AIDS: Serra assume como dele programa criado por Lair Guerra e Adib Jatene
Tempo de leitura: 7 minpor Conceição Lemes
Nas três últimas eleições que disputou e nos programas do PSDB, o ex-ministro da Saúde e atual governador de São Paulo, José Serra, é exaustivamente apresentado como a pessoa que:
* Criou um programa de combate de aids, que é exemplo no mundo todo.
* Trabalhou e criou o melhor programa de combate à aids do mundo.
Em março de 2004, num vídeo de 30 segundos, o próprio José Serra, então presidente do PSDB, garante:
Cumprir o que se promete. Colocar as pessoas em primeiro lugar. Trabalhar muito e falar pouco. Honestidade. Estas são marcas do PSDB, o partido que tem história. O PSDB fez metrô, portos, estradas, hospitais, casas, implantou os genéricos e o melhor programa de combate à aids do mundo…
O programa de aids em pauta é o Programa Nacional de Doenças Sexuais Transmissíveis e Aids. Serra se refere evidentemente à época em que esteve à frente do Ministério da Saúde ao qual o PN-DST/Aids é subordinado. Conseqüentemente, segundo a campanha publicitária, é o seu “criador”. Só que esses slogans e as variações dos mesmos, criados por marqueteiros e assumidos por José Serra, são propaganda enganosa. Por desinformação, conivência, sabujice ou má-fé, a mídia corporativa nunca os questionou nesses oito anos.
“Essa história do Serra não corresponde à verdade dos fatos. Discordo também profundamente de que este ou aquele partido criou o programa”, põe os pingos nos is a médica sanitarista Mariângela Simão, desde 2004 diretora do PN-DST/Aids. “O Brasil reagiu muito precocemente à epidemia de aids e vários atores foram importantíssimos na sua história, entre elas a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues* e o professor Adib Jatene. O grande diferencial é que, no Brasil, o Programa Nacional de Aids deixou de ser uma política de governo para ser uma política de Estado.”
“DNA” DESMENTE SERRA E MARQUETEIROS
Realmente, estes fatos derrubam uma das bandeiras-chave de Serra na área de saúde.
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1983. É implantado no Estado de São Paulo o primeiro programa de controle da aids no Brasil. O seu coordenador era o dermatologista Paulo Roberto Teixeira Leite. Na seqüência, é criado o programa no Estado do Rio de Janeiro. Começa também a organização do embrião do Programa de Aids do Ministério da Saúde.
1984. O Programa de Aids do Ministério da Saúde surge no âmbito da Divisão de Dermatologia Sanitária, que tinha como chefe a dermatologista Maria Leide de Santana. José Sarney era o presidente da República e Carlos Santana, ministro da Saúde. Nessa época, chegam ao programa Lair Guerra de Macedo Rodrigues (bióloga), Pedro Chequer (médico epidemiologista e sanitarista), Euclides Castilho (médico epidemiologista), Luís Loures (clínico geral, na época), Celso Ferreira Ramos-Filho (infectologista), entre outros grandes nomes.
“A Lair manteve diálogo constante com o Paulo Teixeira”, frisa Euclides Castilho, professor titular do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, que, desde as primeiras reuniões, participou do Programa Nacional de Aids. “A Lair sempre o chamou para essas reuniões.”
1986. O ministro da Saúde, Roberto Santos, cria oficialmente o PN-DST/Aids no governo do presidente José Sarney. Em 1985, porém, alguns dos seus núcleos já funcionavam.
1991. Começa a distribuição gratuita do AZT (único anti-retroviral disponível) e de alguns medicamentos para infecções oportunistas. Foi Lair Guerra de Macedo que, numa das viagens ao exterior, trouxe escondidas na bagagem as primeiras caixas de AZT que chegaram ao Brasil.
1992. O atendimento é ampliado. O Ministério da Saúde inclui os procedimentos para tratamento da aids na tabela do SUS (Sistema Único de Saúde). O cardiologista e professor Adib Jatene, considerado um dos maiores cirurgiões cardíacos do país, assume o Ministério da Saúde, colocando Lair na coordenação-geral do PN-DST/Aids. Fernando Collor de Mello era o presidente da República.
