Dois vídeos impressionantes que resumem a revoltante repressão da PM à greve geral no Rio; nada disso apareceu nas manchetes de jornais

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Os vídeos acima e os relatos abaixo falam por si. A PM do Rio atirou bombas e bateu indiscriminadamente nos manifestantes, de forma criminosa. Nenhuma justificativa — enfrentar o “vandalismo” de uns poucos — justifica o que aconteceu. Notem que, obviamente, nada disso saiu nas capas dos jornais, que optaram por criminalizar a Greve Geral.

A repressão foi das mas violentas. E foi a violência mais rápida. Na minha opinião, ficou muito claro que não era nem para acontecer (o protesto). A Polícia Militar sufocou. Foi violentíssimo. Eu diria que ele nem aconteceu. Ana Carolina Fernandes, autora da foto que viralizou nas redes sociais.

Socorri uma moça com uma criança de 3 anos, que nem estavam na manifestação e só tentavam pegar o metrô, ambas desesperadas com os efeitos do gás. Ajudei pessoas a colocarem panos sobre as bocas, a tentarem manter a calma na plataforma tomada por fumaça. Amparei uma senhora estrangeira que passava mal e estava desorientada (e que depois, chorando, me disse em espanhol que já havia vivido isso décadas atrás). E a Globonews preocupada com tapumes. TAPUMES!!! A Globonews tentando te convencer que a PM agiu em resposta à ação violenta de vândalos! VÂNDALO É O ESTADO, VÂNDALA É ESSA IMPRENSA PANFLETÁRIA, VÂNDALA É ESSA POLÍCIA COVARDE! Simone Miranda, no Facebook.

Um homem atingido por uma bala de borracha no rosto durante protesto na última sexta-feira corre o risco de perder a visão de um dos olhos, conforme informou ao EXTRA uma pessoa próxima à vítima. Ele continua internado do Hospital Municipal Souza Aguiar e deve passar por novos procedimentos. Jornal Extra, que falou em Bandalha na capa mas não relatou a violência policial contra manifestantes pacíficos.

Quando começamos a marchar, mal tínhamos começado, eles já saíram atirando várias bombas — uma caiu do meu lado — e começaram a atirar para cima da população que caminhava pacificamente para iniciar o ato. Na hora que atiraram, exatamente do meu lado tinha uma mãe com uma criancinha de colo que não parava de chorar porque já não conseguia mais respirar por tanto gás lacrimogêneo. Tive que emprestar leite de magnésia para mãe e para várias pessoas ao longo do ato. Gabriela Sarmet, ouvida pelo jornal Extra.

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Comentários

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Dan Balan

Simplesmente, COVARDES! Sem mais comentários.

Sousa

Canalhas, atiram bombas quem paga os salários deles. Que tristeza ver o que se transformou nosso País. Canalhas

Edmilson

Também estive na Cinelândia no 28A. Cheguei por volta de 18:30 e presenciei a segunda dissolução (sim, foram duas vezes) da manifestação pela PM. Tive, como os outros, que correr das bombas jogadas em sequência contra todos. A PM avançou no ataque, expulsando os manifestantes da praça. Quem correu para rua ao lado do teatro se deparou com mais bombas jogadas por outros PMs que estavam ao lado da Câmara, na Evaristo da Veiga. Voltando pela frente do Teatro para fugir pela Rio Branco em direção ao metrô Carioca, a PM perseguiu a todos lançando muitas bombas e na esquina da Alm. Barroso outros policiais jogavam mais bombas. Consegui acessar o metrô pelo Largo da Carioca, mas um funcionário parecia se preparar para fechar o acesso. No dia seguinte encontraram restos de cerca de 20 bombas e 3 balas de borracha no Theatro Municipal, que não sofreu qualquer depredação. Na primeira dispersão o deputado federal Glauber Braga foi atingido na coxa, pelas costas, por uma bala de borracha. Um absurdo total.

