecida, diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Igarapé Grande.
Juntas, fizeram eco na defesa da reforma agrária, porque a maioria das quebradeiras é sem-terra, explicaram, e também da presidenta.
“Sabemos que Dilma sozinha não tem força para mudar tudo, por isso vamos pressionar o Congresso para mudar as coisas também. Esse movimento sabe disso e ainda apoia ela”, falou Aparecida.
Enquanto algumas são veteranas de luta, outras são recém-chegadas. Edilene Alves dos Santos, de Mata Grande, em Alagoas, estado de Margarida Alves, sindicalista assassinada em 1983 e inspiração para todas as Margaridas, dizia estar muito nervosa quando chegou ao Mané Garrincha.
Aos 20 anos, a estudante de educação física, enfrentou dois dias de viagem para participar da primeira marcha. “Vim para lutar pelo direito das mulheres. Na minha cidade tem muito preconceito”, dizia ela, que trazia duas malas e a expectativa de ver o estádio lotado de destemidas.
PS do Viomundo: Olhem abaixo como noticiaram o G1 do DF e o Correio Braziliense:
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Comentários
jorge mendes
O PSDB censurou o vídeo que vocês postaram nessa matéria
Francisco Valdemiro Gomes ( Chiquinho do PT)
Margarida Maria Alves não é de Alagoas, como diz O Viomundo na matéria, mas da Paraíba , cidade de Alagoa Grande.
clodoaldo
Eu sei que essas pessoas que defendem a democracia e os ideais da esquerda são aquelas que, de verdade, levam esse país para frente (sempre foi assim e o é), pois através de sua força de trabalho fazem as fortunas de alguns poucos e não se envergonham do país que constroem e que agora é bem representado mundo afora. Sei também que diferente daqueles que são contra esses ideais, As Margaridas estarão cansadas no dia 16 de agosto de 2015, afinal o trabalho ocorre todos os dias da semana, inclusive aos sábados e para um número considerável até aos domingos (afinal fazer a fortuna de alguém não é fácil), mas gostaria que fizessem um sacrifício para fazerem frente às manifestações ridículas que são apoiadas pela mídia.
FrancoAtirador
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Margarida é o Codinome da Trabalhadora Rural que Cultiva Cebolas e Tomates
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para o Povo se Alimentar e para a Ana Maria Braga da Rede Globo fazer Colares.
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Gerson Carneiro
A Marcha das Margaridas a mim pareceu uma festinha dessas realizadas em buffet.
Tudo muito organizadinho, bonitinho, com enfeites, músicas e animadores para a criançada.
Muito bem, estava linda. Tem lá sua importância sim mas não me pareceu um LEVANTE voluntário de mulheres camponesas em defesa da Democracia tendo em vista as atuais presentes e constantes ameaças de golpe. Aliás, nem é esse o propósito da Marcha das Margaridas que a aclamação nas redes sociais faz parecer que é.
Em caso de golpe e sabotagem contra a Democracia são necessárias muito mais que margaridas. São necessárias flores de cacto com muitos espinhos. Como foi Margarida Maria Alves, assassinada em frente a casa dela, diante do marido e do filho, quando lutava contra usineiros em busca de direitos para os trabalhadores.
O essencial não está sendo feito, ao menos aparente: A reação dentro do governo.
Reforma ministerial significativa, espirrando de lá o Eduardo Cardozo e o Mercadante ao menos. Já que a remoção de Levy e Kátia Abreu parece ser pedir demais.
E governar com a agenda com a qual se elegeu, abandonando a tal “Agenda Brasil” que por ora só oprime justamente a classe que se dispõe a ir pra rua defender o Governo Federal se necessário for. A classe de trabalhadores.
Ainda não está esclarecido para mim o recuo da Rede Globo na marcha golpista. Ainda não estou convencido de que não se trata de um recuo breve e estratégico em favor dos planos golpistas. E não é por temer reação popular porque essa possibilidade por ora não passa de desejo nosso que, juntamente com o Governo Federal, assistimos passivamente o avanço das estripulias do Sérgio Moro.