“A eficiência com que Lair comandou o setor trouxe as primeiras perspectivas otimistas sobre o controle da doença”, observa Jatene. “Foi sua capacidade de propor, sua coragem de defender e sua eficiência em executar que nos colocaram na direção correta, consolidada por tantos que, com competência e dedicação,mantiveram as ações em crescendo, garantindo, em área tão sensível, o reconhecimento de uma liderança que partiu de Lair.”
Mariângela Simão faz coro: “A doutora Lair foi a pioneira. Foi quem colocou – e com sucesso! — a aids na agenda política do governo”.
Mário Scheffer, presidente do Grupo Pela Vidda de São Paulo, acrescenta: “O professor Jatene também foi fundamental. Se ele não tivesse a visão estratégica de que o Brasil tinha que produzir os próprios anti-retrovirais, não se teria garantido o acesso universal ao tratamento antiaids. Foi dele a decisão política de fabricar no País o AZT e o ddI [didanosina, outro anti-retroviral] ”.
1993. O AZT começa a ser produzido no Brasil.
1995. Em janeiro, o professor Adib Jatene assume o Ministério da Saúde pela segunda vez. Moderniza o PN-DST/Aids, dando-lhe novo rumo e capacidade econômico-gerencial. Permanece até novembro de 1996. Nesse período, são dados três passos vitais: apoio aos projetos das ONGs ligadas à área de prevenção e tratamento de HIV/aids; as primeiras recomendações para utilização dos “coquetéis” anti-retrovirais; decisão de comprar os inibidores da protease, a nova família de drogas anti-HIV, que começava a ser comercializada.
“Em março de 1995, editamos a portaria ministerial regulamentando a compra e a distribuição de medicamentos para HIV/aids, para garantir acesso gratuito ao tratamento”, relembra Jatene. “Em 1996, convocamos uma reunião em Brasília com 60 infectologistas para debater qual seria a atitude mais adequada do Ministério da Saúde em relação ao ‘coquetel’. Ele já existia, era capaz de controlar os sintomas e permitir sobrevida longa aos pacientes com aids, permitindo que mantivessem suas atividades profissionais. A recomendação foi de que fornecêssemos os anti-retrovirais a todos os pacientes com aids.”
Pela primeira vez no mundo, essa proposta era apresentada. Sensibilizado com o problema, o senador José Sarney, então presidente do Senado, apresentou e conseguiu aprovar contra a opinião de alguns setores do governo (do presidente Fernando Henrique Cardoso), a Lei 9313 de 1996.
“Com a Lei Sarney, o Ministério da Saúde ficou legalmente autorizado a disponibilizar gratuitamente os anti-retrovirais”, continua Jatene. “O Brasil se tornou o primeiro país a abordar a aids não apenas nos aspectos educativo e preventivo, mas também ao oferecer o tratamento mais eficaz de forma universal e gratuita.”
Mário Scheffer reforça: “Sem a Lei Sarney a distribuição gratuita e universal dos anti-retrovirais não teria se tornado política de Estado, realidade até hoje”.
1998. Em 31 de março, José Serra assume o Ministério da Saúde. O PN-DST/Aids existia, o acesso universal ao tratamento antiaids era real e alguns anti-retrovirais já estavam sendo fabricados no Brasil.
“Realmente, o Serra deu muita força ao programa”, salienta Mariângela Simão. “O Serra enfrentou os laboratórios internacionais, ameaçando com a quebra de patentes para adequar o custo dos medicamentos”, observa a Jatene. “Quando os programas de saúde se instalam e são consistentes, debatidos com a sociedade, as entidades científicas, eles se tornam definitivos, viram políticas de saúde. Aí, são incorporados e aprimorados pelos ministros que se seguem. Foi o que fizeram o Serra, o Humberto Costa e, agora, o Temporão. Essa é a grande força do Ministério da Saúde”.