Edmilson

Texto de Katia Grecovs: “Tenho 56 anos, cheguei no início, estava com amigos dá receita federal…TD tava tranquilo, demais, e assim q o primeiro carro de som disse vai começar, e saiu, demos 3 min de caminhada e começaram bombas e bombas atrás, corri, corremos, tremia.ia, nos perdemos, ficamos alguns recuados no fim dá praça 15, vendo PMs vir atirando e bombas, desesperada porque minha filha, bióloga, tinha atravessado pró Menezes Côrtes entregar uma coisa a uma amiga e não conseguia atravessar de volta, disse que PMs tavam vindo pelos lados jogando bombas…Enquanto aguardavam os ali ela conseguir volta a salvo (meu Deus) começamos ouvir também bombas pela frente do que seria uma caminhada, pela frente dos carros de som…Foi indignante, o horror, sim, muitos ficaram com ódio daquilo e revidaram…Tem mais, muitos ambulant s, apavorados, depois nos disseram q viram a PM quebrar vidros, divisórias dá avenida, e também vitrine de loja… ..Sou funcionária dá justiça, vi, lá, multidão de advogados, servidores, gente adulta, muitos e muitos senhores, tlz aposentados, do nada e nada vinham apontando armas, ameaçando a todos, ainda to tremendo, não consegui dormir, não conseguimos, nenhum de nós conseguiu sequer chegar perto mais dá frente dá manifestação, dos carros de som, ou do palanque..Depois comecei a ver gente muit9ooooo estranha, q nada combinava com o povo trabalhador q foi pra manifestação, claramente era gente encomendada pra provocar, ou PMs disfarçados, sei lá, não se encaixava, ….Todos, todos nós tivemos medo, ódio e frustração e desânimo absoluto…Vontade de chorar eu tive, tlz outros, tiveram vontade de revidar a covardia dá PM, o risco é a ameaça a que a PM submeteu a todos….Não é justo nada do q contaram…A confusão não começou no final..Começou no primeiro minuto de caminhada dá passeata, qd bombas ensurdecedor as começaram a ser jogadas no meio dá passeata, de nós todos..”

Edmilson

Sobre a manifestação de hoje no Rio de Janeiro
Por Juliana Krapp
Jornalista – Fiocruz
Não, a culpa da truculência e da absurda violência que dispersou a manifestação no centro do Rio, nesta tarde 28 de abril, não foi de vândalos. Não acreditem nisso que as TVs e os jornais – os mesmos que apoiaram o golpe civil-militar de 64 – estão querendo vender. Não teve a ver com ônibus queimados ou vidraças quebradas, amigos. Não caiam nessa esparrela, por favor.

Eu estava lá, junto a milhares de outros trabalhores que, pacificamente, protestavam contra o brutal corte de direitos que representam as reformas trabalhistas e da previdência. Nós fomos covardemente encurralados. Viramos alvo de bombas, gás pimenta, bolas de borracha.

Eu estava parada numa roda de amigos na Cinelândia, em frente à Câmara. O clima estava amistoso, tranquilo, e apenas as notícias de confusão na Alerj poderiam trazer alguma preocupação. Assim que ouvimos o ruído das primeiras bombas, vindo da Rio Branco, decidimos seguir para zonas mais à beirada. A correria nos pegou na calçada do Amarelinho, com as bombas e o gás vindo em nossa direção. Seguimos pela Alcindo Guanabara, achando que poderíamos sair do tumulto, ir embora. Mas a polícia simplesmente havia cercado tudo, feito um círculo ao redor da manifestação e seguiu nos encurralando, atirando bombas ao deus dará. Ela nos impressou, sem que houvesse saída. Uma tocaia, literalmente.

Havia crianças chorando, idosos, muita gente passando mal, em pânico. Eu e uma amiga conseguimos abrigo num prédio da Rua Álvaro Alvim, onde já havia uma pequena multidão, espremida. Uma mulher deitada ao chão chorava copiosamente, gritando que sua filha havia ficado lá fora. Estamos numa guerra, pensei. O cheiro do gás fez com que subíssemos as escadas – e cada vez mais.

Com medo de que a polícia entrasse no prédio, seguimos até a Lapa. Era tudo terror, era tudo inacreditável. Na Rua da Lapa, nova correria, mais bomba. Entramos no pátio da ACM. O carro de guerra da polícia estacionou na frente, com os policiais apontando as armas – sem deixar nenhuma dúvida de sua disposição ao ataque. Repito: não havia nada ali acontecendo. Apenas pessoas caminhando, indo embora, nada mais.

Mais espera, mais terror, e alcançamos a Glória. Paramos no bar Vila Rica para beber alguma coisa e tentar raciocinar, aturdidos pelo gás e por todo o resto. Não estávamos mais num protesto. Era o Vila Rica, era a Glória, com a calçada cheia de jovens aproveitando a noite de sexta, gente indo correr, cachorros passeando. Em poucos minutos, a correria nos alcançou novamente. E as bombas, e o gás. Pois a polícia não apenas encurralou manifestantes pacíficos – ela os perseguiu, por diferentes bairros.

Nos abrigamos numa padaria. As notícias dos grupos de whatsapp e via Fabebook eram assustadoras. Amigos ajudando pessoas que passavam mal na plataforma do metrô, onde o gás também chegou. Amigos ainda presos ao labirinto de bombas da Cinelândia e da Lapa. Nas ruas, pavor e correria.

Agora já estamos em casa, e eu queria muito dizer: não, não foram os “vândalos”. Não acredite nisso.

Mauricio

Essa merda de PM tinha que ser extinta, não passa de um entulho da ditadura que tortura, mata e agride os que são contra os interesses do capital. E ainda são apoiadores de vermes desprezíveis como o bolsolixo.