Amanhã, a sexta-feira que antecede a manifestação convocada pelo PSDB, será decisiva para entender o recuo dos Marinhos. Vamos observar o comportamento do cachorro louco do Paraná.
Em tempo: o mês de agosto ainda não terminou e é conhecido como “mês do cachorro louco”.
Se o Governo Federal não promove ações internas eficazes que combatam ataques golpistas (como seria o sonhado Super Ministério com Ciro Gomes, Requião e Lula) e não sinaliza com a agenda política com a qual se elegeu, não tem como eu me animar com festinha de buffet. Aliás a festa terminou quando pensei está apenas começando.
Nelson
Concordo, meu caro Carneiro.
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Creio que é como escreveu o Valter Pomar esses dias. Sem um “cavalo de pau”, não há salvação para o PT. Se fosse só o PT a ir para o buraco, mas a coisa é bem mais grave. O problema é que não há salvação para a esquerda em geral e para o povão.
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A Dilma e seus conselheiros, supostos, seguem acreditando em milagres. Creem que a direita e seu aparato de propaganda vão deixá-los em paz. Não vão. Eles estão muito bem arranjados, desde a mídia, passando pelo Ministério Público e pelo Judiciário. O objetivo é enterrar o PT.
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O PT resolveu fazer governos bem “soft” para não magoar a direita e está aí, levando pau a torto e a direito, sendo desconstruído a todo momento. Então, é hora, sim, do ‘cavalo de pau” preconizado pelo Pomar.
Julio Silveira
Politicos golpistas são todos ladrões, sem excessão, em parceria com outros ladrões de outras atividades, forçam uma situação que coloque as coisas de volta ao trilho anterior do roubo silencioso e dos acertos de comissão por fora e dos bens do estado em seus gabinetes para depois justificarem em milagrosas sorte do tipo loterias esportivas, nas raras vezes que isso vem a tona. Hoje a sanha contra o PT é valida, afinal tem base, mas imoral por ser apenas contra eles e seus aliados inclusive os estratégicos para país. Fica claro que é contra isso, contra o Brasil que eles estão, por ser é uma coisa bem centralizada, bem medida para causar os estragos economicos e politicos que vem causando. Poupam um lado da historia dos ladrões, os outros, os acobertadores, os mestres do abafa, das CPIs natimortas, dos compradores de reeleição. Essa tribo ruim de povo mas boa de amigos muito bem remunerados com o que deveria ser dado ao povo.
Pena que muitos cidadãos, suas vitimas não prestem atenção as consequencias em seus dia dia, apenas no que os consorciados desses grupos lhes dizem e dá-lhe falta de memória.
FrancoAtirador
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“FORA CUNHA!”
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Na Maior Marcha de Protesto da História de Brasília,
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100 Mil Margaridas de todo País Gritam “Fora Cunha!”.
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(https://www.facebook.com/417351711775182/videos/587391478104537)
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FrancoAtirador
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(https://pt-br.facebook.com/hashtag/marchadasmargaridas2015?source=feed_text&story_id=1043835625634895)_
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FrancoAtirador
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CÂMARA DOS DEPUTADOS
Data: 12/08/2015
Sessão: 017.1.55.N
Oradora: Deputada Federal JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ
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Sessão Solene Destinada a Homenagear a 5ª Marcha das Margaridas.
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A Senhora JANDIRA FEGHALI (PCdoB – RJ Pronuncia o seguinte discurso.
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Obrigada.
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É bom que eu ouvi vozes de mulheres e de homens, isso é muito importante.
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Bom, primeiro eu quero dar um boa-tarde a todas as mulheres e a todos os homens aqui presentes. Senadora Vanessa, é uma importante iniciativa, e, na sua pessoa, Presidenta da sessão e requerente, cumprimento todas as Senadoras.
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Deputada Erika [Kokay (PT-DF)], na sua pessoa cumprimento todas as Deputadas.
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Quero ter o prazer de cumprimentar a Presidenta Nacional do nosso Partido, Luciana Santos, Deputada, guerreira, por Pernambuco.
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Cumprimento, na pessoa de Liège Rocha, da UBM, todas as entidades aqui presentes,
Carina, da UNE, e toda a representação da ONU.