Em português claro. O PN-DST/Aids é um “filho” bonito, bem-sucedido, famoso e reconhecido internacionalmente. Serra não quis desempenhar apenas o importante papel de tê-lo ajudado ir adiante. Fez e faz de conta que é seu criador. O que, além de inverídico, é injusto. Os marqueteiros podem até tentar maquiar a história do PN-DST/Aids, mas é impossível alterar o seu “DNA”. Todos os que, desde o começo da década de 1980, acompanham a luta antiaids no Brasil são testemunhas, inclusive esta repórter.
SERRA AMEAÇOU, LULA QUEBROU
O Programa Nacional de DST e Aids não começou nem terminou na gestão Serra. É mérito de vários governos, a partir de 1985.
Em 2001, Serra ameaçou quebrar as patentes de dois remédios do “coquetel” antiaids: nelfinavir, da Roche, e efavirenz, da Merck, Sharp & Dhome. Argumento: abuso do poder econômico. Após negociações, chegou-se a um acordo.
Em 2005, a queda de braço foi com a Abbott, e o lopinavir/ritonavir, o alvo. O ministro da Saúde era Humberto Costa. De novo, se negociou e se chegou a um acordo.
Em 2007, o ministro da Saúde já era José Gomes Temporão e, na berlinda, mais uma vez, o efavirenz, o remédio importado mais usado. A maior parte dos pacientes começa com o “coquetel” que associa AZT (zidovudina), 3TC (lamivudina) e efavirenz. É a combinação de primeira linha.
Na época, o Brasil pagava à Merck US$1,56 por comprimido. O que se pretendia era adquiri-lo pelo mesmo preço vendido à Tailândia — US$ 0,65. O Ministério da Saúde negociou exaustivamente. Apesar do volume — tratamento para 75 mil pacientes! –, a multinacional não cedeu.
Em conseqüência, o ministro Temporão e o presidente Luis Inácio Lula da Silva decretaram o primeiro licenciamento compulsório de um remédio no Brasil. O País começou a comprar efavirenz da Índia (que não reconhece patentes) por US$ 0,46 a unidade. Paralelamente, Farmanguinhos, que faz parte da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Ministério da Saúde, desenvolveu todo o medicamento: da fabricação da matéria-prima ao remédio final, para ser consumido. Em fevereiro de 2009, o primeiro lote foi entregue. Cada comprimido sai a US$ 0,60, devido ao maior custo de produção no Brasil. Só este ano US$ 30 milhões serão economizados.
“A licença compulsória não é para se fazer economia pura e simplesmente. Medidas como essa nos permitem usar melhor o recurso público e introduzir novas drogas”, expõe Mariângela Simão. “A longo prazo, esse salto tecnológico nos possibilitará desenvolver novas moléculas e garantir a sustentabilidade do PN-DST/Aids.”
“PROGRAMA NACIONAL DE AIDS NÃO TEM DONO”
Entre 1981 e 1989, a sobrevida dos adultos após o diagnóstico de aids era, em média, de 5,1 meses. Em 1995/96, 58 meses. Já os diagnosticados em 1998/99, 110 meses. Há pessoas vivendo com aids no Brasil há 10, 15, 18 anos. Aids não tem cura, mas tem controle. Vive-se cada vez mais.
“Por isso, quem acha que eventualmente se expôs a alguma situação de risco no decorrer da vida, deve pensar seriamente em fazer o teste de aids”, incentiva a doutora Mariângela. “Quanto mais cedo se descobre que se é portador do HIV, maior a possibilidade de qualidade de vida melhor.”
O Ministério da Saúde fornece gratuitamente o “coquetel” a 185 mil pessoas. A cada ano, novas 15 mil a 17 mil passam a utilizá-lo. A “cesta” atual compõe-se de 18 anti-retrovirais**.
Detalhe: como os pacientes tratados por muito tempo, tornam-se resistentes a várias drogas, são necessários novos anti-retrovirais. De 2005 para cá, foram introduzidos três. Em 2008, um da própria Merck, que, em 2007, teve a patente quebrada do efavirenz. E, ao contrário do que alardeavam e até torciam os opositores do governo Lula, a farmacêutica não retaliou. “O Brasil é um dos grandes mercados do mundo”, alfineta Mariângela. “E o governo federal é o único comprador brasileiro.”