Wil

Não sei o que passa na cabeça da PM – será o gosto de jogar bombas e esmurrar seu semelhante, isso é poder?
As medidas do governo golpista vai atingir, filhos , esposa, irmão, amigo de cada PM e ele próprio.
É triste ver a PM apontando uma arma para o cidadão e bem.

Malconn

A pm é pau mandado da direita e dos governos. Por isso, qdo eles protestam por aumento não devem ser apoiados pela população. Devemos isola-los, ignora-los e ficarmos contra o movimento grevista deles.
E porque militar tem que ter privilégios na reforma previdenciária.
Os caras do eb não fazem pó.rra nenhuma e pq tem que receber benesses do governo as custas dos mais pobres.

Alípio

Fora de Pauta

Vamos dar um “SUSTAÇO NA GLOBO”, sem sair de casa?

Nos dias que antecederam a greve do dia 28, eu conversei com muita gente durante as caminhadas que eu faço pela manhã em um calçadão próximo ao meu apartamento. E a pergunta que eu fazia apara essas pessoas era se elas iriam participar da Greve. E explicava que elas poderiam participar de duas maneiras diferentes: indo para as manifestações, ou ficando em casa e evitando sair para a prática de qualquer atividade mercantil, exceto numa situação de emergência. E como o Brasil todo já sabe, muitos brasileiros (as) comparecem às manifestações, mas uma parcela considerável deles (as) preferiu ficar em casa morgando.

E A GREVE, APESAR DA GLOBO, FOI UM TREMENDO SUCESSO. E por que eu escrevo APESAR DA GLOBO?

Porque a Rede Globo de Televisão, como todos nós sabemos, é a principal inimiga do povo brasileiro. Ela foi e está sendo a responsável direta pelo golpe midiático/parlamentar/judicial em curso, que começou com a deposição da Presidenta eleita Dilma Rousseff. A Rede Globo foi e continua sendo O QUARTEL GENERAL DO GOLPE e foi ela quem lançou o Brasil nesse caos que estamos vivenciando no momento. É ela que, em parceria com o Juiz Sérgio Moro, e a pretexto de combater a corrupção, exige a prisão de Lula sob a argumentação ridícula de que ele seria o dono do triplex do Guarujá.

A Rede Globo de televisão é uma organização criminosa e terrorista que usa os seus telejornais para tentar convencer o povo de que as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo dos ladrões golpistas, encabeçado por Michel Temer, são uma maravilha para a grande maioria dos brasileiros. E tenta nos convencer, mentindo, sonegando informações, e distorcendo fatos. O Pré-Sal e a Petrobrás estão sendo destruídos porque a Rede Globo quer. O cinismo é uma das marcas registrada da Rede Globo, que tenta também nos convencer de que as reformas e o entreguismo da quadrilha de Michel Temer são BOAS para o Brasil porque são RUINS para os brasileiros.

Os donos da Rede Globo não têm escrúpulos, são sonegadores de impostos, e orientaram seus “jornalistas” para ignorarem/sonegarem informações sobre a maior Greve Geral de todos os tempos ocorrida no país, a do dia 28 passado. Quem é capaz de uma barbaridade dessas é capaz de qualquer outro tipo de crime. A Greve foi um sucesso monumental e a Rede Globo age como se fosse possível esconder um elefante debaixo de um tapete.

Mas o lado mais trágico da história é que os parlamentares da câmara e do senado, muitos dos quais eleitos com a montanha de dinheiro roubada por Eduardo Cunha, são pressionados e chantageados diariamente pela Rede Globo de Televisão para votarem favoravelmente às propostas do governo Temer. A chantagem atinge até mesmo os parlamentares da oposição. A Globo também chantageia os ministros da suprema corte, e está ferrado aquele que se posicionar contra os dítames do sistema globo de terrorismo.

Mas, nós precisamos aguçar a nossa consciência a respeito de uma coisa: A Rede Globo só existe porque nós, brasileiros, lhe damos audiência. E é a partir dessa verdade que eu lanço a ideia de darmos um SUSTAÇO NA GLOBO. Para isto, basta desligarmos nossos televisores ou mudarmos de canal no horário dos três principais telejornais dessa infame emissora e suas retransmissoras: os principais telejornais a que me refiro são o Bom dia Brasil, Jornal Hoje e Jornal Nacional. Inicialmente, vamos fazer isto por uma semana inteira. Depois a gente estuda como dar continuidade ao boicote.

Vamos nessa?

    Mary Simonette

    Já não assisto a nenhuma TV aberta há muito tempo. Todas receberam propinas do Temer golpista para pactuarem com o desmanche do Brasil e do PT na figura de Lula. Se todos da esquerda fizessem o mesmo muitos patrocinadores deixariam de fazer suas propagandas nesses canais, afundaria todas as emissoras de canal aberto.

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