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E particularmente quero cumprimentar Carmen, que representa essas combativas Margaridas, que estão aqui dentro, que estão lá fora, espalhadas por todo o Brasil.
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Eu diria que, com a Marcha de vocês, certamente, de onde estiver, Margarida Maria Alves está muito orgulhosa do que as mulheres brasileiras do campo, da floresta e das águas têm feito neste País.
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Margarida está presente com todas nós aqui, porque Margarida não morreu; ela foi para uma dimensão, mas está olhando para todas nós e certamente muito feliz por todas nós estarmos aqui empunhando bandeiras trazidas pelas mulheres brasileiras, particularmente do setor que ela representava.
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Eu diria que as bandeiras de vocês são muito corajosas, e por onde vocês passaram, mais do que a presença em Brasília, por onde vocês passaram, vocês fizeram brotar a solidariedade, o espírito de combate e a integração das mulheres brasileiras.
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Esse é o efeito, é o legado principal de uma marcha que percorre este País e vai fazendo brotar esse conjunto de possibilidades, as pessoas acreditarem na luta e na possibilidade de vitória.
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Vocês trazem bandeiras importantes. Eu até destacaria algumas.
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Nós nos dedicamos a ler as 72 páginas da Marcha
e dali conseguimos destacar algumas coisas,
mas há algo muito simbólico.
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A primeira delas que eu destacaria – e, como relatora da Lei Maria da Penha, eu sinto muito orgulho disso – é a demanda e a exigência de que não apenas o Congresso, mas o Governo execute o “cumpra-se” no combate à violência contra as mulheres (Palmas)
e contra a violência no campo também.
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Segundo, eu percebo uma grande demanda pela formação e pela educação, não só para os filhos, a partir da creche, mas a formação das próprias mulheres, que querem erguer a sua capacitação na produção, na agricultura familiar, na luta que fazem no desenvolvimento do seu próprio protagonismo.
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Como também não apenas a Lei da Agroecologia, mas o Pronara, que é a redução dos agrotóxicos no campo, como um grito importante das mulheres do campo na luta pelo desenvolvimento sustentável e pela saúde. (Palmas).
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Percebo também que vocês lutam pela saúde dessas mulheres não apenas no preventivo do câncer de mama, mas no plano integral de saúde da mulher, que é hoje uma bandeira ainda presente no movimento de mulheres de todo o Brasil, que faz ecoar aqui em Brasília a demanda e a necessidade de execução de políticas públicas claras nesse campo.
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Mas é importante dizer que muitas conquistas já se deram nesse período.
Eu destacaria duas, que perguntei há pouco à Carmen.
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Uma delas é o nível de titulação das terras dessas mulheres.
Ela me disse o seguinte: “Jandira, nesse período, a partir de 2003, eram 12%.
Hoje, já passa de 50% o nome das mulheres na titulação das terras”. (Palmas).
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Ao mesmo tempo, milhões de mulheres que não tinham sequer documentação conseguiram nesse período, com o movimento aguerrido delas, nas políticas que desenvolvem com os governos e com os diversos ministérios.
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Conseguiram a documentação de mais de 2 milhões de mulheres nesse período, para além de tantas outras conquistas.
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Foram avanços na reforma agrária que, ainda que sejam limitados, estão acontecendo.
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Por que, então, vemos uma pauta tão regressiva, na tentativa de desconstituir,
de desconstruir esses avanços?
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Exatamente por causa disso, porque se consegue avançar no Brasil.
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Incomoda muito que o comando desse projeto tenha sido feito
inicialmente por um operário e agora por uma mulher. (Palmas).
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Incomoda muito! A classe dominante não aceita que esses projetos sejam comandados por características e perfis dessas pessoas.
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É exatamente no combate de valores e de projetos que estamos vivendo aqui.
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De fato, somos sobreviventes, porque a vida aqui está dura, mas não é mais dura do que a de vocês, que estão na ponta, no campo (Palmas), trabalhando para sobreviver e para soerguer a produção da maioria dos alimentos na mesa dos brasileiros.
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É exatamente no enfrentamento de projetos que, por mais limites e críticas que tenhamos, nós e todas vocês precisamos ter lado nesse processo.