Maior programa de aids do mundo? Melhor do mundo? Exemplo para mundo?
Mariângela tem ojeriza a carimbos triunfalistas, megalomaníacos ou personalistas. Para essas perguntas, tem uma resposta na ponta da língua: “Somos um programa com grandes feitos, mas também com muitas coisas a fazer, já que o Brasil é tremendamente desigual”.
“O programa é resultado de uma construção coletiva e contínua, que fez e faz diferença até hoje: os movimentos sociais, as ONGs de prevenção e tratamento da aids, os conselhos e profissionais de saúde”, orgulha-se a sua diretora. “Na verdade, o Programa Nacional de Aids não tem dono. Foi criado e consolidado por mil e uma mãos.”
* Em 1996, Lair Guerra de Macedo Rodrigues sofreu um acidente de carro em Recife, onde se encontrava para um congresso de aids. Ficou vários dias entre a vida e a morte. Recuperou-se lentamente, mas não pode reassumir as suas funções devido às sequelas.
** Dos 18 anti-retrovirais, 7 são nacionais: zidovudina (AZT), lamivudina (3TC), indinavir, estavudina, nevirapina, saquinavir e efavirenz. Os 11 importados são: abacavir, atazanavir, darunavir, didanosina, enfuvirtida, fosamprenavir, lopinavir/ritonavir, ritonavir, tenofovir, raltegravir e amprenavir.
Publicado originalmente em 12 de junho de 2009 às 12:10
Comentários
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Adriano
Quem sabe foi o Sr José Serra quem quem tornou constitucional a destribuição total e gratuita dos medicamentos para HIV, na constituição de 98
Cruzada. « Gosio na rede!
[…] e Adib Jatene) e o FAT, deixando de dar os créditos aos seus verdadeiros idealizadores? (Fonte1, Fonte2, […]
Mais uma vez, Serra tenta roubar programa de combate à AIDS de Lair Guerra e Adib Jatene « PTeimosa
[…] O que caracterizou o Brasil como pioneiro em todo o mundo no combate à Aids, foi a decisão do Ministro da Saúde, Adib Jatene de comprar e fornecer gratuitamente os remédios do coquetel no tratamento da doença. Isso aconteceu em 1996, quando Adib Jatene apresentou o projeto no congresso e obteve sua aprovação mesmo contra a vontade do presidente FHC. Serra só se tornou Ministro da Saúde no segundo mandato, em 1998. E, mais uma vez, tomou os créditos do programa para si. Durante as eleições de 2002 (presidência), 2004 (prefeitura de São Paulo), 2006 (governo de São Paulo) , se auto proclamou o “melhor ministro da saúde que o Brasil já teve”, que “implantou um programa de combate à Aids que foi copiado pelo mundo inteiro”. Somente no governo Lula foram quebradas as patentes dos remédios do coquetel que passaram a ser fabricados no Brasil. (Leia mais) […]
VEJA ESTES VÍDEOS E PENSE… « BLOG DO MANXXXA 13455
[…] http://www.viomundo.com.br/denuncias/aids-serra-assume-como-dele-programa-de-lair-guerra-e-adib-jate… […]
Rosangela de Mello
Maiores informações nos links que seguem:
http://www.aids.gov.br/noticia/piauiense-e-apoiad… ; http://www.aids.gov.br/noticia/lair-macedo-foi-pi… ; http://www.agenciaaids.com.br/site/artigo.asp?id=… ; http://www.mulher500.org.br/acervo/biografia-deta… ; http://www.agenciaaids.com.br/noticias-resultado…. ; http://bvsms.saude.gov.br/bvs/expoepi_site/4_expo… ; e tantos mais.
Ainda restam dúvidas?
Rosangela de Mello
A Dra. Lair Guerra de Macedo merece, antes de tudo, ser reconhecida pelo seu brilhante trabalho na luta contra a AIDS. Infelizmente, depois de sofrer um grave acidente em 1996 quando retornava de uma palestra – tal qual – sobre a AIDS em Recife, tornou-se, para muitos – esquecida. Lamentável que uma Guerreira como o próprio nome Dra. Lair GUERRA, como muitos outros Brasileiros, padecem na longa espera em TER – por parte do JUDICIÁRIO – o reconhecimento pelo Direito a Aposentadoria, que no caso da Dra. Lair Guerra decorre do grave acidente tornando-a impossibilitada de exercer sua profissão, tenha que SOFRER mais essa INJUSTIÇA, tolhendo DELA o reconhecimento pelo trabalho que, com muita dedicação e – acima de tudo – humanidade desenvolveu. Sem mais comentários, um VERDADEIRO DESRESPEITO!
Serra no JN: 12 mentiras em 12 minutos | Luciana Santos 6513 – Deputada Federal
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[…] ÍNDIO DA COSTA NÃO É RELATOR DO FICHA LIMPA, COMO SERRA NÃO É PAI DOS GENÉRICOS Posted 30/06/2010 Filed under: Denúncia, Eleições, Mídia, Política | Tags: Índio da Costa, Blindagem, Blog, DEM, Democracia, Farsa, Ficha Limpa, Genéricos, Internet, José Eduardo Cardozo, Mídia, PiG, PSDB, PT, Serra | Serra encontrou um vice como ele, Índio da Costa, que assume como dele a relatoria do Projeto Ficha Limpa. Como Serra fez com os Genéricos. […]
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Serra e Mercosul: tiro no pé « Conexão Brasília Maranhão
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O Cyborg de 2010 | Viomundo – O que você não vê na mídia
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Serra e as vacinas | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] De novo, José Serra tenta se apropriar de “filhos” bonitos, famosos, dos outros. Fez isso, por exemplo, com o Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, considerado um exemplo no mundo, e que ele assume como sua criação. Só que os verdadeiros criadores são a doutora Lair Guerra de Macedo Rodrigues e o professor Adib Jatene, como você pode ver aqui. […]
Quem de fato é o pai dos genéricos? | Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] comentaristas que postaram na reportagem Aids: Serra assume como dele programa criado por Lair e Jatene tinham certeza ou, no mínimo, desconfiavam de que a propaganda dos genéricos não correspondia à […]
ANA
Nem acho que esse programa tenha sido tão bem sucedido quanto propagam. Agora,por exemplo,todos os envolvidos na luta contra a AIDS dizem estar faltando remédio antiviral. Por que? Se não for por essa doença estar aumentando? No entanto a cada ano vem a mesma estória do carochina que a Aids diminuiu no Brasil…Se tivesse diminuído,conforeme se diz,os medicamentos não estariam em falta,as mortes dos aidéticos dos anos passados serviria de regulador de doentes e consequêntemente,necessitados de tratamento. No entanto se morre todos os dias e o uso de medicamentos é cada vez maior,chegando a faltar. Vamos deixar de hipocrisia e assumir que o Brasil tem muito mais Aids que admite ter,sem culpar governo nenhum,cada um assuma as suas responsabilidades pessoais,sociais,e sabes-se qual outra.
Guilherme Milani, SP
Ubaldo, o Bolsa Família foi melhorado e ampliado – muito – sob Lula a partir de programas distintos e timidamente implantados no governo FHC. Já a diversificação do comércio internacional é mérito EXCLUSIVO do atual governo. Na era tucana, o Brasil vivia de joelhos pros EUA. Se esse samba de uma nota só tivesse se mantido, teríamos quebrado junto com eles na última crise e estaríamos, de novo, pedindo arrego pro FMI. Dá uma olhada em como está o México. Se liga e pára de falar @#$%!!!
Ubaldo
Então quer dizer que se os subordinados implementam algum programa os créditos devam ser dados aos subordinados?
E o Bolsa Família? E a diversificação do comércio internacional?
São do Lula?
francisco.latorre
aprenda a ler.
…
Zeca Pinto
Eu sou o criador do churrasco
Joel Miranda
Azenha, bom este trabalho para esclarecer ao leitor, quem cria os programas e o mérito de quem ajuda a desenvolvê-lo. Proponho fazer o mesmo com o bolsa família.
Ubaldo
Será que o Bolsa Família foi criado pelo Lula?
Aline
Bolsa Família ou Esmolas… É porque não passa disso,esmolas pra enganar o pobre,ao invés de salários dignos!!!