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Certamente, a violação e a agressão à democracia ou o golpe a um governo eleito nas urnas farão de nós um exército de Margaridas, para evitar as tentativas de golpe neste País. (Palmas).
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Nós não aceitaremos a interrupção do projeto, até porque não há nenhuma sustentação jurídica que faça com que isso aconteça. Qualquer coisa nesse campo será golpe.
E nós não deixaremos que haja golpe neste País, depois de tantos anos e de tantas vidas que se foram na luta pela democracia. (Palmas).
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De fato, a Carmen aqui citou uma pauta absolutamente regressiva que enfrentamos no campo dos direitos humanos, com o fortalecimento do ódio, do preconceito e da desqualificação do debate.
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Aqui, quem fala a favor do Governo Dilma, quem fala a favor de pautas avançadas
é desqualificado pela oposição.
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Aqui, nas redes sociais e em todo lugar, há ameaças de morte e ameaças de estupro.
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Todo tipo de ameaça a gente sofre!
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Isso nós vamos evitar na luta concreta, formando opinião.
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Essas mulheres e esses homens que batem panela
não sabem o que é uma panela vazia (Palmas).
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Desrespeitam a história do que é bater panela neste País, quando do movimento contra a carestia, quando dos movimentos de mulheres cujos maridos estavam em greve de fome na luta por renda e por emprego.
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Essa é a panela que a gente respeita!
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As outras nós não respeitamos, não, porque são panelas que se batem
contra o avanço da luta dos trabalhadores!
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Nós não vamos aceitar isso! (Palmas)
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Nós estamos aqui enfrentando essa batalha da reforma política, sim, para tirar a principal raiz da corrupção deste País, que é o financiamento empresarial das campanhas.
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Nós estamos enfrentando aqui a necessidade que esses setores de elite têm de estabelecer um Estado penal cada vez mais rigoroso.
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Em vez de apontarem saídas e oportunidades para a juventude, querem colocá-la no falido sistema penitenciário do Brasil, principalmente os filhos das brasileiras mais pobres, das brasileiras das periferias e das brasileiras negras.
Nós não queremos isso.
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Nós queremos mais pipa e menos trabalho infantil.
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Nós queremos mais escolas e menos cadeias para a juventude brasileira! (Palmas)
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Quero, por fim, fazer uma saudação breve, porque há muitas companheiras e companheiros ainda para fazer essa saudação importante a essa Marcha.
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Quero dizer dessas propostas que aqui circulam de reduzir o papel da Petrobras,
de desqualificar o BNDES, da PEC 215, que vai paralisar a demarcação de terras indígenas,
como também a desapropriação, como disse a Senadora Fátima [Bezerra (PT-RN)],
para fins de reforma agrária.
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Isso é o enfrentamento da Política, é o enfrentamento de Projetos.
E, na Política, nós não podemos ter dúvida.
Nós temos lado. Nós precisamos ter lado.
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Temos de enfrentar as dificuldades do Governo neste momento e de ajudar o Governo a superá-las.
Mas nós sabemos que temos lado, até porque a alternativa a este Governo jamais será a favor do povo brasileiro e dos trabalhadores.
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Nós conhecemos quem é dessa oposição e o que fizeram com o Brasil.
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Eles querem participar?
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Que disputem no voto, na sociedade brasileira, mas não no golpe
e nas tentativas de dar face de legalidade aos golpes no Brasil! (Palmas).
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Portanto, esta não é uma briga apenas do Brasil, mas é da América Latina inteira.
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E nós sabemos o que está em curso neste momento.
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Portanto, toda a saudação da bancada do Partido Comunista do Brasil na Câmara dos Deputados!
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Destaco todo o empenho, toda a parceria e toda a cumplicidade que nós possamos ter
para ver um Brasil igualitário, para que, nestas cadeiras, não haja apenas as mulheres da cidade.
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Que vocês se candidatem, para que as mulheres do campo
ocupem espaços dentro da Câmara e do Senado Federal! (Palmas).
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Portanto, nossa saudação, nosso carinho, nosso respeito e admiração por esta 5ª Marcha das Margaridas!
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Saudações à Margarida, presente entre nós!