Fabio Guedes
É elementar que os governos adquiram, num ato de maturidade, o hábito de dar sequencia aos bons projetos de gestões anteriores, independente do viés político. Políticas públicas não se prestam a engordar currículo de políticos. Quem raciocina assim é que se dispõe a esse inútil debate sobre patente de projetos. As gavetas do poder estão cheias de bons projetos, nunca levados à termo.
Pouco importa se o nome é Luz no Campo ou Luz para Todos, se Bolsa Escola ou Bolsa Família. O relevante é GESTÃO. O debate político maduro dessas questões deveriam se ater aos seus objetivos, aos benefícios gerados x esperados e ao futuro desses programas. No entanto o blog se presta ao debate menor, do ataque a um candidato em benefício de outro, e dando voz a quem o acusa de praticar jornalismo a soldo, embolsando quantias de uma TV estatal.
Carlos
Quanto ao último trecho, descarada leviandade da tua parte.
Quanto ao Serra, é necessário desmontar a farsa/mentira de que ele foi o mentor do programa de aids e também dos genéricos. Se ele e seus marqueteiros não tivessem agido como agiram, o assunto não estaria na pauta.
Felipe
Jornalistas gaúchos (RBS e Band) acobertam corrupção.
Veja o link do meu blog.
paulo rafael pizarro
Quero ver o diploma do Serra.
Rafael, BHte
Quem viu o último bloco do Jornal Nacional 5 ou 6 materias enfileiradas contra o governo federal percebeu q a Globo vem com tudo para ajudar o Serrinha… Ela decididamente não aprende e não vai aprender nunca! A primeira matéria foi extensa sobre a tragédia no Rio abordando vários aspectos e talz mas era tudinho para chegar no ponto q eles queriam: a maneira desigual como o governo e o ex-ministroGeddel repartem desigualmente a grana para calamidades com quase tudo indo para a Bahia. Acho q o goveno bobeou nessa e não querendo defender o jedai ops geddel mas como bom aluno de geografia no passado sei q a Bahia sempre foi medalha de ouro na produção de gente pobre (MG sempre foi medalha de prata) e com certeza calamidades por lá nunca faltaram talvez não sejam é tão 'visíveis' como foi a do RJ e como a tv gosta. E teve a matéria das prisões feitas pela PF, um dos presos segundo a tv: "…foi tesoureiro do PT …." e " foi preso por envolvimento na tentativa de venda de um suposto dossiê contra o então candidato do PSDB à presidência da República José Serra". Como eu disse ela vem com tudo!
Rafael, BHte
Jamil Haddad foi autor do projeto dos genericos. Quando no governo tentou agilizar sua aplicação não contanto com a cooperação do sempre letárgico congresso nacional q com senadores como FHC e Serra aparentemente não tinha pressa com o tema, o projeto tramitou a passos de tartaruga e virou lei no governo posterior caindo no colo do vampiro da mooca q não teve escrúpulos em assumir a sua paternidade.
Fátima-Ba
Como sempre,muito bom,Conceição.Obrigada pelas informações.
Sobre a apropiação indébita do Serra,dizer mais o que?
pereira
O serra é dono de tudo, igual a menino morto de fome, então o serra é a inda uma criança de 4 anos, com as maudades de um velho esclerosado de 60ano, que até paquerador barato ele é. Com aquela cantada barata que ele deu na reporte da bandeirante até voto feminino ele já perdeu.
Morais
O Serra mente com a cara limpa e se alguém o interpela ele então apela com o jornalista e no outro dia tenta junto ao jornal a demissão deste jornalista, por isto muitos jornalista não o contradizem por medo de perderem seu emprego.
prudencio de araujo
É igual a estória dos genéricos que o Serra assume a paternidade. Na verdade o programa dos medicamentos genéricos surgiram com o Ministro da Saúde do Presidente Itamar Franco, Dr. Jamil Hadad.
mario ramos
vcs esqueceram do grande Dr. David que foi prefeito de Santos.