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Ressalto toda a luta pela Democracia e pela pauta das mulheres brasileiras,
particularmente as do campo, das florestas e das águas.
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Um grande abraço a todas vocês!
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[Aplausos do Plenário e da Galeria].
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(http://abre.ai/margarida_feghali)
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(http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/resultadoDep?dep=JANDIRA+FEGHALI)
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Laura
Que os políticos golpistas e seus seguidores saibam que somos milhões de Margaridas que com orgulho defenderemos nosso CORAÇÃO VALENTE! As Margaridas das cidades se juntarão às Margaridas do campo para abraçar e proteger a nossa principal e corajosa MARGARIDA! Viva Dilma!
Lukas
As manchetes estão corretas. G1 e o Correio têm leitores, não militantes. Para os leitores o que importa é a situação do trânsito. Todos sabemos que as margaridas gritam o que as mandam gritar. Se mandarem, pedem a saída do Dunga.
A manifestação não tem qualquer relevância.
FrancoAtirador
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As Margaridas apresentaram, por Escrito,
aos Poderes Executivo e Legislativo
uma Extensa Pauta de Reivindicações,
com Sugestões, Elaborada em 72 Páginas.
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Se há Alguma Manifestação Coletiva Irrelevante,
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então é a Passeata dos Muares NaziPaulistas
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que não tem Cunho Reivindicatório Concreto.
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Só protestam contra a ‘CorrupiSSãoDúsPetrália.
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FrancoAtirador
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MARGARIDAS OCUPAM CONGRESSO NACIONAL
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E PROVOCAM TUMULTO NA MÍDIA FASCISTA
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(https://youtu.be/i1FKAOmuzYE)
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(https://youtu.be/iNcaiouDYgg)
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(https://youtu.be/2Exlke01Mxg)
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(https://youtu.be/L0mkXftKmTw)
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(https://youtu.be/UnPY2vzx16Q)
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Lukas
Interessante como o PT, os blogs progressistas e os movimentos sociais têm sempre os mesmos interesses.
Parece orquestrado…
Luiz (o outro)
É uma questão de bom senso. talvez um dia você saiba o que é isso…
Marcelo
Quem é esse mentecapto?
Carlo Cirenza
Gostei do mentecapto! Grande mentecaptos!
Laura
Possivelmente aqueles que são contratados para fazer exatamente isso. Ganham muito. Entram nos blogs sempre com os mesmos argumentos. Infelizes e analfabetos políticos.
José Caetano
Esses movimentos convocados pelo PT, por sua orientação, sempre reverberam suas ameaças contra o Povo Brasileiro.
O que tiver que ser, será ! Não furtaremos o nosso amor à Pátria !
No momento certo, as Forças Militares e Policiais saberão o que fazer com aqueles que extrapolarem.
… deixar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil.
CASSIO
DEBATE INTERDITADO!!!! COXINHA ARROMBADO NA ÁREA!!!!
Alexander De Large
Liberdade de expressão é uma maravilha, não é ?
Tenta fazer isso no PIG…
Nelson
“… deixar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil.”
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Nem uma nem outra, meu caro Caetano.
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Ao que parece, você não sabe o que é “Pátria livre” e também demonstra não ter coragem para “morrer pelo Brasil”
julio
Não sou “petista” ou qualquer outro “ista” que queira me denominar. Talvez aceite o titulo de ignorante, no sentido socrático da palavra. Dê exemplos de ameaça contra o Povo Brasileiro que aqui (in)cita. Não, para começar, passa por me explicar o que defines como Povo (com P maiúsculo). Depois, tira a venda dos olhos e relativiza a barbaridade que estás a dizer, sem negligenciar fatos que podem ser verificados em fontes sérias de informação e que mostrem que o vosso governo atual é de facto o pior que sempre tiveram. Não entendo, e acho que nem voce entende porque tem que alinhar com o efeito manada atual e que dita que o caminho é deitar abaixo o governo. Corrupção? Tem sim senhor, alias, sempre teve e continuará a ter. Vai sempre depender do grau das lentes que se usar para mostra-la. Incompetªencia, tem sim senhor, e esta talvez seja mais facil de auditar. Vamos as contas, e depois falamos.
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