Conceição Lemes
Mario, realmente, grande dr. David Capistrano. Não o citamos, porque abordamos apenas o Programa Nacional de DST/Aids. Mas seguramente o David teve um papel importante na luta contra a aids. Lembra-se de quando ele bancou a distribuição de agulhas e seringas descartáveis para usuários de drogas injetáveis? Pena que foi embora tão cedo.
Gerson Carneiro
Sempre tive o Edir Macedo como um "charlatão", mas quando vi o cara reunir em um templo mais de três mil pessoas no Zaire (país que tem mais de cinquenta por cento da população infectada pela AIDS) e distribuir camisinha em pleno culto, o cara desbancou meu preconceito em relação a ele. Ele me deu um tapa na cara com luva de pelica. A partir de então eu tiro o chapéu pro cara.
ZK Fonseca
Saúde, nosso bem maior, deveríamos tratá-la com mais respeito e responsabilidade. Não sei bem porque, mas lembrei de uns criminosos presos anos atrás em Sampa "fajutando" remédios para tratamento de CA de próstata. Deveria ser considerado crime hediondo! Até que ponto vai a maldade humana?
paulo chacon
Como já disse anteriormente: é o zé "ladrão de idéias" serra.
Piá
Cadê o Dvorak e o Klaus e o… pra comentar?
Ubaldo
A gente faz os comentários mas eles não são publicados porque são contrários aos petistas.
Somente comentários favoráveis ou ligeiramente contrários são publicados. Essa é a filosofia da censura que norteia o PNHD-3 e todos os blogs partidários como esse.
francisco.latorre
debilidade intelectual constrangedora.
deprimente.
…
Carlos Henrique
Você nem sabe do que está falando…
priscila presotto
Serra e FHC descobriram apropriação indébita.
O Brasileiro
Parabéns de novo, Conceição Lemes!
Você é uma profissional e tanto!
Outra peça de marketing dos tucano-demos são os genéricos. Há muitos relatos que sugerem que basta ir com uma receita de, por exemplo, sinvastatina (remédio para colesterol) ou amoxicilina (antibiótico) para verificar que muitas vezes os medicamentos genéricos são mais caros do que os similares, que são aqueles medicamentos que têm o mesmo princípio ativo dos genéricos, mas usam a o nome comercial do laboratório. Muitas pessoas já me relataram casos em que o similar é mais barato do que o genérico do MESMO laboratório. Peça para alguém conferir isso qualquer dia.
P.S.: Se realmente a Dra. Lair teve que trazer o AZT de uma forma que aparentemente não era correta, isso nos mostra os dilemas da vida: quando a vida está em jogo, nem tudo que é legal, é ético! E a gente paga o preço que a lei exige!
Messias Macedo
… Estelionato… Falsidade ideológica! O difícil é a punição!
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia, República de Nós Bananas
Milton Hayek
Segundo os tunganos o Serra é pai do Lula,numa escapadinha da Dona Lindú…..
Well Costa
Quero deixar aqui meus sinceros apreço a Sr. Conceição Lemes, linda reportagem, que beleza de texto e explicações, lindo quando se diz que uma atitude tão importante não foi merito de uma pessoa só, isso prova o que mais belo tem do ser humano é a inteligencia e sabedoria e a socialização em busca de um bem comum, cabe a nós nos sensibilizar-mos com nosso irmãos que um dia sofreram, ou que hoje sofrem com essa doença infamea, é só querer gente que se faz realidade, quando se quer fazer o bem a todos de uma só vez, sem distinção de cor, raça, credo e posição social, o que vale é o querer, pode esta em mim o querer mais não o poder, mas com a politica deveria ser tudo diferente, esta em mim o querer e o poder, deveria ao menos ser assim, que pena que muitos são egoistas e mesquinhos, resumindo não tem amor ao proximo. É na base do faço hoje para cobrar amanha, que mente pequena e retrogada. Deveriamos ser lembrados nao pelo o que fizemos para nós mesmos, mas sim pelo que contribuimos para com os outros, não deveriamos cobrar pelo o que fizemos mais agradeçer a oportunidade de uma dia alguem ter nos dados o poder de fazer-mos o bem sem olhar aquem. Mais uma vez parabens Sr. Conceição Lemes, meus sinceros votos…
Thiago
É preciso lembrar que o Serra não é pai dos genéricos também. Mais uma ideia roubada pelos tucanos.
O Plano Real também é de autoria da equipe do Itamar, não do FHC.
Os tucanos ainda gostam de dizer que o Bolsa Família é deles…
Apropriações indébitas dos tucanos…
Go Oliveria
Não sei se Serra é Romy ou é Michelle, mas acredito que qualquer hora dessa ele vai dizer que inventou o POST-IT só para se credenciar ao baile de ex presidentes da república…
Luiz
Conceição, gostaria de fazer uma observação: em 1984 José Sarney ainda não era o Presidente. Por gentileza, nos informe se a divergência trata-se do Presidente ou da data.
Conceição Lemes
Luiz, obrigada pela observação. Verificarei. Abs
sergio
serra descobriu o Brasil, uai, nas páginas do PIG
Ivonildo Dourado
Azenha
Estou tento dificuldades de enviar os seus artigos para os email's dos meus contatos como sempre fiz. Parabéns a jornalista conceição Lemes pelo relato cronológico do DNA do Programa DST/Aids. Mais uma vez os tucanos são desmacarados. eles sempre tentam roubar as ideias e os projetos dos outros, foi assim com os Genéricos; com Os programas da prefeita Marta (CEU; bilhete único, etc…)
Piá
A nota "Publicado originalmente em 12 de junho de 2009 às 12:10" deveria ficar logo após a data de hoje ou do título da matéria.
Piá
"Assinar" trabalho/obra dos outros… Isso é canalhice, falta de escrúpulos, calhordice, cafagestice… e trocentos outros adjetivos.
Recomendável que a matéria seja divulgada amplamente entre trabalhadores da área de Saúde.
Gerson Carneiro
Ah tá.
Aqui no nordeste fui eu quem criou a fórmula da rapadura. A melhor do mundo.
Fernando José
Ah tá! E eu sou testemunha…..
Neno Fogaça
O Chimarrão foi criado por mim, aqui no RS.
O dizem que quem inventou o limpador de pára-brisa foram os tucanos, mas quem os colocou para o lado de fora do carro foi o Lula.
Ubaldo
O Lula inventou o "nunca na história deste país"
Carlos Siqueira
Excelente matéria! De fato o programa nacional de combate a SIDA não tem dono! Serra não passa de um embuste perpetrado pela mídia golpista e, com toda a certeza, cada brasileiro que reconhece os méritos de um governo mais democrático como o que vivemos hoje, irá dar o troco devido na forma de votos nas urnas. Em 2010 é Dilma, quicá, ainda no primeiro turno. Vamos sepultar de vez estes tucanos e demos mentirosos.
Claudio Kirsten
Azenha, bom dia.
Vocês esqueceram de mencionar o "Serra pai dos genéricos". Jamil Haddad deve ter morrido muito magoado por ter sido roubado na questão da paternidade dos genéricos. O que esse cara pensa? Se bobear, é capaz dele dizer que é o pai do PAC. Duvidam?
Claudio Kirsten
Francisco Ávner
Uma hora dessas ele vai dizer que criou o mundo! KKKKKK…..
Piá
"1995. Em janeiro, o professor Adib Jatene assume o Ministério da Saúde…"
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Naquele mesmo mês e ano, Serra assumiu o ministério do Planejamento – fato omitido no perfil incluído na "Galeria de Ministros" da Saúde.
Marcelo
É tão bom saber a "origem das coisas". Deixamos de ser manipulados e passamos a ser senhores do conhecimento, mas pior cego é aquele que não quer ver.
Piá
"Por desinformação, conivência, sabujice ou má-fé, a mídia corporativa nunca os questionou nesses oito anos."
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Fico com as três últimas opções…
Carlos
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=29506
Quem é o dono da casa em que mora o Serra ? Quem paga os advogados do Heráclito ?
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Vá em "Carlos em 7/abril/2010 as 9:13"
Dias Melhores
É o modo TUCANO de administrar; a MENTIRA.
Marcos
Excelente texto para enviar aos adeptos do pássaro azul.
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